Quinta, 02 Maio 2024 | Login

Para quem ainda não aderiu ao programa de Refinanciamento Fiscal (Refis) 2023, ainda dá tempo. Até o dia 31 de agosto, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) oportuniza através da iniciativa, que os contribuintes regularizem os débitos tributários e não tributários gerados até 31 de dezembro de 2022. Os descontos concedidos sobre os débitos consolidados variam de acordo com a forma de pagamento, sendo: de 100% na hipótese de parcela única; de 75% para até 12 prestações; e de 60% em parcelamento acima de 12 e no máximo em 16 vezes.

Para realizar a adesão, que começou desde o dia 3 de julho, o contribuinte pode acessar o Portal da Sefaz (https://sefaz.camacari.ba.gov.br/), e lá deverá realizar um passo a passo que deve ser seguido de forma simples e intuitiva até o boleto ser gerado. A aceitação será confirmada com o pagamento da parcela única ou primeira parcela, que pode ser feito em qualquer banco, pelos respectivos aplicativos (App), ou em casa lotérica.

O Refis é destinado às pessoas físicas e jurídicas, para crédito tributário e não tributário dos seguintes tributos: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD); Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITIV); Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN); Taxa de Licença de Localização (TLL); Taxa de Fiscalização do Funcionamento (TFF); Contribuição Para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP).

Outras informações podem ser obtidas através do Sefaz Atende, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, através do Call Center, por meio do telefone (71) 2886-1345 ou do WhatsApp (71) 98796-9856, este último com atendimento exclusivo via mensagem, que funcionam nos mesmos dias e horários.

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Pensando na atração de investimentos para o município, a Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), lançou mais uma importante ferramenta, o site Invista em Camaçari. No ambiente eletrônico, o internauta poderá conhecer um pouco mais do município, e verificar as vantagens de trazer o seu empreendimento para a cidade.

No endereço www.invistaemcamacari.com.br, o empresário poderá constatar a posição estratégica do município, localizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que fica próximo do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães e os portos de Salvador e de Aratu, além de rodovias como a BR-324. Camaçari também conta com um programa de incentivo fiscal, e diversas oportunidades para atrair empresas.

No site também, é possível verificar informações sobre o Polo, que é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com empresas dos mais variados ramos, a exemplo de química, petroquímica, energia eólica, fármaco, entre outros. Para quem deseja investir na área do turismo, pode conhecer também sobre a costa de Camaçari, com os seus 42 quilômetros de praias e uma natureza exuberante, sendo um dos principais destinos turísticos do Brasil.

Além disso, na página Invista em Camaçari, o empresário que tiver interesse em trazer o negócio para a cidade, com toda a oportunidade de crescimento no município, poderá tirar as dúvidas através do link contato.

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A montadora chinesa BYD anunciou, nesta terça-feira (4), a instalação da fábrica de veículos em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Serão investidos R$ 3 bilhões para a construção e a expectativa é de que sejam gerados 5 mil postos de trabalho nos próximos anos. A empresa já opera duas fábricas em Campinas (SP) e outra em Manaus (AM).

A montadora ocupará a antiga fábrica da Ford. A BYD tem atuação em diferentes produções e é a maior fabricante mundial de baterias recarregáveis, sistemas de armazenamento de energia, e veículos 100% elétricos. A montadora chegou ao Brasil em 2014, com uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas (SP). A empresa também é a responsável pela obra do VLT em Salvador.

O governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da instalação da fábrica no segmento tecnológico. "Uma forte esperança, expectativas, primeiro da geração de empregos, de renda. Depois de estar em uma outra frente, não é qualquer investimento. Não é apenas uma fábrica, uma indústria, estamos falando de um novo modelo. Uma concepção de um novo com tecnolgoia ambientalmente sustentável", avaliou, durante discurso no evento de lançamento da fábrica.

A expectativa é que o complexo industrial inicie a produção no segundo semestre de 2024.

Na semana passada, durante uma reunião com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o governador Jerônimo, a presidente da BYD para as Américas, Stella Li, solicitou mais incentivos na produção e no consumo dos automóveis, e a revisão de condições de produção, a exemplo de PIS, Cofins e IPI.

Lula ficou de conversar com os ministérios da Fazenda, e da Indústria e Comércio. Ele também se colocou à disposição de estimular a compra de automóveis, como a renovação de frota de ônibus, viaturas e ambulâncias. Em relação a Bahia foram solicitados investimentos na infraestrutura do porto de Candeias, o que, segundo o governo, já está em andamento.

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A empresa chinesa BYD anunciará oficialmente a instalação de uma fábrica de automóveis em Camaçari na próxima semana. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) confirmou a informação na noite desta quarta-feira (28), após se reunir com o presidente Lula (PT) e a vice-presidente global da BYD, Stella Li, em Brasília. Um evento será realizado em Salvador na próxima terça-feira (4), para a apresentação do detalhamento dos investimentos que o grupo fará no estado.

“É um dia muito importante para nós. Estivemos na China, e agora estamos colhendo os frutos. Estamos felizes com a geração de empregos e a Bahia sendo uma referência internacional de inovação e tecnologia”, disse o governador após a reunião que selou o acerto para o anúncio a ser realizado na capital baiana.

Ainda segundo o governador, além de expor para o público baiano veículos de sua linha de produção, no anúncio oficial a BYD apresentará informações sobre calendário de instalação, produção, expectativa de investimentos. A BYD tem atuação em diferentes produções e é a maior fabricante mundial de baterias recarregáveis, sistemas de armazenamento de energia e veículos 100% elétricos.

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Estratégico para a economia baiana, o Polo Industrial de Camaçari completa, nesta quinta-feira (29), 45 anos de história. Motor impulsionador do desenvolvimento econômico e social da Bahia, o complexo tem contribuído, desde a sua fundação, para o aumento da produção industrial, o crescimento do PIB baiano e a geração de empregos.

Chegando às quatro décadas e meia de atividades, segue atento às demandas do mercado para manter a competitividade através de um esforço compartilhado entre as mais de 80 empresas que integram o complexo industrial, além da buscar de forma constante por novos empreendimentos em diferentes segmentos industriais.

Inaugurado no dia 29 de junho de 1978 pelo então governador da Bahia, Roberto Santos, o Polo Industrial de Camaçari foi recebido com grande expectativa pela sociedade baiana da época que via no projeto uma oportunidade de desenvolvimento econômico para a região. Ao longo da sua história, o complexo foi responsável pela atração de grandes investimentos nacionais e internacionais, mas também de grandes desafios, que exigiram adaptação e busca por novas oportunidades.

Atualmente, em seu vasto leque de empresas, o Polo concentra suas atividades nos segmentos químico-petroquímico, pneus, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, fertilizantes, fármacos, energia eólica, bebidas e serviços (incluindo logística). A localização estratégica no município de Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, permite fácil acesso às indústrias através das rodovias BA-093, BA-535 (Via Parafuso), Canal de Tráfego, ferrovias, portos e aeroportos.

De acordo com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), o complexo é responsável pela geração de 40 mil empregos diretos e indiretos e um faturamento de US$ 15 bilhões por ano. Segundo os dados do comitê, o polo industrial responde por 15% do total exportado por todo o Estado da Bahia, gerando mais de R$ 3 bilhões por ano em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Protagonismo

O gerente de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Kawabe acredita que mesmo em meio aos obstáculos vivenciados pelo setor industrial no Estado da Bahia e no Brasil, o complexo segue garantindo o seu protagonismo no cenário industrial nacional. “Apesar das dificuldades, o Polo Industrial de Camaçari continua sendo uma das maiores concentrações industriais do país e a maior da região Nordeste, com atuação destacada do setor petroquímico e na fabricação de pneus, entre outros setores”, explica.

Vivendo um novo momento, após a uma mudança no quadro político nacional, o complexo, segundo Ricardo, segue com suas atenções voltadas para o desenvolvimento dos negócios, porém atento a importantes debates que se desenrolam no Congresso e podem ter grandes repercussões no setor. “Ao longo de sua história, o Polo já passou por uma série de momentos políticos e as empresas e empresários focam sempre sua atuação no aspecto produtivo, com o objetivo primordial de crescer, produzir e gerar resultados positivos para os acionistas e para a sociedade”, diz.

“No momento atual, há uma expectativa de urgência no enfrentamento das questões estruturais (citadas acima), com a perspectiva de realização este ano da reforma tributária e aprovação do arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional, que podem dar expressiva contribuição na melhoria do ambiente de negócios do país e consequentemente da Bahia”, completa.

Competitividade

Segundo o Cofic, como forma de manter competitividade e a atração de novos investimentos, o Polo tem pautado as suas ações no aprimoramento constante de aspectos como segurança industrial, proteção à saúde e ao meio ambiente; sustentabilidade; qualificação profissional; qualidade e produtividade; investimentos em tecnologias limpas; parceria com universidades, instituições de pesquisa e com a comunidade; e programas de responsabilidade social.

Os caminhos para uma expansão e conquista de novos espaços em um cenário econômico com mudanças cada vez mais rápidas, segundo Ricardo Kawabe, da FIEB, passam por uma participação mais ativa do poder público na solução de obstáculos históricos. “O Polo Industrial é como um organismo vivo, precisa ser alimentado para crescer e se manter ativo. Se alguma célula morre, outras precisam surgir e ocupar seu lugar”, afirma. “Os maiores obstáculos enfrentados são os de natureza sistêmica: a pesada carga tributária, as deficiências da infraestrutura logística, o custo da energia, incluindo a oferta e custo do gás natural,a fragilidade do sistema de educação, a enorme insegurança jurídica e o elevado nível de burocracia, além do excesso de regulamentações e taxas, que inibem o empreendedorismo no Brasil e na Bahia”, comenta.

"O Polo Industrial é como um organismo vivo, precisa ser alimentado para crescer e se manter ativo. Se alguma célula morre, outras precisam surgir e ocupar seu lugar", avalia Ricardo Kawabe, gerente de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia.

Para ajudar no fortalecimento do Polo de Camaçari, a FIEB tem atuado na defesa de interesses da atividade de forma coordenada com as empresas e entidades como o Cofic, segundo Ricardo. Ele destaca que o Sistema FIEB como um todo tem buscado oferecer uma importante contribuição às empresas do complexo através de suas entidades.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) tem papel fundamental na formação de mão de obra e na realização de pesquisa aplicada, tendo inclusive construído o Cimatec Park em Camaçari, um complexo tecnológico e industrial em uma área de 4 milhões de metros quadrados, com laboratórios avançados, usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco, numa estrutura voltada ao atendimento das necessidades de energia eólica, mecânica, naval e offshore, automotiva, elétrica, construção civil, química, petroquímica e biotecnologia, farmacêutica, celulose e papel, petróleo e gás.

Já o Serviço Social da Indústria (SESI) mantém importante trabalho na área da educação de jovens e adultos, na promoção da saúde dos industriários e suas famílias, bem como nos aspectos da manutenção de um ambiente de trabalho seguro para as atividades laborais nas empresas industriais. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) se destaca no seu trabalho de seleção e oferta de vagas de estágio, na realização de rodadas de negócios e no Programa de Qualificação de Fornecedores, entre outras linhas de atuação. Por fim, o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) tem atuado como articulador entre demandas empresariais e rede de parceiros, além da realização de encontros e eventos na promoção de melhor ambiente de negócios local.

Tronox e Polo

Símbolo da ampliação do processo industrial brasileiro para o Nordeste durante a década de 1970, a Tronox, primeira fábrica brasileira de pigmento de Dióxido de Titânio, chegou à Bahia antes mesmo da implantação do Polo Industrial de Camaçari. A inauguração da fábrica no estado em 1971 foi fundamental para a criação de uma cultura de empresa química na região. Na época foi um dos grandes empreendimentos industriais do Brasil e de grande relevância para o estado. Além disso, por meio da Sudene, o projeto do governo federal buscava incentivar a produção local do TiO2 com o objetivo de reduzir a dependência da indústria nacional pela matéria prima importada.

Hoje, a operação da Tronox é parte importante de uma cadeia econômica que integra diversas empresas do Polo, viabilizando, entre outros aspectos, a economia circular

Localizada na área de influência do Polo, ao longo dos seus 53 anos de funcionamento, a fábrica - que é associada ao Cofic, evoluiu em práticas de segurança, desempenho ambiental, tecnologia de processo, TI, relacionamento com as comunidades, programas de capacitação das equipes, melhoria e diferenciação do produto, governança e em muitos outros aspectos, sobretudo após a chegada Polo. Nos últimos anos, a sustentabilidade passou a ser uma estratégia de negócio, coordenada globalmente por um CSO - Chief Sustainability Officer e um vice-presidente. Hoje, a operação é parte importante de uma cadeia econômica que integra diversas empresas do complexo, viabilizando, entre outros aspectos, a economia circular.

A Tronox é uma das líderes globais na fabricação do pigmento de TiO2 , um pó branco, inorgânico e de uso seguro, utilizado para dar cor, brilho e durabilidade a uma enorme gama de produtos do nosso dia a dia. O uso do pigmento permite que tintas modernas sejam mais eficientes, mais fáceis de aplicar e tenham um baixo impacto ambiental. O composto é essencial para a qualidade da pintura de imóveis residenciais e comerciais e de produtos como eletrodomésticos, carros, motos e embarcações. Está presente na indústria farmacêutica para cobertura de remédios, em equipamentos médicos tais como monitores e ventiladores, nas próteses cirúrgicas, em embalagens médicas a exemplo das seringas, em equipamentos de proteção individual, entre outros.

O Polo em números e fatos

Início de Atividades: 29.06.1978

Empresas em operação: mais de 90

Principais segmentos: Químico – Petroquímico; Química Fina (fármacos); Celulose; Têxtil; Metalurgia do Cobre; Fertilizantes; Pneus; Energia Eólica; Bebidas; Serviços.

Empregos: 10 mil diretos / 30 mil indiretos

Faturamento: US$ 15 bilhões/ano

Exportações: mais de 15% do total exportado pelo Estado da Bahia

Impostos: Mais de R$ 3 bilhões/ano em ICMS para o Estado da Bahia

Mais de 90% da receita tributária de Camaçari e Dias D´Ávila

Participação no PIB da Indústria de Transformação/Bahia: 22%

LINHA DO TEMPO

1978: Inauguração do Polo Industrial de Camaçari, com a implantação das primeiras indústrias.

Década de 1980: Expansão do Polo Industrial com a chegada de novas empresas, como a Bridgestone, Continental, Basf, dentre outras.

Década de 1990: Consolidação do Polo como um importante centro industrial e atração de investimentos. Implantação de novas empresas, como a Dow Química e a Monsanto.

2001: Inauguração da fábrica da Ford, após 2 anos do anúncio de sua implantação.

2019: Anúncio da saída da Ford do Brasil, incluindo o encerramento das atividades das fábricas no Polo Industrial de Camaçari.

2023: Expansão contínua do Polo industrial, atraindo novos investimentos e diversificando ainda mais as indústrias presentes, com foco no desenvolvimento sustentável e na inovação tecnológica.

 

Fonte: Correio

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Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2605 da Mega-Sena, sorteado na noite desta terça-feira (27), em São Paulo. O prêmio estava acumulado em R$ 32 milhões e pode chegar a R$ 37 milhões na próxima quinta-feira (29).

Com cinco acertos, 36 apostas foram premiadas. Cada uma vale o prêmio de R$ 59.197,35. Na Bahia, uma aposta foi premiada nesta faixa, na cidade de Camaçari, na Região de Salvador. O bilhete premiado no estado foi um jogo simples, de seis dezenas, a custo de R$ 5. 0 registro foi feito na Lotérica Camassary, localizada no Centro da cidade.

As dezenas sorteadas foram: 05 – 11 – 26 – 35 – 46 – 54

O concurso 2605 da Mega-Sena também premiou 3.055 apostas com quatro acertos, com o prêmio de R$ 996,54 para cada.

A Caixa Econômica Federal arrecadou R$ 36.962.730,00 com a venda de apostas nos canais eletrônicos e casas lotéricas de todo o Brasil. Este valor corresponde a 7.392.546 apostas de 15 números.

A Mega-Sena passou a permitir apostas de até 20 dezenas. O preço desta aposta é de R$ ‭193.800‬, valor que corresponde a uma combinação de 38.760 apostas de 15 dezenas. Com um bilhete desse, a probabilidade de acertar o prêmio milionário é de uma em 1.292.

Os sorteios da Mega-Sena acontecem normalmente às quartas e sábados. No entanto, ocasionalmente ocorrem as “Mega-Semanas”, com três sorteios, às terça, quintas e sábados. Elas ocorrem para adequar o número do concurso da Mega da Virada, que deve ter final 0 ou 5.

As dezenas das loterias da Caixa são sorteadas em um estúdio chamado Espaço da Sorte, localizado no edifício sede da Caixa, na Avenida Paulista, em São Paulo. Os sorteios são transmitidos ao vivo, a partir das 20 horas, no Canal da Caixa no Youtube e também pela Rede TV. Por volta de 22h, o resultado é divulgado no site de loterias da Caixa.

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Apesar de próximo, o anúncio oficial ainda depende de algumas definições. A principal é a localização da fábrica. Não estão totalmente concluídas as negociações dos chineses com a Ford para a compra da fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em 2021. O governo baiano preparou-se para oferecer outra área caso as negociações com a Ford fracassem.

Além da localização, os incentivos fiscais envolvidos ainda são um mistério. Em entrevista à imprensa local, Rodrigues disse, no início do mês, que o governo estadual estava pronto para atender às “demandas de incentivos” do grupo chinês. Estaria faltando, disse ele, uma resposta do pedido feito ao governo federal.

Se não houver sinalização nesse sentido, a BYD (Build Your Dreams - construa seus sonhos, na sigla em inglês) corre o risco de se instalar na Bahia tarde demais para usufruir dos benefícios fiscais do regime automotivo do Nordeste e Centro-Oeste, previsto para terminar em 2025. Há a possibilidade, porém, de os incentivos serem renovados, como pedem outras montadoras instaladas nessas regiões - Stellantis, em Pernambuco, e CAOA e Mitsubishi em Goiás.

“Temos algumas pendências”, disse Li, também presidente da BYD Américas, em entrevista ao Valor ontem, segundo dia da sua viagem ao Brasil. A executiva não dá detalhes sobre o projeto. Não confirma data do anúncio nem se a nova fábrica será na Bahia. “Estamos muito próximos agora (do anúncio)”, diz.

Ela mostra, porém, entusiasmo em relação ao encontro com Rodrigues e Lula. Presidente e governador estiveram com a direção da BYD em abril na China. Rodrigues visitou fábricas e Lula encontrou-se, em Xangai, com o fundador e presidente do grupo, Wang Chuanfu, de 57 anos, chamado por alguns como o “Elon Musk da China”. Li é mais simpática à ideia de dizer que Chuanfu é uma “mistura entre Jack Welch e Thomas Edison. Fundada em 1996, a BYD passou à frente da Tesla no ano passado e passou a ser a maior fabricante de veículos elétricos do mundo.

Além dos 100% elétricos, chinesa pretende fabricar híbridos “plug-in” para uso com etanol
Li diz que a empresa ainda decidirá quais modelos planeja produzir aqui. E revela que, além dos carros 100% elétricos, pretende fabricar no Brasil híbridos “plug-in” que poderão usar etanol. Assim como o híbrido comum, o “plug-in” tem dois motores - um a combustão e outro elétrico, que se alternam, dependendo do uso. A diferença é que o “plug-in” pode ser também carregado em tomada, o que eleva seu potencial elétrico.

Para a executiva de 53 anos, futuramente o mercado brasileiro poderá ser parecido com o que é hoje o da China: metade dos carros totalmente elétricos e a outra metade de híbridos “plug-in” a etanol.

A BYD informa a intenção de investir no Brasil cerca de R$ 10 bilhões até 2025. No protocolo de intenções assinado com o governo da Bahia em 27 de outubro e anunciado no dia seguinte por Rui Costa, antecessor de Rodrigues e hoje ministro da Casa Civil, além dos automóveis, os planos do grupo chinês envolvem produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos, além do processamento de lítio e ferro fosfato. Segundo o documento, o investimento inicial no complexo industrial baiano somará R$ 3 bilhões e será feito com recursos do próprio grupo.

Li visita o Brasil num momento em que parte da indústria automobilística defende a volta do Imposto de Importação para carros 100% elétricos, suspenso desde 2015. Para ela, a tributação tem de levar em conta a necessidade de permitir o ingresso de tecnologia ainda inexistente no país.

“A indústria passa por uma importante transição, com muita inovação. Não há chances de produzir tudo aqui. Isso inclui os componentes”, afirma. Para ela, se uma empresa está comprometida a fazer um investimento deve receber tratamento especial para esse tipo de importação.

“É preciso abrir portas para companhias inovadoras para trazer (ao país) tecnologia avançada”, diz. “Uma vez que tenha colocado dinheiro aqui você quer ter certeza de contar com todos os recursos para fazer do empreendimento um sucesso”, completa.

Nascida em Yunnan, sudoeste da China, e formada em Estatística, Li seguiu trajetória profissional que se confunde com a história da empresa. Ela começou a trabalhar na BYD um ano depois da fundação da empresa, há 27 anos. A primeira vez que passou pela sede, em Shenzhen, a empresa se resumia a um andar de poucos metros quadrados. Seis meses depois, ocupava dois edifícios.

“Aquilo me impressionou. Para uma jovem recém-graduada, que também sonha, entrar numa empresa chamada construa seus sonhos, sem limites para crescer, parecia trazer a perspectiva de um futuro brilhante”, diz a eloquente e risonha executiva, que não dispensa seu chá enquanto fala.

Tanto a empresa como a carreira da executiva tomaram impulso rapidamente. A BYD já vendeu 3,3 milhões de veículos, dos quais 1,8 milhão só no ano passado, quando registrou crescimento de 150% em relação a 2021. A receita, em 2022, alcançou US$ 61,7 bilhões. Li tornou-se responsável pela expansão da marca fora da China. Dali, ela seguiu para Hong Kong, para criar a primeira filial do grupo. Depois, foi para Roterdã, para instalar a operação europeia, e dali para Chicago e Los Angeles, onde mora hoje.

O grupo ergueu fábricas de veículos em Taiwan, Europa e Estados Unidos. Mas o caso brasileiro é peculiar pela diversidade das operações. A BYD chegou ao país em 2015, quando instalou uma fábrica de montagem de ônibus elétricos em Campinas (SP). Dois anos depois, iniciou, ali, a produção de módulos fotovoltaicos, para painéis de energia solar.

Em 2020, instalou, em Manaus, uma linha de montagem de baterias de fosfato de ferro-lítio. para abastecer a frota de ônibus elétricos. O grupo também está envolvido em projetos de monotrilhos, em São Paulo e Salvador.

Li, que aparece na lista das mulheres mais poderosas da Revista Forbes China, em 2021 e 2022, entre outros prêmios, diz notar o esforço feminino na transformação do mundo dos negócios.

Um dos seus desafios, agora, é fazer com que o consumidor de mercados como o Brasil teste o carro elétrico para “sentir a experiência de dirigir no silêncio, de forma suave e sem danos ambientais”. “O carro elétrico se vende por si mesmo”, diz. Em relação ao custo, ela aposta que, com o tempo, os preços vão cair. “Vocês vão se surpreender”, diz a executiva que, antes de partir para o encontro com Lula, hoje, participará do lançamento de mais um modelo da marca, em São Paulo.

Para ela, o trânsito de São Paulo - “muito barulhento” - se parece com o da Cidade do México. Sua expectativa é que ônibus elétricos da marca comecem a rodar na cidade, como acontece no Chile e Colômbia.

A impressão que Li teve em seu primeiro encontro com Lula foi a de alguém preocupado com as mudanças climáticas. Por isso, destaca ela, “é precioso ter um plano para construir a indústria com toda a inovação” necessária para esse objetivo.

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Com 1.633.845 declarações de Imposto de Renda realizadas até a quarta-feira (31), a Bahia superou as expectativas de recebimento dentro do prazo estabelecidas pela Receita Federal para este ano. Eram esperadas, no mínimo, 1.516.108 declarações e, no máximo, 1.555.487. No ano passado, 1.413.581 baianos acertaram as contas com o Leão até a data-limite.

Segundo a assessoria da Receita Federal, a superação das expectativas pode ser atribuída à facilidade proporcionada pela declaração pré-preenchida e, também, à quantidade de declarações retificadoras — quando o contribuinte comete algum erro no fornecimento de informações e precisa fazer um novo envio.

Restituição

A Receita prevê que os valores referentes às restituições de Imposto de Renda serão pagos em cinco lotes, liberados gradativamente.

Abaixo, veja a data de pagamento de cada lote de restituição, sob a regra de último dia útil de cada mês:

1° lote: 31 de maio

2° lote: 30 de junho

3° lote: 31 de julho

4° lote: 31 de agosto

5° lote: 29 de setembro

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Em recuperação judicial desde janeiro, a rede de varejo Americanas fez um acordo com vistas à suspensão de ações judiciais envolvendo também o Itaú e o Santander. Grupo empresarial e bancos pediram ao Judiciário a interrupção por 30 dias dos processos, “diante das recentes e relevantes decisões proferidas tanto nos autos da recuperação judicial do Grupo Americanas, como nos demais processos a ela correlatos”. Acordo semelhante foi firmado com o BTG.

Em 20 de março, a rede que tem como principais donos os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira apresentou uma proposta de recuperação na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Nela, os três magnatas injetariam R$ 10 bilhões na companhia, cerca de 25% do total de débitos junto a 16 mil credores.

O restante têm previsão de pagamento com a venda de ativos de R$ 2 bilhões, emissão de debêntures em R$ 5,9 bilhões, conversão da dívida em ações e parcelamento até 2043. O plano pode ser modificado nas negociações. Recentemente, os acionistas de referência sinalizaram aumentar o aporte para R$ 12 bilhões. O montante pode subir até R$ 14 bilhões, aproximando a varejista do aceite dos credores. Em torno de 75% do débito global são referentes a financiamentos bancários.

As Americanas entraram em parafuso a partir de 11 de janeiro deste ano, quando o ex-CEO Sérgio Rial anunciou em fato relevante ao mercado que a empresa tinha cerca de R$ 20 bilhões em dívidas não contabilizadas no balanço. Em menos de 10 dias, as ações caíram de R$ 12 para menos de R$ 1. Fonte: CNN Brasil

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A indústria brasileira recuou 0,3% em janeiro, com relação ao mês anterior. A retração foi causada por quedas em oito dos 15 locais pesquisados. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (6), pelo IBGE. Rio Grande do Sul teve a maior perda (-3,4%), enquanto o Espírito Santo liderou os estados com avanço (18,6%). A Bahia caiu 0,2%.

No comparativo interanual, houve avanço de 0,3% e sete dos 18 locais apresentaram resultados positivos, com destaque para Amazonas (13,0%), Maranhão (11,5%) e Minas Gerais (9,8%). Três estados foram incluídos nesta análise: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial recuou 0,2% e sete dos 15 locais pesquisados acompanharam o resultado negativo.

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