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Mãe mata filho com sorvete envenenado no Ceará

Mãe mata filho com sorvete envenenado no Ceará

Uma mulher teria matado o próprio filho após ter dado sorvete de morango com “chumbinho”. De acordo com a polícia, o suposto crime aconteceu em novembro de 2014, em Fortaleza, no Ceará, mas o inquérito só foi concluído nesta semana.

Conforme informações do G1, a mulher identificada como Cristiane Coelho é suspeita de envenenar o pai do menino na casa onde viviam, no Bairro Dias Macedo.

A mulher aguardava os resultados da investigação em liberdade e se mudou para Recife após o crime, levando o filho mais novo do casal. Ainda nesta semana, a Polícia Civil deve pedir na Justiça a prisão dela por homicídio triplamente qualificado. "A Cristiane, que dizia ter sido espancada pelo marido, matou o filho envenenado fazendo uso de sorvete de morango. Não há mais dúvida", afirmou o delegado para o G1.

Na madrugada de 11 de novembro, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra e seu filho, Lewdo Bezerra, ingeriram veneno para rato, conhecido como "chumbinho". O pai ficou em coma por uma semana e se recuperou.

Francileudo chegou a ser apontado como suspeito de homicídio, porque, na madrugada do crime, a mulher contou à polícia que ele tinha matado o filho com tranquilizantes e tentado se matar, além de agredi-la. Mas a suspeita foi descartada após a conclusão do laudo, segundo Wilder Brito. O advogado da mulher, Paulo Quezado, disse que ainda não teve acesso ao laudo.

Investigações

Ainda segundo o portal G1, o laudo pericial da segunda reconstituição da morte do menino Lewdo Ricardo aponta que a mãe da criança fez pesquisas na internet sobre como envenenar pessoas com chumbinho. De acordo com o delegado e os peritos, Cristiane e Francileudo usavam o mesmo notebook, mas de formas diferentes.

“Os equipamentos eletrônicos foram enviados ao núcleo de informática [perícia], e neles os peritos descobriram situações que precisavam ser esclarecidas”, disse o perito José Cordeiro de Oliveira. Por isso, segundo ele, houve a necessidade da segunda reconstituição do crime, feita em 8 de abril.

“Ela fez pesquisas sobre como envenenar uma pessoa com chumbinho [enquanto o marido estava trabalhando]”, afirmou o delegado. De acordo com o primeiro depoimento da mulher do militar, feito no dia do crime, o marido obrigou que ela e o filho ingerissem tranquilizantes com objetivo de matá-los e, em seguida, tentou suicídio com remédios, mas o laudo toxicológico no corpo do menino indicou que ele morreu por ingestão de veneno de rato.

A polícia divulgou em fevereiro imagens da casa onde ocorreu o crime gravadas no dia em que foi feita a última perícia no local. São imagens do dia 30 de dezembro, mostradas pela primeira vez. A equipe encontrou chumbinho no encanamento da pia.

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