Terça, 30 Abril 2024 | Login

Ao contrário do que desejam os milhares de desempregados pelo fechamento da fábrica da Ford em Camaçari, a solução para crise causada pela decisão da montadora norte-americana vai demorar de ser superada. Ainda que a notícia de que quatro montadoras chinesas estariam interessadas em assumir a operação – divulgada pela rede de televisão CNN – dificilmente a operação da fábrica seria retomada ainda este ano. E muito provavelmente em um patamar bem distante da capacidade atual de produção de 250 mil veículos por ano.

No comunicado em que anunciou às suas concessionárias a decisão de abandonar a produção de veículos no Brasil, a montadora sinalizou que tentou encontrar um parceiro para a operação, ou mesmo um comprador, antes de se decidir pelo encerramento das atividades. Segundo o comunicado, não houve interessados.

“Num mundo ideal, a melhor solução seria encontrar um outro grande player disposto a ocupar o espaço”, explica Vladson Menezes, diretor-executivo da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Como ponto positivo para uma eventual solução neste sentido, ele destaca a modernidade da estrutura, com equipamentos de última geração e um sistema de produção integrado a um porto, que facilita tanto o escoamento dos produtos, quanto operações de importação e exportação.

Por outro lado, o momento do mercado automotivo no país indica dificuldades para o plano de fazer a maior fábrica de automóveis da América do Sul retomar suas atividades de produção, pondera Vladson Menezes. Ele calcula que mesmo com uma definição rápida, o mais provável é que a retomada do processo de produção dificilmente se dê ainda este ano. “Eu vejo uma situação muito difícil de se reverter em 2021 porque a nova empresa não vai chegar hoje e começar a operar amanhã”, destaca.

“Quanto houver uma manifestação clara de interesse ainda será necessário que aconteça um processo de negociação com a Ford pelos equipamentos e com os governos, em relação aos incentivos fiscais”, calcula. Ele ainda acrescenta que existe a possibilidade de uma eventual empresa interessada ter planos de realizar uma operação menor que a tocada pela Ford até a última sexta-feira e, consequentemente, trazer menores impactos econômicos e gerar um número menor de empregos.

Empresas interessadas?
A rede de televisão norte-americana CNN informou que existem quatro empresas chinesas interessadas em assumir a operação da Ford em Camaçari. Seriam elas: Great Wall Motors, Changan Auto, Gelly e GAC. O Grupo Caoa, do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, estaria por trás para trazer alguma dessas marcas ao país, de acordo com informações publicadas pela emissora.

Procurada, a Ford afirmou que facilitará “alternativas possíveis e razoáveis para partes interessadas adquirirem as instalações produtivas disponíveis”. As montadoras chinesas não responderam os questionamentos da emissora sobre o assunto e o grupo Caoa afirmou que não iria comentar. Questionada, a assessoria do governo da Bahia informou que tomou conhecimento do suposto interesse das empresas chinesas através de notícias divulgadas pela mídia.

Na última terça-feira, o governo estadual realizou a primeira reunião de um grupo de trabalho criado para buscar soluções para o problema. A intenção é encontrar uma nova montadora para operar a fábrica em Camaçari.

“Esse grupo irá trabalhar para apresentar o que a Bahia tem a oferecer para esses investidores, que é uma belíssima estrutura, já que temos a maior planta industrial automotiva da América do Sul, estrutura portuária, o parque tecnológico do Senai Cimatec Industrial, inclusive com campo de prova”, destacou o governador Rui Costa.

Segundo ele, já foram enviados documentos para embaixadas de outros países, em busca de auxílio para encontrar uma empresa interessada em assumir a estrutura.

O governador também fez questão de reforçar que o estado vai dar todo o suporte necessário aos trabalhadores, inclusive com a elaboração de um banco de dados para servir de subsídio para empresas que possam vir a empregá-los. Além do governador Rui Costa e de trabalhadores da Ford, participaram representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, da Casa Civil e das secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz), Desenvolvimento Econômico (SDE) e Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

“Nesse momento, toda ajuda é significativa e esse grupo já está discutindo como trazer uma nova empresa para ocupar o parque em Camaçari, um pátio que com certeza não deve ser desperdiçado”, avaliou Júlio Bonfim, presidente do sindicato.

Vladson Menezes lembrou que a fábrica de protótipos do Cimatec Park foi inaugurada em conjunto com a Ford e que o centro de pesquisas do Sistema Fieb deve ser o destino dos engenheiros que a Ford mantiver em seu centro de desenvolvimento na Bahia. Segundo ele, há um interesse por parte da Fieb em ampliar a parceria com a Ford na área de pesquisa e desenvolvimento de produtos. “Depende apenas dos planos da empresa”, diz.

O governo ainda está verificando a situação do terminal de uso privativo do estado, que está cedido à Ford em regime de comodato. Após o anúncio da empresa, o estado passou a avaliar os documentos relacionados à estrutura. Questionada sobre os planos para o porto, a Ford, por sua vez, informou não ter nada a comentar sobre o assunto.

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A cidade que abriga o maior Polo Industrial da Bahia, Camaçari, na região metropolitana de Salvador, vai ter cerca de 10% de perda na arrecadação de receitas após o encerramento das atividades da fábrica Ford no Brasil.

O Polo Industrial de Camaçari completa, em junho, 43 anos de operação. Um dos maiores complexos industriais integrados do Hemisfério Sul, desempenha papel importante no setor produtivo do estado.

Em entrevista ao G1, o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, contou que a cidade, que tem arrecadação anual de cerca de R$ 1,3 bilhão em impostos, perdeu R$ 30 milhões do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e mais R$ 100 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da receita líquida com o fechamento da montadora de veículos.

“Esse ano já perdemos cerca de R$ 30 milhões e a partir do ano que vem cerca de R$ 130 milhões. O município tem uma receita anual de R$ 1,3 bilhão e vai perder R$ 130 milhões, vai perder mais de 10% da capacidade de arrecadar. Sendo que a receita era de recurso próprio e o R$ 1,3 bilhão era toda a receita. São receitas do Fundeb, do SUS, que juntas dão esse total”, disse o prefeito de Camaçari.

Elinaldo Araújo conta que Camaçari, que hoje tem 300 mil habitantes, tinha 30 mil habitantes na década de 70. A população cresceu bastante com a implantação do polo petroquímico nos anos 80, 90 e início dos anos 2000, quando a Ford foi implantada na cidade.

“Desde que a Ford foi implantada aqui [Camaçari] a população tem crescido cerca de 10 mil por ano”, revelou.
De acordo com o prefeito, a chegada da Ford em Camaçari avançou na arrecadação da prefeitura e fortaleceu o polo petroquímico.

“Nós já tínhamos um polo e com a vinda da Ford ele se tornou um polo automotivo. Juntando os dois polos, a cidade se tornou um polo industrial", contou.
Elinaldo afirma que já se movimenta para trazer outra empresa do ramo automobilístico para a cidade. O governador da Bahia, Rui Costa, também afirmou que já procura a Embaixada da China para sondar investidores para assumir negócio no estado.

Além da perda de receita, o município vai registrar mais de 12 mil demissões. O gestor municipal também lembrou das pessoas que não trabalham em empresas relacionadas com a Ford, mas prestam serviços para os funcionários, como escolas, restaurantes e lojas do comércio local.
De forma indireta, a Ford ajudava a manter viva uma enorme cadeia econômica em Camaçari. Muito dos 12 mil funcionários da empresa moravam na cidade e usufruíam do comércio local, hospitais e escolas da região.

O prefeito Elinaldo Araújo afirma que o aluguel de casas, empresas que fazem transporte dos trabalhadores, restaurantes, outras fábricas que fornecem peças e equipamentos, como pneus, por exemplo, foram ou serão impactadas pela saída da Ford.

“Só [empresas] agregada soma mais de 12 agregadas. As pessoas compravam no comércio de Camaçari, almoçavam no comércio de Camaçari, jantavam, tomavam café, muitos vieram morar aqui, tinham convênio, pagavam escola particular para os filhos”, disse.

Segundo o prefeito, muitas desses funcionários vão precisar usar os serviços de educação e saúde ofertados pela prefeitura. Essa nova demanda necessitaria de mais investimento.

“Agora as pessoas não vão ter mais convênio e vão começar a usar a saúde do município. As crianças vão começar a estudar nas escolas públicas. Isso cria um problema geral no município, porque além de ter que investir mais para as pessoas, vamos arrecadar menos”, explicou.
Outro ajuste a ser feito pela prefeitura é na Lei Orçamentária Anual (LOA), que tinha previsão de arrecadação baseada no que a Ford significava para o município. “Nós vamos ter que reformar a nossa LOA, redistribuir e fazer alguns cortes para que o município não fique sem pagar as contas”.

Fonte: G1

 

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Anunciado na segunda-feira (11), o fim da produção da Ford em Camaçari ameaça o quinto maior setor da indústria de transformação baiana. Somando a montadora e as sistemistas – fornecedoras que atuavam na planta -, a área automotiva representa 5,4% do valor transformado na Bahia e 4,1% da força do trabalho. Apenas refino, produtos químicos, alimentos e celulose têm peso maior.

“Além dos sistemistas, que atuavam na própria fábrica da Ford, há fornecedores diretos e indiretos na área de pneus e petroquímica na indústria, sem falar de atividades portuárias e de logística que sofrerão, resultando em efeitos significativos”, avaliou a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em nota.

Para o gerente de Estudos Técnicos da Fieb, Ricardo Kawabe, além da parte industrial, haverá impacto grande também no comércio e nos serviços, principalmente nas concessionárias. “Elas vão deixar de representar um fabricante local para vender carro importante. Não é a mesma coisa”, ponderou, em conversa com o bahia.ba. A montadora também fechou as outras duas unidades brasileiras, em São Paulo e no Ceará.

Mão-de-obra e infraestrutura

O representante da Fieb destaca o impacto para os 7.216 trabalhadores da Ford e das quase 20 sistemistas. “São pessoas qualificadas, com média salarial acima do mercado”, acrescentou. “Todo o esforço é válido para não se deixar essa lacuna em emprego de qualidade.”

No mesmo dia do anúncio da saída da Ford da Bahia, o governador Rui Costa anunciou a criação de um grupo de trabalho em busca de uma alternativa para a infraestrutura disponível em Camaçari – que inclui até um porto. O grupo tem participação da Fieb. Nesta terça-feira, Rui Costa convidou os trabalhadores para participar da iniciativa.

Para Kawabe, a melhor caminho seria uma outra empresa do próprio setor automotivo. O gerente avalia que a infraestrutura disponível é um dos trunfos do estado. “Para uma empresa que queira entrar no Brasil ou ampliar suas atividades começar do zero o investimento é de bilhões de reais”, frisou. A própria implantação da Ford em Camaçari, cuja fábrica foi inaugurada em 2021, representou um investimento inicial de US$ 1,2 bilhão – em torno de R$6,2 bilhões na cotação atual.

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A saída da Ford na Bahia também foi lamentada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA). A entidade destaca que a empresa recebeu cerca de US$ 20 bilhões em incentivos fiscais desde 1999. “Pediu isenção fiscal e prometeu gerar empregos. A crise chega e simplesmente avisa o fechamento, sem compromisso com o país, com a Bahia”, protestou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Joseval Carqueija.

Segundo Carqueija, “é preocupante, pois já estamos sofrendo com perda de postos de trabalho, profissionais sem perspectivas de emprego. Enquanto estamos pensando em ampliar e buscar alternativas para geração de emprego e renda para a Bahia, somos surpreendidos com o fechamento de uma fábrica que emprega tantos profissionais”, pondera o presidente. “É um prejuízo incalculável”, afirma.

Publicado em Economia

O prefeito de Camaçari Elinaldo Araújo (DEM) foi pego de surpresa pelo anúncio de fechamento da Ford na cidade (leia aqui). A empresa emprega diretamente cinco mil funcionários, mas incluindo as companhias agregadas e as que rodavam em torno da fábrica, a estimativa do prefeito é de que 70 mil pessoas acabem impactadas pelo encerramento das atividades da fábrica.

A informação sobre o fechamento das fábricas da Ford no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (11). Além de Camaçari, a empresa tinha fábricas em Taubaté (SP), para carros da Ford, e Horizonte (CE), para jipes da Troller.

Elinaldo foi o entrevistado desta terça-feira (12) do programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3. O gestor afirmou que chegou a tentar dialogar e negociar a reavaliação da medida, “mas é uma decisão internacional, já estava tomada, já estava feita”.

O prefeito de Camaçari lamenta a maneira como o anúncio foi feito. Na opinião dele a gestão poderia ter sido procurada. “Eles já tinham se preparado, era importante ter avisado ao prefeito para que pudesse buscar outro investidor para ocupar esse espaço”, opinou o democrata.

A prefeitura de Camaçari teme pelo impacto nas contas públicas. Isso porquê os impostos pagos pela Ford já estavam previstos na Lei Orçamentária Anual da cidade da Região Metropolitana de Salvador. O prefeito adiantou que diante da situação “vai buscar outro investidor” e que “esses recursos vão fazer falta”.

Segundo o prefeito, ele já está em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e deve se reunir com o governador Rui Costa. O prefeito já está em contato com a equipe do governo estadual, que também será impactado pelo fechamento da fábrica.

O gestor destacou a “boa relação institucional” que tem com o governador baiano. “Estamos formalizando uma agenda município e governo do estado para se possível até usar nossa bancada de deputados da Bahia e tentar uma solução”, disse durante a entrevista.

Por fim Elinaldo destacou que Camaçari não está sozinha. Na visão dele o Brasil tem assistido muitas empresas indo embora e o assunto não é tratado como prioridade pelo governo federal.

 

O prefeito de Camaçari Elinaldo Araújo (DEM) foi pego de surpresa pelo anúncio de fechamento da Ford na cidade (leia aqui). A empresa emprega diretamente cinco mil funcionários, mas incluindo as companhias agregadas e as que rodavam em torno da fábrica, a estimativa do prefeito é de que 70 mil pessoas acabem impactadas pelo encerramento das atividades da fábrica.

 

A informação sobre o fechamento das fábricas da Ford no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (11). Além de Camaçari, a empresa tinha fábricas em Taubaté (SP), para carros da Ford, e Horizonte (CE), para jipes da Troller.

 

Elinaldo foi o entrevistado desta terça-feira (12) do programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3. O gestor afirmou que chegou a tentar dialogar e negociar a reavaliação da medida, “mas é uma decisão internacional, já estava tomada, já estava feita”.

 

O prefeito de Camaçari lamenta a maneira como o anúncio foi feito. Na opinião dele a gestão poderia ter sido procurada. “Eles já tinham se preparado, era importante ter avisado ao prefeito para que pudesse buscar outro investidor para ocupar esse espaço”, opinou o democrata.

 

A prefeitura de Camaçari teme pelo impacto nas contas públicas. Isso porquê os impostos pagos pela Ford já estavam previstos na Lei Orçamentária Anual da cidade da Região Metropolitana de Salvador. O prefeito adiantou que diante da situação “vai buscar outro investidor” e que “esses recursos vão fazer falta”.

 

Segundo o prefeito, ele já está em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e deve se reunir com o governador Rui Costa. O prefeito já está em contato com a equipe do governo estadual, que também será impactado pelo fechamento da fábrica.

 

O gestor destacou a “boa relação institucional” que tem com o governador baiano. “Estamos formalizando uma agenda município e governo do estado para se possível até usar nossa bancada de deputados da Bahia e tentar uma solução”, disse durante a entrevista.

 

Por fim Elinaldo destacou que Camaçari não está sozinha. Na visão dele o Brasil tem assistido muitas empresas indo embora e o assunto não é tratado como prioridade pelo governo federal.

Publicado em Política

Após 20 anos, o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, encerrou ontem as suas atividades. A montadora norte-americana anunciou que vai deixar de produzir veículos no Brasil. Na planta industrial baiana, que fabricava o KA e o Ecosport, e em Taubaté (SP), onde eram feitos motores e transmissões, a interrupção das atividades já aconteceu. Até o final deste ano, a Ford pretende encerrar a operação da Troller, em Horizonte (CE).

A empresa prevê despesas decorrentes da decisão na ordem de US$ 4,1 bilhões. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação e amortização de ativos fixos. Nesta conta, entram incentivos fiscais concedidos pelo governo da Bahia. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.

A estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari é a de que a decisão custe os empregos de 12 mil trabalhadores diretos – 5 mil da Ford e outros 7 mil de empresas que forneciam matérias-primas para a montadora, chamadas de sistemistas. O diretor do sindicato, Júlio Bonfim, acrescenta que a medida compromete outros 60 mil empregos indiretos. Hoje, às 5h30 está prevista uma manifestação em frente à fábrica.

“São 12 mil trabalhadores diretos e em torno de 60 mil trabalhadores indiretos que serão impactados. Estamos falando de 72 mil famílias. É um impacto muito grande na economia”, acredita Júlio Bonfim. Segundo ele, permanecem apenas em torno de 600 pessoas, que irão atuar no centro de desenvolvimento que a empresa deve manter na Bahia.

Ontem o dia foi marcado por reuniões e um clima de apreensão e surpresa entre os trabalhadores. Um deles contou que chegou a pensar que o encontro em que recebeu a notícia do encerramento da operação seria para falar sobre a retomada de turnos de trabalho. Mas não foi apenas a força de trabalho quem se surpreendeu com o anúncio da montadora norte-americana. O governador Rui Costa disse em nota que também tomou conhecimento da decisão ontem.

Reestruturação
Se aqui na Bahia o fechamento do complexo em Camacari põe fim a 20 anos de história, nacionalmente, a Ford interrompe uma trajetória de um século. Em 1919, a montadora norte-americana inaugurava no centro de São Paulo uma fábrica para a produção do icônico Ford T, carinhosamente chamado pelos brasileiros de Bigode.

No comunicado divulgado à imprensa, a Ford fez questão de ressaltar que vai parar de produzir no Brasil, mas continuará no mercado nacional, importando veículos como a nova picape Ranger, a Transit e outros modelos, além dos planos de lançar diversos novos veículos conectados e eletrificados. A empresa destacou que a pandemia de covid-19 ampliou a capacidade ociosa de suas fábricas e a queda nas vendas, que já persistia por alguns anos.

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da empresa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, disse o executivo.

Segundo o comunicado, a empresa “irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”. Jim Farley destacou que a empresa fez o que podia para manter a produção no Brasil. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes”, disse. “Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo, lamentou.

Cenário econômico
Em um comunicado enviado para a sua rede de concessionárias, a empresa falou sobre as dificuldades no cenário econômico brasileiro. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, ressaltou que as dificuldades vinham sendo enfrentadas desde 2013. “Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável”, contou.

Este cenário teria sido agravado pela situação cambial atual e pela pandemia do novo coronavírus. “A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil”, destacou.

Segundo Lyle Watters, a Ford teria tentado manter as unidades de produção em funcionamento de todas as maneiras possíveis. “Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis”, ressaltou.


Ford na Bahia
1999
O governo da Bahia negocia a implantação da Ford no estado. O então senador Antonio Carlos Magalhães se reúne com o comando da montadora e negocia com o então presidente Fernando Henrique Cardoso incentivos para a atração do complexo industrial. Em junho, a empresa anuncia a escolha de Camaçari.

2001
A empresa foi pioneira ao inaugurar o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Bahia, introduzindo conceitos avançados de arquitetura e produção.

2002
Lançamento do Novo Fiesta, primeiro modelo do Projeto Amazon, produzido na fábrica de Camaçari, na Bahia, que estreou no segmento de compactos premium e vendeu 50.000 unidades em apenas seis meses.

2006
Inauguração da fábrica de pneus da Continental (a primeira fábrica do Grupo no Brasil).

2007
Inauguração fábrica de pneus da Bridgestone (a segunda fábrica do grupo no Brasil).

2014
Inauguração da Fábrica de Motores da Ford (a primeira no NE).

2015
EcoSport alcança marca de 1 milhão de unidades produzidas em Camaçari


Chegada da Ford renovou Camaçari
Há 20 anos, a Bahia comemorava a implantação da primeira montadora de automóveis da região Nordeste. Após uma disputa acirrada com o Rio Grande do Sul, a for-tarefa formada pelo governo estadual e representantes empresariais, comandados pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães, comemorava um feito inédito, com investimento de US$ 1,3 bilhão, na época.

Ontem, ao comentar a partida da empresa, o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, lembrou da luta do seu avô. “ACM era presidente do Senado quando, em 1999, usou do seu poder e influência para defender, mais uma vez, a Bahia. Enfrentou diversos interesses e trabalhou muito para derrotar as pretensões do Rio Grande do Sul, que também almejava ter a fábrica naquele estado. É uma notícia triste para a Bahia”, lamentou.

O prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, lamentou a decisão da Ford. “Todas as nossas secretarias vão trabalhar para minimizar ao máximo esse impacto na vida das pessoas que dependiam da Ford”, garantiu.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou ter ficado surpreso com a decisão da empresa de encerrar a fabricação de automóveis no Brasil. “Não é uma notícia boa. Eu acho que a Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil e me surpreende essa decisão”, disse.

O anúncio da Ford levou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a afirmar, em um post no Twitter, que a saída da Ford “é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro, de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional”.

Em nota, o Ministério da Economia afirmou que “lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil”. A pasta, liderada por Paulo Guedes, afirmou que “a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país”.

A Anfavea afirmou que não vai se pronunciar sobre a decisão da Ford. Porém a entidade tem alertado, desde abril de 2019, sobre o custo Brasil. O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério, Carlos da Costa, afirmou que a pandemia de Covid-19 impediu que ações do governo “surtissem efeito a tempo”.

Governo vai tentar trazer a substituta da China
Apesar da direção da Ford ter sinalizado o insucesso na busca por um parceiro para as suas unidades no Brasil, ou mesmo um possível comprador, representantes do governo estadual e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) se reúnem hoje em busca de uma solução para o complexo industrial deixado pela montadora de veículos norte-americana.

Em nota divulgada na tarde de ontem, o governo lamentou a decisão da empresa, destacou os impactos socioeconômicos consequentes do fim da operação, que era “importante geradora de empregos e renda no estado”. Segundo a Fieb, o setor automotivo representa cerca de 5,5% do Valor da Transformação Industrial na Bahia, além de cerca de 4,1% do pessoal ocupado na indústria de transformação.

O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia. Reservadamente, se diz que as expectativas são de um possível interesse da fabricante de veículos elétricos Tesla, que estaria em busca de uma estrutura de produção no Brasil.

O presidente da Fieb, Ricardo Alban, destacou que o mercado automobilístico está vivendo um acentuado processo de transformação em todo o mundo, com o seu foco cada vez menos voltado para a produção de veículos e mais para as soluções de mobilidade. Segundo Alban, existe um diálogo com a Ford para que ela aproveite a sinergia do seu centro de desenvolvimento com o Cimatec Park.

O superintendente do Comitê para o Fomento Industrial de Camaçari, Mauro Pereira, lamentou a decisão da empresa, para ele reflexo dos gargalos que diminuem a competitividade no país.

 

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Milhares de trabalhadores da Ford estão reunidos na sede da montadora, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira (12). Eles protestam pelo fechamento das fábrica em todo país, anunciadas pela marca nessa segunda (11).

Antes das 6h eles já estavam reunidos ao redor de um mini trio elétrico estacionado na garagem da empresa em Camaçari. Lá, representantes dos sindicatos discursam. A garagem está cheia de funcionários vestidos com uma farda azul, da cor da empresa. Todos usam máscaras e se reúnem em grupos de quatro a cinco pessoas, tentando manter um distanciamento. No momento de chuva mais forte, por volta de 6h30, os manifestantes precisaram se aglomerar embaixo de toldos.

Segundo Julio Bonfim, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari, são 8 mil trabalhadores diretos afetados e, com as empresas de auto-peças, o número pode chegar a 12 mil. Já a Ford foi mais modesta nos números: disse que apenas 5 mil trabalhadores serão demitidos em toda América do Sul. "Os trabalhadores rodoviários vão ficar sem emprego. O pessoal da limpeza da vigilância, do lanche vão ficar sem emprego. E a Ford tem a cara de pau de dizer que só são cinco mil trabalhadores afetados para amenizar a carnificina que está sendo feita", disse Bonfim.

Bonfim comparou a situação a um funeral. "A ficha ainda não caiu. É como se fosse um parente nosso que morreu. A Ford não tem mais interesse no pais. É um problema do país. Nós vamos tentar negociar, mas vai ser muito difícil. O governador também tem que fazer o máximo para manter os nossos empregos. Não dá só para falar que tá negociando com a China. Esse é um discurso paliativo. É preciso uma ação mais forte. Essa decisão vai ter um impacto econômico forte no PIB da região metropolitana e de camaçari", concluiu.

Reestruturação
Se aqui na Bahia o fechamento do complexo em Camacari põe fim a 20 anos de história, nacionalmente, a Ford interrompe uma trajetória de um século. Em 1919, a montadora norte-americana inaugurava no centro de São Paulo uma fábrica para a produção do icônico Ford T, carinhosamente chamado pelos brasileiros de Bigode.

No comunicado divulgado à imprensa, a Ford fez questão de ressaltar que vai parar de produzir no Brasil, mas continuará no mercado nacional, importando veículos como a nova picape Ranger, a Transit e outros modelos, além dos planos de lançar diversos novos veículos conectados e eletrificados. A empresa destacou que a pandemia de covid-19 ampliou a capacidade ociosa de suas fábricas e a queda nas vendas, que já persistia por alguns anos.

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da empresa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, disse o executivo.

Segundo o comunicado, a empresa “irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”. Jim Farley destacou que a empresa fez o que podia para manter a produção no Brasil. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes”, disse. “Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo, lamentou.

Cenário econômico
Em um comunicado enviado para a sua rede de concessionárias, a empresa falou sobre as dificuldades no cenário econômico brasileiro. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, ressaltou que as dificuldades vinham sendo enfrentadas desde 2013. “Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável”, contou.

Este cenário teria sido agravado pela situação cambial atual e pela pandemia do novo coronavírus. “A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil”, destacou.

Segundo Lyle Watters, a Ford teria tentado manter as unidades de produção em funcionamento de todas as maneiras possíveis. “Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis”, ressaltou.

Publicado em Bahia

Após o anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil, incluindo a de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, os trabalhadores da empresa convocaram uma assembleia extraordinária para esta terça-feira, 12. O encontro será realizado a partir das 5h30, na frente da fábrica de Camaçari.

A convocação, feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, deve reunir trabalhadores de todos os turnos e também das empresas de autopeças fora do complexo Ford. De acordo com Júlio, após a assembleia na frente da fábrica, os trabalhadores vão marchar para o centro de Camaçari.

Em vídeo divulgado em seu perfil nas redes sociais, Júlio Gomes, disse estar surpreso com a decisão, que chamou de inusitada. "Fui convocado de emergência pelo presidente da (Ford) América do Sul, Lyle (Watters) e também da diretora de RH da América do Sul, Fernanda, para uma reunião, onde também estavam o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, e diretores do sindicato. Fomos pegos de surpresa. Estamos convocando todos os trabalhadores amanhã (terça), às 5h30".

De acordo com Júlio, a Ford já anunciou a suspensão de trabalho para esta terça e quarta, 13. "Não vai ter ônibus, mas temos que fazer um ato amanhã, no horário da entrada do primeiro turno. Todos trabalhadores dos dois turnos. Vamos fazer carona solidária, de bicicleta. Convoco, inclusive, o prefeito de Camaçari (Elinaldo Araújo) e o governador (Rui Costa) para se juntarem a nós. Essa é uma luta pelo emprego de todos os trabalhadores. É um momento gravíssimo para nossa economia, especialmente para a Região Metropolitana de Salvador. São 8 mil trabalhadores diretos e com as empresas de auto-peças chegamos a 12 mil trabalhadores na Bahia", disse Júlio.

Governo do Estado diz que procura alternativas

Em nota, o Governo da Bahia anunciou que o governador Rui Costa foi informado do fechamento da Ford através de uma reunião virtual com representantes da montadora. O governador diz já ter entrado em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para discutir a formação de grupo de trabalho para avaliar possibilidades alternativas ao fechamento. Ainda segundo a nota, o governo estadual também fez contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia.

Publicado em Bahia

A Ford decidiu fechar as fábricas que tem no Brasil, incluindo a de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A pandemia de covid-19 ampliou o subuso da capacidade manufatureira da empresa, no entendimento da Ford. No país, serão mantidos apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas e sua sede regional, ambos em São Paulo.

A produção vai cessar imediatamente nas fábricas de Camaçari e Taubaté, com algumas partes continuando por alguns meses para dar suporte com produção de peças de estoque para o pós-venda. No último trimestre de 2021, será fechada também a planta da Troller, em Horizonte (CE).

A empresa afirma que irá trabalhar em colaboração com os sindicatos para "minimizar os impactos do encerramento da produção". “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, afirmou Jim Farley, presidente e CEO da Ford. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global", diz comunicado da empresa.

"A Ford mantém assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo", acrescenta.

Com a decisão, os veículos comercializados no mercado brasileiro passarão a ser importados, em sua maioria vindo das unidades de Argentina e Uruguai, além de outras regiões fora da América do Sul.

Em 2019, a Ford já havia encerrado a produção na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Na época, com isso, deixou de vender o Fiesta, um dos modelos de maior sucesso no país, e deixou o mercado de caminhões por aqui.

Camaçari
O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (Democratas), lamentou o anúncio do fim da produção de veículos. Ele disse que será uma grande perda para Camaçari e a Bahia.

"Com muita tristeza, recebemos esta notícia da Ford. Infelizmente, a crise provocada pela pandemia da covid-19 trouxe consequências ruins para a área da saúde e, também, para a economia, fazendo com que pequenos e grandes negócios se tornem inviáveis. Lamento o fechamento da fábrica e me solidarizo com os trabalhadores", disse Elinaldo.

O prefeito disse que vai acompanhar a situação de perto. "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para reduzir o impacto para os trabalhadores, pais e mães de família que vão perder o seu sustento", disse, afirmando que a prefeitura vai "intensificar diálogos" com outras empresas em busca de novos investimentos.

Fonte: Correio

Publicado em Bahia

A Ford doou um lote com mais de 47 mil máscaras para entidades de saúde e sociais da Bahia, onde está instalado o Complexo Industrial Ford Nordeste. O material será distribuído a profissionais da área de saúde e comunidades da região, como parte das ações de responsabilidade social da empresa voltadas ao combate do coronavírus.

Desde o início da pandemia, a Ford já produziu e doou 125 mil máscaras de proteção facial para secretarias municipais de saúde da Bahia, Ceará e São Paulo. Doou também kits de higiene e alimentos, emprestou veículos para a Cruz Vermelha e colaborou no conserto de respiradores mecânicos, em uma parceria com o SENAI Cimatec.

A doação mais recente inclui 44.350 máscaras de tecido, que foram distribuídas em parceria com a organização humanitária Aldeias Infantis SOS Brasil para mais de 20 instituições sociais, atendendo as comunidades de cinco municípios da Bahia, como Camaçari e Lauro de Freitas.

Michele de Jesus, assistente de Desenvolvimento Familiar e Comunitário da Aldeias Infantis SOS Brasil, destaca que a parceria com a Ford tem contribuído para a proteção de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. “Uma máscara pode salvar uma vida e nós temos a oportunidade de salvar mais de 40 mil vidas na Bahia com essa doação. Infelizmente as pessoas têm inúmeras limitações financeiras que as impedem de comprar esse item essencial para a sua proteção”, diz.

O lote é composto também por 3 mil máscaras de proteção facial produzidas na própria fábrica da Ford em Camaçari, que serão entregues à Secretaria Municipal de Camaçari, para uso de profissionais da saúde.

“Desde o início da pandemia, a Ford tem trabalhado para proteger a saúde e segurança dos nossos funcionários, como também as das comunidades onde atua, principalmente as mais vulneráveis”,  diz Roberta Mädke, gerente de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Ford. “Contribuir para melhorar a vida das pessoas faz parte da cultura da empresa, ainda mais neste momento de grande necessidade.”

A Ford doou um lote com mais de 47 mil máscaras para entidades de saúde e sociais da Bahia, onde está instalado o Complexo Industrial Ford Nordeste. O material será distribuído a profissionais da área de saúde e comunidades da região, como parte das ações de responsabilidade social da empresa voltadas ao combate do coronavírus.

Desde o início da pandemia, a Ford já produziu e doou 125 mil máscaras de proteção facial para secretarias municipais de saúde da Bahia, Ceará e São Paulo. Doou também kits de higiene e alimentos, emprestou veículos para a Cruz Vermelha e colaborou no conserto de respiradores mecânicos, em uma parceria com o SENAI Cimatec.

A doação mais recente inclui 44.350 máscaras de tecido, que foram distribuídas em parceria com a organização humanitária Aldeias Infantis SOS Brasil para mais de 20 instituições sociais, atendendo as comunidades de cinco municípios da Bahia, como Camaçari e Lauro de Freitas.

Michele de Jesus, assistente de Desenvolvimento Familiar e Comunitário da Aldeias Infantis SOS Brasil, destaca que a parceria com a Ford tem contribuído para a proteção de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. “Uma máscara pode salvar uma vida e nós temos a oportunidade de salvar mais de 40 mil vidas na Bahia com essa doação. Infelizmente as pessoas têm inúmeras limitações financeiras que as impedem de comprar esse item essencial para a sua proteção”, diz.

O lote é composto também por 3 mil máscaras de proteção facial produzidas na própria fábrica da Ford em Camaçari, que serão entregues à Secretaria Municipal de Camaçari, para uso de profissionais da saúde.

“Desde o início da pandemia, a Ford tem trabalhado para proteger a saúde e segurança dos nossos funcionários, como também as das comunidades onde atua, principalmente as mais vulneráveis”,  diz Roberta Mädke, gerente de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Ford. “Contribuir para melhorar a vida das pessoas faz parte da cultura da empresa, ainda mais neste momento de grande necessidade.”

Publicado em Bahia

Um funcionário do Complexo Ford foi morto a tiros na manhã desta sexta-feira (6) no bairro Nascente do Rio Capivara, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Anderson de Araújo Guedes, 34 anos, foi baleado na Rua Marlin Azul, quando ia para o trabalho de moto. O veículo e outros pertences do metalúrgico foram encontrados no local.

Segundo a Polícia Militar, o 12º Batalhão (Camaçari) foi chamado às 5h50 com a informação de que havia um homem ferido no Bairro Novo. No local, eles encontraram Anderson ferido. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que Anderson já estava morto. Os PMs isolaram área para perícia e remoção do corpo.

O candidato a vereador de Camaçari, Tarcísio Coiffer, usou as redes sociais para lamentar a morte de Anderson, afirmando que ele era colaborador de sua campanha. "Estamos todos tristes com a situação em que nos encontramos com a perda de nosso amigo", escreveu, afirmando que diante do crime estava suspendendo todas as atividades do dia. "Continuaremos lutando por dias melhores e carregaremos o nosso Anderson para sempre em nossos corações".

O crime será investigação pela 4ª Delegacia de Homicídios, diz a Polícia Civil.

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