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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou no mês passado uma carta secreta ao líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, destacando o interesse comum dos dois países na luta contra militantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, revelou o "Wall Street Journal" nesta quinta-feira (6).

De acordo com a reportagem do jornal, a carta enviada em meados de outubro dizia que a cooperação entre os EUA e o Irã na luta contra o grupo militante estava atrelada a um acordo a ser firmado entre o Irã e outras nações sobre seu programa nuclear.

O jornal citou pessoas com conhecimento da carta. O texto afirma que autoridades do governo se recusaram a comentar o assunto com o jornal.

"Funcionários do governo não negaram a existência da carta quando questionados por diplomatas estrangeiros nos últimos dias", escreveu a publicação.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta quinta-feira que a política norte-americana para o Irã não foi alterada, acrescentando que não poderia comentar sobre correspondências privadas entre Obama e um líder mundial.

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Um grupo de 21 africanos, supostamente imigrantes, chegou em um barco de pesca na praia nudista de Maspalomas, na Ilhas Canárias, e ficou quase cinco horas isolado sob a suspeita de ebola, informou a polícia da Espanha.

De acordo com o jornal “El País”, voluntários da Cruz Vermelha foram chamados por funcionários de limpeza que trabalhavam na praia e mediram a temperatura dos homens. Alguns deles apresentaram febre e, por isso, a organização decidiu ativar seu protocolo para ebola.

O grupo teve de ficar isolado na praia, à espera dos médicos da Secretaria de Saúde. A polícia traçou um limite de 20 metros de distância do grupo, para que os nudistas não se aproximassem, e pediu que os homens usassem luvas e máscaras.

Grupo de africanos é isolado em praia nas Canárias por suspeita de ebola

Depois de quatro horas, as autoridades médicas chegaram e constataram que nenhum deles tinha estado recentemente nos países mais afetados pela epidemia do ebola – Libéria, Serra Leoa e Guinea – e que não apresentavam risco de infecção.

Com exceção de quatro homens, que apresentavam estado de saúde delicado, o grupo foi colocado em um caminhão de lixo usado para a limpeza da praia e levado a uma delegacia.

O coordenador da Cruz Vermelha local, José Antonio Rodríguez, foi contrário ao modo de transporte usado, alertando que essa não seria uma forma de tratar seres humanos, de acordo com o “El País”. No entanto, o prefeito de San Bartolomé de Tirajana afirmou que não havia outra maneira de transportá-los.

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Brasileiro conta que subiu muito de peso após enfrentar Jon Jones e acusa a si mesmo de não ter sido profissional: "Acho que isso me custou a luta"
Por Ivan Raupp e Raphael Marinho
Uberlândia, MG
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Glover Teixeira (Foto: Ivan Raupp)
Glover Teixeira (Foto: Ivan Raupp)
Glover Teixeira esteve irreconhecível no octógono no duelo contra Phil Davis no UFC Rio 5. Grande favorito, o brasileiro lutou muito mal e saiu derrotado por decisão unânime dos jurados (triplo 30 a 27). Segundo ele, o que houve foi um problema na perda de peso para o combate. Glover afirmou que exagerou na alimentação após o revés para o campeão Jon Jones, em abril, e que acabou deixando para perder muito peso em cima da hora dessa vez:
- Com certeza foi isso que me impediu de ser o Glover de sempre. Não sei se o resultado da luta seria diferente, mas todo mundo que já me viu lutando sabe que não lutei no meu normal. Sei que estava lento, mole. O que ocasionou isso foi a perda de peso. E também a recuperação. Subi muito de peso depois da luta contra o Jon Jones. Machuquei o ombro, pensei que teria uma cirurgia, e desfoquei da dieta. Mas meu ombro melhorou graças a Deus antes do que eu esperava. Infelizmente cometi um erro grande, que não foi profissional da minha parte, que foi subir tanto de peso. Bati o peso, mas acho que isso me custou a luta (contra Davis). Agora é voltar 100% e manter a dieta - disse ao Combate.com.

Glover contou que se sentiu cansado logo no início da luta e garantiu que a partir de agora terá um cuidado maior em relação a essa questão do peso. O ideal, na cabeça dele, é subir para no máximo 104kg quando estiver em "off", ou seja, sem duelo marcado na divisão até 93kg.

UFC Rio 5, Phil Davis x Glover Teixeira (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Glover se mostra exausto durante luta contra Phil Davis (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Quando a gente está mais novo, perde peso com mais facilidade. Agora tenho que manter a dieta. Tenho 35 anos, estou me sentindo super forte e muito bem. Mas tenho que olhar o peso. Não foi profissional da minha parte. Perdi a força nas pernas nos primeiros dois minutos - declarou.

O mineiro de Sobrália precisa checar um problema num dos joelhos, que ele acredita não ser nada grave, e pretende voltar ao octógono no início do próximo ano. Um alvo ele já tem:
- Com certeza gostaria muito de lutar contra o Phil Davis. Está engasgado. Gostaria muito de uma revanche contra ele - finalizou.

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A China vai enviar 480 médicos para a Libéria para tratar doentes infectados com o vírus ebola em um centro sanitário que está sendo construído no país africano, anunciou nesta quinta-feira (6) um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. "A China sente o sofrimento das nações africanas e, como irmãos, oferecemos o apoio que podemos dar dentro das nossas capacidades", disse o porta-voz, Hong Lei. Os primeiros 160 médicos chegarão à Libéria no próximo domingo (9) e os outros 320 quando o centro estiver pronto, disse o porta-voz. O centro, uma unidade com 100 camas, que deverá começar a funcionar em um mês, está sendo construído por militares chineses. Desde março passado, a China enviou ajuda aos três países mais afetados pela epidemia - Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri -, no valor total de US$ 82 milhões, disse o porta-voz. A China é o maior parceiro comercial de África. Estima-se que ao menos 1 milhão de chineses vivam atualmente no continente africano. Na segunda-feira (3), em Pequim, a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar disse não ter sido encontrado qualquer caso de contaminação entre os cerca de 8,5 mil chineses residentes na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné-Conacri, países onde o ebola já matou quase 5 mil pessoas.

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Quatro anos depois de um desempenho arrebatador nas eleições de meio mandato americanas, o movimento conservador Tea Party deve voltar a marcar presença nas eleições para o Legislativo nesta terça-feira nos Estados Unidos, ainda que de forma mais discreta.

Segundo analistas, a expectativa é de que candidatos republicanos apoiados pelo Tea Party conquistem nestas eleições legislativas cerca de oito cadeiras na Câmara dos Representantes - equivalente a deputados federais - que atualmente estão nas mãos de republicanos tradicionais.

Caso se confirme, o resultado deve representar um desafio não apenas ao presidente Barack Obama e seu Partido Democrata, mas também à liderança republicana na Câmara, já que políticos ligados ao Tea Party costumam ter posições mais à direita que os representantes tradicionais do partido e se opõem a muitas de suas iniciativas, consideradas por eles moderadas demais.

"Eles estão desafiando agressivamente os republicanos em todos os níveis", diz a analista Elaine Kamarck, do instituto Brookings.

Segundo o analista Yascha Mounk, em artigo publicado pelo think tank Council on Foreign Relations, o Tea Party provocou uma "guerra civil" dentro do Partido Republicano.

Mounk cita entre as diversas "baixas" desta guerra o líder da maioria na Câmara, o republicano Eric Cantor, que foi derrotado na primária republicana no Estado da Virgínia em junho por um adversário mais conservador e relativamente desconhecido, Dave Brant. A derrota surpreendente levou Cantor a renunciar.

"O Tea Party está pronto para grandes avanços nestas eleições e deverá tomar o Congresso como refém com suas táticas obstrucionistas", prevê o analista.

Pesquisas

São disputadas nestas eleições todas as 435 cadeiras da Câmara, um terço das 100 cadeiras do Senado, governos de 36 dos 50 Estados e de três territórios e diversas prefeituras.

Pesquisas de intenção de voto indicam que o Partido Republicano deverá manter o controle da Câmara dos Representantes, conquistando cerca de dez novas cadeiras.

O partido também tem grandes chances de tirar o controle do Senado das mãos dos democratas.

Das 36 cadeiras do Senado em jogo nestas eleições, 21 estão atualmente nas mãos de democratas e 15 com republicanos.

As projeções indicam que os republicanos poderão conquistar o mínimo de seis cadeiras necessárias para ganhar a maioria no Senado.

Presidente Obama fez campanha para candidatos democratas, mas sua baixa popularidade é vista como problema em alguns Estados.

Presidente Obama fez campanha para candidatos democratas, mas sua baixa popularidade é vista como problema em alguns Estados.

Paralisação

A expectativa nesta reta final é bem diferente do clima do início do ano, quando muitos democratas acreditavam que poderiam não apenas manter o Senado, mas também reconquistar o controle da Câmara, aproveitando a crise de popularidade que assolava o Congresso.

Na época, ainda estava vivo na memória dos eleitores o fiasco dos 16 dias em que o governo ficou paralisado em 2013 por falta de acordo entre Casa Branca e Congresso sobre o orçamento federal.

Pesquisas indicavam que o público culpava os republicanos pela paralisação, o que poderia resultar em perdas para o partido nas eleições legislativas.

Um ano depois da paralisação, porém, o cenário é outro. Parte dessa mudança se deve ao fato de que o descontentamento dos americanos também é direcionado aos democratas e, especialmente, a Obama, que enfrenta baixa recorde de popularidade, com taxa de aprovação de apenas 40%, segundo pesquisa Gallup.

Outro fator foram os problemas na implementação do chamado Obamacare, o polêmico programa de saúde do presidente, que ocorreram ao mesmo tempo que a paralisação do governo e, segundo analistas, acabaram com qualquer vantagem que os democratas poderiam ter.

Além disso, o surgimento de assuntos considerados mais urgentes, como o avanço do ebola ou a ameaça do grupo auto-denominado 'Estado Islâmico', contra o qual os Estados Unidos estão lançando ataques, acabou desviando a atenção dos eleitores americanos, que mal lembram da paralisação de um ano atrás.

Há ainda uma tendência histórica de que as eleições de meio mandato costumem favorecer o partido opositor ao do ocupante da Casa Branca.

Futuro

Segundo uma pesquisa Gallup divulgada no mês passado, um em cada quatro americanos afirma apoiar o Tea Party.

O levantamento também indica que 73% dos republicanos identificados com o Tea Party estão "muito motivados" a votar nestas eleições, ante 57% dos republicanos que não apoiam o movimento e 42% dos eleitores que não são republicanos.

"Apesar de o Tea Party estar menos visível nesta campanha, a forte motivação de seus adeptos a votar ressalta a importância do movimento para o resultado das eleições", dizem os responsáveis pela pesquisa.

Mas apesar das projeções favoráveis à performance de candidatos ligados ao Tea Party e de algumas vitórias marcantes sobre republicanos tradicionais em primárias do partido em Estados como Virgínia, Texas, Nebraska e Virginia Ocidental, o desempenho do movimento deve ser mais modesto do que o registrado em 2010.

Para analistas, o Partido Republicano aprendeu a lição depois das eleições de 2010 e 2012, quando muitos candidatos do Tea Party venceram primárias republicanas mas acabaram se revelando inelegíveis devido a suas posições radicais, enterrando as chances dos republicanos de conquistar a maioria no Senado.

Mesmo assim, analistas afirmam que o impacto do Tea Party ultrapassa o resultado destas eleições e avaliam que o movimento já empurrou o Partido Republicano para a direita de maneira geral.

Ou seja, mesmo candidatos republicanos tradicionais que disputam estas eleições, em muitos casos venceram primárias e ganharam a indicação graças à adoção de posições mais conservadoras.

"Graças ao seu sucesso em radicalizar o Partido Republicano, o Tea Party ganhou tanta influência na Câmara que pode exercer veto efetivo sobre toda a máquina legislativa dos Estados Unidos", diz Mounk.
A expectativa agora é sobre que impacto essa divisão entre os conservadores poderá ter nas eleições presidenciais de 2016.

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