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Pais precisam imunizar os filhos em Camaçari. Vacinação infantil está abaixo da meta

Pais precisam imunizar os filhos em Camaçari. Vacinação infantil está abaixo da meta

Preocupada com o quadro da vacinação infantil no município, principalmente na faixa etária de 0 a 2 anos, a Secretaria da Saúde (Sesau) de Camaçari faz um chamamento para que os pais e responsáveis levem seus filhos para a vacinação. O cenário de baixa cobertura vacinal entre as crianças, presente em todo o país, não é diferente em Camaçari e pode acarretar no retorno de doenças que já haviam sido eliminadas, como a poliomielite.

Em 2022, a meta da Sesau durante a campanha de vacinação contra poliomielite era de imunizar 17.286 pessoas com até 4 anos de idade. Entretanto, mesmo com a vacina disponível em todas as unidades de saúde, foram imunizadas apenas 4.248 crianças, representando 24,57% do público-alvo total. Outras vacinas com baixa cobertura vacinal entre os pequenos são: Pentavalente (75,61%), Pneumo 10 (81,2%), Rotavírus (74,33%), Meningo C (79,09%), Febre Amarela (59,4%), Hepatite A (66,93%), e Tríplice Viral (91,28%).

Referência técnica em Imunização da Sesau, Trícia Silva ressalta que, “em Camaçari, a cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos, por mais que tenhamos vacinas disponíveis todos os dias nas unidades de saúde, a procura tem diminuído. A procura por vacinas diminuiu drasticamente. Infelizmente essa tem sido uma tendência em todo o Brasil. Por esse motivo, precisamos convocar os responsáveis pelas crianças a buscarem a unidade de vacinação mais próxima para atualização do calendário vacinal”.

Trícia acrescenta que, “quando há cobertura vacinal adequada num local, se consegue erradicar doenças que são protegidas pelas vacinas. Isso aconteceu no Brasil e ficamos livres de muitas doenças graves por causa da vacinação. A poliomielite, por exemplo, chegou a ser erradicada. A nossa proteção para doenças graves, por muitos anos, fez com que as pessoas deixassem de ver crianças adoecendo e morrendo dessas moléstias graves, o que causa uma sensação de tranquilidade e as pessoas passaram a achar que as vacinas não são mais necessárias”.

A Sesau pontua ainda, que há também pessoas que acham que as vacinas fazem mal e causam problemas. Muitas dessas afirmações vêm de sites de notícias falsas, que fazem suposições sobre as vacinas, sem a devida investigação e validação por organismos científicos sérios. Esses fatores fazem com que menos pessoas tomem vacinas e a proteção diminua na população.

Para o secretário da Saúde, Elias Natan, o momento é de alerta para os pais e responsáveis. “Convoco a todos para levarem seus filhos para atualização do esquema vacinal. Não podemos permitir que doenças já vencidas retornem e tragam grandes prejuízos à saúde das crianças”.

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  • Casos de dengue crescem 33% na Bahia no último ano

    Durante o ano de 2023, a Bahia registrou 47.753 casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior, quando foram 35.894 registros. Entre janeiro e dezembro do ano passado, quase 400 cidades baianas realizaram notificação para a doença, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Os casos prováveis englobam pacientes com diagnósticos inconclusivos e exclui os que foram descartados.

    Para especialistas, o crescimento do número de casos entre um ano e outro tem a ver com o aumento da temperatura no estado. Ao menos cinco ondas de calor afetaram a Bahia em 2023, o que provocou máximas de 40ºC em algumas regiões do estado. O clima quente ajuda na proliferação do mosquito aedes aegypti, que transmite a doença.

    Dados divulgados em 26 de dezembro pela Sesab indicam que nove municípios enfrentam epidemia de dengue. São eles: Cabaceiras do Paraguaçu, Matina, Piatã, Piripá, Rio do Antônio, Rodelas, Tanque Novo, Utinga e Vitória da Conquista. A epidemia acontece quando há aumento no número de casos em diversas localidades, sem atingir, no entanto, a escala global.

    “Estamos entrando nas semanas do ano em que o número de casos deve aumentar, além da onda de calor que atinge todo o Brasil, acompanhado de chuvas. Essa é a melhor estrutura climática para a proliferação do mosquito”, explicou Alberto Chebabo, presidente da Associação Brasileira de Infectologia, durante o webinar realizado pela farmacêutica Takeda no final do ano.

    Apesar do aumento do número de casos, as mortes em decorrência da doença diminuíram na Bahia entre 2022 e 2023. Foram 20 óbitos no ano passado, contra 24 no ano anterior. A Sesab não especifica os municípios onde as mortes ocorreram. Em escala nacional, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue em 2023, com 1.079 óbitos.

    Na série histórica do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o maior número de óbitos no período de um ano completo ocorreu em 2022, quando chegou a 1.053 registros. Em seguida, vem o ano de 2015, com 986 mortes.

    Correio24horas

  • Reclamações contra planos de saúde cresceram quase 50% em 2023

    As reclamações de usuários de planos de saúde tiveram crescimento de 49,7% nos primeiros dez meses de 2023. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

    Segundo a agência reguladora, o número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 superou os três anos anteriores em todos os meses do ano e chegou ao maior patamar em agosto, com 36.799 notificações de usuários dos planos de saúde. As reclamações referentes à assistência dos planos somaram 82,7% das notificações registradas pela agência até outubro.

    Os dados da ANS permitem calcular o Índice Geral de Reclamações, que aumenta conforme a insatisfação dos usuários. Segundo a agência, os planos de assistência médica tiveram 55,1 reclamações para cada 100 mil beneficiários. Essa proporção era de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 em 2022.

    Já os planos exclusivamente odontológicos tiveram em média 1,3 reclamação para a mesma quantidade de beneficiários nos primeiros 10 meses de 2023 e proporções semelhantes nos anos anteriores.

    Outros dados
    O Boletim Panorama - Saúde Suplementar da ANS mostra que os planos de saúde tinham 50,9 milhões de usuários de assistência médica e 32,2 milhões de clientes de planos exclusivamente odontológicos em outubro de 2023, o que representa um aumento de 1,9% em relação a outubro de 2022.

    Segundo a ANS, apenas os planos coletivos empresariais apresentaram crescimento positivo (3,57%), enquanto os planos individuais registraram variação negativa (-1,30%), assim como os coletivos por adesão (-2,44%).

    A ANS também informa que, nos últimos cinco anos, das mais de 11 milhões de internações anuais no âmbito do SUS, cerca de 1,6% ocorreram em pacientes cobertos por planos privados de saúde com assistência médica. Já os atendimentos ambulatoriais somaram, em média, 26,6 milhões de procedimentos anuais no SUS, dos quais 4,3% identificados como prestados a beneficiários.

  • Casos de dengue aumentam cerca de 35,7% na Bahia; 46.234 ocorrências foram registradas até este mês

    Do início do ano até o último dia 4 de novembro, a Bahia registrou aumento de 35,7% em número de casos prováveis de dengue comparado com o mesmo período de 2022. Em todo o estado foram computadas 46.234 ocorrências, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

    Diante desse cenário e do Dia Nacional de Combate ao mosquito Aedes aegypti, celebrado no domingo (19), o infectologista Claudilson Bastos recomenda a adoção de algumas medidas importantes, como a vacinação, que ajudam a prevenir o agravamento nos casos da doença, que já matou 17 pessoas este ano na Bahia.

    Disponível no Brasil desde junho deste ano, a vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda, foi a primeira autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação tanto em pessoas que nunca tiveram dengue como em quem já teve a doença. O imunizante está disponível na rede privada.

    “A vacina é muito eficiente e segura, e ajuda a prevenir mais de 80% dos casos gerais de dengue e reduz em 90% as hospitalizações”, destaca Bastos, acrescentando que a Qdenda protege contra os quatro tipos do vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), sendo os tipos 1, 2 e 4 mais comuns no Brasil.

    O infectologista alerta ainda para outras medidas mais cotidianas que podem ser adotadas pela população e que auxiliam no combate ao Aedes aegypti, responsável por transmitir outros dois arbovírus: zika e chikungunya. “Com as chuvas e estações mais quentes, como a primavera e verão, aumentam o risco de proliferação do mosquito, por conta de água parada, que é o cenário ideal para a reprodução deste inseto. Por isso, livre-se de objetos que acumulam água parada, como latas, potes e pneus, assim como armazenar garrafas da forma correta, com a boca para baixo, e evitar a contaminação de calhas, deixando-as desobstruídas e livres de folhas e galhos, e de caixas d’água, cobrindo-as adequadamente”, orienta.

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