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Quatro suspeitos, um deles foragido por homicídio, foram presos na quarta-feira (30) em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, em uma ação que teve ainda apressnaõ de uma submetralhadora, uma pistola, um revólver e munições.

Dois dos suspeitos foram presos no bairro da Lama Preta durante ações ostensivas do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Camaçari). Eles tentaram escapar, mas foram alcançados. Com eles, foram apreendidos uma submetralhadora calibre 9mm, carregador, munições e oito porções de maconha.

O segundo flagrante envolveu outra equipe que patrulhava no bairro Alto da Bela Vista. Os PMs desconfiaram do volume por baixo da camisa de um homem na rua e fizeram a abordagem. Encontraram com ele um revólver calibre 38, munições e R$ 55.

Por último, no bairro Nova Vitória, um criminoso reagiu a uma tentativa de abordagem de outra guarnição. Segundo a polícia, houve troca de tiros e o homem foi baleado. Ele foi encaminhanado para o Hospital Geral de Camaçari. Com ele foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, carregador, munições, cinco pinos de cocaína e 60 embalagens com crack.

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“As minhas terras ele não vai roubar. Estou disposto a brigar, lutar a qualquer hora”. O trecho é de uma mensagem gravada em fevereiro deste ano por Wilson Messias de Souza, o Cidinho, 56 anos, um dos herdeiros do Loteamento Hilda Malícia, em Vila de Abrantes, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No vídeo, ele denuncia um esquema de grilagem envolvendo policiais militares e pelo qual vinha sendo ameaçado. Dois meses após a denúncia, Wilson foi assassinado por uma dupla de motoqueiros em Abrantes.

O vídeo já foi analisado pela Polícia Civil. O CORREIO teve acesso com exclusividade à gravação uma semana após as mortes do soldado da PM Ítalo de Andrade Pessoa e o amigo dele, o ex-fuzileiro naval Cleverson Santos Ribeiro, assassinados no dia 11 deste mês em Camaçari. Segundo moradores da região, um dos autores dessas execuções, um sargento da 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de Abrantes), e um outro PM, um tenente da 31ª CIPM de Valéria, fazem parte da mesma milícia que vem atuando no Loteamento Hilda Malícia, intimidando pouco mais de 40 pessoas que compraram terreno no local – uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados – e ameaçando também Cidinho.

Estes militares estariam a serviço de um dos sócios de uma imobiliária, Cleves Salviano da Silva, mencionado em vídeo feito pelo próprio Cidinho. “Tem um suposto proprietário, tal de Cleves Salviano da Silva. Esse cara aí está enchendo o meu saco. Fui na corregedoria, na delegacia e nada resolve porque ele disse que compra todo mundo. Compra juiz, compra delegado, agentes policiais, compra até o comandante da PM ... Ele tem dinheiro. Mas é grileiro. É do Belém do Pará. Saiu de lá para roubar as terras aqui. As minhas terras ele não vai roubar...”, diz a mensagem de Cidinho, gravada dois meses antes de ele ter sido assassinado.

De acordo com o vídeo, moradores da região e de parentes de Cidinho, Cleves seria um grileiro que comanda uma milícia formada por PMs que trabalham em companhias de Camaçari e de Salvador. Sob ameaça de morte, o grupo vem tomando terrenos para revendê-los em Vila de Abrantes, Arembepe, Barra de Jacuípe e no município vizinho de Simões Filho. Cleves já responde processo por formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos (leia abaixo).

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que o assassinato de Cidinho é investigado pela 26ª Delegacia (Vila de Abrantes), unidade onde a vítima já havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça contra Cleves e outras três pessoas. Na ocasião, a PM foi acionada para conter um grupo de homens armados, mas nenhuma arma foi apreendida. No entanto, todos foram conduzidos à delegacia.

Em relação à morte de Cidinho, a reportagem questionou a delegada Daniele Monteiro, titular da 25ª DP, se Cleves em algum momento foi intimado no inquérito que apura o crime. Por meio da assessoria da PC, a delegada respondeu que “a morte de Wilson segue em apuração na 26ª DT, sem autoria definida”. Já sobre a denúncia compartilhada nas redes sociais, a delegada através da assessoria disse que “o vídeo já foi analisado”.

Esta não foi a primeira vez que o CORREIO apura denúncia contra invasões de terra em Camaçari. Em maio de 2018, terrenos invadidos na localidade de Sangradouro, em Arembepe, eram vendidos entre R$ 5 mil e R$ 40 mil na internert. Em 2002, quando a invasão teria iniciado, 14 imóveis ocupavam a região. Na ocasião em que a reportagem foi publicada, havia mais de 300 construções irregulares.

Crime
Apesar de a polícia não dar detalhes sobre a investigação que apura a morte de Cidinho, parentes da vítima não têm dúvida de que o crime está relacionado com a ação de grilagem comandada por Cleves no Loteamento Hilda Malícia, uma região que foi ainda valorizada com a construção de empreendidos como o Outlet Premium Salvador, em Abrantes. “Cidinho não aceitava o que eles vêm fazendo. Eles querem tomar a terra que é por direito nossa, herança de nossa família. Cidinho foi várias vezes ameaçado pelos capangas de Cleves”, declarou um dos irmãos de Cidinho que preferiu não revelar o nome.

Ele disse ao CORREIO que o loteamento fazia parte da Fazenda Malícia, uma área de 757 mil metros quadrados pertencente ao avô deles, Rufino Bonfim, conforme uma declaração de 05 de fevereiro de 1965. Com o passar dos anos, as terras foram divididas e posteriormente vendidas. Seu Rufino faleceu e deixou oito filhos, que lhe deram netos, entre eles Maria Hilda, que também já morreu. Como ela não era casa e nem teve filhos, os seus irmãos herdaram a sua parte, os cerca de 24 mil metros quadrados, que passaram a ser loteados há pouco tempo na Rua Malícia de Cima.

No entanto, há cerca de um ano, os herdeiros foram surpreendidos com a chegada dos grileiros que se apresentavam como donos do terreno e ameaçavam com homens armados as pessoas que já adquiriram seus lotes. “Ele (Cleves) não tem escritura. O documento que ele diz por aí que tem é de uma propriedade no Alto das Pombas, em Salvador”, disse um dos herdeiros exibindo documentos que comprovam a relação de parentesco com Rufino Bonfim e Maria Hilda.

Ele disse que Cidinho era o caçula dos irmãos e, por isso, tinha mais disposição para brigar pela família. Cabia à vítima a função de providenciar a escritura do terreno. "Ele já tinha ido algumas vezes na prefeitura de Camaçari, mas não tinha resolvido nada ainda", contou.

Diante da falta de respostas para suas denúncias formais aos órgãos da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), Cidinho, um dos herdeiros que vendia os lotes, denunciou o que seria um esquema de grilagem. Então, as intimidações passaram a ser mais constantes, o que levou a vítima a adotar uma atitude extrema. “Ele chegou num bar e atirou contra quatro homens de Cleves, dois deles policiais. Não matou ninguém”, contou o irmão. Neste dia, uma pessoa foi atingida na perna quando passava na hora.

No dia 12 de abril deste ano, Cidinho estava na Vila Tirantes, em Vila de Abrantes, quando foi surpreendido por dois homens numa moto. “Um deles disse: ‘Cidinho’ sua hora chegou’ e atirou. Ele morreu no local”, contou o irmão.

Ameaças
Uma semana após a morte de Cidinho, a presença dos policiais militares ligados a Cleves foi mais constante no Loteamento Hilda Malícia. “Cidinho era quem peitava eles por nós. Ele não admitia que tomasse as terras dele. Depois que ele morreu, os capangas de Cleves passaram a vir todos os dias, armados, dizendo que a gente não era dono de nada, que se quiséssemos morar no loteamento, teríamos que pagar a Cleves. Isso não é justo”, disse uma das pessoas que comprou o terreno exibindo um documento de compra e venda, assinado por Cidinho e reconhecido em cartório.

Na quinta-feira (24), o CORREIO esteve no Loteamento Hilda Malícia, que fica atrás do Outlet Premium Salvador, em Vila de Abrantes. A topografia do terreno realizada por uma empresa contratada por Cidinho em 12 de novembro de 2017 diz que a área de 23.552,63 metros quadrados está dividida em lotes de 140 metros quadrados, no entorno de quatro quadras e cinco ruas.

O local é um canteiro de obras. Para onde se olha tem blocos empilhados, máquinas funcionando, caçambas subindo e descendo o chão de barro. Foi nesse cenário que a reportagem conversou com alguns compradores dos lotes adquiridos nas mãos de um dos herdeiros. Eles contaram que, com a morte de Cidinho, os PMs derrubaram suas cercas e destruíram construções. “Peguei minhas economias e paguei R$ 12 mil por um lote, e eles (PMs) botaram tudo no chão e disseram que a gente aqui não é dono de nada”, declarou uma das pessoas que já havia adquirido o lote.

Segundo eles, Cleves está vendendo os lotes que já foram comprados e construindo um muro ao redor do loteamento. “Eu paguei R$ 10 mil e estou sendo expulso do meu lote para ele vender por R$ 50 mil, como vem fazendo com os outros terrenos. Já vieram falar comigo exibindo a arma na cintura”, contou outro comprador.

Uma mulher que também pagou R$ 10 mil por um lote teve a cerca derrubada e ouviu do próprio Cleves que teria que negociar com ele para ter o terreno de volta. “Eu fiquei sem reação e estou até hoje sem saber o que fazer. Algumas pessoas que bateram de frente, já tinha a casa erguida e mesmo assim foram expulsas. Eles colocaram fogo no telhado”, relatou ela.

Os entrevistados foram questionados se registraram um boletim de ocorrência e todos foram categóricos na resposta: não confiam na polícia. “A própria polícia está do lado dele (Cleves). A gente vai à delegacia e mandam voltar, dizendo que as terras são de Cleves. Cidinho morreu lutando por isso”, desabafou um dos compradores.

Ainda de acordo com eles, dois policiais, cujos nomes e fotos viralizaram em grupos de WhatsApp como supostos envolvidos nas mortes do soldado da PM Ítalo de Andrade Pessoa e o amigo dele, o ex-fuzileiro naval Cleverson Santos Ribeiro, assassinados no dia 11 deste mês em Camaçari, os intimidaram. “Estes dois aqui (diz apontando para as fotos no celular) estavam há pouco tempo por aqui, exibindo as armas, junto com outros capangas do grileiro. Um deles passou por mim e fez questão de levantar a camisa para exibir a pistola na cintura”, contou.

Enquanto o CORREIO apurava a denúncia, um grupo de homens estava posicionado a uma certa distância na parte alta do terreno. Eles monitoravam os passos da equipe e das pessoas entrevistadas. “São eles. Os milicianos não vieram agora porque vocês estão aqui, só por isso”, declarou um dos entrevistados. Eram três homens que chegaram ao local em um carro e uma moto e se posicionaram rente à construção de um muro erguido por Cleves para impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo grupo. Enquanto um permanecia o tempo todo sentado manuseando o celular, os outros dois prestavam atenção em tudo.

Imobiliária fechada
Após apurar a denúncia, o CORREIO procurou Cleves no local indicado pela população onde funciona o escritório de uma imobiliária. O escritório dele é situado no km 13 da Estrada do Coco, nas imediações da Prefeitura Avançada da Orla, em Abrantes. O local estava fechado. Segundo moradores, desde os assassinatos do PM Ítalo e do ex-fuzileiro naval, ninguém aparece na sala. Nada na fachada lembra uma corretora como outras da região. Não há nome da empresa na entrada e a porta é de vidro com uma película escura. Por uma fresta, dava para ver algumas cadeiras, uma mesa e um banner anunciando a venda de terrenos no Vivendas do Litoral – o interessado dá sinal de R$ 10 mil e paga o restante em 60 parcelas.

Há outros estabelecimentos comerciais, mas os seus proprietários e funcionários disseram que não sabiam do paradeiro de Cleves e tampouco queiseram comentar as acusações contra ele. A reportagem ligou também para o telefone de Cleves que consta numa ocorrência policial registrada por Cidinho na delegacia de Vila de Abrantes, mas ninguém atendeu.

Em 03 de janeiro de 2016, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Cleves e outras três pessoas pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos. Na denúncia do promotor Francisco Sérgio D’Andrea Espinheira, os quatro entraram com uma ação cautelar contra um dos sócios da Imobiliária Girassol Ltda, apresentando contratos falsos, selos inautênticos, alteração contratual com assinaturas falsas, quebra ilegal de sigilo bancário, de acordo com perícia criminal. O CORREIO procurou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e aguarda um posicionamento.

Sobre a atuação de grilagem da região de Camaçari, o MP-BA respondeu “ que não existe nada formalizado na Promotoria de Justiça Regional de Camaçari sobre grilagens. Trata-se de uma área muito visada e existem processos de reintegração de posse, cujos invasores são numerosos”, disse. O MP-BA sugeriu que o CORREIO procurasse a delegada Daniele Monteiro, titular da 26ª Delegacia (Vila de Abrantes). Através da assessoria, Monteiro respondeu: "as ocorrências de natureza criminosa registradas na 26ª DT/Abrantes, relacionadas a grilagem de terras em Camaçari, são apuradas pela unidade. Ações de natureza civil, como posse e propriedade de terra, não são de competência da polícia judiciária".

Em nota, a Polícia Militar da Bahia disse que "qualquer denúncia envolvendo policiais militares é apurada de forma rigorosa pela Corporação". "Os cidadãos que se sentirem aviltados em seus direitos devem procurar a Corregedoria da PM e registrar queixa para que o fato seja devidamente apurado, através de feito investigatório", diz nota.

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Três toneladas de drogas apreendidas em Salvador e Região Metropolitana foram incineradas nesta quarta-feira (23). Foram queimados crack, maconha e cocaína.

Com apoio da COE, equipes da Coordenação de Narcóticos do Draco levaram os 3.000 kg de entorpecentes até um município da RMS, onde foi realizada a destruição. Integrantes do Ministério Público Estadual e da Vigilância Sanitária acompanharam o procedimento.

“Solicitamos autorização da Justiça para ir destruindo todo o montante de entorpecentes apreendido ao longo do ano. Sempre depois dos materiais passarem por perícias no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Essa é mais uma etapa do trabalho de combate ao tráfico de drogas”, declarou a titular da Coordenação de Narcóticos do Draco, delegada Andréa Ribeiro.

Em Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) também promoveu destruição de drogas. Cerca de 300 kg de maconha, cocaína e crack foram incinerados.

Os entorpecentes foram apreendidos nos meses de agosto e setembro deste ano. "Também convidamos o Ministério Público para acompanhar todo o processo. Seguiremos firmes investigando e capturando aqueles que comercializam drogas", afirmou o titular da DTE de Vitória da Conquista, delegado Neuberto Costa Souza.

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Dois homens e duas mulheres que faziam parte de uma quadrilha de assaltantes que agia na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foram presos em Lauro de Freitas.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), ação conjunta da 52ª CIPM e da 23ª DT, ambas de Lauro de Feitas, resultou na desarticulação do grupo nesta segunda-feira (14). A operação, denominada de Amanhecer, flagrou os suspeitos por volta das 7h.

De acordo com a SSP-BA, guarnições da 52ª CIPM avistaram um carro modelo Polo, após cometer roubos, no Loteamento Miragem, em Lauro de Freitas, e conseguiram interceptar parte da quadrilha em Catu de Abrantes, na costa de Camaçari.

Conforme informações da secretaria, o restante da quadrilha foi encontrado em Jauá, também na costa de Camaçari.

Com os suspeitos foram apreendidos três veículos (HB20, Polo e Logan), dois revólveres calibre 38, munições, 57 caixas com produtos de beleza, uma cadeira usada em salão de beleza, um lavatório, nove celulares, capas de coletes balísticos e três capuzes.

Os presos e materiais apreendidos foram apresentados na 23ª DT.

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Apontada como líder de uma organização criminosa, a delegada Maria Selma Lima não é a única acusada de delitos pela representação enviada ao Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público. Os delegados Glória Isabel Santos, diretora em exercício do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), e Glauber Eiji Uchiyama, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), também são citados como integrantes do grupo.

Assinado em agosto deste ano pela delegada Carla Santos Ramos, o documento alega que Glória Isabel, que substituiu Maria Selma na diretoria do DCCP, seria o braço direito da servidora apontada como líder da organização.

A denúncia indica que Glória Isabel teria permitido que as ações ilícitas continuassem acontecendo mesmo com a exoneração de Maria Selma. Um fato citado no documento é a liberação de Jadson Sousa da Silva, conhecido como “Jau ou Zeus”, apresentado na 5ª Delegacia (Periperi) em junho deste ano. O homem possui dois mandados de prisão em aberto e compõe o “Baralho do Crime” da SSP por ser um dos indivíduos mais procurados da Bahia.

“Apesar da informação dos mandados de prisão em aberto, a DPC Gloria Isabel Santos o libera, entregando-o a seu advogado”, afirma a autora do relatório.

As acusações contra Glauber Eiji Uchiyama apontam que ele teria auxiliado Maria Selma a proteger um traficante identificado como Anderson Santos Carvalho, preso em janeiro de 2020, após denúncia anônima de que ele conduzia um veículo com odor de droga. Foram encontrados sete tabletes de pasta base de cocaína no painel do carro.

O então titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos não teria efetuado a prisão em flagrante de Anderson, além de não realizar oitiva do condutor do veículo, não representar por sua prisão, não instaurar Inquérito Policial e ainda levar consigo o original do Laudo do Entorpecente. Segundo Carla Ramos, Glauber assinou a ocorrência do preso e fez uma apresentação da droga à imprensa.

Neste caso, segundo o relatório, Anderson foi solto antes de ser solicitado o apoio dos cães farejadores da Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil. Com a chegada do canil, um dos cães sinalizou a presença da droga no veículo.

O documento afirma que o traficante foi liberado sem ser interrogado apesar da substância ter sido encontrada no veículo em que ele conduzia. “Sequer Inquérito Policial foi instaurado para apurar o fato”, conclui a delegada que fez as acusações.

Telefonema
O relatório ainda aponta que, segundo o investigador Saulo Paim, o delegado Glauber Uchiyama recebeu um telefonema de Maria Selma ordenando que o veículo apreendido fosse levado à sede do departamento para posterior liberação. O pedido teria sido realizado porque a ex-diretora do DCCP estaria em companhia do advogado de Anderson Santos Carvalho, que conduzia o carro.

O investigador ainda teria contado a Carla Ramos que a droga só foi encontrada no painel do carro pela sua insistência em chamar o mecânico.

O veículo foi liberado para o condutor, indica o relatório. Após o ocorrido no começo do ano, Glauber Uchiyama foi nomeado titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. “Não sabemos quantos veículos foram liberados a mando da DPC Maria Selma, sem uma investigação mais apurada que comprovasse a prática de crime e a autoria de delitos por quaisquer dos membros da Organização Criminosa chefiada pela mesma”, dispara a denúncia.

Procurado, Glauber Uchiyama preferiu não se posicionar, indicando que as respostas partem da assessoria de comunicação da Polícia Civil. A reportagem não conseguiu contato com a delegada Glória Isabel.

Em nota, a assessoria da polícia afirma que a Corregedoria da Instituição (Correpol) tomou conhecimento sobre um relatório com denúncias, na sexta-feira (4) e iniciou as apurações. Informa ainda que um procedimento relacionado a Maria Selma se encontra em andamento na Correpol e não há inquéritos instaurados contra os demais delegados citados no relatório.

Em resposta enviada ao CORREIO, o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB), delegado Fabio Lordello, afirma que a entidade acompanha o desdobramento dos fatos e vai prestar assistência jurídica a Glória Isabel e Glauber Uchiyama, que são sindicalizados.

“A ADPEB reafirma a importância de que toda investigação seja conduzida com transparência e que sejam asseguradas aos envolvidos todas as garantias constitucionais, notadamente o contraditório e a ampla defesa, direitos irrevogáveis atinentes a todos os cidadãos”, disse o presidente.

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Um homem suspeito de ter cometido homicídio na cidade de Capim Grosso, localizada a cerca de 275,5km de Salvador e 261,8km de Camaçari, foi preso no bairro do Phoc II, em Camaçari, na noite desta segunda-feira (7).

Segundo informações do 12º Batalhão, a prisão aconteceu na Rua Santa Luz, após policiais receberem uma denúncia de venda de drogas no local.

De acordo com os policiais, ao chegarem na localidade encontraram o homem com sete trouxas de cocaína, 17 doulas de maconha, uma balança de precisão, um relógio de ouro e R$ 35.

O suspeito e todo material apreendido foram encaminhados para a 27ª Delegacia Territorial (DT) de Itinga, em Lauro de Freitas.

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Confronto com policiais militares provocou a morte de 12 jovens na madrugada de sexta-feira (6).
Familiares e amigos das 12 vítimas fatais da operação policial comandada pela Polícia de Rondas Especiais (Rondesp), no bairro do Cabula, na madrugada de sexta-feira (6), estão fazendo um protesto na Estrada das Barreiras, próximo ao mercado Todo Dia.

De acordo com informações da Central de Polícia, o protesto começou por volta das 17h30, com o fechamento da via pública. Segundo testemunhas, os manifestantes chegaram a atear fogo em um ônibus.

A Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) informou que uma viatura foi deslocada para o local, mas não encontrou o grupo de manifestantes. Não há informações sobre a situação do trânsito no local.
Relembre o caso
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu a informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, e ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, doze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6).
Inocência
Famílias uniram-se pela dor no Cemitério Quinta dos Lázaros, no sábado (7), quando foram enterradas seis das 12 vítimas da operação policial. Dezenas de amigos, vizinhos e parentes estiveram presentes no sepultamento de Natanael de Jesus Costa, 17 anos, Vitor Nascimento, 20, Everson Pereira dos Santos, 26, Caíque Basto dos Santos, 16, Jeferson Rangel e Agenor Vitalino, 19, e afirmaram que os jovens eram inocentes.

Familiares das vítimas disseram que foram ameaçadas no bairro por policiais - que apontaram armas para os ônibus que saíram do fim de linha da Engomadeira para o enterro - e garantiram que havia policiais à paisana no cemitério.

"Eles estão botando medo, enfrentando a gente com armas. Os meninos protegiam a gente. A gente tem medo é da polícia", disse uma mulher que mora no bairro há 59 anos, pedindo anonimato. "É uma injustiça. Eles têm que pagar. É tudo mentira o que estão dizendo", bradou uma tia de Natanael que não quis se identificar, ao defender que o confronto alegado pela polícia não existiu.

"Todo mundo gostava do meu filho... Ele era inocente! Agora vou criar os dois irmãos sozinha e trabalhar sozinha, porque era ele quem me ajudava", lamentava, aos berros, a costureira Marina Lima de Oliveira, 56 anos. Avó de Natanael, ela o criou como filho junto com os dois irmãos.
Policiamento reforçado
O policiamento na Estrada das Barreiras foi reforçado nesta sexta-feira (6) depois da morte de 12 suspeitos em confronto com a Polícia Militar na região do bairro do Cabula, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Quatro guarnições da polícia de choque, com apoio da Rondesp, Esquadrão Águia e Operação Gêmeos vão agir no bairro por um tempo indeterminado.

Segundo a polícia, há preocupação com retaliações de criminosos e o policiamento é para evitar represálias à população. Além disso, ainda hoje pela manhã, uma guarnição da Rondesp voltou ao local do tiroteio e foi alvo de disparos, segundo a polícia.

Todos os mortos na ação policial já foram identificados, mas os nomes não foram divulgados até o momento. Pelo menos nove deles têm passagem policial, informa a SSP. A polícia também investiga a possibilidade dos suspeitos terem participado de um assalto a banco no Stiep esta semana.

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PM foi recebida a tiros por grupo de 30 homens. Durante o confronto, 15 pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital Roberto Santos.
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu uma informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, a ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, onze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. Já nesta manhã, mais uma delas morreu. Entre eles estavam um adolescente.

O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, todas as vítimas eram do sexo masculino. As outras três pessoas feridas no tiroteio continuam internada na unidade médica.

De acordo com a PM, junto com os criminosos foram encontrados uma grande quantidade de drogas ilícitas e 16 armas, muitas de calibre restrito. O policiamento foi intensificado na Estrada das Barreiras para impedir retaliações ou ameaças à população do bairro.

A identidade dos envolvidos ainda não foi divulgada pela polícia. Os corpos das vítimas fatais serão encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador, onde deverão passar por perícia.

Caso similar aconteceu no dia 17 de janeiro; relembre
Há 21 dias, também na Estrada das Barreiras, dois homens morreram e um tenente da PM ficou ferido em outra troca de tiros no local. O confronto aconteceu na madrugada do dia 17 de janeiro, em uma localidade conhecida como Vila Moisés.

Uma guarnição da Rondas Especiais (Rondesp/Central) realizava uma ronda no local quando suspeito da atitude de dois homens, que se esconderam ao ver a polícia. De acordo com a Polícia Militar, os policiais desceram da viatura e realizaram buscas no local.

Foi neste momento que eles encontraram um grupo de homens, que passou a atirar contra a PM. Um tenente da Rondesp foi baleado no pé direito, e durante o confronto, dois integrantes do grupo também foram baleados, enquanto os demais fugiram.

Tanto o tenente quanto os dois suspeitos foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Uma das vítimas foi identificada como Alexandre Leal, 22 anos. A dupla envolvida no tiroteio não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na instituição médica.

Já o militar foi transferido posteriormente para o Hospital São Rafael. O segundo rapaz que morreu após ser baleado no tiroteio ainda não foi identificado pelas polícias Civil e Militar.

Após a troca de tiros com o grupo, os policiais da Rondesp apreenderam duas armas - uma pistola Glock 9mm e um revólver de calibre 38. Também foram apreendidos 40 trouxas de maconha, cartuchos e cápsulas. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHP)), para onde o material apreendido também foi levado.

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Marivaldo Cosme dos Santos foi autuado em flagrante por estupro; caso aconteceu na Pituba nesta manhã.
Um homem foi preso após se masturbar e ejacular dentro de um ônibus na manhã desta sexta-feira (30). O crime aconteceu na Rua das Rosas - paralela à Avenida Paulo VI -, na Pituba, por volta das 7h40. De acordo com o delegado Nilton Tormes, da 16ª Delegacia Territorial (Pituba), o ônibus estava cheio.

"Ele aproveitou que tinha muita gente no coletivo para encostar e esfregar a genitália dele na perna da vítima, que também estava em pé. A mulher pediu diversas vezes que ele se afastasse e quando percebeu a calça dela já estava molhada", contou em entrevista ao Correio24horas.

Ainda de acordo com o delegado, outra mulher, que havia sido importunada no mesmo coletivo, ajudou a parar o ônibus após ver a situação. O homem, identificado como Marivaldo Cosme dos Santos, foi levado por policiais da 13ª Companhia Independente de Polícia Militar à delegacia, onde foi autuado em flagrante por estupro.

"Antigamente, só era considerado estupro a situação em que houvesse conjunção carnal. Hoje, entendemos que qualquer ato libidinoso pode ser enquadrado nesse crime, a exemplo de apalpar partes íntimas ou beijar a pessoa sem consentimento", explicou o delegado.

As roupas da vítima e do acusado foram encaminhadas à perícia. A segunda mulher, que também disse ter sido importunada dentro do coletivo, não chegou a prestar depoimento.

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O soldado Anderson passeava de bicicleta quando foi baleado por dois homens - polícia diz que alvo dos disparos eram dois jovens.
O policial militar que foi morto a tiros em uma praça de Alagoinhas, município localizado a 108 quilômetros, não era o alvo dos atiradores, informou a Polícia Civil.

Os autores do crime, que aconteceu por volta das 20h da quarta-feira (28), já foram identificados. Ainda segundo a Civil, os autores do crime foram dois traficantes que estiveram no bairro para executar rivais.

O soldado Anderson Pinheiro, lotado na Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Litoral Norte), foi baleado por engano.

Ele passeava de bicicleta pela Praça Santa Isabel quando foi atingido pelos disparos de arma de fogo desferidos por dupla de traficantes, que chegou no local em uma motocicleta em busca de outros dois jovens.

Os alvos dos tiros eram dois adolescentes, moradores da localidade do Barreiro, também estavam em uma motocicleta. Eles foram baleados na perna, sem gravidade, e socorridos para um hospital de Alagoinhas.

Após ser alvejado, o soldado Anderson caiu da bicicleta e ainda correu buscando socorro dentro de um bar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A dupla fugiu na motocicleta logo após realizar os disparos. De acordo com a Polícia Civil, a Justiça já deu entrada no mandado de prisão dos criminosos, que estão foragidos. O caso está sendo investigado pelo titular da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Alagoinhas, Jobson Marques).

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