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Novo artigo de Baby Thyers: O que esperar sobre o corte no orçamento de R$ 69,9 bilhões anunciado na última sexta (22)

Novo artigo de Baby Thyers: O que esperar sobre o corte no orçamento de R$ 69,9 bilhões anunciado na última sexta (22)

Em nosso artigo: "Reflexões do Mercado em 2014 e o que esperar para 2015", publicado neste veículo no final de 2014, opinei que teríamos um primeiro semestre de observações, em um mercado ainda inseguro, que com certeza se manifestaria face às ações da equipe econômica visando o controle da inflação. Destaquei a importância para redução dos gastos do governo com a máquina pública e a necessidade de aumento dos recursos para investimentos em políticas públicas.

No última sexta-feira (22), foi divulgado pelo Ministério do Planejamento, o corte dos gastos aprovados no orçamento deste ano pelo Congresso Nacional. O valor total soma R$ 69,9 bi.

O Ministério das Cidades ficou no topo da lista, com um corte de R$ 17,23 bi, em segundo vem o Ministério da Saúde, que teve um corte de R$ 11,77 bi, e o Ministério da Educação assume o terceiro maior corte, de R$ 9,42 bi, destaca-se ainda o Ministério da Defesa com corte de R$ 5 bi e o de Desenvolvimento Social e Combate a Fome com redução de R$ 1,3 bi.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, também estimou uma contração de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 – o que, se confirmado, será o pior resultado em 25 anos.

O governo confirmou oficialmente, por meio do decreto de programação orçamentária, que a inflação deve somar 8,26% neste ano e, com isso, estourar o teto do sistema de metas de inflação brasileira.

Embora a base governista posicione-se de que o corte foi dentro do que se esperava, entendo que o ajuste sacrificou áreas prioritárias e deixou de observar outras de menor relevância que poderiam contribuir com a redução de despesas da máquina pública.

A manutenção de R$ 30 bilhões para as Olimpíadas e do número de ministérios representa um exemplo de paradoxo se analisarmos que a educação e a saúde são áreas como péssimas qualidade de prestação de serviço.

Seguimos portanto, com as mesmas necessidades, redução dos gastos do governo com a máquina pública e a necessidade de aumento dos recursos para investimentos em políticas públicas.

Baby Thyers Fernandes de Cerqueira
Graduado em Ciências Contábeis (UCSAL), Pós Graduado em Perícias Contábeis em Processos Judiciais e Extrajudiciais (UFBA), Pós Graduado em Planejamento Tributário pela (UNIME), Pós Graduado em Perícia Judicial e Práticas Atuariais (ITCP/Faculdade Mauá), membro da Comissão de estudos relacionados a perícia Contábil do CRC/BA e Sócio Administrador da empresa Contac Organização Contábil e Pericial Ltda.

Fonte:     Baby Thyers Fernandes de Cerqueira

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