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Em protesto, terceirizados denunciam empresa e relatam dificuldades enfrentadas

Em protesto, terceirizados denunciam empresa e relatam dificuldades enfrentadas

Concentrados em frente à Secretaria da Educação do Estado na manhã desta quinta-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), terceirizados do setor reclamaram do descaso que estão sendo submetidos pelas empresas e pelo governo estadual. De acordo os manifestantes, o atraso no recebimento de salários, tíquetes alimentação, vale-transporte está sendo responsável por situações vexatórias.

Funcionário de limpeza na Escola Parque, na Caixa D'Água, Cláudio Bispo dos Anjos disse que o líquido de R$ 600 que lhe compete está há dois meses atrasado e, por conta disso, já está sendo ameaçado de despejo e prisão. "O dono do imóvel me procurou ontem (quarta) à noite para me avisar, até porque a energia está atrasada com risco de corte. A pensão que pago a minha filha também está atrasada e posso ser preso por isso. A situação está muito difícil. Se não fosse minha esposa atual eu estaria passando fome", conta o funcionário da HD - empresa duramente criticada na manifestação.

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Segundo outros manifestantes que não quiseram se identificar, ao saber do protesto que seria realizado nesta manhã, a empresa depositou, ontem, na conta dos trabalhadores, o equivalente ao transporte que, de acordo com os diversos relatos, variou de pessoa para pessoa entre R$ 114 a R$ 140.

Para uma funcionária da Escola Classe 2, no Pero Vaz, o problema é outro. "Lá, desde o início do governo Wagner pegaram os funcionários do setor administrativo e reduziram os salários", reclama, sem se identificar.

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Também anônima, outra terceirizada disse que de tanto ligar para a empresa já não aguenta mais a mesma justificativa. "Toda vez que eu ligo a moça diz: Não temos previsão, senhora. Aí eu digo: É previsão do tempo aí, é?", ironiza.

Além das reivindicações pessoais, muitas relacionadas ao assédio moral, os participantes no ato de protesto também pediam a implantação da Lei Anticalote e a revisão do PL 4330, que prevê mudanças na regulamentação dos terceirizados. A reportagem do Bocão News tentou ouvir algum representante da Secretaria de Educação, mas ninguém quis se pronunciar. Impedidos de acessar o prédio pela entrada principal, os servidores da pasta tiveram que entrar por outra porta, o que gerou a indignação de muitos.

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