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A cozinheira e cuidadora de idosos baiana Simone Barreto Silva, 44 anos, natural de Salvador, é uma das vítimas do ataque terrorista que aconteceu na manhã desta quinta-feira (29), em Nice, Sul da França, e deixou três mortos. Segundo informações de Osmar Marrom Martins, colunista do CORREIO, ela ficou gravemente ferida e morreu no local. Simone deixa três filhos.

Além de Simone, também morreu o sacristão da basílica de Notre-Dame de Nice, um templo neogótico situado no coração da cidade. A outra vítima ainda não foi identificada. De acordo com a polícia local, o atentado ocorreu por volta das 9h (horário local); o agressor foi ferido a tiros e levado a um hospital. O governo da França elevou o nível de alerta terrorista em todo o país após o atentado, segundo anunciou o primeiro-ministro Jean Castex, que prometeu uma resposta “firme, implacável e imediata”, diante dos parlamentares da Assembleia Nacional.

Conforme apurado pelo CORREIO, Simone tinha saído para o trabalho e resolveu dar uma passada na basílica para orar, momento em que foi atacada. Ela conseguiu sair da igreja e, mesmo ferida, gritou e acionou a polícia, que atirou no criminoso.

Nascida no Lobato, na Cidade Baixa, no subúrbio de Salvador, Simone morava na França há pelo menos 30 anos. Simone tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos. Ela tinha nacionalidade francesa.

Simone era irmã de Solange Barreto, outra baiana que organiza a Festa de Iemanjá em Nice, reproduzindo a festa do Rio Vermelho na França. Completamente abalada, Solange Barreto, em conversa com o Blog do Marrom, relatou que Simone morreu lutando: "Ela saiu pela manhã para trabalhar e passou na igreja para fazer suas orações. Aí foi vitima desse atentado bárbaro. Ela lutou contra o assassino e, mesmo ferida, conseguiu sair da igreja pedindo socorro e alertando sobre o que estava acontecendo, até que a polícia veio e evitou que a tragédia fosse ainda maior", contou a irmã.

Festival Culturel Brésilien Fête de Yemanja Nice:

Amigo da vítima, o babalorixá Anderson Argolo emitiu pêsames à família de Simone pelo falecimento. "Estou chocado, sem palavras para tamanho ato de crueldade, estamos vivendo em um mundo em desequilíbrio. [Era] uma mulher cheia de vida e alegria, quantas risadas, todos que a conheceram vão lembrar do seu sorriso largo, vá em paz, Simone, que seu espírito descanse em paz, na luz do criador", disse.

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), lamentou a perda. "Toda minha solidariedade aos familiares da baiana Simone Barreto Silva, que nasceu no Lobato, no subúrbio de Salvador, e que lamentavelmente foi uma das vítimas do atentado terrorista ocorrido nesta quinta-feira, na Basílica de Notre-Dame, em Nice, na França. Fica a nossa imensa consternação diante desse crime bárbaro, condenado por todos os líderes mundiais, com os quais nos uniremos agora, na certeza de que o bom senso, a razão e a lucidez irão subjugar a irracionalidade, o fanatismo e a intolerância religiosa", escreveu em seu Twitter.

O governador Rui Costa (PT) também se posicionou: "Triste e indignado. Atentado terrorista na França matou Simone Barreto, baiana de Salvador. Ataque covarde contra a liberdade. Que Deus conforte familiares e amigos de Simone e das outras vítimas deste crime bárbaro. Solidariedade à França e ao mundo que defende o amor e a paz".

Posicionamentos
Em nota, o governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores (MRE), condenou veementemente o atentado. "O Presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e governo franceses", escreveu.

Ainda no documento, o ministério expressou repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirmou seu compromisso de "trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo". De acordo com o governo, o Itamaraty, por meio do Consulado-Geral em Paris, está prestando assistência consular à família da cidadã brasileira.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o país “não cederá” ao terror, e anunciou que vai mais que dobrar o número de soldados destinados a proteger o país de atentados, aumentando o contingente dos atuais 3.000 para 7.000 militares, que serão enviados para proteger principalmente escolas e instituições religiosas.

Segundo o líder francês, esse aumento permitirá a proteção de locais de oração durante o feriado cristão de Todos os Santos, em 1º de novembro, e das instituições de ensino durante o retorno das férias de outono, que ocorre a partir da próxima semana.

“Repito com muita clareza hoje: não cederemos a nada”, disse ele, afirmando que o atentado desta 5ª feira foi “1 ataque a toda a França”, mas sobretudo “à comunidade católica”. “Não cedam às divisões”, pediu o mandatário.

Procuradores antiterrorismo abriram uma investigação de assassinato relacionada com uma ação terrorista. O motivo do atentado ainda não foi esclarecido, mas ele ocorreu num momento em que a França está em alerta para atos terroristas em meio a tensões envolvendo caricaturas do profeta Maomé.

O governo da França elevou o nível de alerta terrorista em todo o país após o atentado, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex, que prometeu uma resposta “firme, implacável e imediata”, diante dos parlamentares da Assembleia Nacional. Castex ainda disse que convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Defesa, que acontecerá já nesta sexta-feira (30).

O prefeito de Nice, Christian Estrosi, disse a jornalistas no local do ocorrido que o agressor ficou repetindo as palavras Allah Akbar (Deus é o maior, em árabe) e foi “neutralizado com tiros” pela polícia. Ferido, ele foi medicado ainda no local e depois levado a um hospital, disse a polícia, que afirma que o agressor agiu sozinho.

Estrosi comparou o ataque com o recentemente cometido contra o professor Samuel Paty, que foi decapitado por 1 islamista nas proximidades de Paris por ter exibido caricaturas do profeta Maomé em sala de aula.

O homem morto é o sacristão da igreja, disse o prefeito. A informação foi mais tarde confirmada por 1 cônego, que acrescentou que a vítima tinha cerca de 45 anos.

Um investigador também disse que o agressor gritou Allah Akbar durante o atentado e acrescentou que se trata de 1 homem que teria se identificado como Brahim e que disse ter 25 anos. O jornal local Nice-Matin informou que o agressor se chama Brahim A., tem 21 anos e era desconhecido da polícia.

O presidente Emmanuel Macron foi até Nice no fim da manhã. “Mais uma vez, nosso país foi atingido por 1 ataque terrorista islamista”, disse o presidente, diante da igreja em Nice. Ele disse que a França foi atacada por causa de seus valores e que o país não abrirá mão deles, em especial da “liberdade de ter ou de não ter uma fé”.

Atentado anterior
Em 14 de julho de 2016, outro atentado deixou 86 pessoas mortas em Nice. Um motorista, em um caminhão, atropelou diversas pessoas que assistiam à queima de fogos em comemoração ao 14 de Julho, Dia da Bastilha. O ataque aconteceu em Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), uma avenida à beira-mar, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília). Ao todo, 500 pessoas ficaram feridas.

O Ministério do Interior francês confirmou, na época, que o motorista, que foi identificado como Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, tinha sido morto. Já o ex-prefeito de Nice, Christian Estrosi, revelou que o caminhão estava cheio de armas e granadas.

Mohamed tinha 31 anos e de nacionalidade tunisiana. Ele já acumulava registros de vários crimes comuns, entre eles violência doméstica, não associados a redes terroristas. Dois dias depois ao crime, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.

Outros ataques na França
Nos últimos cinco anos, outros ataques com arma branca vitimaram os franceses.

2020
16 de outubro: Um professor de História e Geografia que exibiu charges de Maomé em sala de aula para falar sobre liberdade de expressão foi decapitado perto do colégio de ensino médio Bois d’Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine, uma cidade de 35 mil habitantes situada a 39km de Paris. Foi aberta uma investigação por "assassinato em conexão com organização terrorista".

25 de setembro: Um homem paquistanês armado com uma faca feriu gravemente duas pessoas em um ataque em frente à antiga redação da revista francesa "Charlie Hebdo", em Paris. De acordo com informações do Ministro do Interior, Gerald Darmanin, o autor do atentado tinha chegado à França há três como menor desacompanhado.

4 de abril: Em Romans-sur-Isère, um refugiado sudanês de 33 anos esfaqueou várias pessoas que estavam em uma fila em uma padaria, deixando dois mortos e cinco feridos. Além dos fregueses da padaria, o agressor também entrou em outras lojas, tentado esfaquear clientes e funcionários.

3 de janeiro: Um jovem de 22 anos convertido ao islã e com transtornos psiquiátricos atacou pedestres com uma faca, aos gritos de "Alá é grande!", no parque des Hautes-Bruyères, da cidade de Villejuif, perto de Paris, deixando um morto e dois feridos. O agressor seguiu em direção a um supermercado na cidade vizinha de Haÿ-les-Roses e foi morto pela polícia com três tiros.

2019
3 de outubro: Um funcionário do serviço policial de Paris, convertido ao islã, esfaqueou até a morte três policiais e um agente administrativo na sede da polícia de Paris e foi abatido. O agressor tinha 45 anos e era servidor público desde 2003, ele trabalhava no setor de informática da polícia parisiense.

2018
12 de maio: Um jovem nascido na Chechênia, identificado como Khamzat Azimov, de 20 anos, atacou pedestres com uma faca no centro de Paris, aos gritos de "Alá é grande!", antes de ser morto pela polícia. O ataque deixou um morto e quatro feridos e sua autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico. Ele entrou na França como refugiado, ainda pequeno, com os pais.

2017
1° de outubro: O tunisiano identificado como Ahmed Hanachi, de 29 anos, esfaqueou duas jovens na esplanada da estação ferroviária de Marselha, também gritando "Alá é grande!", antes de ser abatido por militares que patrulhavam o local. O grupo Estado Islâmico também assumiu a autoria desse atentado.

2016
26 de julho: Os jovens Abdel Malik Petitjean e Adel Kermiche, ambos de 19 anos, decapitaram o padre Jacques Hamel, de 85 anos, da igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, durante uma missa. Os jovens foram mortos pela polícia. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do crime.

13 de junho: Um policial de Magnanville e sua companheira, que trabalhava na delegacia de Mantes-la-Jolie, foram esfaqueados em casa por Larossi Abballa, 25, que reivindicou a autoria do crime em nome do Estado Islâmico e foi morto pela polícia. Abballa já tinha sido condenado, em 2013, por pertencer a uma rede de recrutamento de jihadistas.

2015
26 de junho: Um homem de 35 anos que era entregador matou e decapitou com uma faca seu chefe, Hervé Cornara, em Chassieu. Em seguida, carregando bandeiras islâmicas, o homem tentou explodir uma fábrica e foi preso. Ele se suicidou seis meses depois na prisão.

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O papa Francisco defendeu a união civil entre homossexuais e disse que eles precisam ser protegidos por leis. Eles fez declarações nesse sentido em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália. "As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso", diz ele no documentário "Francesco". As informações são do G1.

Ainda de acordo com o pontífice, o que é necessário acontecer é a criação de "uma lei de união civil". "Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso", afirmou.

A fala do papa surge na metade do filme. Ele discorre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação.

Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTIA+, mas geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis. Ele já deu sinais velados que poderiam ser interpretados como uma opinião favorável à união civil.

Quando Cristina Kirchner era a presidente da Argentina, o país legalizou o casamento gay. Na época, ele ainda não era o papa, mas, sim, o cardeal Jorge Mario Bergoglio.

Segundo um texto de 2014 da agência "Religion News Service" (RNS), Bergoglio chegou a dizer que estava aberto a aceitar a união civil como uma alternativa ao casamento entre pessoas do mesmo gênero.

Ao G1, o vaticanista Filipe Domingues explica que quando ainda era cardeal, Bergoglio era a favor da união civil de pessoas do mesmo sexo: "Ele é contra o 'casamento gay' mas concorda que pessoas em união estável têm direitos. Isso não é novo. Mas declarou isso em documentário, como Francisco, pela primeira vez".

Domingues ainda aponta que o papa foi mais explícito agora ao falar de "ser parte de uma família". "Isso é importante", destaca.

Em 2014, o Papa Francisco deu entrevista ao jornal "Corriere della Sera" na qual disse que a Igreja ensina que casamento é entre um homem e uma mulher. Segundo a agência RNS, ele disse que entende que governos queiram adotar a união civil para casais gays por razões econômicas.

Segundo o "Corriere della Sera", o papa disse que "é preciso considerar casos diferentes e avaliar cada caso em particular".

O Vaticano então afirmou que Francisco falava de forma genérica e que as pessoas não deveriam interpretar as palavras do papa além do que elas dizem, segundo a RNS.

O filme foi exibido no Festival de Roma nesta quarta-feira. No domingo (25), ele deverá passar nos EUA pela primeira vez durante o Savannah Film Festival. O diretor Evgeny Afineevsky acabou as gravações em junho de 2020. O filme fala de temas como a pandemia, racismo e abuso sexual. Há temas geopolíticos também, como a guerra na Síria e na Ucrânia.

Segundo o jornal argentino "La Nación", o filme mostra um italiano gay que vive em Roma. Ele tem três filhos, e relata que uma vez escreveu ao papa e pediu para enviar suas crianças à paróquia, mas que tinha receio de que as crianças fossem discriminadas.

O homem afirma que o Papa Francisco o incentivou a mandar os filhos à Igreja e nunca disse qual era a opinião dele sobre a família formada por pais gays e que, apesar de a doutrina não ter se alterado, a maneira de lidar com o tema mudou radicalmente. As informações são do G1.


“O que eu defendo é que a gente pegue todo conteúdo de 2020 que não foi dado aos alunos, some ao conteúdo de 2021, e que a gente faça um compilado, uma junção de 2020 com 2021, a partir do momento em que o retorno das aulas for possível”, disse.

O governador Rui Costa também comentou o assunto. Durante visita a uma obra na Nova Constituinte, nesta quarta-feira, ele disse que a reunião ele e o prefeito farão um balanço da pandemia, sobre a taxa de ocupação de leitos e do avanço da doença, além de outros assuntos relacionados ao novo coronavírus.

"Existe possibilidade de voltar e nós queremos retornar [às aulas presenciais]. Arrisco a dizer que, se não fosse as aglomerações de festa de paredão e atividades de campanha, a gente já teria retornado às aulas. Isso porque os números do vírus vinham caindo de maneira acelerada e percebemos uma estabilização disso. Estamos monitorando o número de óbitos que é um sintoma muito claro da doença pra definir o retorno. Se os óbitos continuarem em 26 e 27 [por dia], significa que a doença ainda continua em situação preocupante", afirmou.

Cenário
As aulas estão suspensas em Salvador desde 18 de março. Naquela mesma semana, o governador interrompeu as atividades, primeiro nos municípios que tinham registrado casos do novo coronavírus, e dois dias depois, em todas as 417 cidades do estado. Desde então, esses decretos foram sendo renovados a cada mês ou a cada 15 dias.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, esse ainda não é o momento para retomar as aulas. Ele citou a segunda onde de infecções que está acontecendo na Europa, disse que as escolas não apresentam segurança para os professores e os estudantes, e afirmou que a compilação de conteúdos dos dois anos, sugerida pelo prefeito, pode ser uma solução plausível.

“O que nós queremos é discutir com o governo do estado e o governo municipal quais são as medidas de segurança para retomar as aulas no próximo ano. Esse ano não tem a mínima condição de obrigar as pessoas a irem para as escolas, e se for necessário faremos uma greve em defesa da vida. Sobre o conteúdo compilado, é possível desde que haja uma preparação, o que poderia estar sendo feito agora”, disse.

O coordenador-geral defende que a Bahia siga a mesma linha de outros estados brasileiros. “O platô ainda está alto no Brasil. O Rio de Janeiro acaba de anunciar que aulas presenciais apenas no ano que vem. Acre, Piauí, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, e Goiás também só retomam as aulas no próximo ano. É preciso responsabilidade”, disse.

Pais e estudantes estão divididos. Para uns é preciso retornar o quanto antes, e outros defendem que seria mais seguro esperar um pouco mais.

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Parte dos pacotes com sementes misteriosas que já foram recebidos por moradores de 25 unidades da Federação, incluindo a Bahia, foram colocados em análise. Ao todo 25 dos 258 pacotes relatados já passaram por testes que detectaram três tipos de fungos diferentes, um ácaro vivo, a presença de bactérias em duas amostras e ainda quatro sementes com pragas quarentenárias.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas os estados do Amazonas e Maranhão ainda não registraram casos. As informações são do site Metrópoles.

Os dados foram compartilhados em coletiva de imprensa virtual, na manhã desta terça-feira (6), com a participação de José Guilherme Leal, secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, e José Luis Vargas, diretor de Serviços Técnico do ministério. Na ocasião, o Mapa informou que interceptou 33,7 mil pacotes suspeitos no primeiro semestre de 2020.

Segundo o Carlos Goulart, a entrega não solicitada das sementes pode estar relacionada a um golpe de comerciantes virtuais chamado de brushing (clique aqui para entender o esquema).

Neste tipo de fraude, os próprios vendedores acrescentam os pacotes de sementes nas aquisições reais de clientes, para alavancar as plataformas de e-commerce.

O levantamento do ministério já identificou, mas sem revelar, quatro países que enviaram remessas com sementes para o Brasil. De acordo com Goulart, contudo, não há denúncias de comerciantes brasileiros que tenham praticado o esquema.

“Além de entregar as sementes às autoridades, pedimos também que a população não descarte as embalagens”, pede o diretor do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas. “Com elas, fica mais fácil identificarmos os países remetentes”, explica.

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O departamento de Comércio dos EUA anunciou nesta sexta-feira (18) que o download dos aplicativos TikTok e WeChat ficará proibido a partir do domingo (20). O governo de Donald Trump alega que os apps chineses são uma ameaça à segurança nacional.

Quem já tem os apps baixados poderão continuar com eles nos celulares, mas as atualizações não ficarão mais disponíveis.

O TikTok tem atualmente cerca de 100 milhões de usuários só nos EUA. Já o WeChat tem 19 milhões de americanos usando.

"O Partido Comunista da China mostrou que tem os meios e a intenção de usar esses aplicativos para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos", diz comunicado do departamento.

As ameaças dos dois apps são consideradas diferentes, diz a nota, mas ambos criam "riscos inaceitáveis" para a segurança nacional.

"Cada um coleta vastas faixas de dados de usuários, incluindo atividade de rede, dados de localização e históricos de navegação e pesquisa. Cada um é um participante ativo na fusão civil-militar da China e está sujeito à cooperação obrigatória com os serviços de inteligência do PCCh", afirma.

Acordo
A ByteDance, responsável pelo TikTok, fez um acordo com a Oracle para fazer uma parceria que permita que o app continue disponível nos EUA. A China precisa aprovar, contudo, afirma a empresa.

Pela proposta, o TikTok Global se tornaria uma empresa com sede nos EUA.

A Oracle é uma empresa voltada ao mercado corporativo, com soluções na nuvem. O gerenciamento de banco de dados é uma das suas especialidades. A empresa negociava também uma participação nas operações do app nos EUA.

Na quarta (16), Trump criticou os planos da ByteDance manter uma participação majoritária nas operações do TikTok nos EUA. Ele disse que é contra à ideia do controle continuar com a empresa chinesa.

A ByteDance afirma que não compartilha dados dos usuários com as autoridades chinesas.

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Terça, 03 Fevereiro 2015 21:00

Doping!!! Anderson Silva é Flagrado

Anderson testa positivo em antidoping realizado antes da luta contra Diaz.
Brasileiro teria metabólitos de drostanolona e androsterona em seu exame de sangue realizado no dia 9 de janeiro. Lutador ainda pode pedir que seja feita contraprova.
Uma bomba explodiu no mundo do MMA nesta terça-feira. Ex-campeão dos pesos-médios UFC, Anderson Silva foi flagrado no exame antidoping após metabólitos de drostanolona e androsterona serem encontrados em seu exame de sangue, realizado pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) no dia 9 de janeiro, portanto antes da luta contra Nick Diaz, no UFC 183, no último sábado, em Las Vegas. O resultado do teste foi revelado nesta terça-feira, e o UFC confirmou a informação através de um comunicado oficial. O lutador ainda pode solicitar a contraprova.
Anderson foi submetido a três exames: de sangue, nos dias 9 e 19 de janeiro, e de urina, no dia 31. Os dois últimos deram limpos, ao contrário do primeiro.
Nick Diaz também caiu no doping, no entanto, em exame feito após o confronto com Spider. O resultado do teste do americano aponta para metabólitos de maconha, segundo informações do "Yahoo!Sports". Esta é terceira vez que ele é pego nesta situação pela Comissão Atlética de Nevada. Em 2007, pelo Pride, e no UFC 143, em 2012, quando enfrentou Carlos Condit pelo cinturão interino dos meio-médios, Diaz testou positivo para THC, princípio ativo da maconha.
Anderson pode ser punido, pois as substâncias encontradas em seu organismo, são passíveis de pena dentro ou fora do período de competição. Flagrado no exame pós-luta, Diaz, reincidente, também não deverá passar impune.

 

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Segundo reportagem do jornal “Estado de S.Paulo” desta sexta-feira, o Brasil perdeu seus direitos no Tribunal Penal Internacional (TPI), após acumular e não pagar mais de US$ 6 milhões em dívidas com a entidade sediada em Haia. A situação coloca a diplomacia brasileira em uma “saia-justa”, já que o Brasil possui a segunda maior dívida de um país nas Nações Unidas. O Brasil é um dos membros fundadores do Tribunal Penal Internacional, entidade que representou o maior avanço no direito internacional desde o fim da Guerra Fria. Na prática, a suspensão impede o Brasil a votar, por exemplo, na escolha de novos juízes, “um constrangimento político que afeta o País que, em diversas ocasiões, usa o discurso do multilateralismo para insistir que apenas dentro do quadro da lei e da ONU é que conflitos podem ser superados”, diz o “Estadão”.
De acordo com o jornal, a dívida com o TPI é apenas uma de muitas que o governo brasileiro vem acumulando com a ONU. Conforme revelado com exclusividade pelo “Estadão”, a dívida do Planalto com o orçamento regular da ONU superava em 2014 pela primeira vez a marca de US$ 100 milhões e apenas os EUA mantinham um buraco superior. Documentos da ONU indicam que, até 3 de dezembro, o Brasil devia US$ 170 milhões à entidade. Isso sem contar com outra dívida de US$ 14 milhões (R$ 36,7 milhões) para a Unesco, que deu o título ao Brasil de segundo maior devedor da entidade cultural da ONU, além de outros US$ 87,3 milhões para as operações de paz dos capacetes azuis.
Leia mais no site do “Estadão”.

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Em uma carta publicada em seu site na manhã desta quinta-feira, a presidente argentina, Cristina Kirchner, rebateu as acusações do promotor Alberto Nisman no suposto encobrimento de agentes iranianos no caso Amia. Ela afirma que, após ler a denúncia na íntegra, soube que o promotor seguiu pistas erradas. Ela acusa o ex-diretor de contrainteligência da Secretaria de Inteligência, Antonio Stiusso, de fornecer pistas erradas a Nisman, e surpreendemente muda o discurso e põe em dúvida a tese do suicídio do promotor, admitindo que ele teria sido forjado.

Com base em um relato da Interpol, Cristina nega que a organização tenha levantado seu alerta vermelho aos suspeitos iranianos do atentado mais letal da Argentina, que matou 85 pessoas na associação israelita em 1994. Ele diz que todas as acusações "são falsas" e "constituem um verdadeiro escândalo político e jurídico".
Cristina afirma que, no geral, Nisman foi vítima de um projeto que buscava atingir o governo e o inundou de pistas falsas. O principal acusado por ela de fornecer contrainformações seria Stiusso, que teria dito que supostos agentes no caso de encobrimento faziam parte da Secretaria de Inteligência.
"O promotor Nisman não sabia que os agentes de inteligência que ele denunciava na verdade não o eram. Muito menos que um deles fora denunciado pelo próprio Stiusso por tráfico de influência anteriormente", diz.

Diante de uma série de alegações, ela afirma que a suposta conspiração que teria utilizado Nisman foi responsável por matá-lo, já que ele se tornaria testemunha um "complô" que buscaria atingir o governo. Entre os pontos que a fazem declarar-se convencida de que ele teria sido morto, está o fato de que morreu com um tiro de uma arma com calibre bem menor do que a que ele possuía.

"O teor da denúncia acabou sepultado pela morte do promotor. Sob a forma de um aparente suicídio. Recurso que foi utilizado em muitos casos tristemente célebres. Por que ele iria se suicidar se não sabia que era falsa a informação que foi entregue a ele? Essas repostas seguramente só poderão dar aqueles que o convenceram de que ele tinha em suas mãos ‘a denúncia do século’ com dados falsos", escreve. "Quando um jornal afirma que ‘queriam usá-lo vivo e agora usá-lo morto’, estavam equivocados. Usaram-no vivo e precisavam dele morto."

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, já havia afirmado que Stiusso "vendeu uma relação que nunca existiu", alegando que os supostos agentes Allan Bogado e Héctor Yrimia nunca haviam feito parte da Secretaria de Inteligência. Oscar Parrilli, atual titular do órgão, também apontara que os dois nunca fizeram parte — a acusação era uma das questões levantadas por Nisman.

O juiz Ariel Lijo, a quem Nisman reportaria a denúncia, ordenou a proteção de Bogado e Yrimia.

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O promotor argentino Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (19) em Buenos Aires, capital da Argentina. O profissional denunciou a presidente Cristina Kirchner por suposto encobrimento do Irã em um atentado contra um centro de convivência de judeus em que 85 pessoas morreram. De acordo com informações preliminares do El Clarín, seu corpo estava no banheiro com um disparo de um revolver de pequeno calibre em sua cabeça. Em seu escritório, estava a documentação que o promotor ia apresentar na manhã desta segunda à Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados, por sua denúncia contra a presidente e vários membros próximos ao governo. A confirmação da morte foi feita pelo juiz que interveio em sua causa, Manuel de Campos, e as primeiras hipóteses falam de um “suposto suicídio”.

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A Europa se prepara para aprofundar as ações de “traçabilidade” de suspeitos de terrorismo, assim como as ferramentas de investigação após os atentados de Paris. Horas antes da marcha, ministros do Interior de 11 países encaminharam na capital francesa a decisão de implantar o Passenger Name Record (PNR), um sistema já existente nos Estados Unidos e que permite colher e trocar dados sobre passageiros de transporte aéreo.
O objetivo é controlar a saída e entrada dos “jihadistas europeus” em guerra pelo Estado Islâmico. As medidas foram discutidas em uma reunião do G-10, um recém-criado conselho de ministros do Interior e de Justiça de 10 países do Ocidente, incluindo Europa e Estados Unidos.

O objetivo do grupo é debater e adotar medidas conjuntas para combater o fluxo de suspeitos de terrorismo e o tráfico de armas. As ações ainda serão anunciadas oficialmente e várias terão de passar por aprovação de parlamentos nacionais. Mas o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, revelou desde já que a Europa vai adotar o Passenger Name Record.
O sistema de supervisão já existe nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Grã-Bretanha, mas até aqui enfrentava a resistência da União Europeia. Na prática, trata-se do registro de informações sobre cada passageiro em um banco de dados informáticos construído a partir das companhias aéreas.

Entre as informações retidas estão o nome dos passageiros, seu itinerário, telefones de contato – incluindo de familiares –, reservas de hotel e de automóveis, se disponíveis, e até preferências de alimentação. Até aqui a Lei Europeia de Proteção de Dados impedia na prática o uso dos dados de um Passenger Name Record no interior da União Europeia.

A legislação proíbe que as informações sejam transmitidas a órgãos governamentais, em nome do respeito à vida privada. Serviços secretos da Europa, por exemplo, só podem acessar as informações caso a caso, após avaliação da Justiça.

Os atentados de Paris, entretanto, parecem ter posto um fim às restrições que os líderes europeus tinham sobre o tema. O objetivo agora é ampliar a “traçabilidade” de quem se dirige para áreas de conflito, como Síria e Iraque, a exemplo dos “jihadistas europeus”.
Em toda a França, pelo menos 3 milhões participaram das manifestações. Em outros lugares como Londres, Madri e Tóquio a população também foi à rua. O ministro do Interior da França contou que a marcha de ontem foi a maior manifestação na história da França.

Bernard Cazeneuve declarou que o evento é algo “sem precedentes”. Os manifestantes, afirmou, eram tantos e se espalharam de tal forma, que se tornou impossível contar quantas pessoas participaram.

A imprensa francesa chegou a estimar que mais de 3 milhões de pessoas participaram. De acordo com o jornal Le Figaro, o público em Paris chegou a 2 milhões e, levando em conta manifestações em outras cidades francesas, a contagemsobe para 3,7 milhões.
O número é maior do que a quantidade de pessoas que tomou as ruas de Paris depois que os Aliados libertaram a cidade dos Nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Líderes

De braços dados, mais de 40 líderes mundiais lideraram a quieta procissão, deixando diferenças de lado em uma manifestação que, nas palavras do presidente francês, François Hollande, fez de Paris “a capital do mundo”. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ficou ao lado do presidente palestino Mahmoud Abbas.

Também marcharam o presidente ucraniano Petro Poroshenko e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Os ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo, a um supermercado e contra um policial marcaram um ponto de virada para a França que alguns compararam ao efeito que teve, para os Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.

2015-01-12-ataqueparislideres

“Nosso país vai se levantar ainda melhor”, disse Hollande. Em diversas cidades do mundo, pessoas se reuniram para homenagear as 17 vítimas que morreram durante os três dias de ataques em Paris e para apoiar a liberdade de expressão.

Cortejo

Por volta do meio-dia (hora local), os líderes mundiais que participam do evento saíram do Palácio Eliseu e se dirigiram de ônibus até a Praça da República, onde se posicionaram à frente da marcha, de braços dados. O presidente François Hollande e a chanceler alemã Angela Merkel ficaram lado a lado puxando o cortejo, junto com um grupo menor, numa espécie de primeiro pelotão.

Eles caminharam cerca de 1,5km à frente da multidão e por apenas cerca de 200 metros, por razões de segurança. Hollande cumprimentou os líderes, um por um, ao fim da caminhada. Os familiares e amigos das 17 vítimas mortas pelos atentados dos últimos dias também estiveram na frente da marcha. Hollande também se dirigiu a eles para cumprimentá-los.

Um dos momentos mais emocionantes foi o encontro de Hollande com o médico Patrice Pelloux, colaborador do Charlie Hebdo. Ele foi a primeira pessoa a socorrer os colegas após o ataque ao jornal. Patrice recebeu uma ligação de um amigo pedindo que fosse lá já que eles “haviam sido alvejados por fuzis”.

À noite, Hollande e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, participaram de uma cerimônia numa sinagoga em homenagem aos quatro judeus mortos por Amedy Coulibaly durante a invasão a um mercado judaico na última sexta-feira. Cerca de cinco mil policiais ficaram mobilizados em Paris, sendo 2200 deles exclusivamente para atuar na manifestação.

Atos acontecem em diversas cidades do mundo

Milhares de pessoas se reuniram em diversas cidades ao redor do mundo, ontem, em honra das 17 vítimas que morreram durante três dias de ataques em Paris na última semana e para apoiar a liberdade de expressão.
Em Sidnei, na Austrália, centenas de pessoas se reuniram na Praça Martin, no centro da cidade, onde um defensor do grupo Estado Islâmico manteve 18 pessoas como reféns em um café por mais de 16 horas, no mês passado, ocorrência que terminou com dois reféns e o agressor mortos.

Mais de 500 australianos e cidadãos franceses participaram do ato, gritando palavras como “Eu sou Charlie” e “Liberdade”. Em Londres, na Inglaterra, centenas de pessoas também se reuniram no centro da cidade para homenagear às vítimas.

Em Tóquio, no Japão, cerca de 200 pessoas, a maioria franceses residentes no país, se reuniram no pátio do Instituto Francês. Depois de manterem um minuto de silêncio, eles cantaram “A Marselhesa”, o hino nacional francês, e seguraram cartazes com os dizeres “Je suis Charlie”, em francês ou na tradução para o japonês.

Ontem, em Nova York, centenas de pessoas, a maioria de nova-iorquinos de língua francesa, enfrentaram baixas temperaturas e participaram de uma manifestação empunhando canetas. Olivier Souchard, um residente francês, nascido Nova York, que trouxe sua família e amigos, explicou o apoio pela liberdade de expressão.

“O que temos medo é de menos liberdade para mais segurança - isso é amordaçar”, disse. No Rio de Janeiro, cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores do evento, participaram da manifestação em apoio às vítimas do atentado. O grupo saiu da Pedra do Arpoador e caminhou na Avenida Vieira Souto em direção à Praça Nossa Senhora da Paz.

Já em São Paulo, 300 pessoas caminharam pela Avenida Paulista até o Consulado Geral da França, também exibindo canetas e cartazes com os dizeres “Je suis Charlie”. O evento foi organizado por franceses que vivem na cidade.

Diante do Consulado, os manifestantes entoaram por duas vezes a “Marselhesa”, hino nacional francês, e fizeram um minuto de silêncio. O cônsul-geral francês em São Paulo, Damien Loras, pediu que os brasileiros que estejam com viagem marcada ao país não tenham medo.

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Um membro da AQAP, uma ramificação da Al-Qaeda no Iêmen disse que o grupo dirigiu o ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo em Paris “como vingança pela honra” do profeta islâmico Maomé. Em uma declaração em inglês feita à Associated Press nesta sexta-feira, ele disse que “a liderança da AQAP dirigiu as operações e que escolheram o alvo com cuidado”.

De acordo com ele, o ataque foi compatível com as advertências do último líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden ao Ocidente sobre “as consequências da persistência da blasfêmia contra santidades muçulmanas”. Ele disse que o grupo adiou a sua declaração de responsabilidade por “razões de segurança”. O membro da AQAP falou sob condição de anonimato devido às regras do grupo.
O presidente François Hollande agradeceu o trabalho das forças de segurança francesas e convocou o povo a se manter forte na luta contra o terror, que ainda não acabou.

“Eu os convoco à vigilância, à unidade e à mobilização”, disse em um breve pronunciamento nacional após a polícia cercar e matar os dois atiradores que participaram do atentado à revista Charlie Hebdo, na quarta-feira, e também o sequestrador que manteve reféns em um supermercado de Paris, nesta sexta-feira.

“Nós somos um povo livre que não cede a nenhuma pressão, que não tem medo”, afirmou Hollande em seu discurso. “Devemos mostrar a nossa determinação para lutar contra tudo o que pode nos dividir, contra o racismo e o antissemitismo”, disse.
O presidente prometeu reforçar a segurança em lugares públicos e também condenou a ação do atirador que matou quatro pessoas e manteve outras reféns em um supermercado de Paris. “Estes fanáticos não tem nada a ver com a religião muçulmana”, disse.

Hollande anunciou que irá participar do grande ato de domingo, em Paris. Ele será acompanhado de chefes de estado de outros países, como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e os primeiros-ministros David Cameron, do Reino Unido, Matteo Renzi, da Itália, Charles Michel, da Bélgica e Mariano Rajoy, da Espanha.
Ele também conclamou os franceses a “se levantarem no domingo para serem os porta-vozes de valores do pluralismo e da liberdade e democracia”. “Sairemos deste teste mais fortes”, disse.

Os dois suspeitos pelo atentato ao jornal Charlie Hebdo foram mortos em um confronto com a polícia francesa nesta sexta-feira (9) em uma gráfica de Dammartin-en-Goële, na França. Em operação conjunta, também foi morto o atirador Amedy Coulibaly, 32, que mantinha cinco pessoas reféns em um mercado em Paris.

Na gráfica estavam os irmãos Said, 34, e Chérif Kouachi, 32, suspeitos de terem matado jornalistas, cartunistas e policiais no ataque ao "Charlie Hebdo" na quarta-feira (7). Eles mantinham uma pessoa refém, que saiu ilesa.

O ataque ao supermercado judeu em Porta de Vincennes, no leste de Paris, aconteceu minutos após a invasão na gráfica onde os irmãos suspeitos de terem participado do massacre de Charlie Hebdo mantinham um refém. A polícia francesa confirmou que há quatros mortos, incluindo atirador Amedy Coulibaly. Segundo a imprensa francesa, quatro reféns foram mortos.

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