Quinta, 02 Maio 2024 | Login

Camaçari poderá abrigar a primeira loja da rede de supermercados Mercantil Rodrigues e, para tratar sobre este assunto, o prefeito Elinaldo Araújo recebeu, na tarde desta terça-feira (7/6), a visita de três representantes do Grupo Cencosud S.A., que também administra a rede GBarbosa e mais seis bandeiras, com quem se reuniu para alinhar as ações que vão possibilitar a construção e funcionamento do empreendimento na Avenida 28 de Setembro (antiga Radial A).

Desejando boas-vindas aos visitantes, o gestor municipal deu oportunidade para que se apresentassem e, de antemão, pontuou que, “se é para gerar emprego e renda no município, vocês têm todo meu apoio”. O prefeito também procurou saber sobre a atual situação do processo para instalação da loja, e acrescentou, “se estiver tudo certo, não tem porquê não aprovarmos”.

Com expectativa de inauguração ainda neste ano, os representantes da empresa explicaram que os trâmites necessários estão sendo alinhados com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), e o objetivo do grupo é ganhar celeridade no processo, para obtenção do alvará de construção.

A assessoria técnica da Sedur, que atua nos setores de meio ambiente e jurídico, também participou do encontro, e destacou a viabilidade do terreno para construção do empreendimento. Na oportunidade, os servidores também pontuaram que, alinhando o escopo técnico com o jurídico, não haverá empecilhos para execução do projeto.

O gestor da Secretaria de Governo (Segov), José Gama, garantiu que a pasta atuará como ponto de apoio para os interesses do município. “Se vocês precisarem de algo, no sentido de agilizar os atos, podem contar conosco”, comentou. Também estiveram na reunião, os titulares das secretarias da Fazenda (Sefaz), Joaquim Bahia; e do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Waldy Freitas.

O prefeito Elinaldo agradeceu a todos pela presença e, ao final da reunião, frisou que seu desejo é que a mão de obra da cidade seja valorizada, e acrescentou, “gostaria que os processos de seleção para os futuros colaboradores passem primeiro pelo CIAT [Centro de Integração e Apoio ao Trabalhador]”, recebendo resposta positiva dos visitantes.

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A BYD, multinacional com origem na China – fabricante de baterias e placas solares, caminhões, ônibus e carros elétricos -, está em negociação avançada com o governo do estado, a fim de viabilizar a instalação de uma unidade fabril, no Polo Industrial de Camaçari, no site que abrigava a fábrica da Ford.

O nome da empresa, que hoje tem valor de mercado de aproximadamente US$ 113,15 bilhões, segundo a plataforma Companies Market Cap, e é a maior fabricante de carros elétricos da China, foi revelado pelo portal Bahia Econômica. Após o governador Rui Costa anunciar que as negociações para atrair uma fábrica de carros a ser instalada no antigo complexo da Ford em Camaçari estavam avançadas.

Por meio da assessoria de imprensa, a BYD informou: “A posição oficial é que a empresa não vai comentar o assunto”. De acordo com o Bahia Econômica, “as negociações entre a empresa e o governo do Estado estão avançando, mas guardadas a sete chaves e centralizadas no gabinete do governador”.

Projetos na Bahia

A BYD já é responsável pela construção e operação do VLT do Subúrbio, o novo sistema de transporte sobre monotrilho que ligará a região do Comércio, em Salvador, até a ilha de São João, no município de Simões Filho, possuindo com o Estado um contrato de R$ 1,5 bilhão. A empresa também é responsável pelo projeto de SkyRail (monotrilho) na cidade de São Paulo, com a Linha 17 – Ouro.

O Bahia Econômica apurou que a BYD havia inicialmente manifestado interesse em comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). Entretanto, não houve avanços nesse sentido, por isso, a empresa ampliou as negociações com o governo da Bahia, para se instalar em uma parte do complexo industrial da Ford.

A ideia inicial seria a montagem ou produção em Camaçari do Tan EV, o primeiro SUV elétrico da marca vendido no Brasil, e do Han EV. Em abril, a BYD lançou o sedã premium BYD Han EV, com preço sugerido de R$ 539.990 (promocional para o primeiro lote). O carro 100% elétrico tem autonomia de até 550 km, segundo a fabricante, e está recheado de itens de luxo e tecnologia.

O economista Armando Avena, editor responsável pelo Bahia Econômica, explica que a atração de uma fábrica de carros elétricos para o Polo Industrial de Camaçari, a ser instalada no site da Ford, “é de fundamental importância, porque ela passará a tomar o lugar de âncora da cadeia produtiva de bens finais, especialmente de automóveis”.

Ele explica ainda as vantagens para a BYD. “A Bahia tem um posicionamento muito favorável para a fábrica, que terá um porto à sua disposição, que está alocado à fábrica. E ainda toda a infraestrutura, o site da Ford já montado”.

“Não existe mais o regime automotivo do governo federal. Então, produzir na Bahia ou em qualquer outro estado do Nordeste é mais caro que produzir no Sudeste, porque a maior parte do mercado está lá. Esse é o grande problema dessa empresa. O maior mercado dela estará no Sul e Sudeste do Brasil”, pondera Avena.

O economista afirma que o governo do estado terá que dar algum tipo de isenção, “junto com os incentivos da Sudene, algum tipo de incentivo de ICMS, para compensar à empresa a diferença de se instalar longe mercado do mercado alvo”. “É importante para a Bahia atrair uma indústria automobilística, uma fábrica de carros elétricos, hoje o futuro da indústria automotiva no mundo”, conclui.

Grupo Parvi assume operação comercial da BYD na Bahia

Em abril, a BYD Brasil anunciou a nomeação do Grupo Parvi como parceiro responsável pela gestão de revendas da marca nas cidades do Recife (PE) e de Manaus (AM). Mais recentemente, o grupo assumiu a representação da marca para todo o estado da Bahia.

Em abril, o Grupo GNC foi nomeado para representar a marca de carros elétricos de luxo no mercado baiano. Mas houve mudança de estratégia: “Recentemente, tivemos o privilégio de assumir essa importante capital do Nordeste e do Brasil, pela qual já tínhamos grande interesse”, afirma o diretor comercial Grupo Parvi, Fabricio de Faveri.

“Essa é uma decisão da BYD. Confesso que não temos os detalhes do motivo pelo qual o Grupo GNC não continuou, porém, como para a capital da Bahia éramos muito bem cotados, assim como eles, tivemos essa grande notícia que veio posteriormente”, explica.

A previsão ainda é inaugurar a primeira concessionária da BYD em Salvador no segundo semestre deste ano. “Estamos a todo vapor nas aprovações do projeto arquitetônico junto a BYD e as obras começarão de imediato, após o fim da parte relacionada ao projeto. Posso adiantar é que faremos uma operação incrível, digna da marca premium que é a BYD”.

Expectativa

É alta a expectativa do Grupo Parvi em relação ao mercado baiano. “O mercado premium da Bahia de 2021 correspondeu a 1,8% do mercado nacional, sendo 819 unidades no ano, mesmo com a falta mundial de semicondutores. Este ano já foram 254 unidades até maio, mantendo o percentual do volume nacional”, enumera.

“A BYD, pelo seu produto premium de alta qualidade e preço altamente competitivo, vai agregar muito ao mercado no segmento de híbridos e elétricos abaixo dos 290 mil reais. Acreditamos que o Brasil e a Bahia em breve irão se apaixonar pelo produto e será de grande aceitação em todo estado”, comenta.

A atuação se dará em todo o estado e não apenas em Salvador. “Atenderemos, da capital, todo o estado da Bahia. Hoje é mais comum do que se imagina entregarmos carros de luxo no interior do estado, pelas compras feitas diretamente pela internet. O Grupo Parvi é um dos grupos mais focados hoje no Brasil no atendimento de excelência de forma virtual e conseguimos atender a todas as etapas, da compra do cliente pela internet à entrega na sua casa”. O grupo também vai comercializar as placas solares fabricadas pela BYD.

A história do Grupo Parvi começou em 1980, com a abertura de uma concessionária Mercedes-Benz em Palmares, no interior de Pernambuco. De lá para cá, tornou-se um dos maiores grupos automotivos do Norte e do Nordeste, com presença em 13 estados brasileiros. Atualmente, conta mais de 90 concessionárias de diversas marcas, que atuam no mercado brasileiro, algumas voltadas ao segmento premium.

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O setor industrial minerário está atento à reutilização de resíduos. A partir do investimento em pesquisas científicas, substâncias que antes poderiam ser descartadas passam a ter utilidade em outro processo produtivo. Assim, impactos ambientais são reduzidos e as empresas ainda podem ampliar a lucratividade com a comercialização de produtos com maior valor agregado.

“Muito além de seguir os preceitos da sustentabilidade, que é parte da agenda internacional e considerada como questão de competitividade, o aproveitamento de rejeitos é consequência de avanços científicos e tecnológicos. A nossa expectativa é grande para a criação de novos negócios, geração de postos de trabalho e renda, a partir das diversificações nas produções”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).

As aplicações que são desenvolvidas para os resíduos da mineração se destinam à indústria química, à agricultura e à construção civil. Segundo a pesquisadora e líder técnica do Senai Cimatec, a engenheira química Fernanda Torres, todos os resíduos têm algum potencial de reaproveitamento. Alguns exemplos são: o uso do minério de ferro em siderúrgicas e na construção civil; os resíduos finos de rochas ornamentais na produção de argamassas, tijolos, telhas, vidro, tintas, corretivos de solo, entre outros; os resíduos grossos de rochas ornamentais usados em fábricas de cimento, brita, areia artificial, pavimentação, filetes para muros e outros.

“O que define a possibilidade de aplicação são as rotas tecnológicas. Para o resíduo ser reutilizado é necessária a classificação e a sua diferenciação de acordo com suas características”, explica a pesquisadora do Senai Cimatec, instituição que atende empresas da Bahia e de várias partes do Brasil realizando análises de rotas de reaproveitamento de resíduos: a pirometalurgia (utiliza calor para obtenção e refinação de metais) e a hidrometalurgia (utiliza água na separação de minerais).

Regulamentação

Em janeiro de 2022, entrou em vigor a Resolução nº85/2021 com regras para o reaproveitamento de rejeitos. O dispositivo foi aprovado pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Mineração (ANM) em dezembro do ano passado, conforme divulgação no site da agência. O diretor Tasso Mendonça Junior foi relator do documento e destaca que o conjunto de normas é resultado de um trabalho colaborativo e promove um norteamento para ações sustentáveis na atividade mineradora.

“A nova Resolução contou com refinamento trazido pelas contribuições colhidas em processo de Consulta Pública, com participação de toda a sociedade, além de ter passado por uma extensa Análise de Impacto Regulatório (AIR). O setor mineral tem agora um parâmetro que com certeza vai fazer as empresas terem mais foco no reaproveitamento, reciclagem e reuso, o que é fundamental para o Brasil do ponto de vista ambiental”, disse o diretor.

No caso da aplicabilidade na agricultura, a cadeia produtiva dos resíduos de minérios tem duas abrangências distintas a depender da incidência ou não de ações químicas no mineral: remineralizadores e condicionadores de solo. “Ressaltando sempre a importância dos contaminantes estarem dentro dos limites toleráveis pelo Ministério da Agricultura para sempre garantir a qualidade dos solos, do que for plantado e para o consumidor final. Dessa forma, estamos aplicando um processo de sustentabilidade verde onde o nosso objetivo é trazer toda nutrição (micro e macronutrientes) disponível nos subprodutos de volta para os solos na forma de condicionadores ou remineralizadores e evitando assim acúmulos de passivos ambientais os quais seriam “improdutivos” e subaproveitados pelas mineradoras e indústrias do nosso Estado”, explica o especialista em solos e raízes Maurício Carnevali, CEO da Cumbe Consultoria e membro do International Humic Substances Society (IHSS).

Economia circular

As empresas que optam pelo reaproveitamento acabam incorporando a chamada economia circular, nesse caso elas agregam valor a um material que geraria apenas despesas. “O alto preço das commodities metálicas, associado à crescente consciência ambiental justifica o reprocessamento de rejeitos que são acumulados nas barragens. O lucro obtido com a comercialização dos produtos obtidos fomenta o investimento das empresas no estudo e desenvolvimento de tecnologias que visam transformar os resíduos em produtos comerciais com maior valor agregado”, diz a pesquisadora Fernanda Torres.

O reaproveitamento é capaz de produzir importantes insumos para várias indústrias. Dentro do conceito de economia circular, a Largo Vanádio de Maracás (LMVSA) tem dois projetos em fase implantação na Bahia: a produção de ilmenita em Maracás, no Centro-Sul do estado, e de pigmento de titânio no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (o titânio é um dos concentrados do rejeito do beneficiamento do vanádio). A ilmenita é usada em indústrias de pigmentos, ligas metálicas e proteção do revestimento de alto forno. Já o pigmento de titânio é usado na indústria química, em tintas, revestimentos, plásticos, papel, tintas, fibras, alimentos, cosméticos, entre outros.

A previsão é que a produção ilmenita seja iniciada no primeiro semestre de 2023. O projeto de Maracás vai gerar 270 vagas de emprego na fase de construção e mais 50 postos de trabalho na operação. A estrutura que fica em Maracás tem capacidade para produzir 145 mil toneladas por ano. “O diferencial é que para produzir o minério, que será destinado como matéria-prima para a produção de pigmento de titânio da própria Largo, não haverá nenhum impacto adicional ou aumento de mineração, uma vez que a Ilmenita já está presente na mineração do próprio vanádio”, explica Paulo Misk, CEO da Largo Vanádio de Maracás.

Já a área de produção de pigmento de titânio, em Camaçari, será implantada em três fases, a primeira vai até 2024, no total serão investidos 365 milhões de dólares e a produção total será de 120 mil toneladas pigmento de titânio. Toda operação vai gerar 400 empregos diretos.

II Fórum de Inovação e Sustentabilidade na Mineração

Além da economia circular, as mineradoras se adequam ao ESG (Ambiental, Social e Governança), que é um conjunto de ações de empresas que buscam maneiras de minimizar impactos ao meio ambiente, procuram ter cuidado com as pessoas e adotam boas práticas administrativas. Nesse contexto, as empresas também contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, que são metas elaboradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e parceiros no Brasil e no mundo “para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade”.

Conectada com tais ideais, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) vai promover na quinta-feira, 09/06, às 9h, o II Fórum de Inovação e Sustentabilidade na Mineração. Durante o encontro que será realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no bairro do Stiep, em Salvador, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, vai discutir sobre o cenário da mineração brasileira, perspectivas, desenvolvimento e a realização de pesquisas. Outro assunto que será tratado é o “potencial do aproveitamento de resíduos de mineração na agricultura”, tema da palestra do doutor em geologia e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eder Martins.

Para o pesquisador a expansão do reaproveitamento de subprodutos da mineração terá um impacto muito positivo, pois o Brasil ainda depende da importação de adubo mineral (composto por nitrogênio, fósforo e potássio), que é usado na agricultura para garantir o crescimento saudável das plantas. “Fontes regionais podem aumentar a eficiência de uso de nutrientes e substituir parcialmente estas commodities fertilizantes. As fontes regionais podem vir, em parte, de resíduos de mineração, desde que sejam agronomicamente eficientes e seguros do ponto de vista da presença de metais pesados”, destaca Martins.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, de abril foi 1,06%. A taxa ficou abaixo da registrada em março (1,62%). Mas, ao mesmo tempo, foi o índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%).

Segundo dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%). A taxa acumulada no ano chegou a 4,29%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto na inflação oficial do mês.

“Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, explica o pesquisador do IBGE André Almeida.

Os transportes tiveram alta de preços 1,91% e foi o segundo principal responsável pelo IPCA do mês. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação do mês.

Entre os transportes, o principal responsável pela alta de preços foram os combustíveis que subiram 3,20%, com destaque para gasolina (2,48%).

Também registraram alta de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).

O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi habitação (-1,14%), devido à queda de 6,27% no preço da energia elétrica.

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Em março, a produção industrial da Bahia teve uma variação positiva de 0,1% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Com isso, a indústria da Bahia avançou pelo segundo mês consecutivo (entre janeiro e fevereiro, o crescimento tinha sido de 0,4%).

O resultado para o estado, porém, ficou levemente abaixo do índice nacional (0,3%) e foi o 9o melhor dentre os 15 locais investigados. Os maiores crescimentos foram verificados em São Paulo (8,4%), Ceará (3,8%) e Mato Grosso (2,8%).

Apesar do resultado positivo, o setor fabril da Bahia ainda está longe de se recuperar das perdas registradas desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, operando num patamar 19,9% abaixo de fevereiro de 2020.

Dos 15 locais pesquisados pela PIM-PF Regional do IBGE, apenas 6 tiveram quedas na produção industrial, na passagem de fevereiro para março, com as maiores retrações apresentadas em Santa Catarina (-3,8%), Pará (-3,3%) e Espírito Santo (-3,0%).

Além de ter apresentado resultado positivo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a março de 2021, a produção industrial baiana também cresceu (8,6%). Este foi o primeiro avanço no indicador após 14 quedas consecutivas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022.

O resultado registrado na Bahia foi o segundo melhor do país e bastante superior ao nacional. No Brasil como um todo, a produção industrial recuou 2,1% em março 22/março 21, com resultados negativos em 7 dos 15 locais.

O único estado com índice superior ao da Bahia foi Mato Grosso (22,9%). Por outro lado, as maiores retrações ocorreram em Santa Catarina (-9,8%), Pará (-7,2%) e Amazonas (-4,1%).

Além disso, neste comparativo, a indústria baiana apresentou o seu maior crescimento para um mês de março em 12 anos, desde 2010, quando tinha registrado um aumento de 10,3% frente ao mesmo mês do ano anterior.

No acumulado nos três primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 6 locais com resultado positivo (2,3%), bem à frente do registrado no país como um todo (-4,5%).

Porém, nos 12 meses encerrados em março, a indústria baiana continua no negativo (-8,2%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, mantendo o pior resultado do país. No Brasil como um todo, a produção industrial avança (1,8%) nessa comparação, com resultados positivos em 9 dos 15 locais.

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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) que vai elevar o preço do diesel para as distribuidoras. O preço médio do litro vai passar de R$ 4,51 para R$ 4,91 a partir de terça (10), um aumento de 8,87%.

Os preços da gasolina e do gás de cozinha não serão alterados.

Segundo a petroleira, o diesel não sofria reajuste há 60 dias – desde 11 de março. Naquele momento, diz a Petrobras, a alta refletia “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”.

Com a nova alta, o diesel já acumula no ano alta de 47% nas refinarias da Petrobras.

“Com esse movimento, a Petrobras segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, afirma a estatal em nota.

A Petrobras afirma ainda que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da petroleira no preço pago pelo consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba.

O reajuste foi realizado enquanto as cotações de diesel e gasolina apresentavam defasagem em relação à paridade internacional, com a diferença em -27% para o primeiro e -22% para o segundo, conforme avaliação do Itaú BBA, na última sexta-feira.

Preços ao consumidor em disparada
Na semana passada, o preço da gasolina subiu pela quarta semana seguida, e voltou a marcar um novo recorde nos postos de combustíveis do país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

O preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 7,295 nesta semana, o que representa uma alta de 0,16% em relação ao levantamento anterior. Trata-se do maior valor nominal pago pelos consumidores desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.

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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que vai elevar o preço da gasolina e do diesel, após 57 dias sem reajustes. Para a gasolina, a alta será de 18%, ou seja, aumento de R$ 0,54 por litro. Já o preço do diesel sobe quase 25%, o que equivale a um aumento de R$ 0,81 por litro. Os novos valores começam a ser praticados nesta sexta-feira (11).

“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse a empresa em nota.

Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro”, diz.

Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.

“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, disse a companhia por meio de nota.

O preço do petróleo no mercado internacional já vinha em alta e a situação se gravou de maneira dramática nos últimos 15 dias, em decorrência do conflito entre Ucrânia e Rússia, que é um importante produtor de petróleo e gás natural. O preço do petróleo Brent — referência nacional, tem sido negociado acima dos US$ 105 e a expectativa é que continue subindo no curto prazo.

Nesta semana, a situação se agravou ainda mais com a decisão dos Estados Unidos de proibir a importação da commodity. O movimento influencia os preços no Brasil, já que a Petrobras segue a paridade internacional.

GLP também é reajustado
O valor do GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de cozinha, também sobe nesta sexta-feira. O preço médio de venda do insumo passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.

O último ajuste de preços do GLP foi feito há 152 dias. “Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia”, diz a nota da Petrobras.

Vale ressalta que, na véspera, Receita Federal publicou uma instrução normativa zerando alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre o botijão de gás de cozinha de 13 quilos (kg) de uso doméstico. A medida incide sobre a importação e a receita de comercialização do produto.

Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) que será, posteriormente à operação, envasado em recipientes de até 13 kg e destinado ao uso doméstico, diz a norma.

Defasagem se mantém
Mesmo com o aumento, a defasagem estimada do preço da gasolina se mantém. De acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, essa defasagem fica em 20% ante 31,6% anteriormente.

Já no diesel, fica em torno de 19% ante 34,1%.

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A partir desta segunda-feira (14), a Caixa Econômica Federal começa a pagar uma nova rodada do Auxílio Brasil. A ordem de pagamento começará pelo número de Número de Inscrição Social (NIS) 1.

O pagamento desta nova rodada terminará no dia 25 de fevereiro. A família beneficiada deverá olhar o olhar o último dígito do NIS para saber em que dia o benefício ficará disponível para saque ou crédito em conta bancária.

Confira o calendário de acordo com o final do NIS:

1: 14/2
2: 15/2
3: 16/2
4: 17/2
5: 18/2
6: 21/2
7: 22/2
8: 23/2
9: 24/2
0: 25/2

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No mês de janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ficou em 0,86% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice representa a maior inflação para um mês de janeiro em 6 anos – desde 2016, quando havia ficado em 1,69%, e a 3ª inflação mais elevada dentre as 16 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE. O valor fica abaixo apenas do verificado nos municípios de Aracaju (0,90%) e Rio Branco (0,87%).

Apesar disso, ainda representa a segunda desaceleração seguida (havia sido de 1,42% em novembro e 1,04% em dezembro). No Brasil como um todo, o IPCA desacelerou em janeiro, para 0,54%. O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos 12 meses encerrados em janeiro de 2022.

Preços dos alimentos (1,14%) puxam inflação da RMS em janeiro

Em janeiro, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (0,86%) foi resultado de aumentos nos preços médios em todos os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

O grupo alimentação e bebidas (1,14%) foi a principal pressão de alta no custo de vida dos moradores da RMS em janeiro, puxado principalmente pela alimentação no domicílio (1,23%).

Os grandes “vilões” do grupo foram os tubérculos, raízes e legumes (11,23%), em especial o tomate (18,56%), que foi o item com o maior aumento absoluto do mês e com o 2º maior peso no aumento da inflação na região.

Porém, de todos os itens que compõem o IPCA na RMS, o condomínio (3,15%), que está dentro do grupo habitação (0,68%), foi o que mais impactou no aumento da inflação. Os grupos artigos de residência (2,90%) e vestuário (2,69%) foram os que apresentaram os maiores aumentos absolutos. A alta do primeiro, foi puxada pelos aumentos nos preços dos eletrodomésticos e equipamentos (4,01%), em especial do refrigerador (5,71%).

Já o grupo vestuário teve seu índice impulsionado pelo aumento do valor das roupas (3,23%), principalmente da camisa/camiseta masculina (3,53%). Por outro lado, de todos os itens, o transporte por aplicativo (-13,43%) foi o que apresentou a maior queda absoluta, sendo o que mais ajudou a segurar a inflação de janeiro na RMS.

Apesar de o grupo transportes ter apresentado alta (0,58%), os combustíveis (-0,20%), que exerceram a maior pressão inflacionária na RMS em 2021, apresentaram queda em janeiro, especialmente o etanol (-2,62%) e a gasolina (-0,12%).

Na RM Salvador, INPC foi de 0,91% em janeiro, também o 3º maior do país

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em 0,91% em janeiro, apresentando desaceleração em relação a dezembro (1,18%), porém ficando acima do IPCA (0,86%).

O índice ficou acima do registrado no país como um todo (0,67%), sendo o 3º maior resultado entre as áreas pesquisadas no mês, inferior apenas ao município de Aracaju/SE (0,96%) e à Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (0,93%). Nos 12 meses encerrados em janeiro, o INPC acumula alta de 11,77% na RM Salvador. No Brasil como um todo, o índice é de 10,60%

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A montadora Ford registrou uma queda nas vendas de 72,9% no primeiro ano sem produção no país. De acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotiores (Fenabrave), a montadora comercializou 139.255 veículos em 2020 e 37.778 unidades no ano passado. O fechamento das fábricas no Brasil foi anunciado em 11 de janeiro de 2021 há exatamente um ano. A medida, que visa privilegiar a produção de carros mais caros, significou o fim do projeto Amazon, em Camaçari na Bahia.

A fabricação de veículos e motores no Polo Industrial baiano atingiu 5,4% do valor da transformação industrial na Bahia e 4,1% da força do trabalho na indústria, ou 4 mil trabalhos diretos. A saída do estado representou ainda uma indenização de R$ 2,15 bilhões pagos ao governo baiano em função de estímulos fiscais recebidos.

A Ford não informa o quanto gastou para desmobilizar suas atividades as três fábricas brasileiras. Logo ao anunciar a saída da produção no país, a empresa informou que havia alocado US$ 4,2 bilhões para esse fim (em torno de R$ 23,8 bilhões no câmbio atual).

Nacionalmente, a montadora teve que negociar com 283 concessionárias, que cobraram uma indenização de R$ 1,5 bilhão. A Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif) rejeitou a proposta inicial feita pela companhia e demandou o rompimento imediato de todos os contratos ativos, para posterior contratação dos distribuidores que efetivamente permaneceriam com a marca. Atualmente a Ford mantém 110 concessionárias no pais.

Com informações do UOL

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