Domingo, 28 Abril 2024 | Login
Advogado não consegue pagar fiança da cliente por falta de um centavo

Advogado não consegue pagar fiança da cliente por falta de um centavo

Um centavo. Foi por causa da falta desta moeda que um advogado de Brasília não conseguiu pagar a fiança de sua cliente, fixada em R$ 2.626,66.

Segundo Willamys Ferreira Gama, a escrivã que o atendeu na 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal exigiu o pagamento exato da quantia.

De acordo com o site Migalhas, o juiz da 2ª vara Criminal de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, Wagno Antônio de Souza, concedeu liberdade provisória à acusada pelos crimes de receptação e de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, mediante pagamento de fiança.

O advogado ainda relatou que a família da ré não tinha condições de pagar a quantia, o que levou a Defensoria Pública a pedir a retirada da fiança, solicitação indeferida pelo juiz.

Quando na última quinta-feira (7) a família conseguiu juntar o dinheiro, já passava das 17h, horário em que o pagamento não poderia ser feito no fórum ou no banco. Para garantir a liberdade de sua cliente, o advogado foi à 5ª Delegacia de Polícia de Brasília, onde apresentou a decisão judicial e a quantia de R$ R$ 2.626,70.

Para sua surpresa, porém, a escrivã recusou o pagamento, alegando que poderia receber apenas o valor exato fixado pelo juiz. A partir de então, o advogado começou uma verdadeira saga pela cidade para encontrar a moeda. Peregrinou por lanchonetes, foi à rodoviária e fez anúncio até no WhatsApp. Foi quando encontrou um colega que tinha a moeda.

Depois de pegar a moeda, o advogado Willamys Gama foi novamente à delegacia, mas foi informado de que não poderia ser atendido, pois havia um flagrante para ser resolvido. Para dificultar a situação, o plantão judicial não iria expedir alvará a tempo. Assim, sua cliente teve que passar mais uma noite presa.

O pagamento da famigerada fiança só foi feito nesta sexta-feira (8), por volta das 13h, e o alvará de soltura foi expedido. Para Gama, embora seja apenas um dia a mais, sua cliente foi prejudicada, pois ficou sujeita às condições ruins do presídio, quando já possuía direito à liberdade.

"A liberdade depois da vida é o bem mais precioso". O advogado, no entanto, não pretende deixar barato tudo o que aconteceu. Ele já informou a OAB/DF sobre o ocorrido. Segundo o secretário geral adjunto da seccional, Juliano Costa Couto, assim que estiver em posse do material vai oficiar a Corregedoria do TJ/DF e a Corregedoria da Polícia Civil.

Fonte: Bahia Notícias

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.