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Jornalistas de Camaçari cobram da prefeitura início da vacinação contra covid

Jornalistas de Camaçari cobram da prefeitura início da vacinação contra covid

Os jornalistas de Camaçari enviaram neste sábado, 5, uma carta ao secretário de Saúde do município, Elias Natan, para cobrar a inclusão dos profissionais na lista de vacinação contra a Covid-19.

A prefeitura decidiu suspender na sexta, 4, o início da imunização da categoria após recomendação do Ministério Público do Estado (MP-BA), apesar de o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinar a vacinação dos jornalistas, já aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

"Os profissionais de imprensa estão morrendo, senhor secretário. Morrendo por estarem na linha de frente no combate à pandemia. Talvez o senhor não saiba, mas 222 comunicadores perderam a luta para a Covid-19 no Brasil. Outras centenas adoeceram. Na Bahia, somamos 26 jornalistas e radialistas mortos, vítimas do coronavírus. Dois deles morreram há uma semana. Em Camaçari, a vida do colega e auxiliar da TV Câmara, Roberto Lomanto, também foi ceifada pela Covid-19. Quantos mais precisam perder a vida no trabalho por falta do bom senso de alguns?", diz em um dos trechos do documento.

O coletivo ainda afirma que 50 cidades na Bahia já vacinaram os profissionais de imprensa, entre elas Salvador e Feira de Santana, e Vitória da Conquista já deu inicío à imunização. "Acertadamente, esses municípios seguem a determinação da CIB, organização que tem autonomia para tomar decisões sobre a política de vacinação no Estado. É inadmissível que Camaçari, com a relevância que possui, fique de fora desse movimento de restauração do direito da categoria", cobrou.

Os profissionais sugerem ainda a criação de um cadastro de jornalistas da cidade para dar transparência e segurança ao processo. "Que fique claro, senhor secretário, não queremos privilégios, queremos respeito e a manutenção do nosso direito. Acredite, o número de doses destinadas à categoria será pequeno, especialmente, frente ao impacto sanitário que a imunização trará com a diminuição do risco de contaminação a que os profissionais são expostos diariamente", defende.

Confira a nota assinada por 30 profissionais de imprensa da cidade:

Nós, jornalistas de Camaçari, convidamos vossa senhoria a uma reflexão sobre o papel e a vulnerabilidade da imprensa frente à crise sanitária que acomete nosso país. Mais do que isso, convidamos-lhe a buscar entender, junto conosco, como podemos ser essenciais para levar a informação ao cidadão e servir à sociedade, mas não sermos igualmente reconhecidos como essenciais no processo de vacinação, para garantir maior segurança no exercício da nossa missão social.

“Não queremos essencialidade pra morrer”. Essa frase do presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, soou como a libertação para o grito que estava preso na garganta de todo trabalhador de comunicação que sai de casa todos os dias para levar informação séria e de qualidade para a população, para combater fake news e evitar o caos que a desinformação provoca.

Os profissionais de imprensa estão morrendo, senhor secretário. Morrendo por estarem na linha de frente no combate à pandemia. Talvez o senhor não saiba, mas 222 comunicadores perderam a luta para a Covid-19 no Brasil. Outras centenas adoeceram. Na Bahia, somamos 26 jornalistas e radialistas mortos, vítimas do coronavírus. Dois deles morreram há uma semana. Em Camaçari, a vida do colega e auxiliar da TV Câmara, Roberto Lomanto, também foi ceifada pela Covid-19. Quantos mais precisam perder a vida no trabalho por falta do bom senso de alguns?

A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) corrigiu o erro cometido pelo governo federal, que, ironicamente, considera a classe essencial para estar na linha de frente da pandemia, e, no entanto, a renega na hora de reconhecer a essencialidade na prioridade da vacinação. Logo depois, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) reafirmou a decisão da CIB, reforçando o direito dos profissionais de imprensa de serem vacinados. Descumprir as determinações da CIB e do TJ-BA configura-se em grave erro, que acreditamos não ser prudente cometer, em hipótese nenhuma.

Mais de 50 cidades na Bahia já vacinaram profissionais de imprensa, incluindo Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Dias d’Ávila, Alagoinhas, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa, Luiz Eduardo Magalhães e Serrinha. Tantas outras deram a largada, a exemplo de Vitória da Conquista. Acertadamente, esses municípios seguem a determinação da CIB, organização que tem autonomia para tomar decisões sobre a política de vacinação no Estado. É inadmissível que Camaçari, com a relevância que possui, fique de fora desse movimento de restauração do direito da categoria.

É por isso que viemos, por meio desta carta aberta, convidá-lo a refletir, abrir os olhos e enxergar a relevância da imprensa e o papel que temos desempenhado nesse momento tão crítico para toda a sociedade. Como profissionais de comunicação, estamos onde a notícia está, e isso inclui as portas de emergência de hospitais, delegacias, cemitérios e, sim, as redações e estúdios, a base para onde retornamos após a apuração das matérias, expondo, igualmente, os nossos colegas de trabalho que ficam na retaguarda.

Que fique claro, senhor secretário, não queremos privilégios, queremos respeito e a manutenção do nosso direito.

Por isso, solicitamos o início imediato da vacinação contra Covid-19 dos profissionais de imprensa de Camaçari.

Propomos ainda, assim como foi feito em outras cidades, que seja criado um cadastro dos profissionais de imprensa de forma a garantir mais transparência e segurança ao processo.

Acredite, o número de doses destinadas à categoria será pequeno, especialmente, frente ao impacto sanitário que a imunização trará com a diminuição do risco de contaminação a que os profissionais são expostos diariamente.

Cordialmente,

Coletivo de jornalistas profissionais de Camaçari

Aline Marques – 3.373/BA

Anami Brito – 4.485/BA

Camila São José – 5.124/BA

Carluze Barper – 3.061/BA

Daniela Oliveira – 4.616/BA

Eliane Cunha – 4.564/BA

Emile Lira – 4.817/BA

Fabiana Monte – 1.619/BA

Fernanda Santana – 2.054/BA

Fernanda Santos – 5.634/BA

Fernanda Tavares – 5.978/BA

Gil Santana – 4.965/BA

Janne Oliver – 4.363/BA

Jany Silva – 3.869/BA

Josi Anjos – 2.363/BA

Lenielson Pita – 4.558/BA

Lenison Nascimento – 5.332/BA

Lorena Mota – 5.306/BA

Lorena Vasconcelos – 2.646/BA

Marlene Ferreira – 3.510/BA

Milane Magalhães – 4.135/BA

Monique Moura – 5.001/BA

Priscila Bastos – 3.881/BA

Romero Mateus – 2.956/BA

Sheila Barretto – 5.293/BA

Taís Dória – 4.951/BA

Tâmara Paixão – 3.899/BA

Tanara Régis – 3.043/BA

Tânia Santana Reis – 3.398/BA

Wesley Sobrinho – 4.349/BA

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    O Camaçari Criativa está dividido em: categoria A, para projetos de R$ 20.616,37, com a seleção de 14 proponentes; e categoria B, para projetos de R$ 10.616,37, que dispõe de 34 vagas. Em ambos os grupos, ficam garantidas cotas étnico-raciais, para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas.

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    Os agentes culturais contemplados no edital deverão realizar contrapartida social a ser pactuada com a administração pública, sendo assegurados a acessibilidade de grupos com restrições e o direcionamento à rede de ensino da localidade.

    Para a seleção, serão critérios: na etapa de análise técnica, será analisado o potencial de realização da proposta; adequação orçamentária e viabilidade; e acessibilidade da proposta. Na etapa de mérito cultural, são critérios a conformidade com o Plano Municipal de Cultura; relevância cultural; potencial de impacto cultural e contrapartida social; e descentralização.

    Ainda serão acrescidas notas de bonificação, pontuando propostas que abordem manifestações e temáticas de grupos menorizados; diversidade da equipe básica, que abrange pessoa com deficiência (PcD), diversidade étnica, mulheres, e LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, interssexuais, assexuais, pansexuais, além de demais orientações sexuais e identidades de gênero); e se o proponente responsável pertence a grupo menorizado.

    Para auxílio aos interessados, a Secult disponibiliza atendimento presencial nos núcleos de Orientação Cultural (NOC) Cidade do Saber, localizada na Rua do Telégrafo, s/n, bairro Natal; e Arembepe, situado na galeria Arembepe Centro Empresarial, sala 1, térreo, no Loteamento Vilarejo, que encontra-se à direita da entrada principal da localidade, em frente ao Posto de Informações Turísticas Nidinho; além dos centros culturais Vila de Abrantes, que fica na Rua da Matriz, s/n; e Barra do Pojuca, na Rua Filogonio Gomes de Oliveira, s/n. Os equipamentos funcionam de segunda a sexta, das 9h às 17h.

    Outras informações podem ser obtidas no edital e anexos, que estão disponíveis no Portal da Secult neste link. Para detalhes complementares, os interessados podem entrar em contato pelo endereço de e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou através do telefone (71) 3644-9824.

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