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Pátria compra rede baiana Atakarejo e avança no varejo alimentar

Pátria compra rede baiana Atakarejo e avança no varejo alimentar

A gestora de investimentos Pátria comprou o controle da rede de varejo alimentar Atakarejo, com 28 pontos de venda distribuídos entre supermercados, lojas de atacarejo e de conveniência na Bahia. O valor do negócio não foi revelado, mas o mercado estima que tenha girado entre R$ 700 milhões e R$ 850 milhões.

Fundada por Teobaldo Costa em 1994, a companhia faturou no ano passado R$ 3,7 bilhões, com crescimento de 24% em relação ao ano anterior.

Com a aquisição, que ainda precisa receber o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) antes de ser concluída, o Pátria amplia a sua exposição ao mercado varejista de alimentos, especialmente na região Nordeste, e avança para se tornar um grande grupo supermercadista do País.

No Norte e Nordeste, competem com o Atakarejo no mesmo segmento o Assaí, do Pão de Açúcar, o Atacadão, do Carrefour, e o Grupo Mateus.

A gestora de investimento não revela de quanto será a sua participação majoritária no Atakarejo. Teobaldo, o fundador da rede, continuará como sócio minoritário do Pátria, tocando o dia a dia da operação.

Em nota, o Atakarejo informou que a aliança vai permitir o crescimento do grupo na Bahia e no Nordeste com o Plano de Expansão, que vai gerar cerca de 20 mil novos empregos diretos nos próximos anos.

O grupo baiano

O grupo Atakarejo faz parte do rol de redes regionais que são a fortaleza do varejo. Conhecem os hábitos de consumo da população local, faturam bilhões de reais e estão longe dos holofotes dos grandes centros. Por isso, viraram alvo de aquisições de gestoras de investimento que têm optado pela compra desses ativos em detrimento de grandes redes como GPA e Natural da Terra, da Americanas, que estão à venda.

A companhia baiana ocupa a 30ª posição entre as maiores redes de supermercado em faturamento e é 60ª entre as 300 maiores varejistas em faturamento, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Encerrou o ano passado com 5.891 funcionários e não atuava no comércio online.

No segmento de atacarejo, é uma das pioneiras no Estado da Bahia. O atacarejo é um modelo de negócio que mistura atacado com varejo e que ganho força nos últimos anos, sobretudo por causa da disparada da inflação. Há hoje mais de 2 mil lojas no País operando nesse modelo, segundo dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas). De acordo com a Nielsen IQ, o setor registrou 25% de crescimento em 2022.

Confira abaixo a nota oficial do Atakarejo:

O Atakarejo, empresa pioneira no setor varejista da Bahia, anuncia sua associação com o fundo de investimentos Pátria. A aliança vai permitir o crescimento do grupo na Bahia e no Nordeste com o Plano de Expansão, que vai gerar cerca de 20 mil novos empregos diretos nos próximos anos.

A rede seguirá sob o comando do seu fundador Teobaldo Costa e toda sua equipe na Bahia. O Atakarejo é uma empresa baiana que iniciou sua história há 40 anos atrás, inicialmente com uma barraca de frutas e hoje, é a maior rede de supermercados da Bahia e a 24º maior do Brasil, responsável por proporcionar mais 7 mil empregos diretos.

“O grupo continuará seguindo sua missão, que é levar o menor preço para os baianos e diminuir o custo de vida da população, contribuindo para a diminuição da desigualdade”, diz o fundador. Teobaldo ainda ressalta: “Nossa maior premissa sempre será manter a Cultura do Atakarejo, que coloca os clientes e fornecedores à frente e mantém projetos de inclusão sócio étnicos-raciais no dia a dia da empresa, afinal, não abrimos mão dos nossos valores”.

A união do Atakarejo será com o Pátria Investimentos, empresa líder na gestão de ativos alternativos na América Latina. Com 35 anos de história, o Pátria possui uma presença global e atuação dos seus investimentos no âmbito nacional e internacional, trazendo retornos satisfatórios nos seus investimentos em empresas resilientes, sólidas e fundamentadas em proporcionar um impacto positivo para a sociedade.

Juntamente com Teobaldo Costa, à frente da administração geral do Atakarejo, é prevista uma expansão crescente da rede de supermercados para a Bahia a partir desta sociedade.

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    As tradicionais festividades de verão, que acontecem na Costa de Camaçari durante o mês de janeiro, têm grande importância para a preservação das manifestações culturais do povo camaçariense. Porém, também, já se consolidaram como oportunidades para geração de emprego e renda, beneficiando centenas de trabalhadores informais no período.

    Para os festejos do início do ano de 2024, a Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria dos Serviços Públicos (Sesp), através da Coordenação de Licenciamento e Fiscalização do Comércio Ambulante (CLFCA), credenciou 499 trabalhadores, dos quais, 66 atuaram em Barra do Pojuca, 110 em Monte Gordo, 149 em Vila de Abrantes, e 174 em Jauá, quando comercializaram, principalmente, produtos alimentícios e bebidas em geral.

    De acordo com o levantamento feito pela pasta, a grande maioria dos ambulantes preferiu trabalhar com estruturas, como barracas fixas com toldo, barracas móveis, carrinhos de lanches, isopor com carrinhos, tendas de baianas de acarajé, entre outros, totalizando 312 equipamentos de vendas.

    Com o objetivo de levantar uma renda extra para investir na melhoria das condições de trabalho, como aplicar na compra de mais produtos e, desta forma, fortalecer seu negócio, a vendedora ambulante, Islanne de Jesus, 32 anos, trabalhou nas festividades de Jauá, que aconteceram nos dias 26, 27 e 28 de janeiro. Moradora do bairro Parque Florestal, ela disse que trabalha com o pai e mais duas irmãs vendendo churrasquinho e bebidas. "Temos um ponto fixo na praça da Gleba B, mas sempre aproveitamos para atuar nas festas da cidade, como o Natal de Luz, por exemplo. Agora, estamos apostando no Festival de Arembepe, pois acreditamos que vamos vender bastante".

    Outra munícipe que aproveita as festas de Camaçari para trabalhar com comércio informal é Eliane da Silva, 34 anos. Atualmente, fora do mercado de trabalho formal, a moradora do bairro Nova Vitória aproveitou todas as festas do período para faturar com a venda de bebidas em geral. "Não só eu, como várias pessoas estão desempregadas. Então, as lavagens são ótimas oportunidades para levarmos um dinheirinho para casa", destacou.

    O Festival de Arembepe, que este ano acontece entre 8 e 11 de março, é a próxima festa, na qual os vendedores ambulantes depositam grande expectativa nas vendas. De acordo com a CLFCA, em breve será divulgada a data do cadastramento dos trabalhadores que vão atuar nos quatro dias dos festejos, que encerra o ciclo de festa do verão da costa camaçariense.

  • Montadoras de automóveis anunciam R$ 10 bi de investimentos no Brasil

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (24), em Brasília, representantes de duas multinacionais fabricantes de automóveis. Ambas anunciaram investimentos que chegam a R$ 10 bilhões nos próximos anos.

    No primeiro encontro, no Palácio da Alvorada, residência oficial, Lula recebeu representantes da companhia chinesa BYD, que produz carros elétricos. A empresa assumiu a planta industrial da Ford em Camaçari, na Bahia, onde pretende investir R$ 3 bilhões nos próximos anos. É a primeira fábrica da gigante asiática nas Américas. Na ocasião, o presidente recebeu um carro elétrico da empresa para uso pela Presidência da República, em regime de comodato (empréstimo gratuito).

    “Estima-se que serão mais de 10 mil postos de trabalho criados e R$ 3 bilhões de investimentos, fomentando a economia local e contribuindo para uma maior produção de veículos sustentáveis a partir de energia limpa. O Brasil com mais investimentos construindo o futuro”, destacou Lula em postagem nas redes sociais para divulgar o encontro.

    Mais tarde, no Palácio do Planalto, o presidente se encontrou com o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, e o presidente da empresa para a América do Sul, Santiago Chamorro. Os executivos anunciaram um plano de investimentos da empresa no Brasil, no valor de R$ 7 bilhões até 2028. A GM é proprietária da marca Chevrolet, como é chamada no Brasil.

    “Esses investimentos vêm em boa hora, com a retomada do crescimento econômico brasileiro com programas como Novo PAC e a Nova Política Industrial. Reindustrialização e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, escreveu o presidente nas redes sociais.

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    A primeira-dama, Janja da Silva, dirigiu o carro no Alvorada e destacou a importância de incentivar a mobilidade sustentável.

    “Dirigindo um carro BYD elétrico, com energia limpa e sem poluição. É um exemplo para que o Brasil possa chegar a uma frota de carros que não polua”, disse a primeira-dama, de acordo com informações da empresa que foram confirmadas pelo Planalto.

    O presidente Lula também publicou imagens e um texto em seu perfil na plataforma X sobre a visita dos executivos da BYD e comemorou os investimentos.

    Os executivos da BYD, gigante chinesa de carros elértricos, aproveitaram o encontro para apresentar a Lula um relatório detalhado do plano de investimentos no Brasil, no mesmo dia em que os concorrentes da GM também apresentaram suas previsões de novos aportes no país: R$ 7 bilhões até 2028.

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