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Camaçari Todo Dia

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O aparecimento de manchas de óleo nas praias do Nordeste completa um ano no domingo, 30 e até hoje a Marinha do Brasil não conseguiu apontar os culpados por um dos maiores desastres ambientais já registrados no país, com impacto nos estados nordestinos e em parte do sudeste. Na Bahia, pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ibio/Ufba) estimam que a natureza vai levar no mínimo 10 anos para se recuperar.

Em 30 de agosto de 2019, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou os primeiros vestígios de petróleo cru em Conde e Pitimbu, na Paraíba. Até fevereiro deste ano, foram recolhidas 5.379,76 toneladas de resíduos na costa, diz o órgão.

Na Bahia, o óleo chegou em outubro do ano passado e atingiu Salvador no dia 10 daquele mês. O Ibama informou que 459,49 toneladas do petróleo cru foram retiradas das praias baianas até fevereiro. Na capital, 14 praias foram atingidas, das quais foram retiradas 139,581 toneladas do óleo, segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). A Marinha diz que o óleo veio da Venezuela.

De acordo com o Francisco Kelmo, diretor do Ibio/Ufba, a situação no litoral norte está pior do que era antes do desastre ambiental. “Se os dados continuarem assim, acredito que 10 anos seja o mínimo e pode até ser pouco para que todos os animais se recuperem e voltem a ter as características populacionais de antes da vinda do óleo”.

Desde a chegada do óleo na Bahia, pesquisadores do laboratório de Kelmo estudam os impactos do material. As comparações das condições do oceano em Praia do Forte, Guarajuba, Ganipabu e Itacimirim após o desastre com o que era visto antes apontam que houve perda da biodiversidade, redução da densidade populacional e o aumento de doenças em corais da região.

Perdas irreparáveis
No momento crítico da chegada dos resíduos nas praias baianas, os pesquisadores detectaram uma perda imediata de 46,8% da biodiversidade no local. A situação só piorou com o passar dos meses, chegando a uma queda de 78,8%, em julho deste ano.

Quanto às diferentes espécies de invertebrados vivas, a quantidade caiu de 88 para 47 em outubro com a chegada das grandes manchas de óleo. Desde fevereiro deste ano, este número não ultrapassa 17. Neste caso, também não houve melhora, já que a população estimada está em um patamar mais baixo da época crítica do desastre.

Além da redução do número de espécies invertebradas, a densidade populacional sofreu com o petróleo cru. A região que antes possuía 466 indivíduos vivos a cada 35 metros quadrados de praia, passou a registrar apenas 151 animais invertebrados vivos em outubro. Em julho, eram em torno de 70 indivíduos vivos no mesmo espaço.

Corais branqueados
Quando estão doentes, os corais ficam branqueados. O óleo aumentou a ocorrência do problema. Segundo Kelmo, a estimativa anual média de branqueamento de corais era de 5% a 6% da população nas áreas estudadas. A porcentagem da enfermidade saltou para 51,7% com a chegada do óleo e, entre fevereiro até julho, esse número oscilou na casa dos 85%. “Não tivemos nenhum sinal de recuperação dos corais”, afirma.

Os dados são alarmantes por dois principais motivos, explica o diretor do Ibio/Ufba. De acordo com ele, o óleo chegou bem no período de reprodução das espécies, o que afetou a capacidade reprodutiva dos animais estudados. Além disso, resíduos tóxicos do material permaneceram no ambiente contaminando a vida marinha.

“É um situação extremamente grave. O período de reprodução anual dos animais vai de setembro a março. Isto causou um estresse nos indivíduos, o que afetou a sua capacidade reprodutiva e não permitiu uma melhora na população”, explica. “Aquele era um óleo diferente, com alta densidade e pesado. Como ele não flutuava, o que foi visto foi removido, mas o que chegou de noite, por exemplo, ficou enterrado na praia. Fontes de material contaminante ainda estão, lentamente, contribuindo para a perda da biodiversidade e a densidade de animais nas praias”.

Os animais invertebrados e os corais são importantes para o equilíbrio da vida marinha. Segundo Kelmo, os impactos do desastre podem reverberar na população de peixes, que são atraídos pelas cores dos recifes e retiram destes alimentação e abrigo.

“Os invertebrados são a base da cadeia alimentar. Eles servem de alimento para os peixes. Caso não haja a recuperação da população, pode faltar alimento para os peixes maiores, a pesca pode ser dificultada e faltar peixe no mercado”, diz o pesquisador, que explica que os peixes migram ao encontrar dificuldades para se alimentar.

Peixes e tartarugas
Não há indicativo de que a população de peixes da Bahia tenha começado a sofrer com a morte dos invertebrados, afirma o Presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira. De acordo com o gestor, o impacto inicial foi muito forte, mas o mercado regularizou.

“O monitoramento das áreas tocadas pelo óleo se faz necessário justamente para se ter ideia dessa evolução das espécies e da contaminação residual. Estamos realizando a coleta de amostras no estado, mas a pandemia do coronavírus inviabilizou o trabalho”, afirma Oliveira, que acredita que a redução da pesca e da poluição causadas pela pandemia pode ter compensado perdas do desastre.

Segundo o Projeto Tamar, a Fundação da entidade registrou no estado da Bahia o encalhe de 12 filhotes de tartarugas que interagiram com manchas de óleo. Além disso, dois filhotes oleados encontrados vivos foram reabilitados e liberados. Procurado para comentar os impactos do desastre, o Ibama não respondeu até o fechamento deste edição, às 23h.

Mais óleo
Meses após o aparecimento das manchas de óleo, novos resíduos emergiram em Salvador. O petróleo cru foi avistado em Stella Maris, Jaguaribe, Pituba e Piatã a partir de 26 de junho deste ano. Além de Salvador, novas manchas de óleo foram encontradas em junho em praias de Pernambuco, Rio Grande do Norte e de Alagoas.

Segundo nota técnica divulgada pela Marinha, coletas feitas em alguns pontos da região e analisadas pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira apontam que material tem a mesma origem do óleo derramado em 2019 na costa brasileira.

Pesquisas do Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) também identificaram que o material tem origem na bacia petrolífera venezuelana e aparenta ser o mesmo do grande desastre, mas as pesquisas de análise dos compostos para uma confirmação mais concreta acabaram sendo interrompidas por causa da pandemia, conforme conta Olívia Oliveira, diretora do Igeo.

Ironicamente, um ano antes de o derramamento acontecer, a Ufba havia desenvolvido uma solução premiada internacionalmente: uma espécie de bucha vegetal descartável capaz de aumentar em 20x a absorção de óleo. No entanto, a bucha não chegou a ser solicitada pelas autoridades para a promover a contenção do óleo.

“Nós demos a sugestão dessa biofibra ficar atrelada às redes nos estuários. Mas só que nós estávamos produzindo ela em escala de laboratório. Para ter isso em larga escala, que é o que seria necessário para conter o que aconteceu, a gente precisa ter parcerias governamentais e empresariais. A gente desenvolve, publica os papers, mas na hora de colocar em prática ficamos mais limitados”, comenta.

Inquérito feito pela Marinha não traz culpados
Uma das grandes perguntas em aberto sobre o derramamento de óleo no litoral nordestino é quem causou o desastre. Quase um ano após o começo do incidente, as investigações ainda estão em curso. A apuração do crime ambiental é conduzida pela Marinha e Polícia Federal.

Procurada, a PF se restringiu a responder que não comenta investigações em andamento. Já a Marinha afirmou que várias ações foram feitas na evolução da investigação e que entregou um relatório com as conclusões do trabalho científico realizado para a PF. “Os trabalhos permanecerão até que o responsável pelo crime ambiental seja identificado”, garantiu a Marinha em nota.

De acordo com a Marinha, o derramamento pode ter ocorrido a cerca de 700 km da costa, sem ser possível determinar o ponto de partida exato do material. Em nota, a força armada ainda aponta que o responsável pelo crime ambiental não se apresentou voluntariamente, nem prestou apoio para conter as manchas. Segundo o G1, o inquérito aponta que o petróleo cru trafegou submerso por 40 dias.

“A investigação, indicará, de forma oportuna, o culpado por essa grave agressão à Nação brasileira, tal certeza se deve ao apoio indispensável de cientistas, profissionais da área ambiental e militares que permanecem trabalhando para elucidar um complexo crime impetrado contra a nossa Pátria”, completou a Marinha no texto.

Ainda de acordo com o G1, a Marinha informou que a investigação teve início com um universo de cerca de mil navios como possíveis fontes do vazamento de petróleo. Ainda hoje, existem alguns suspeitos de terem cometido o derramamento.

A não identificação dos responsáveis pelo vazamento de óleo faz com que os custos da resposta e combate às manchas de óleo recaiam sobre o Executivo federal.

Segundo o G1, os trabalhos realizados pelo governo federal, das ações de resposta ao incidente até a investigação, custaram aos cofres públicos R$ 172 milhões. As informações foram obtidas pelo site por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

A Marinha diz que os trabalhos para elucidar o caso são complexos e envolvem seis áreas do conhecimento. Com base no desastre acontecido em 2019, o órgão trabalha para evitar que outro crime do tipo ocorra.

“Há a necessidade premente de investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, especificamente o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), com a melhoria de sistemas de apoio à decisão e a aquisição/instalação de radares de médio/longo alcance”, diz a nota.

Em 20 de março deste ano, o coordenador Operacional do Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo desmobilizou a coordenação unificada das equipes envolvidas com ações de resposta.

A Bahia terá a primeira fábrica estatal produtora do hormônio insulina no Brasil, que será também a primeira de caráter nacional em todo o Hemisfério Sul. Com o nome de BahiaInsulina, o estado venderá “a insulina mais barata do mundo”, segundo o secretário estadual de saúde Fábio Vilas-Boas, e estima que vai abastecer todo o Brasil, podendo exportar o excedente para o mercado internacional. Ou seja, com o laboratório, que ficará em Simões Filho ou em Dias d’Ávila, não será mais necessário importar o produto, quando a fábrica começar a funcionar. A estimativa é que seja daqui a três anos.

Após outros três anos de planejamento, mais um passo foi dado, nesta quinta-feira (27), para a instalação do laboratório, após a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovar, por unanimidade, o projeto de lei que cria a estatal. O investimento é de R$ 200 milhões, que foram subsidiados pela empresa ucraniana Indar, uma das poucas no mercado mundial que produzem e fornecem o insumo.

A Alba decidiu que a companhia será de capital misto: o Estado detém 51% das ações e a Indar fica com 49%. Como se tratava da criação de uma estatal, era preciso uma regulamentação pelo legislativo. Ainda é necessária a sanção do governador Rui Costa para validar o projeto de lei.

A insulina é fundamental para o tratamento de pessoas com diabetes, doença que afeta cerca de 12,5 milhões de brasileiros - 6% da população - e é a segunda mais letal no país, depois da hipertensão. Ela ocorre quando há uma má produção de insulina pelo pâncreas, o que gera um aumento do açúcar no sangue.

O Brasil também é o quarto país com maior número de diabéticos no mundo, atrás da China, Índia e Estados Unidos, respectivamente. Na Bahia, são mais de 200 mil pessoas nessa condição, sendo 13 mil em Salvador. Os dados são do último relatório da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

“Essa é uma vitória do Brasil e do povo brasileiro. Nós vamos conseguir internalizar a produção, o que vai trazer vários benefícios econômicos. Ela vai ser a insulina mais barata do mundo. E com a produção aqui, a gente elimina os custos dos fretes, do transporte aéreo e rodoviário”, comemora o secretário de saúde Fábio Vilas-Boas. Cerca de 350 empregos diretos e mil indiretos serão criados com a fábrica.

Hoje, o Brasil compra insulina de duas empresas: da dinamarquesa Novo Nordisck, que tem uma fábrica em Minas Gerais, e da Indar, da Ucrânia, a R$ 10 por frasco. A insulina baiana custará um dólar a menos que isso. Se a cotação de hoje fosse levada em conta, a redução dos custos para o governo brasileiro seria de cerca de 50%, sem contar com o transporte. Para abastecer a demanda, o Ministério da Saúde precisa de 20 milhões de doses por ano, o que gera um custo anual de R$ 200 milhões.

O secretário pontua que a BahiaInsulina permitirá que o Brasil não fique mais refém das atuais empresas que fornecem o hormônio, que controlam os preços no mercado. Somente três corporações detêm mais de 80% da produção mundial: a dinamarquesa Novo Nordisk; a Eli Lilly, dos Estados Unidos; e a francesa Sanofi.

O mesmo foi observado pelo presidente da Alba, o deputado Nelson Leal (PP), que mediou a aprovação do projeto de lei. “Sua importância será estratégica porque coloca a Bahia num seleto grupo de produtores da insulina e nos livra da dependência externa. Vide o que acontece nos casos dos respiradores nesta pandemia da covid-19”, comparou.

A Ucrânia, através da Indar, é parceira da Bahiafarma (Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos) desde 2017, quando passou a ter o direito da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que antes pertencia à Fiocruz. Essa PDP permite que a fundação baiana possa usar a tecnologia ucraniana para produzir a insulina, além de garantir que parte de sua produção seja enviada ao Ministério da Saúde, para abastecer 50% da demanda nacional do SUS.

Agora, a BahiaInsulina irá usar essa tecnologia, já utilizada pela Bahiafarma, para produzir o hormônio e suprir a demanda do país inteiro – e até exportar, se sobrar. “Há um desafio tecnológico e produtivo muito grande pela frente para nacionalizar a produção de insulina, de desenvolver esse modelo. É um passo fundamental para o desenvolvimento econômico e tecnológico do estado”, avalia o diretor-presidente da Bahiafarma, o farmacêutico Tiago Vidal Moraes.

Moraes também pontuou a necessidade da autossuficiência frente à busca mundial por produtos como esse, essencial para a saúde. “O Brasil precisa ter essa sustentabilidade. Existe um estudo da revista científica Lancet que aponta uma escassez de insulina no mundo e que mais de 50% dos diabéticos do tipo II não têm acesso. Isso se evidencia ainda mais nesse momento da pandemia, em que há uma ruptura da cadeia de suprimentos e uma corrida muito grande por insumos no mundo”, argumenta.

Diabetes na Bahia

A referência em atendimento às pessoas com diabetes no estado é o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), que também faz a distribuição gratuita de insulina para quem precisa. Para a presidente do Cedeba, a endocrinologista Reine Chaves, a construção da fábrica na Bahia só traz benefícios. “Na medida em que a gente tem insulina fabricada aqui, o acesso para o paciente diabético vai ficar bem mais fácil. O paciente só tem a lucrar”, comenta.

Atualmente, são 75 mil pacientes inscritos no Cedeba, sendo 50 mil ativos. Cerca de 60% do total têm diabetes, que recebem não só as doses do remédio gratuitamente como orientações de como administrá-lo e como conviver com a doença, a exemplo dos cuidados a serem tomados com a alimentação e aplicação das injeções.

Quem adquiriu insulina com a Cedeba durante muitos anos foi o empresário Fred Prado, 32, que tem diabetes tipo I e descobriu a doença aos 21 anos de idade, após sentir os principais sintomas: cansaço, sono, sede, perda de peso e vontade de ir várias vezes ao banheiro. Hoje ele prefere comprar a insulina de caneta, pois não precisa de refrigeração como as seringas tradicionais. Prado conta que no início foi difícil aceitar, mas que atualmente convive bem com a doença, apesar de tomar quatro a cinco injeções por dia. “Hoje eu vivo superbem com o diabetes, que não é uma sentença de morte como as pessoas viam antigamente”, relata.

A única preocupação da endocrinologista Diana Martins, diretora regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-BA), é se a tecnologia usada trará segurança para os pacientes. “Nossa preocupação é com a tecnologia, que precisa ter registro na Anvisa, e que seja uma insulina purificada, porque a exigência é alta na qualidade do produto. Desde que traga segurança para o paciente, é maravilhoso não ter que depender de um laboratório e de importação”, analisa a endocrinologista, que foi conselheira do Cremeb (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia) por 10 anos.

 

Sexta, 28 Agosto 2020 14:07

TCM-BA suspende licitação da Limpec

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA) suspendeu o processo licitatório da Empresa Municipal de Limpeza Pública de Camaçari (Limpec) para contratação de empresa especializada no gerenciamento de sistema para compra de peças e serviços referentes à manutenção de veículos da frota.

A decisão foi tomada pelos conselheiros do TCM-BA em sessão eletrônica realizada nesta quinta-feira (27). A liminar foi concedida pelo conselheiro Paolo Marconi, relator da denúncia, diretamente, contra o presidente da Limpec, Armando Mansur. “

“O andamento do certame ficará suspenso até a decisão final que analisará o mérito do processo”, informa o tribunal em nota.

De acordo com o TCM-BA, a denúncia foi formulada pela empresa Prime Consultoria e Assessoria Empresarial, que apontou a existência de irregularidades no edital, “de modo a supostamente comprometer a regularidade do certame e frustrar os princípios que regem a licitação”.

A empresa questionou a omissão quanto a exigência de documentação obrigatória relativa à qualificação econômico-financeira; a vedação injustificada de lances com taxas negativas; e previsão de multas contratuais consideradas abusivas e irrazoáveis.

Os conselheiros do TCM consideraram que estavam presentes na denúncia o “fumus boni juris”, ou seja, a possibilidade que o direito pleiteado pelo denunciante exista no caso concreto, e também o “periculum in mora”, que se caracteriza pelo risco de decisão tardia, resultando em dano de difícil reparação.

O conselheiro Paolo Marconi considerou comprometida a regularidade dos atos relacionados ao Pregão Presencial nº 005/2020, programado para o dia 19 de agosto, com possível obstrução à participação de eventuais interessadas e seleção da proposta mais vantajosa, especificamente em razão da omissão na exigência de documentação obrigatória relativa à qualificação econômico-financeira; e vedação injustificada à apresentação de lances com taxas negativas.

O Boulevard Shopping Camaçari passa a ampliar seu horário de atendimento ao público a partir desta sexta-feira (28) e volta a abrir aos domingos e feriados.

A mudança segue as determinações prevista no Plano Estratégico de Reabertura Parcial das Atividades Econômicas, divulgado pela Prefeitura de Camaçari na última terça-feira (25).

Com a alteração, as lojas e as operações de serviços funcionarão das 11h às 20h, de segunda a sábado. Já aos domingos e feriados, o atendimento tem início às 14h e fechamento às 20h, sendo que as lojas âncoras como Le Biscuit, Americanas, Renner, Riachuelo e C&A abrirão uma hora antes.

A praça de alimentação e os serviços de Delivery e Retire-aqui começarão a atender a partir das 11h, encerrando às 20h, de segunda a sábado, e, aos domingos e feriados, das 12h às 20h. O delivery oferecido pelos restaurantes, no entanto, irá operar até as 21h durante a semana.

A academia Smart Fit, também terá o horário ampliado, das 6h às 20h, de segunda a sexta, e das 9h às 18h, aos sábados, mas, por enquanto, estará fechada aos domingos e feriados.

O Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) mantém o atendimento de segunda a sexta, também iniciando uma hora mais cedo, das 11h às 18h. Vale ressaltar que o órgão continua atendendo, exclusivamente, para emissão de Carteira de Identidade (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – definitiva ou renovação. Para o atendimento, é necessário fazer o agendamento prévio, por meio da plataforma SAC Digital.

Confira os novos horários de funcionamento:

Lojas e serviços
– De segunda a sábado, das 11h às 20h.

– Domingos e feriados, das 14h às 20h (âncoras – Le Biscuit, Americanas, Renner, Riachuelo e C&A, das 13h às 20h)

Academia
– De segunda a sexta, das 6h às 20h.

– Sábado, das 9h às 18h.

– Domingo: fechada.

Praça de alimentação
– De segunda a sábado, das 11h às 20h.

– Domingos e feriados, das 12h às 20h.

SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão
– De segunda a sexta, das 11h às 18h.

– Sábado e domingo: fechado

Cinema e espaços de lazer
– Continuam fechados

Delivery
– De segunda a sábado, das 11h às 20h (para as lojas) e das 11h às 21h (para alimentos).

– Domingo, das 12h às 20h.

Retire-aqui
– De segunda a sábado, das 11h às 20h.

– Domingo, das 12h às 20h.

Nesta quinta-feira (27/8) o Boletim Epidemiológico com dados sobre o cenário do novo coronavírus em Camaçari registra os seguintes dados: 5.380 pessoas contraíram a doença. Deste total, 331 estão em tratamento, 4.955 já se recuperaram e 94 correspondem a pacientes com a doença que evoluíram para óbito.

Dos casos ativos (331), 308 estão em isolamento domiciliar e 23 em hospitalar, cujo 19 pacientes ocupam leitos do sistema público de saúde e quatro utilizam serviços da rede particular. Até o momento, foram descartados 5.597casos e outros 29 se encontram em análise, dos quais, sete se tratam em casa, dois permanecem na rede pública de saúde e 20 óbitos seguem em investigação.

Outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari podem ser obtidas pelo Disk 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8h às 17h, para o cidadão sanar dúvidas ou obter esclarecimentos caso esteja com sintomas suspeitos da doença.


Por causa da pandemia da Covid-19, o atendimento na Cicunscrição Regional de Trânsito de Camaçari (28° Ciretran) acontece somente por hora marcada no portal ou aplicativo SAC Digital, com o controle no número de usuários.

Estão disponíveis serviços relacionados a condutores e veículos, como a emissão, segunda via e renovação da carteira de habilitação e transferência de propriedade do automóvel. A relação completa dos procedimentos oferecidos em cada unidade consta no SAC Digital.

A unidade fica na Rua dos Bombeiros, no Ponto Certo. Mais informações podem ser adquiridas através do telefone (71) 3622-7853.

O Detran-BA retomou parcialmente o atendimento também em 41 postos de atendimento, no interior, e em 26 lojas da Rede SAC, na capital e no interior, exclusivamente por agendamento no SAC Digital. Na plataforma eletrônica de serviços do Estado, a pessoa pode consultar as cidades contempladas e os respectivos procedimentos liberados.

A Câmara Municipal realiza, na próxima terça-feira (01.09), a partir das 9h, Sessão Itinerante no Senai Cimatec Park de Camaçari.

A Sessão foi proposta pela Mesa Diretora da Casa Legislativa com objetivo de discutir e encontrar formas de avanço e melhorias para ajudar na geração de emprego e renda para os moradores do município.

Para garantir a transparência dos atos legislativos, a atividade será transmitida pela TV Câmara de Camaçari (canal 25.1 da TV Litorânea) e também pelas redes sociais da Casa Legislativa Municipal.

Cimatec Park:

O Cimatec Park trata-se de um grande complexo tecnológico e industrial em uma área de 4 milhões de metros quadrados no centro industrial de Camaçari, com laboratórios avançados, grandes usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco e até uma pista de teste do setor automotivo.

O complexo tem uma infraestrutura diferenciada no país para atender as necessidades de energia eólica, mecânica, naval e offshore, automotiva, elétrica, construção civil, química, petroquímica e biotecnologia, farmacêutica, celulose e papel e petróleo e gás.

A Promotoria de Justiça Regional de Camaçari passa a funcionar em novo espaço. Agora o órgão está sediado nas instalações do antigo Fórum Clemente Mariani, localizado na área do Centro Administrativo de Camaçari.

A solenidade inauguração aconteceu nesta quarta-feira (26), com transmissão ao vivo pelo YouTube. Mediada pelo coordenador da Promotoria Regional, Luciano Pitta, a cerimônia contou também com a presença e participação por videoconferência de autoridades jurídicas de Camaçari e do estado.

“Certamente, estaremos mais bem estabelecidos neste local pra atender a nossa população”, avaliou o promotor Luciano Pitta.

Para a procuradora-geral de Justiça da Bahia, promotora Norma Angélica Reis, um novo ambiente mais estruturado refletirá também na qualidade do serviço prestado à população.

“É com muita honra que entregamos este espaço para servir à população, acolher os servidores, dar melhor condição de trabalho para os promotores”, declarou a chefe do Ministério Público Estadual (MP-BA). “O Ministério Público faz esse trabalho de garantir os direitos fundamentais da população e, estando bem instalados, os promotores poderão contribuir mais ainda na defesa dos cidadãos”, observou.

“É com imensa alegria que participo desse evento. Espero, num futuro próximo, estarmos inaugurando a sede própria, ao lado do novo fórum, o que vai ser muito importante para o nosso município”, declarou o prefeito Elinaldo Araújo (DEM).

O referido terreno já foi cedido pelo Poder Executivo para que o Ministério Público construa a instalação permanente.

Dos 417 municípios baianos, Camaçari ocupa o 4º lugar entre as 10 cidades mais populosas do estado.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019 para 2020, a população de Camaçari saltou de 299.132 para 304.302 habitantes.

Segundo o IBGE, a população no município cresce em média 0,6% de um ano para o outro.

No ranking das cidades mais populosas, Salvador lidera, com 2.886.698 pessoas, seguido por Feira de Santana (619.609) e Vitória da Conquista (341.128). Neste ano, a novidade é a entrada do município de Barreiras, com população estimada em 156.975 pessoas, no ranking, na 10ª posição, ultrapassando Jequié, que caiu para 11º lugar (156.126).

RMS

Conforme o IBGE, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) é a 8ª mais populosa do pais e a 3ª mais populosa do Nordeste, com estimativa de 3.957.566 habitantes em 2020. Porém, teve o 6º menor crescimento frente a 2019 dentre as 28 regiões, 0,72%.

Os dados revelam que dos 10 municípios baianos com maiores taxas de crescimento populacional entre 2019 e 2020, quatro eram da RMS: Camaçari, com avanço de 1,7%, chegando a 304.302 habitantes neste ano; Dias d’Ávila, também com 1,7%, chegando a 82.432 habitantes; Lauro de Freitas, 1,6% e 201.635 habitantes; e Madre de Deus, 1,6% e 21.432 habitantes em 2020.