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A transmissão do cargo de comandante do 12° Batalhão da Polícia Militar (BPM) Dom Pedro I, de Camaçari, foi realizada nesta quarta-feira (11/1), na sede da instituição, localizada no bairro Ponto Certo. Representando o prefeito Elinaldo Araújo, o vice-prefeito, José Tude, participou da solenidade que empossou o novo comandante, tenente-coronel Roberto de Melo Assunção.

Com a lembrança de que acompanhou a implantação da unidade, o vice-prefeito, José Tude, falou em nome do prefeito Elinaldo com o novo comandante. “Colocamos a prefeitura à disposição naquilo que for possível e necessário para podermos auxiliar na segurança da nossa população. É uma satisfação receber um comandante que tem um currículo extenso, é uma pessoa que tem uma experiência muito grande de estar junto à tropa, à população e a situações que às vezes são difíceis de enfrentar, mas que com certeza absoluta vai ter sucesso, é o que desejamos”.

O novo comandante, o tenente-coronel Roberto de Melo Assunção, iniciou na carreira em 1993, fez diversos cursos militares e civis e recebeu honrarias. Foi comandante do Esquadrão de Motociclistas Águia desde 2020; serviu na Casa Militar do Governador (CMG); foi membro do Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN), no biênio 2019-2021.

Ele destacou os planos e desafios à frente da unidade. “É uma grande alegria assumir o comando do 12º Batalhão, um desafio que me foi gentilmente colocado pelo comandante-geral da corporação, coronel Coutinho. Vamos tentar implementar e aperfeiçoar na cidade de Camaçari atividades de policiamento ostensivo, dialogando sempre com as forças policiais, com a comunidade, procurando encontrar as soluções para que melhoremos a prestação de serviço da Polícia Militar aqui no âmbito do município”.

Emocionado, o tenente-coronel Fabrício de Oliveira Silva, se despediu do 12º BPM, lugar que comandou por cinco meses e onze dias. “Aqui foi onde eu comecei minha carreira, onde pude retornar como comandante. Encontrei não só uma tropa, mas uma família, que me ajudou, trabalhamos, ombreamos lado a lado em cada missão. Agradeço muito a minha tropa por tudo que foi alcançado, certificação, projetos, campanhas, várias operações, 7 de setembro e 28 de setembro”, disse Fabrício, que seguirá para trabalhar com o vice-governador, Geraldo Júnior, como assistente na CMG.

Aos presentes, o Comandante de Policiamento da Região Metropolitana de Salvador, coronel Sérgio Simões, destacou que o 12º BPM é referencial de corporação e na carreira de policiais militares. “Esta unidade é o termômetro da região metropolitana, costumamos dizer que se Camaçari está tendo bons resultados, consequentemente tendendo a obter excelentes resultados na região. Logo, a gestão do 12º Batalhão precisa ser eficiente e eficaz”, afirmou.

Participaram da solenidade diversas autoridades municipais do legislativo, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, dentre outras autoridades militares.

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O primeiro foi Itamar. Logo depois, Jaciane. Em seguida, Joilson, Isabela, Willian e os gêmeos Ruan e Rubens. O casal Rodrigo e Hynara foi o mais recente. Todos eles vendiam rifas e foram assassinados no período de cinco meses em Salvador e Região Metropolitana. Apesar de a polícia não dar detalhes das investigações, as circunstâncias das 9 mortes fizeram outros “rifeiros” pararem com os sorteios. A situação ficou ainda mais tensa com a existência de uma suposta lista com nomes de pessoas que trabalham na mesma atividade marcadas para morrer.

A maioria das mortes em Salvador aconteceu em bairros próximos (Lobato, São Caetano, Pirajá, Campinas de Pirajá e Águas Claras) e registrada entre os meses de junho e julho. Já o caso mais atual ocorreu no último dia 11, em Barra do Jacuípe, em Camaçari, tendo como vítimas Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, o DG Rifas, e a mulher, Hynara Santa Rosa da Silva, 39, a Naroka. O casal era dono de uma empresa de rifas, que começou a funcionar há dois anos – eles eram influenciadores digitais e juntos somavam mais de 190 mil seguidores.

Seus nomes estariam na tal lista, comentada em conversas de grupos de aplicativo e citada por outros “rifeiros” (leia abaixo). O que se sabe de fato é que as vítimas tinham uma vida luxuosa resultante de diversos sorteios com prêmios que variavam de R$ 6 mil a R$ 50 mil para quem tivesse comprado o número premiado.

Assim como o jogo do bicho, as rifas são loterias não autorizadas, ou seja, são consideradas “jogos de azar” e equivalem a contravenções penais. Elas sempre existiram, mas não eram tão comuns como hoje, a ponto de concorrerem acirradamente com a máfia das bancas de apostas, ofertando carros de luxo e até quantias em dinheiro, como R$ 20 mil, com investimentos de ínfimos, que variam entre R$ 0,50 e R$ 1.

A “profissionalização” da venda de rifas veio com a pandemia, quando muitas pessoas perderam sua fonte de renda. Então, vendê-las virou o “ganha-pão” de muita gente e logo alguns “rifeiros” se destacaram, vendo nas redes sociais a possibilidade de lucrar mais e, assim, ganhando o status também de influenciadores digitais. Eles transmitem os sorteios semanais em seus perfis, ao mesmo tempo que expõem uma vida luxuosa, incluindo viagens internacionais e fotos com artistas.

Segundo uma fonte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que faz parte da equipe que apura as mortes, a popularização das rifas teria mexido com as bancas de apostas. “Já era esperado, porque houve uma redução significativa no lucro do jogo do bicho. Imagine só: ele (jogo do bicho) era soberano e, de repente, surge uma concorrência, que rapidamente se estabelecer nas comunidades. Os ‘rifeiros’ viraram celebridades e muita gente começa a comprar e também a vender rifas porque quer ter a mesma vida luxuosa ostentada pelos influenciadores. Isso tudo é uma ameaça para o jogo do bicho, por isso que estamos apurando se a morte do casal tem a ver com a disputa entre os jogos de azar”, declarou o policial.

A reportagem procurou o delegado Celso Bezerra, titular da delegacia de Monte Gordo, responsável pela investigação das mortes de DG Rifas e Hynara. Foi perguntado se está descartada a relação da morte do casal com os outros assassinatos e se algumas das execuções teriam partido do jogo do bicho. Porém, Bezerra disse que as informações do caso seriam repassadas pela assessoria de comunicação da Polícia Civil.

“Todos os crimes relacionados estão com Inquérito Policial em andamento, algum deles, já com indicativo autoria, porém detalhes não podem ser divulgados neste momento para não interferir no curso da investigação”, informa a nota, sem comentar a suposta lista com nomes de prováveis vítimas.

Lista
Apesar de a PC ignorar o questionamento sobre a suposta lista, alguns influenciadores que ficaram conhecidos por vender rifas cancelaram sorteios de valores altos, com foi o caso do JR Premiações, com quase 60 mil seguidores no Instagram. Ele suspendeu o sorteio de meio milhão de reais, através de uma postagem em seu perfil.

No vídeo, ele comenta a morte de DG Rifas e Naroka e menciona também a tal lista. “Na minha caminhada nunca cancelei uma rifa e essa irei cancelar por motivo de estresse. De antemão, obrigado a vocês que estão me mandando mensagens preocupados comigo. Infelizmente estamos vivendo em um mundo cão. O que aconteceu lá com os colegas só Deus sabe .... Passando aqui só para dar uma satisfação a vocês, porque o meu direct está travando. Meu nome está girando numa lista que tem aí. Lista qualquer um pode fazer e mandar circular e foto qualquer pode tirar e escrever o que quer. E sobre a rifa de R$ 500 mil vou cancelar, vou tirar um tempinho pra mim (sic)”, disse ele.

Quem também anunciou a suspensão dos sorteios foi Jhonatha Soares. “Venho aqui avisar, que aquelas rifas baratinhas que a gente faz de centavos, um real, tô acabando com essas rifas, porque a demanda é muita gente, é isso e aquilo, entendeu? (sic)”, disse ele, em seu perfil do Instagram, com 101 mil seguidores.

A reportagem procurou os dois influenciadores através dos seus perfis no Instagram, mas eles não responderam.

O medo também atingiu aqueles vendedores não tão famosos assim. “Eu não tenho outra forma de garantir a comida dos meus filhos. Estou há dois anos desempregada. Depois do que aconteceu, só passo rifa para as pessoas conhecidas e vizinhos. A gente não sabe o que realmente está acontecendo”, disse uma mulher, que preferiu não revelar o nome.

Ela é moradora de Pernambués, onde as rifas são tão procuradas quanto o jogo bicho. “Aqui já houve um problema sério, logo no início da pandemia, porque uma moça da banca usava o ponto para também vender rifa e quase se deu mal. Saiu daqui porque estavam atrás dela”, contou sem dar mais detalhes.

Mortes
As mortes de DG Rifas e Naroka ainda é um mistério, pois pouco se sabe o autor ou autores dos disparos que vitimaram o casal, muito menos a causa da morte. Pessoas próximas ao casal afirmaram que, apesar dos agentes da 59ª CIPM, que atua na região do Canto do Rio Jacuípe - onde o caso foi morto - terem recebido denúncia da ocorrência por volta das 18h30 do dia 11 deste mês, os suspeitos estavam observando os dois ao longo de todo o dia. A informação que se tem é que os dois receberam tiros na cabeça e no peito, morrendo no local.

O primeiro “rifeiro” assassinado que se tem notícia foi Itamar, o Guiga Rifas. Ele morreu no 22 de junho, na região do subúrbio. Em seguida, a “rifeira” Jaiane Costa dos Santos, 22, encontrada no bairro de Águas Claras no dia 6 de junho – ela estava desaparecida há um mês. O corpo estava em estado avançado de decomposição e o reconhecimento inicial só foi possível por causa da tatuagem em uma das pernas dizendo “Deus tem a força e eu tenho a fé”.

No dia 15 de julho, a polícia encontrou o corpo da também “rifeira” Isabela do Espírito Santo, 23, no bairro de Pirajá. Ela estava desaparecida desde o dia 20 de junho. No dia em que foi vista pela última vez, ela foi vista com um homem. Em seguida, foram assassinados os gêmeos Ruan e Rubens Santos, de 23 anos no bairro do Lobato, no dia 25 de julho. Os “rifeiros” foram sequestrados quando realizavam uma festa paredão. Os irmãos moravam no Alto do Cabrito.

Joilson Pires Damasceno Falcão, 23, foi assassinado no bairro de Campinas de Pirajá, no dia 26. Na ação, outras duas pessoas também foram baleadas, entre elas o irmão de Joilson, e uma mulher que passava pelo local. E no mesmo dia, uma mulher trans, que também vendia rifas, foi brutalmente assassinada com golpes de faca em São Caetano. O nome de registro da vítima é Willian Santos, 32, que estava em um ponto de ônibus quando atacada.

Contravenção
Não há lei que ampare ou autorize a rifa e o jogo do bicho. Os sorteios com o pagamento com dinheiro vivo são exclusivos de loterias públicas, pois são possíveis de auditar. Os “jogos de azar” (isso incluiu também as máquinas de caça-níqueis) não têm efeitos jurídicos válidos e por isso não geram obrigações de pagamento. Além disso, não há um controle de sua comercialização, podendo gerar lucros excessivos aos organizadores e, não sendo uma atividade não registrada, não há pagamentos de impostos.

Em novembro deste ano, a Polícia Civil pôs fim em um esquema uma rifa de veículos durante uma operação na cidade de Correntina, no oeste da Bahia. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de pessoas que são investigadas por suspeita de participação no esquema. Foram apreendidos um veículo Toyota Hilux, um Golf, m Gol Volkswagem e um Fiat Palio, todos utilizados em rifas ilegais.

As investigações começaram em agosto, contou o delegado Marcelo Calçado, de Correntina. “Recebemos a denúncia, inicialmente sobre o cancelamento de rifas sem a devolução integral do pagamento pelas apostas. O próximo passo é identificar a participação de suspeitos e as respectivas responsabilizações dos mesmos”, explicou na ocasião.

A polícia apreendeu também celulares que eram usados nas rifas. Todos passarão por perícia. Agora, a investigação segue para identificar outros suspeitos.

“Rifeiros” assassinados em 2022:

22/06 – Itamar “Guiga Rifas” (Subúrbio)

06/07 – Jaiane Costa dos Santos, 22 anos (Águas Claras)

15/07 – Isabela do Espírito Santo, 23 anos (Pirajá)

25/07 – Ruan e Rubens Santos, 23 anos (Lobato)

26/07 – Joilson Pires Damasceno Falcão, 23 anos (Campinas de Pirajá)

26/07 – Willian Santos, 32 anos (São Caetano)

11/12 – Rodrigo da Silva Santos, 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39 (Barra de Jacuípe, Camaçari)

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Um grupo de ciganos é alvo de uma operação da polícia na manhã desta quinta-feira (22), em Camaçari. Sete mandados de busca e apreensão nas casas do grupo estão sendo cumpridos, segundo a Polícia Civil.

De acordo com a polícia, o grupo efetua disparos com armas de fogo a esmo na cidade. Quatro armas já foram apreendidas na ação.

“As condutas criminosas descritas foram filmadas, registradas e divulgadas pelos próprios autores em suas redes sociais, tendo tal fato chegado ao conhecimento do Draco, que ensejou na instauração de procedimento investigativo, a fim de verificar a materialidade, circunstâncias e autoria das práticas ilícitas relativas ao caso concreto em análise”, explicou o titular da 1ª Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), delegado Yves Correia.

Moradores da região realizam queixas frequentes da conduta dos envolvidos. “Os autores utilizam armas, ameaçando pessoas, sendo indispensável, portanto, a interferência da polícia judiciária. Muitas armas localizadas são registradas, porém todas serão apreendidas”, disse o delegado.

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As investigações do assassinato duplo do casal de rifeiros que aconteceu no último domingo (11), na Barra de Jacuípe, em Camaçari seguem em andamento. A cada dia aparece uma novidade da vida pessoal de Hynara Rosa da Silva e Rodrigo da Silva Santos.

Segundo o Balanço Geral, da Record TV Itapoan, os investigadores da morte do casal teriam recebido a informação de que a ordem do assassinato partiu do Complexo Penitenciário da Mata Escura.

Ainda de acordo com o programa, os presos suspeitos de encomendar a morte dos rifeiros teriam relação com o Complexo do Nordeste de Amaralina, local onde nasceu Rodrigo.

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Um músico morreu depois de ser espancado na Praça da Simpatia, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ciro Henrique Sousa de Oliveira, 34 anos, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

O crime aconteceu na noite do domingo, perto de um quiosque onde, segundo informações, o músico tinha tocado pouco antes. Depois da apresentação, O saxofonista foi agredido por dois homens ainda não identificados. Também não se sabe o que motivou o ataque.

Uma equipe do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi até o local depois de receber informação de que um homem estava caído no chão depois de uma "confusão generalizada" na praça. Ao chegar lá, encontraram Ciro ferido. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros socorros.

A PM diz que fez buscas no local, mas não encontrou nenhum suspeito. A área foi isolada para realização da perícia.

Segundo a Polícia Civil, Ciro foi socorrido ao Hospital Geral de Camaçari (HGC), onde morreu. O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH).

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Apesar de terem, juntos, quase 190 mil seguidores nas redes sociais, os rifeiros Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, que foram mortos a tiros na tarde de domingo (11) em Barra do Jacuípe, não trabalhavam no ramo há muito tempo. De acordo com amigos, a DG & Naroka Rifas, empresa em que os dois eram sócios, existe há apenas dois anos.

Ainda que com pouco tempo de funcionamento, o negócio mobilizava milhares de pessoas nas compras de bilhetes das rifas. Nos perfis dos dois, é possível ver diversas publicações de sorteios com prêmios que variavam de R$ 6 mil a R$ 50 mil para quem tivesse comprado o número sorteado.

Ao saberem da morte dos dois, muitas pessoas usaram as redes sociais para lamentar o ocorrido. As últimas publicações nas contas de Digony e Naroka, como eram conhecidos, no Instagram já somam mais de sete mil comentários. Além de expressar tristeza pelo ocorrido, alguns especulam a motivação da execução dos dois.

"Eles tinham muito sucesso, cresceram bem e todo mundo estava vendo. Isso gera inveja", comentou uma seguidora. "Na certa foi alguém que estava perdendo dinheiro com o sucesso deles", fala outro. A Polícia Civil, no entanto, já informou que a motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas.

Pessoas próximas ao casal afirmam que, apesar dos agentes da 59ª CIPM, que atua na região do Canto do Rio Jacuípe - onde o caso foi morto - terem recebido denúncia da ocorrência por volta das 18h30, os suspeitos estavam observando os dois ao longo de todo o dia. Porém, nenhum familiar ou amigo quis gravar entrevista e não se sabe quantas pessoas abordaram o casal.

A informação que se tem é que os dois receberam tiros na cabeça e no peito, falecendo ainda no local sem chances de socorro ou assistência médica.

Moradores de Lauro de Freitas, na região de Portão, Digony e Naroka ostentavam uma vida de luxo. Pelas redes, faziam registros em festas, carros caros e viagens. Barra do Jacuípe, inclusive, era um destino comum para os dois, que tinham no local um ponto de descanso nos fins de semana.

Horas antes do duplo homicídio, Digony fez uma sequência de stories anunciando suas rifas à beira mar e no comando de uma moto aquática. O casal deixa dois filhos, um de três e outro de onze anos. O mais velho era filho biológico apenas de Naroka. A 33ª DT / Monte Gordo vai conduzir as investigações sobre a execução dos dois.

O enterro do casal acontecerá na tarde desta segunda-feira (12), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

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Moradores do Conjunto Habitacional Canto do Mar, na Cetrel, viveram cenas de terror na madrugada desta quinta-feira (8), em Camaçari, com a quantidade de disparos de arma de fogo no local. Nas imagens registradas é possível ver muitas cápsulas de fuzil e pistolas espalhadas no asfalto, além das marcas de tiros em prédios e veículos.

“Nunca vi algo tão terrível. Fiquei muito triste em saber que um lugar desse, que tem muitas famílias de bem, e vem essas pessoas de fora, que a gente nunca nem viu. Eu mesma não vi o rosto. Fiquei escondida no chão com meus familiares”, relatou uma moradora, sem ser identificada. “Todo mundo deitado e bala comendo no centro. Muito tiro. Foi fuzil, foi “12”, muitas armas”, acrescentou a mulher, relatando que o tiroteio durou cerca de 1h. “Precisamos de socorro nessa localidade de Camaçari.”

Em nota, a polícia informou que equipes da 59ª CIPM foram acionadas pelo Cicom por volta das 4h da manhã para averiguar uma denúncia de disparos de arma de fogo, na localidade conhecida como Caminho do Rio, Cetrel. Segundo a PM, as guarnições realizaram rondas com o apoio da Rondesp RMS, porém nenhum suspeito foi localizado. Não há registro de feridos.

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De janeiro a outubro deste ano, nenhum roubo contra carro-forte foi registado em Salvador e na Região Metropolitana (RMS). A informação foi divulgada hoje (27) pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), que confirma a redução de 66,7% deste tipo de crime na Bahia nos últimos 10 meses.

De acordo com a SSP-BA, em números absolutos foi contabilizada apenas uma tentativa, no dia 6 de janeiro, na cidade de Morro do Chapéu. No ano de 2021, entre janeiro e outubro, ocorreram três roubos.

“Seguimos com o nosso planejamento de capacitação das unidades do interior, para ocorrências contra instituições financeiras. A atuação é semelhante contra criminosos que atacam carro-forte. Nossas Cipes, apelidadas carinhosamente pela população de ‘Caatingas’, seguem firmes e preparadas para inibir esse tipo de delito”, declarou o comandante de Operações da PM, coronel Manoel Xavier.

O diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), delegado José Bezerra, enfatizou as ações de inteligência. “Estamos atentos às movimentações, com o objetivo de antecipar e evitar os roubos. Além desta queda nos roubos de carro-forte, temos ainda redução de mais de 70% dos ataques a bancos”, lembrou.

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A situação da jovem Aila Brito, de 20 anos, que foi filmada por um segurança dentro do banheiro da CCR na noite desta segunda-feira (17), não foi o único caso de assédio que já aconteceu em uma estação de metrô de Salvador. Relatos de casos similares mostram uma sensação de insegurança para mulheres que precisam usar o sistema de transporte.

Aila, que sofreu a situação por volta das 21h20, na estação do Bom Juá enquanto voltava da faculdade, relatou ao CORREIO que prestou queixa na 1ª Delegacia, localizada nos Barris, poucas horas depois após a importunação. Durante o depoimento, não ocorreu conversa entre ela e o segurança, mas antes, ainda na estação, o funcionário alegou que iria apagar a filmagem e que era para ela esquecer a situação, porque ele "tinha muito tempo de casa [trabalho na empresa]". De acordo com a vítima, ela viu o funcionário de 28 anos, pai de família, apagando o vídeo na sua frente, enquanto se mostrava arrependido.

"Hoje eles [CCR Metrô] me ligaram, pediram desculpas pela situação. O colaborador foi afastado e estão investigando para tomar as medidas cabíveis. Não pretendo usar nunca mais [o banheiro do metrô]", disse.

A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para apurar uma denúncia de assédio, registrada na Central de Flagrantes. "Ele responderá pelo Artigo 216-B do Código Penal Brasileiro, que trata sobre produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes"

Além da universitária, outras mulheres também já foram vítimas pelas estações que cortam a capital baiana. Era horário de pico, quando Ludmila Bazílio, na época com 24 anos, tomou um susto ao receber um tapa nas partes íntimas ao subir as escadas do Acesso Norte. Segundo ela, o homem, que aparentava ser idoso, alegou que outras pessoas estavam passando rapidamente e 'levaram a mão dele', causando o tapa. "Só que aí depois vieram um rapaz e uma senhora que chegaram do lado e falaram assim: 'ele bateu de propósito porque ele veio ensaiando o caminho inteiro atrás de você'", relembra.

A situação foi impactante, mas Ludmila não abaixou a cabeça. No final da escada, ela gritou para tentar intimidar o assediador. "Quando ele chegou lá em cima eu comecei a gritar: 'você gosta de bater na bunda dos outros, né? Eu espero que você não repita isso nunca mais'. Chamei a atenção de todo mundo do metrô", conta. "Me senti um lixo, invadida, desrespeitada. Só que o medo disso acontecer com outras pessoas que não poderiam se defender, desta vez falou mais alto", completa.

Se para Ludmilla o tapa foi constrangedor, a perseguição que Mariana Oliveira, 23, sofreu com a amiga, virou caso de preocupação extrema. Ela voltava da praia e pegou o metrô na Estação da Lapa, em direção ao Imbuí. Dentro do vagão, as duas perceberam que um homem estava encarando-as constantemente, chegando a incomodar. Com medo até de ser um assalto, Mariana desceu na Estação Bonocô com a amiga, mas o assediador teve a mesma atitude.

"Quando estávamos chegando na estação Acesso Norte, ele começou a se esfregar. Reclamei, e ele usou a desculpa de que era porque o vagão estava cheio e aquela parte dos trilhos balançava mesmo", comenta.

Depois de descer em outra estação, ela saiu em direção ao segurança que estava no local para explicar a perseguição e o assédio. O funcionário alegou que as duas não poderiam acusar uma pessoa inocente se não tivessem a certeza "para não comprometer a empresa". A perseguição só acabou quando Mariana ligou para o primo buscá-la na Estação Imbuí. "O rapaz ficou encostado esperando que eu saísse, os seguranças viram e não fizeram nada. Quando o rapaz viu que eu iria ser acompanhada, deu meia volta, entrou novamente no metrô".

Nas passarelas que são caminhos para a entrada da estação, mulheres também sofrem com o descaso da falta de segurança. e acolhimento. Além do medo de assalto, Myla Katia, 32, também precisou correr de jovens que, segundo ela, têm o hábito de cometer assédios.

"Voltando do trabalho, um menor infrator passou a mão na minha bunda. Busquei ajuda, mas só fui informada que eles [seguranças do metrô] não poderiam fazer nada. Pegaram o meu nome só para registrar o ocorrido", relatou a consultora óptica. Ela relatou a situação em uma publicação no Instagram.

Além desses casos, há também relatos de que homens se masturbam dentro dos vagões e que não são pegos. Essa situação foi observada por uma mulher que preferiu não ser identificada por medo. Ela, que tem 45 anos, é cuidadora de idosos e mãe de uma jovem de 15, estava neste dia indo ao shopping com a vizinha, quando viu um homem se tocando.

"Foi uma cena de terror, porque ele não conseguiu se segurar e acabou soltando tudo lá dentro do vagão vazio, como se as mulheres tivessem que ver aquela nojeira. Me senti invadida, mas eu não pude fazer nada porque ele tinha cara de que tinha problemas psicológicos, poderia me seguir", relatou.

O que diz a lei?
Para a advogada criminalista Marina Gardelio, esse momento, para as mulheres, acaba sendo de revolta e desespero. Muitas, inclusive, não conseguem ter uma reação completa ao se depararem com um assédio, mesmo que seja necessário agir rapidamente "para que aquela situação cesse, para constituir a prova do fato e para identificar o assediador".

Para a co-fundadora e ex-presidente do Centro de Ciências Criminais Prof. Raul Chaves, quando essas situações ocorrem em locais públicos, como metrô, ônibus, centros comerciais e nas ruas, a vítima deve tentar gravar e sinalizar para as pessoas ao redor. "Tanto para pedir ajuda, quanto para que elas testemunhem o ocorrido. Logo depois, deve solicitar nome, endereço e telefone das pessoas que presenciaram o fato. São os primeiros passos para fazer cessar a violência e constituir provas", acrescenta.

É essencial que a vítima registre uma ocorrência ou, se possível, denuncie por meio do 180, Central de Atendimento à Mulher. No caso de Aila, em que o funcionário trabalha na CCR Metrô, protocolar reclamações no RH e no canal de ouvidoria da empresa também é válido.

A advogada ainda reforça que o decreto nº 35.804 de 05 de agosto de 2022, mais conhecida como 'Lei do Assédio', pode ser incluída como exposição ao constrangimento nesses casos e deve ser aplicada para os ambientes públicos de uma forma geral, "que estipula sanções para indivíduos que cometam assédio contra as mulheres ou que as exponham publicamente ao constrangimento (...) se incluem os transportes públicos".

Resposta da CCR Metrô Bahia
Até a publicação desta matéria, a empresa não retornou aos questionamentos enviados. Este espaço está aberto para respostas.

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Seis suspeitos foram conduzidos a delegacia após ser flagrados em um galpão às margens da BA- 099, em Abrantes, que comercializava peças de carros roubados. O flagrante ocorreu na manhã da última quarta-feira (28), quando policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Polo Industrial foram informados de que um veículo roubado se encontrava nesse galpão.

No local, os militares observaram que se tratava de um estabelecimento que comercializava peças de carros roubados. No quintal desse imóvel funcionava um suposto desmanche de veículos, várias peças de carros sem identificação, muitas placas de carros roubados, além de diversos automóveis oriundos de roubos prontos para serem desmanchados. O seis suspeito foram conduzidos a delegacia junto com todo o material apreendido para a delegacia, onde foram tomadas as medidas cabíveis e o local foi interditado para perícia.

 

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