Terça, 30 Abril 2024 | Login

Ex-funcionários de empresas parceiras da Ford protestam na manhã desta sexta-feira (18), na BA-535, mais conhecida como Via Parafuso, em Camaçari. A pista está bloqueada e pneus foram incendiados pelo grupo, para evitar a passagem de veículos.

Os trabalhadores faziam parte de três empresas que prestavam serviços para a montadora. Segundo o grupo, a manifestação foi realizada porque o pagamento de indenização dos ex-funcionários das empresas parceiras ainda não foi executado.

Os acordos de indenização foram feitos pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia. Os ex-funcionários das terceirizadas alegam que não foram contemplados com as indenizações, e cobram tanto a Ford quanto o sindicato pela decisão. O impacto atinge cerca de 1.500 trabalhadores.

No último protesto da categoria, feito há cerca de um mês, a Ford havia informado que não se manifestaria mais sobre o assunto, e disse que essa é uma questão compete às empresas empregadoras. Na mesma época, o sindicato informou que buscaria uma indenização complementar em favor dos trabalhadores.

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Na manhã desta segunda (24), ex-funcionários de empresas parceiras da Ford realizam uma nova manifestação no município de Camaçari. De acordo com representantes do movimento, o propósito da ação é de, mais uma vez, cobrar dos gestores responsáveis o pagamento de uma indenização devido ao encerramento das atividades da Ford, que ocorreu há pouco mais de um ano.
Como forma de protesto, o grupo decidiu colocar camisas de trabalho com frases como “queremos justiça” e “famílias pedem ajuda” ao longo de uma cerca localizada em frente à prefeitura da cidade.

Ex-funcionário de uma das empresas parceiras, Josimar afirma que a manifestação é necessária para que o processo seja agilizado e o pagamento justo seja feito. “Já até processamos, mas já tem um ano que aguardamos e não recebemos nada. Os funcionários de empresas parceiras estão sendo completamente ignorados. Precisamos agir, temos nossos direitos“.

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O impacto do reposicionamento de mercado da Ford em 2021 – com o encerramento da produção de veículos no Brasil, incluindo-se aí uma unidade na Bahia – foi mascarado por uma crise global que afeta o toda a indústria automobilística, avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo ele, o volume que a montadora vendia foi absorvido por outras marcas. “É cedo para dizer quem ganhou ou perdeu porque o mercado foi influenciado pela questão dos semicondutores”, diz. “Economicamente, o impacto é muito importante, são 5 mil empregos. É muito ruim para a Bahia e as cidades onde as plantas existiam. Gerava renda, empregos, movimentava o comércio, mas infelizmente aconteceu”, avalia, lembrando entretanto que a Ford manteve na Bahia o seu centro de pesquisas. “Foi uma decisão estratégica da empresa, a gente não tem muito o que dizer”.

Semicondutores
O grande desafio do setor no ano passado deve continuar a impactar o mercado automotivo global, avalia Moraes. Com os carros cada vez mais tecnológicos, a dependência de microchips, feitos com materiais chamados de semicondutores, cresce proporcionalmente. Já existem veículos com mais de mil semicondutores. E esta cadeia de fornecimento – que impacta também as indústrias de eletroeletrônicos, brinquedos e informática – foi bastante desestruturada pela pandemia. “Acreditamos que 2022 será ainda um ano desafiador, talvez numa proporção menor.

Expectativa
Apesar de todas as dificuldades, o mercado automotivo brasileiro espera ampliar a produção e veículos em quase 10% neste ano, com 2,46 milhões de unidades. Além, disso, a projeção é de que o volume de licenciamentos aumente em 8,5%, chegando a 2,3 milhões. Em 2021, foram licenciados 2,1 milhões de veículos no Brasil, o que representou um crescimento de 3%, na comparação com 2020. Aqui na Bahia, o crescimento foi de 2%, com 78,4 mil novos licenciamentos.

 

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A montadora Ford registrou uma queda nas vendas de 72,9% no primeiro ano sem produção no país. De acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotiores (Fenabrave), a montadora comercializou 139.255 veículos em 2020 e 37.778 unidades no ano passado. O fechamento das fábricas no Brasil foi anunciado em 11 de janeiro de 2021 há exatamente um ano. A medida, que visa privilegiar a produção de carros mais caros, significou o fim do projeto Amazon, em Camaçari na Bahia.

A fabricação de veículos e motores no Polo Industrial baiano atingiu 5,4% do valor da transformação industrial na Bahia e 4,1% da força do trabalho na indústria, ou 4 mil trabalhos diretos. A saída do estado representou ainda uma indenização de R$ 2,15 bilhões pagos ao governo baiano em função de estímulos fiscais recebidos.

A Ford não informa o quanto gastou para desmobilizar suas atividades as três fábricas brasileiras. Logo ao anunciar a saída da produção no país, a empresa informou que havia alocado US$ 4,2 bilhões para esse fim (em torno de R$ 23,8 bilhões no câmbio atual).

Nacionalmente, a montadora teve que negociar com 283 concessionárias, que cobraram uma indenização de R$ 1,5 bilhão. A Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif) rejeitou a proposta inicial feita pela companhia e demandou o rompimento imediato de todos os contratos ativos, para posterior contratação dos distribuidores que efetivamente permaneceriam com a marca. Atualmente a Ford mantém 110 concessionárias no pais.

Com informações do UOL

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Os trabalhadores da Sodecia Planta 2 aprovaram nesta quinta-feira (15), em assembleia realizada em frente à empresa, o acordo do PDI (Plano de Demissão Incentivada), negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari com mediação da Superintendência Regional do Trabalho.

O acordo representa uma grande vitória para os 168 funcionários, que aguardavam ansiosos por um desfecho favorável nas negociações referentes às indenizações, tendo em vista a resistência das empresas de autopeças fora do Complexo Ford em negociar com o Sindicato.

Por isso, o acordo com a Sodecia Planta 2, em meio à ação civil pública movida pelo Sindicato contra essas empresas, significa um ganho gigantesco. Além de garantir o direito às indenizações, pode representar também a abertura do diálogo com as outras empresas que continuam resistentes em negociar, como a Magna Cosma, Magna Seating, Sian e Tenneco.

O acordo de PDI com a Sodecia Planta 2 tem as mesmas premissas do que foi negociado com o Complexo Ford, após o anúncio do fechamento da montadora em Camaçari, no início deste ano.

A partir da assinatura do acordo com o Sindicato, a Sodecia abre prazo de 15 dias para que o trabalhador faça a adesão ao PDI.

O Sindicato vai continuar determinado em expandir o PDI para as outras empresas de autopeças, utilizando de todas as formas possíveis, inclusive no campo judicial, para assegurar os mesmos direitos para todos os trabalhadores do setor.

Desde o fechamento da Ford em Camaçari, o Sindicato tem trabalhado dia e noite para garantir os direitos e as indenizações aos trabalhadores, seja dentro ou fora do Complexo Ford. Agora, sobretudo nas empresas satélites, onde ainda não foi possível fechar acordo por culpa dessas empresas, os dirigentes sindicais vão continuar firmes neste objetivo.

O Sindicato também mantém firme a luta na busca por novas empresas que possam ocupar o complexo industrial deixado pela Ford e reestruturar o setor em Camaçari, recuperando os milhares de empregos que a saída da montadora provocou no município e na Região Metropolitana. A ideia é atrair novas empresas interessadas, para resgatar os empregos e a dignidade dos trabalhadores. Enquanto isso não é possível, o Sindicato permanece determinado em garantir as indenizações às quais os trabalhadores metalúrgicos têm direito.

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A Ford iniciou, nesta terça-feira (13), a distribuição de 6.000 cestas básicas, kits de higiene e máscaras para famílias em Camaçari, Dias D´Ávila, Lauro de Freitas e Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A ação é feita pelo Ford Fund, braço filantrópico da empresa, em parceria com a SOS Aldeias Infantis e a Rede Asta, com foco na segurança alimentar e prevenção do vírus.

A distribuição será feita pelas ONGs, durante quatro meses, e atenderá, a cada mês, 1.500 famílias em condição de vulnerabilidade, agravada pela pandemia. Os kits incluem alimentos, álcool em gel, água sanitária e oito máscaras de tecido para cada família, produzidas por 24 costureiras que, por meio desse trabalho, também estão gerando renda.

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Quitada na última sexta-feira (18), a indenização da Ford assegura disponibilidade de recursos para enfrentamento da pandemia na Bahia, segundo destacou a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) em nota encaminhada pela assessoria do órgão a pedido do bahia.ba. A montadora fechou um acordo de indenização de R$ 2,15 bilhões com o Governo do Estado. Sem aviso prévio, a fabricante de automóveis encerrou as atividades na planta baiana, em Camaçari, em 11 de janeiro deste ano.

Segundo a Sefaz-BA, desde março de 2020, o governo baiano desembolsou R$ 1,9 bilhão em resposta à crise sanitária do Covid-19. Deste montante, R$ 1,13 bilhão saíram do tesouro estadual e R$ 751,6 milhões, de transferências federais. A pasta destaca que a pandemia “no limiar da chegada de uma terceira onda segue demandando gastos crescentes por parte do Governo do Estado.”

A Sefaz ressaltou ainda na nota que a indenização “ajuda a compensar” perdas futuras decorrente do fim da produção da montadora após cerca de 20 anos em operação na Bahia. “A indenização estabelecida de comum acordo reflete a responsabilidade social de uma empresa de grande porte que ao encerrar as atividades gerou desemprego, fechamento de indústrias parceiras e comprometimento da arrecadação futura de impostos estaduais em meio às demandas trazidas por uma crise sanitária sem precedentes”.

A indenização foi formalizada por meio de um termo aditivo a contrato celebrado em 2014 que previa investimentos da empresa na fábrica de Camaçari em troca de incentivos por parte do ente público. Cálculos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) indicam que a saída da montadora representa uma queda de 5,4% da transformação industrial baiana.

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A montadora Ford pagou nesta sexta-feira R$ 2,15 bilhões ao governo baiano. O valor refere-se a indenização pelo fechamento da fábrica baiana da empresa, em janeiro deste ano. Em nota, o governo estadual confirmou o acordo e o recebimento do valor.

O acerto é um termo aditivo a contrato firmado em 2014, pelo qual a empresa se comprometeu a realizar investimentos no Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari , em contrapartida a ações de fomento e financiamento de capital de giro criadas pelo Estado.

“Com a decisão da Ford por fechar o complexo em definitivo, estes benefícios foram o parâmetro das negociações para se chegar ao valor da indenização devida pela empresa, acrescido de correção monetária”, explicou o governo baiano, em nota.

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A Ford vai pagar cerca de R$ 2,5 bilhões como indenização ao governo do Estado da Bahia por fechar a fábrica de Camaçari, após ter recebido incentivos fiscais desde o início de suas operações no Estado, em 2001. O acerto deve ser anunciado nos próximos dias, segundo fontes dos setores automotivo e jurídico

O governador Rui Costa (PT) ainda teria tentado convencer a Ford a manter a operação da fábrica, onde eram produzidos os modelos Ka e EcoSport, mas, como a decisão veio da matriz americana, não teve jeito.

É possível, contudo, que a própria Ford, ou um de seus fornecedores, mantenha uma ala da fábrica baiana para produzir peças para o mercado de reposição, projeto a ser confirmado.

Procurado nesta quarta-feira, 16, o governo da Bahia não deu retorno sobre o assunto. A Ford disse que "não vai se manifestar sobre o tema". A empresa informou ainda que tem recebido vários contatos de interessados em adquirir as instalações da fábrica, mas nada conclusivo.

A Ford anunciou o fechamento das fábricas da Bahia e de Taubaté (SP) em janeiro, alegando que operavam com prejuízo havia vários anos. Em 2019 o grupo já havia fechado a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que produzia caminhões e o modelo Fiesta.

A planta da Troller em Horizonte (CE), onde é feito o jipe T4, vai funcionar até o fim do ano e também está à venda.

Construída por empresários brasileiros, a Troller foi adquirida em 2007 para que a fábrica da Bahia - que já tinha recebido incentivos por ter sido palco de uma guerra fiscal nos anos 2000 - pudesse desfrutar do regime especial de tributação para montadoras do Nordeste.

O governo do Ceará acompanha as negociações com dois interessados na Troller, e torce para que o eventual comprador mantenha a produção do jipe, assim como os 500 empregos.

Reservas
Após mais de 100 anos como fabricante no Brasil, a Ford agora apenas importa modelos da marca. Ainda assim, o grupo disse que vai manter seu centro de desenvolvimento de produtos em Camaçari

Quando decidiu deixar de produzir automóveis no País, onde foi a quarta maior montadora no ranking de vendas, a Ford disse que havia reservado US$ 4,1 bilhões para pagar despesas com baixa de créditos fiscais, depreciação, rescisões e indenizações de governos, trabalhadores, fornecedores e concessionários. Fontes ouvidas pelo Estadão acreditam que o valor já foi ultrapassado.

Trabalhadores
A Ford já fechou acordos de indenização com os cerca de 5 mil trabalhadores de Camaçari e Taubaté, após entendimento os sindicatos de metalúrgicos locais. Cada um deles recebeu no mínimo R$ 130 mil, além de direitos normais de rescisão de contratos.

A fábrica de Taubaté atualmente passa por processos de desligamento e desmontagem de equipamentos, com menos de 60 funcionários. Não há informações de interessados em adquirir as instalações.

Após quase um ano de negociações lideradas pelo governador de São Paulo, João Doria, que queria outra montadora para o lugar da Ford, a fábrica do ABC foi adquirida por um grupo da área imobiliária que está transformando o local em um grande centro logístico.

Não há informações de como está o acerto de contas com os fornecedores de peças. Já com os concessionários, que ameaçaram ir à Justiça, a empresa preferiu fazer acertos individuais. A Ford informou que "continua com excelente progresso nesta questão, mas ainda tem negociações à frente".

Do total de 283 lojas, a Ford vai ficar com 120 para vender os modelos importados, entre eles os utilitários-esportivos Territory, da China, e o Bronco, do México. As demais buscam novas bandeiras para representar e algumas fecharão as portas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os impactos do fechamento da Ford em Camaçari fizeram a indústria de transformação baiana ter o pior desempenho no Brasil no primeiro trimestre do ano. Mesmo com o recuo na produção física de 19% entre janeiro e março, o gerente executivo de Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Marcus Verhine, projeta um resultado de crescimento no consolidado do ano.

“Com a vacinação, já vemos sinais de reaquecimento da economia global”, destacou o executivo em conversa com o bahia.ba. Verhine explicou que a base de comparação baixa e uma melhoria em um gargalo no ano passado – a falta de insumos – deve possibilitar a recuperação da indústria baiana. A federação coleta dados para definir em números o tamanho da expansão estimada para este ano.

O gerente executivo explicou que, mesmo havendo um descasamento na produção de matérias-primas na construção civil e na indústria plásticas, a situação dos estoques melhorou. A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que em abril o setor fabril encerrou o mês com estoques próximos do desejado pelas empresas. O cenário na Bahia é semelhante.

Ocorrido em janeiro, o fim das atividades da montadora vai reduzir em cerca de 5% o montante produzido pela indústria de transformação baiana. “A perda da Ford vai afetar o PIB baiano em 1,3% em 2021”, confirma Verhine, esclarecendo que este dado se refere a toda atividade econômica como um todo, não apenas a indústria.

Por outro lado, o executivo identifica reações positivas em dois setores no ano. A indústria química teve expansão de 11,3% no primeiro trimestre de 2021, frente ao mesmo período do ano passado. Em couros e calçados, a alta ficou em 16,3%.

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