Domingo, 05 Maio 2024 | Login

Uma mulher, que não teve a identidade revelada, foi presa em flagrante após tentar esfaquear uma policial civil e ferir outro dois agentes dentro da 26ª Delegacia Territorial de Vila de Abrantes, orla de Camaçari, nesta terça-feira (12).

Segundo informações preliminares, a mulher compareceu a unidade policial pedindo um copo de água, após a servidora dá as costas, ela tentou esfaquear a policial. Ao perceber a ação criminosa, para defender a colega de profissão, dois policiais agiram e tentaram controlar a mulher, que estava alterada e provavelmente em surto psicótico, foram feridos com golpes de arma branca.

Os dois policiais foram encaminhados para o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), mas não correm risco de vida. Eles já foram atendidos, medicados e liberados.

O Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) já está prestando apoio aos policiais envolvidos. O Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional da Polícia Civil (DPSV) enviou equipes à unidade de saúde e vai acompanhar o tratamento pós-hospitalar.

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A Polícia Civil da Bahia, por meio dos Departamentos Operacionais, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (1), a Operação Paz, uma ação integrada nacional de repressão e prevenção aos crimes relacionados a mortes violentas intencionais (MVIs).

Mandados de prisão e de busca e apreensão serão cumpridos em doze unidades federativas que participam da operação, deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Na Bahia, as ordens judiciais serão cumpridas em municípios com alto índice de criminalidade, sendo que três deles fazem limite com outros estados. “Estamos empregando toda expertise de inteligência policial e operacional para reduzir esses índices e promover a paz e o equilíbrio social para a população baiana”, ressaltou a delegada-geral Heloísa Campos de Brito.

Estão envolvidos na operação mais de 200 policiais civis dos departamentos de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP); de Polícia Metropolitana (Depom); de Polícia do Interior (Depin); Especializado de Investigações Criminais (DEIC); de Inteligência Policial (DIP); Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc); de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco); e das Coordenações de Polícia Interestadual (Polinter) e de Operações e Recursos Especiais (Core).

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Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta quinta-feira (31) em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, para apreender um macaco-prego (gênero sapajus) que estava sendo criado em uma residência com documentação falsa. A Operação Sapajus, deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Ibama, investiga o tráfico de animais.

A criação de animais silvestres só é permitida quando estes são adquiridos de criadores comerciais registrado no Ibama, que tenham Cadastro Técnico Federal (CFT) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).

A equipe da PF cumpriu hoje o mandado de busca e apreensão que foi expedido pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, encaminhando o animal para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama. Lá, ele passará por reabilitação para uma possível devolução à natureza.

Os investigados pela comercialização do animal vão responder por tráfico de animais e falsificação de documento público. As penas, juntas, podem chegar a sete anos de prisão.

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A Polícia Civil da Bahia afirmou, no fim da manhã desta terça-feira (29), que a chacina com nove mortes em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, foi motivada por ciúmes. O caso ocorreu na manhã de segunda-feira (28) e, horas depois, um suspeito de envolvimento com a ação criminosa foi preso e outros dois - entre eles o mandante do ataque - morreram em confronto com policiais civis.

Conforme a delegada Christiane Inocência Coelho, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), os quatro autores do crime fazem parte de uma facção criminosa. Porém, o que motivou a ação foi ciúmes do mandante contra uma das vítimas, identificada como Preá - que era procurado pela polícia e tinha mandados judiciais expedidos por lesão corporal, tráfico de drogas, homicídio e violência doméstica.

"Estamos trabalhando com [a hipótese de] crime passional e as diligências permanecem. Não posso informar nomes, porque comprometeria o andamento das investigações, mas temos um alvo principal e um alvo aleatório", disse a delegada, complementando que a polícia está em busca do quarto homem.

Segundo a diretora do Depom, o alvo dos criminosos, Preá, "era ex-namorado da atual namorada do mandante do crime". "Entre as vítimas, está uma senhora de prenome Cristiane, que é a mãe da atual namorada do executor", acrescentou.

Cristiane e Preá estavam na casa incendiada, juntos com mais três crianças, dois adultos. Estavam também no mesmo imóvel um bebê, que foi poupado pelos criminosos e foi resgatado pelo pai, e um adolescente de 12 anos, que está hospitalizado com lesões graves.

"Possivelmente, eram pessoas de uma mesma família nessa casa, mas só vamos ter certeza a partir dos exames. Os corpos estavam carbonizados, não terminou ainda o processo de identificação. Se não tem dados de identificação, não tem como termos nomes delas. Sabemos que são sete pessoas mortas na mesma casa, mas quem eram essas pessoas, só a perícia vai afirmar".

As três crianças e o adolescente são irmãos da mulher que namorava com o mandante do crime - ela estava fora de casa quando tudo aconteceu e não teve nome divulgado. O bebê tem entre um ano e meio a dois anos, e foi resgatado pelo pai. Não foi detalhado como ocorreu o resgate, nem o grau de parentesco dele com as outras pessoas no local.

Sobrevivente salvo por 'verdadeiras mártires'
O menino de 12 segue internado na ala de queimados do Hospital Geral do Estado, na capital baiana, em estado gravíssimo, de acordo com a polícia. Ele teve queimaduras em mais da metade do corpo e já prestou depoimento.

Segundo a delegada, o garoto se escondeu debaixo de uma cama e, por isso, não foi visto pelos criminosos durante ação. Mesmo com ferimentos causados pelo fogo, ele conseguiu sair na rua pedindo socorro e bateu nas portas de alguns vizinhos, até ser acolhido por duas moradoras em um dos imóveis. Ambas foram mortas a tiros.

"Essas duas senhoras são verdadeiras mártires dessa barbárie. Elas abriram a porta para essa criança, oportunidade em que os executores perseguiram a criança e mataram as senhoras", afirmou Christiane, ressaltando que no segundo imóvel não havia indícios de fogo, nem outros ocupantes.

Durante a manhã, o Departamento de Polícia Técnica informou que foram identificadas duas vítimas: Clícia Costa Magalhães, de 35 anos, e Sara Miranda Magalhães, 56 anos. A Polícia Civil não confirma se havia grau de parentesco entre elas, em qual das casas elas estavam, nem se elas foram as que salvaram o menino.

Até o início da tarde desta terça, os corpos de todas as vítimas seguiam à espera de familiares para serem liberados do Instituo Médico Legal de Camaçari, também na RMS.

Entenda o caso
Duas famílias em casas vizinhas foram encontradas mortas nesta segunda-feira (28) na zona rural de Mata de São João . Na comunidade de Portal do Lunda, uma das moradias foi incendiada e sete pessoas foram carbonizadas, incluindo três crianças. Na outra, duas mulheres foram mortas a tiros.

Em entrevista ao g1, o perito Tiago Silva afirmou que pelo menos um homem foi morto a tiros antes de o imóvel ser incendiado, contudo, devido ao estado dos corpos, não é possível afirmar que as outras pessoas também foram baleadas.

Um suspeito de participar da chacina foi preso, e dois morreram em confronto com policiais civis, na madrugada desta terça-feira (29). Segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram encontrados escondidos em uma região de mata. O homem que foi preso, conforme a delegada, foi ouvido, mas não deu informações relevantes para os investigadores.

Onde fica a cidade?

Com praias paradisíacas, Mata de São João é um importante destino turístico na Bahia. Apesar de ser bastante conhecido pelos distritos de Praia do Forte e Imbassaí, o município, de 46 mil habitantes, também tem uma vasta área rural, longe das praias e da badalação.

Foi justamente nesse trecho mais afastado que ocorreu a barbárie. "Em toda a minha experiência profissional, nunca vi nada parecido. É um fato absolutamente terrível, que também deixou a população local em choque", comentou a diretora do Depom.

A cidade tem quase 47 mil habitantes, mas o local onde as vítimas foram achadas fica a seis quilômetros da sede e é pouco habitado. Conhecida como Portal do Lunda, a área fica na Colônia Juscelino Kubitschek, uma região que foi povoada por japoneses que vieram para o Brasil alguns anos após a Segunda Guerra Mundial.

Ao longo dos anos, os japoneses saíram da colônia em direção à sede do município e à capital do estado, Salvador. Segundo a assessoria de Mata de São João, os matenses, pessoas que nascem no município, estão em sua maioria na zona rural.

De acordo com a prefeitura, a cidade costumava ser pacata, especialmente a área rural. Entretanto, em 2011, houve uma onda de violência na região e um dos crimes mais graves envolvei três adolescentes, mortos a tiros em uma localidade conhecida como Vinte Mil.

Nos anos seguintes, o local voltou a ter a tranquilidade de antes, até que em 2023 fazendeiros com propriedades na zona rural perceberam movimentações estranhas na região. De acordo com a prefeitura, eles relataram que pessoas desconhecidas estavam circulando armadas pela localidade.

 

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Um homem de 44 anos foi morto a tiros neste domingo (27), no km 43 da BA-099, próximo à entrada de Guarajuba, destino turístico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. As informações são das polícias Civil e Militar.

A Polícia Civil detalhou que Luciano de Souza Fonseca usava roupa de ciclista, mas a bicicleta que ele conduzia não foi encontrada e, por isso, a principal linha de investigação do crime é latrocínio, quando há roubo seguido de morte.

Laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) vão contribuir para o esclarecimento do caso, informou a Polícia Civil. Algumas pessoas estão sendo ouvidas e os investigadores buscam por imagens de câmeras nas proximidades de onde o corpo foi encontrado.

A PM, que atendeu a ocorrência, disse que agentes foram à rodovia depois de denúncias de que um homem estaria ferido após tiros de arma de fogo. No local, os PMs constaram a morte de Luciano e isolaram a área.

A Polícia Técnica foi acionada para emoção do corpo. A autoria e motivação do crime serão investigadas pela Polícia Civil.

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Os corpos de Wellington Rocha dos Santos, 46 anos, e do filho dele, Luís Henrique Santana dos Santos, 23 anos, foram sepultados na manhã desta segunda-feira (31), no Cemitério do Campo Santo, em Salvador. Os dois foram assassinados por homens armados quando voltavam de um passeio de jet ski em Barra do Jacuípe, no município de Camaçari, Região Metropolitana. Outra pessoa morreu e mais duas ficaram feridas. O caso está sendo investigado pela polícia.

Luís Henrique era filho único. Familiares e amigos ficaram emocionados durante o velório na capela 8. Muitos compareceram vestindo a camisa do Esporte Clube Bahia, time do qual pai e filho eram torcedores. Houve orações e aplausos antes da saída dos caixões, e o cortejo teve momentos de silêncio e cânticos religiosos até o local do sepultamento. O empresário Francisco Neto, 41 anos, é amigo próximo da família e contou que Wellington, conhecido como Jones, era uma pessoa bem-humorada. Eles ainda estão tentando entender o que aconteceu.

"Recebi a notícia no domingo pela manhã. É uma tragédia muito grande, foi uma perda lastimável. Jones [Wellington] e o filho eram pessoas queridas. Eu tinha um laço de amizade muito forte com Jones, era uma pessoa que visitava minha casa e que estava sempre com a gente. Era um cara que tinha uma alma maravilhosa. O pai dele está derrotado, um senhor tendo que enterrar o filho e a gente sabe que a lei da vida não é essa", disse.

Outra amiga da família, Mara Nunes, reclamou da escalada da violência e cobrou ações mais enérgicas das autoridades. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, de janeiro até o dia 28 de julho, foram registrados 939 tiroteios em Salvador e Região Metropolitana, uma média de 4,5 confrontos por dia. No total, 900 pessoas foram baleadas e apenas 189 sobreviveram.

 

"Está doendo muito ver pai e filho nessa situação. Para quem conheceu a alegria desse homem isso dói muito. Eu soube pela televisão e fiquei abalada. O que está acontecendo nesta terra? Toda semana é um caso novo, todo dia é isso. Estamos sofrendo. Nesse caso, a família ficou acabada. A esposa dele [Wellington] perdeu o marido e o filho. Isso dói demais. A gente precisa de um basta nessa situação", disse.

Violência

Era um dia ensolarado de sábado e pai e filho aproveitaram para fazer um passeio de jet ski, mas quando desembarcaram e seguiam para casa foram surpreendidos por bandidos. Os criminosos estavam em motocicletas, atiraram nas vítimas e depois fugiram.

Durante a confusão cinco pessoas ficaram feridas. Além de Wellington e Luís Henrique, o primo deles, o músico Marcus Vinicius Pereira Santos de Jesus, 19 anos, foi atingido e não resistiu. As outras duas pessoas baleadas não tiveram as identidades reveladas.

O crime deixou os moradores de Camaçari assustados. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, contou que confrontos estão se tornando frequentes na cidade e que já ouviu disparos próximo de casa.

“O que assusta é que não tem mais horário para essas coisas acontecerem. No caso deles, por exemplo, foi durante o dia. Os bandidos se sentem à vontade para agir em qualquer horário. Existe guerra entre facções, mas é preciso que tenha também ações do poder público que envolvam todos, governo, prefeitura e união”, desabafou.

Um homem, que também pediu anonimato, contou que precisou alterar a rotina. “Infelizmente, não temos como aproveitar os bares e sorveterias que tem em Barra do Jacuípe. Eu adoraria sentar com minha esposa para comer um acarajé e me distrair um pouco, mas não tem como a gente fazer isso. A droga chegou, as facções chegaram, os tiroteios aumentaram e a gente ficou refém da criminalidade”, disse.

O autônomo Maurício Santos, 21 anos, era amigo de Luís Henrique e contou que soube do atentado no dia seguinte. Nesta segunda-feira, ele e os amigos fizeram uma homenagem. O grupo de cerca de dez jovens vestiu camisas com a foto de Henrique e levaram motocicletas até a entrada do cemitério. Quando o cortejo com o caixão passou, eles aceleraram os motores. Familiares assistiram, agradeceram e se emocionaram.

“Ele comprou uma moto tem dois meses. Ele adorava andar, fazer manobras, treinar, como a gente chama. Era uma pessoa de bom coração. Sempre alegre e não tinha besteira com nada, ajudava quem precisava. Eu vou sentir muita falta dele. Foi um bom amigo”, contou Maurício.

No dia do atentado, Luís Henrique mandou uma mensagem para uma amiga, Júlia Sousa, perguntando como a mãe dela estava. “Minha mãe está internada e eu fiz uma postagem nas redes sociais com a foto dela. Ele viu e mandou uma mensagem, disse que ela parecia estar melhor e que ela ia ficar bem. Ele sempre perguntava se ela tinha melhorado”, afirmou, emocionada.

Centenas de pessoas compareceram e o cortejo do sepultamento foi extenso. Familiares precisaram ser amparados. Os amigos acreditam que pode ter ocorrido um mal-entendido. Eles disseram que nos dias anteriores ao atendado pai e filho não demonstraram preocupação ou alterações de comportamento, e cobraram da polícia celeridade na investigação.

Procurada pelo CORREIO, a Polícia Civil respondeu em nota. A instituição informou que investigadores da 33ª Delegacia (Monte Gordo) estão apurando o caso, com apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).

“As equipes realizam diligências investigativas, busca de imagens de câmeras de vigilância e demais elementos que possam esclarecer a autoria e motivação do crime, que ainda não apresenta elementos para a possível ligação com as mortes de suspeitos em confronto com policiais militares”, diz a nota.

Confronto

O ataque aos banhistas em Barra do Jacuípe aconteceu poucas horas depois que sete suspeitos de envolvimento com o tráfico foram mortos em confronto com a Polícia Militar, na noite desta sexta-feira (28), em Camaçari. A polícia está apurando se há relação entre os casos, mas moradores acreditam que traficantes podem ter atirado aleatoriamente na praia para intimidar grupos rivais.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), na noite de sexta-feira, a polícia recebeu a denúncia de que um grupo estava se preparando para atacar uma facção rival. Os criminosos estavam na localidade de Jauá.

Equipes do Bope, da Cipe Polo Industrial, Rondesp RMS e do Tático Ostensivo Rodoviário reforçaram o policiamento e durante as rondas os militares encontraram um grupo com cerca de 15 suspeitos.

Ainda segundo a SSP, quando os policiais se aproximaram, os homens atiraram e correram para uma região de mata. Houve tiroteio e após o confronto as equipes encontraram sete integrantes do grupo feridos. Eles foram socorridos para o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. O restante do grupo fugiu.

Os corpos de Wellington Rocha dos Santos, 46 anos, e do filho dele, Luís Henrique Santana dos Santos, 23 anos, foram sepultados na manhã desta segunda-feira (31), no Cemitério do Campo Santo, em Salvador. Os dois foram assassinados por homens armados quando voltavam de um passeio de jet ski em Barra do Jacuípe, no município de Camaçari, Região Metropolitana. Outra pessoa morreu e mais duas ficaram feridas. O caso está sendo investigado pela polícia.
 
Luís Henrique era filho único. Familiares e amigos ficaram emocionados durante o velório na capela 8. Muitos compareceram vestindo a camisa do Esporte Clube Bahia, time do qual pai e filho eram torcedores. Houve orações e aplausos antes da saída dos caixões, e o cortejo teve momentos de silêncio e cânticos religiosos até o local do sepultamento. O empresário Francisco Neto, 41 anos, é amigo próximo da família e contou que Wellington, conhecido como Jones, era uma pessoa bem-humorada. Eles ainda estão tentando entender o que aconteceu.
 
"Recebi a notícia no domingo pela manhã. É uma tragédia muito grande, foi uma perda lastimável. Jones [Wellington] e o filho eram pessoas queridas. Eu tinha um laço de amizade muito forte com Jones, era uma pessoa que visitava minha casa e que estava sempre com a gente. Era um cara que tinha uma alma maravilhosa. O pai dele está derrotado, um senhor tendo que enterrar o filho e a gente sabe que a lei da vida não é essa", disse.
 
Outra amiga da família, Mara Nunes, reclamou da escalada da violência e cobrou ações mais enérgicas das autoridades. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, de janeiro até o dia 28 de julho, foram registrados 939 tiroteios em Salvador e Região Metropolitana, uma média de 4,5 confrontos por dia. No total, 900 pessoas foram baleadas e apenas 189 sobreviveram.
 
"Está doendo muito ver pai e filho nessa situação. Para quem conheceu a alegria desse homem isso dói muito. Eu soube pela televisão e fiquei abalada. O que está acontecendo nesta terra? Toda semana é um caso novo, todo dia é isso. Estamos sofrendo. Nesse caso, a família ficou acabada. A esposa dele [Wellington] perdeu o marido e o filho. Isso dói demais. A gente precisa de um basta nessa situação", disse.
 
Violência
 
Era um dia ensolarado de sábado e pai e filho aproveitaram para fazer um passeio de jet ski, mas quando desembarcaram e seguiam para casa foram surpreendidos por bandidos. Os criminosos estavam em motocicletas, atiraram nas vítimas e depois fugiram.
 
Durante a confusão cinco pessoas ficaram feridas. Além de Wellington e Luís Henrique, o primo deles, o músico Marcus Vinicius Pereira Santos de Jesus, 19 anos, foi atingido e não resistiu. As outras duas pessoas baleadas não tiveram as identidades reveladas.
 
O crime deixou os moradores de Camaçari assustados. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, contou que confrontos estão se tornando frequentes na cidade e que já ouviu disparos próximo de casa.
 
“O que assusta é que não tem mais horário para essas coisas acontecerem. No caso deles, por exemplo, foi durante o dia. Os bandidos se sentem à vontade para agir em qualquer horário. Existe guerra entre facções, mas é preciso que tenha também ações do poder público que envolvam todos, governo, prefeitura e união”, desabafou.
 
Um homem, que também pediu anonimato, contou que precisou alterar a rotina. “Infelizmente, não temos como aproveitar os bares e sorveterias que tem em Barra do Jacuípe. Eu adoraria sentar com minha esposa para comer um acarajé e me distrair um pouco, mas não tem como a gente fazer isso. A droga chegou, as facções chegaram, os tiroteios aumentaram e a gente ficou refém da criminalidade”, disse.
 
O autônomo Maurício Santos, 21 anos, era amigo de Luís Henrique e contou que soube do atentado no dia seguinte. Nesta segunda-feira, ele e os amigos fizeram uma homenagem. O grupo de cerca de dez jovens vestiu camisas com a foto de Henrique e levaram motocicletas até a entrada do cemitério. Quando o cortejo com o caixão passou, eles aceleraram os motores. Familiares assistiram, agradeceram e se emocionaram.
 
“Ele comprou uma moto tem dois meses. Ele adorava andar, fazer manobras, treinar, como a gente chama. Era uma pessoa de bom coração. Sempre alegre e não tinha besteira com nada, ajudava quem precisava. Eu vou sentir muita falta dele. Foi um bom amigo”, contou Maurício.
 
No dia do atentado, Luís Henrique mandou uma mensagem para uma amiga, Júlia Sousa, perguntando como a mãe dela estava. “Minha mãe está internada e eu fiz uma postagem nas redes sociais com a foto dela. Ele viu e mandou uma mensagem, disse que ela parecia estar melhor e que ela ia ficar bem. Ele sempre perguntava se ela tinha melhorado”, afirmou, emocionada.
 
Centenas de pessoas compareceram e o cortejo do sepultamento foi extenso. Familiares precisaram ser amparados. Os amigos acreditam que pode ter ocorrido um mal-entendido. Eles disseram que nos dias anteriores ao atendado pai e filho não demonstraram preocupação ou alterações de comportamento, e cobraram da polícia celeridade na investigação.
 
Procurada pelo CORREIO, a Polícia Civil respondeu em nota. A instituição informou que investigadores da 33ª Delegacia (Monte Gordo) estão apurando o caso, com apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).
 
“As equipes realizam diligências investigativas, busca de imagens de câmeras de vigilância e demais elementos que possam esclarecer a autoria e motivação do crime, que ainda não apresenta elementos para a possível ligação com as mortes de suspeitos em confronto com policiais militares”, diz a nota.
 
Confronto
 
O ataque aos banhistas em Barra do Jacuípe aconteceu poucas horas depois que sete suspeitos de envolvimento com o tráfico foram mortos em confronto com a Polícia Militar, na noite desta sexta-feira (28), em Camaçari. A polícia está apurando se há relação entre os casos, mas moradores acreditam que traficantes podem ter atirado aleatoriamente na praia para intimidar grupos rivais.
 
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), na noite de sexta-feira, a polícia recebeu a denúncia de que um grupo estava se preparando para atacar uma facção rival. Os criminosos estavam na localidade de Jauá.
 
Equipes do Bope, da Cipe Polo Industrial, Rondesp RMS e do Tático Ostensivo Rodoviário reforçaram o policiamento e durante as rondas os militares encontraram um grupo com cerca de 15 suspeitos.
 
Ainda segundo a SSP, quando os policiais se aproximaram, os homens atiraram e correram para uma região de mata. Houve tiroteio e após o confronto as equipes encontraram sete integrantes do grupo feridos. Eles foram socorridos para o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. O restante do grupo fugiu.
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O governo da Bahia analisa a documentação de uma segunda empresa que tenta implantar câmeras de segurança no fardamento de policiais. A informação foi confirmada, nesta segunda-feira (24), pelo secretário de segurança pública Marcelo Werner, depois de um final de semana marcado por crimes na capital baiana.

De acordo com o secretário, a expectativa é que até o final de 2023 as câmeras estejam em operação no fardamento dos policiais.

"É uma licitação complexa. Uma primeira empresa foi chamada e não atendeu a alguns requisitos importantes. Agora, houve o chamamento de uma outra empresa que está com a documentação em análise".

Em maio de 2023, a SSP cancelou a licitação para a aquisição dos serviços de câmeras corporais depois que empresas da área de tecnologia pediram esclarecimentos e impugnações. A suspensão aconteceu no mesmo dia em que deveria ocorrer o pregão eletrônico para registro de preço e contratação da ferramenta.

Em entrevista ao Bahia Meio Dia, o secretário falou sobre os casos recentes de morte por armas de fogo no estado e o envolvimento da polícia nas ações.

"Muitas vezes esses casos são resultados de confrontos entre facções, ou entre facções e a polícia. Sempre que acontece um caso desse tipo, a gente tem que apurar rápido para dar uma resposta, seja com a Polícia Civil, a Polícia Técnica ou a Corregedoria da Polícia Civil que apura os casos de abuso", comentou.

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Um homem foragido da Justiça foi capturado, nesta quarta-feira (5), com o auxílio do sistema de reconhecimento facial da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), em Camaçari.

De acordo com informações policiais, ele era procurado pela Justiça por tráfico de drogas, e passava por um dos pontos monitorados pelas câmeras inteligentes no município, que indicou a sua semelhança com o registro.

Equipes do Centro Integrado de Comunicações (Cicom), localizado no Centro de Operações e Inteligência (COI), acionaram guarnições do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM) Camaçari, que rapidamente encontraram o suspeito.

Os documentos de identificação do homem foram confirmados, e ele foi encaminhado para a 18ª Delegacia Territorial (DT), onde teve o mandado expedido pela Vara do Júri e Execuções Penais de Camaçari, cumprido.

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Um rapaz de 19 anos foi espancado até a morte na noite de domingo (2), depois de uma confusão durante uma festa na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

Segundo as primeiras informações, Nicollas Ruan Santos Brandão foi seguido e morto no Centro da cidade depois de se envolver em uma briga em uma festa no bairro 2 de Julho. Não há informação sobre o que motivou o desentendimento.

Dois suspeitos foram detidos, segundo a Polícia Civil. Um de 18 anos, que foi preso, e um adolescente de 17 anos, que foi apreendido.

Uma moto que teria sido usada pelos dois suspeitos foi encontrada abandonada após uma batida perto do local do crime. O veículo foi levado para a 18ª Delegacia (Camaçari).

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A Polícia Militar intensificou o policiamento na região de Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador, após o registro de sete homens entre a noite de quarta-feira (28) e a manhã de quinta (29). A Polícia Civil investiga se há relação entre os assassinatos.

Os crimes aconteceram em diferentes bairros da cidade e ainda não há informações sobre autoria, nem sobre motivações. Ninguém foi preso.

Segundo a Polícia Militar, o policiamento foi reforçado com equipes de unidades especializadas nas localidades Nova Vitória, Sítio Verde, Bairro dos 46 e Lama Preta.

As vítimas tinham entre 20 e 45 anos e foram identificadas como:

Everton Simões Oliveira, de 20 anos, no Parque Verde;
David Silva Oliveira, de 23, no bairro Lama Preta;
Uellington de Jesus Santos, de 27, no bairro Nova Vitória;
Plínio de Almeida Franca Júnior, de 45, no bairro Quarenta e Seis;
Marcos Santos da Mota, de 35 anos, no Dois de Julho;
Carlos Douglas Reis da Silva, de 26, no bairro Verdes Horizontes;
Mateus Santos de Jesus, de 22, também no bairro Verdes Horizontes.


A 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari) investiga os casos.

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