Segunda, 29 Abril 2024 | Login

Camaçari ultrapassou, no início da semana, a marca de 10 mil casos registrados de pessoas que se contaminaram com a Covid-19. No total, segundo o último Boletim Epidemiológico desta quarta-feira (17), divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o município contabiliza 10.554* casos confirmados com a doença, desses 1.174 estão ativos.

Ainda segundo a Sesau, 9.212 pessoas estão curadas e, até o momento, 168** pessoas morreram com a Covid-19 no município.

Em relação ao índice de ocupação de leitos hospitalares em Camaçari, a Sesau diz que 10 pessoas se encontram hospitalizadas na rede pública de saúde e 01 está na rede privada.

*O número de casos confirmados hoje de 369 casos foi devido a atualização das notificações pelos laboratórios e pelas ações de testagem de sexta-feira, segunda e terça-feira, que a SESAU realizou.

**Já os 12 óbitos ocorreram ao longo das semanas anteriores, mas que somente foram confirmados nesta quarta. Só podemos confirmar um óbito depois que é recolhida toda documentação da pessoa que morreu (Declaração de Óbito, Certidão de Óbito, resultado do exame e relatório do hospital onde ocorreu o óbito).

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A testagem rápida itinerante para Covid-19 que acontece na sede e costa de Camaçari chega à Gleba C nesta quinta-feira (18/2), na Escola Professor Luís Rogério de Souza, das 9h às 15h.

Importante ressaltar, que a testagem tem por prioridade os moradores do bairro para realizar o mapeamento epidemiológico. Na sexta-feira (19/2) a testagem itinerante será em Arembepe.

 

 

 

 

Fonte: Ascom PMC

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Por meio de nota à imprensa, a Prefeitura de Camaçari diz que a a partir da próxima sexta-feira (19) 05 novos leitos de UTI serão implantados no Hospital Santa Helena à serviço da população.

De acordo com a nota, também está em andamento um termo de credenciamento para contratação de mais 15 leitos COVID-19 sendo 05 UTIs e 10 leitos clínicos. E ainda nesta quarta-feira (17/2) será aberto um chamamento público para reabertura do Centro Intermediário de Enfrentamento ao Coronavirus (CIEC) com mais 20 leitos clínicos para pacientes COVID.

A novidade é que o CIEC também fará atendimento de porta aberta a pacientes sintomáticos da COVID-19. Como forma também de desafogar o atendimento desses pacientes nas unidades de pronto-atendimento.

O prefeito Elinaldo garante que continuará sem medir esforços para ajudar a população. “O sistema de saúde está tendo problemas em todo país por causa do avanço a pandemia. O problema maior é a falta de leitos para transferir os pacientes que estão em UPAs e PAs. E isso temos enfrentado aqui em Camaçari também onde, por falta de leitos de referência no Estado, temos pacientes internados na UPA aguardando uma transferência há mais de 10 dias. Vendo essa deficiência de leitos a nível estadual é que tomamos a decisão de investir na reabertura do CIEC e na ampliação de leitos UTI e clínicos COVID para dar suporte à nossa população”.

Com a concretização do termo de credenciamento e do chamamento público, Camaçari saltará dos atuais 10 leitos de UTI Covid para 20 UTIs e 30 leitos clínicos. “Esse esforço só terá efeito se a população também fizer sua parte usando máscara, álcool em gel e mantendo o distanciamento social. Sem essas medidas não há sistema de saúde que suporte. Veja que até mesmo os hospitais particulares estão com problemas de lotação de leitos. Garanto que continuaremos fazendo todo o possível enquanto poder público para dar suporte à população, mas peço também a ajuda das pessoas colocando em práticas as medidas preventivas. Pois, somente elas poderão ajudar a vencer essa pandemia”, ressalta Elias Natan, secretário de Saúde.

Após passar a pandemia, os 05 leitos de UTI e os 10 leitos clínicos que estão sendo contratados através de termo de credenciamento continuarão atendendo a população, porém como leitos de retaguarda. “Com o fechamento da urgência e emergência do HGC, precisamos garantir leitos de retaguarda para que os pacientes que são recebidos nas UPAs e PAs fiquem internados enquanto são transferidos para um hospital de referência. Com isso os leitos das UPAs e PAs ficarão sempre livres para receber paciente se com isso evitar a superlotação das unidades de urgência e emergência. Por isso, esses leitos, após sairmos do pico da pandemia se tornarão leitos de retaguarda para atender nossa população. Esse é outro grande avanço na saúde pública de nossa cidade”, destaca Elias Natan.

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Quinta, 11 Fevereiro 2021 13:09

Camaçari tem 885 casos ativos da Covid – 19

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta (10), pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Camaçari registra atualmente 9.555 casos da Covid-19, desses, 885 estão ativos no momento.

Segundo a Sesau, 8.516 pessoas estão curadas e, até o momento, 154 pessoas morreram com a Covid-19 no município.

Em relação ao índice de ocupação de leitos hospitalares em Camaçari, a Sesau diz que 06 pessoas se encontram hospitalizadas na rede pública de saúde e 02 estão na rede privada.

Para obter outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari, disque 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8 às 17h.

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De acordo o Boletim Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (25), pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Camaçari registra atualmente 8.468 casos da Covid-19, desses, 701 estão ativos no momento.

Segundo a Sesau, 7.620 pessoas estão curadas e, até o momento, 147 pessoas morreram com a Covid-19 no município.

Em relação ao índice de ocupação de leitos hospitalares em Camaçari, a Sesau diz que 06 pessoas se encontram hospitalizadas na rede pública de saúde e 02 estão na rede privada.

Para obter outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari, disque 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8 às 17h.

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Na manhã desta quarta-feira (20/1), foi realizado o início da vacinação contra a Covid-19 nos locais de trabalho dos profissionais de saúde da linha de frente de atendimento à população e em instituições de longa permanência para idosos. A atividade foi iniciada pela Unidade de Pronto Atendimento 24h Pediátrica e seguiu por mais 11 pontos, como a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) da sede.

O secretário da Saúde, Elias Natan, falou sobre o período de realização da vacinação, "temos a expectativa, que com essas 2.040 doses, que o município recebeu, dentro desse público-alvo da fase 1, que em 15 dias estejamos concluindo a administração dessa primeira dose. Ficamos agora na dependência do recebimento de mais vacina para que possamos completar o público dessa primeira fase".

Muito emocionada, a primeira vacinada contra a Covid-19 na base do SAMU foi a médica, com 18 anos de atuação na unidade, Ocridalina Virgens, 66 anos, que falou sobre o sentimento do momento. "É como se fosse uma liberdade, você ver que nós aprendemos a valorizar coisas simples, um abraço, um beijo, uma visita a um amigo, um fim de semana com os colegas, que fomos privados disso por um inimigo invisível ao olho nu. Espero que a humanidade tenha aprendido a ser um pouco melhor".

A vacinação é realizada em sistemas de urgência público e privado de Camaçari. As equipes circulam em seis roteiros, durante toda a semana até a finalização do público-alvo, os locais são: Hapvida, Clínica Santa Helena, UPA's Pediátrica, Gleba A/Gravatá e Arembepe, Hospital Geral de Camaçari (HGC), nos prontos atendimentos de Vila de Abrantes e Monte Gordo, e SAMU e instituições de longa permanência para idosos, os dois últimos da sede e costa.

A técnica de enfermagem, Tânia Melo Dantas, 56 anos, que fez a primeira aplicação da vacinação durante a coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (19/1) também está no público vacinado e continua o trabalho de levar esperança. "Estou desde o começo, com os testes, é minha rotina. Agora, a sensação é única porque foi a primeira que vacinei e me sinto gratificada".

Para o enfermeiro do SAMU, Benedito Fernandes, 40 anos, a sensação era de "felicidade, a expectativa era grande porque desde o início da pandemia a gente está nessa linha de frente. O medo de adoecer, o medo de transmitir a doença para outras pessoas, e agora a gente se sente protegido para continuar na luta, porque a Covid não acabou".

PLANO DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Elaborado pela Prefeitura de Camaçari, por intermédio da Secretaria da Saúde (Sesau), o esquema tem como meta estabelecer as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação no município. Entre as estratégias previstas estão: a vacinação por etapas, priorizando grupos específicos a cada fase, de acordo com critérios de risco e vulnerabilidade; e a centralização do local de vacinação.

As doses serão aplicadas a grupos prioritários, em quatro fases de vacinação, totalizando 48.657 pessoas vacinadas. A primeira fase ainda contempla os demais profissionais de saúde, idosos acima de 75 anos e quilombolas. Na segunda fase, serão vacinadas pessoas de 60 a 74 anos. Na terceira, pessoas em situação de rua, com deficiência e portadores de comorbidades. Na quarta e última fase, forças de segurança e salvamento, funcionário do sistema de privação de liberdade, trabalhadores educacionais, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, rodoviário e metroferroviário de passageiros, e população privada de liberdade.

Camaçari prevê duas unidades centrais que funcionarão provisoriamente na Unidade de Saúde da Família (USF) do Ponto Certo, na sede, e a outra na USF de Barra do Jacuípe, na costa, que posteriormente serão substituídas por fixas, instaladas no antigo Centro Especializado em Reabilitação (CER), na sede, e em Barra do Jacuípe, na atual sede do Distrito Sanitário. O funcionamento dos centros acontecerá todos os dias da semana inclusive aos domingos e feriados, das 8h às 17h. Serão, no total, entre sede e costa, 10 salas de vacinação, podendo ser ampliada conforme a necessidade. Os insumos, como seringas, agulhas e demais materiais já estão garantidos e em quantidade suficiente para atender a demanda.

Fonte: Ascom PMC

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Nesta quarta-feira (13), o Boletim Epidemiológico com dados sobre o cenário do novo coronavírus em Camaçari registra os seguintes dados: 7.903 pessoas contraíram a doença. Deste total, 433 estão em tratamento, 7.325 já se recuperaram e 145 correspondem a pacientes com a doença que evoluíram para óbito.

Dos casos ativos (433), 422 estão em isolamento domiciliar, nove ocupam leitos do sistema público de saúde e dois da rede privada.

Outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari podem ser obtidas pelo Disk 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8h às 17h, para o cidadão sanar dúvidas ou obter esclarecimentos caso esteja com sintomas suspeitos da doença.

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O Instituto Butantan detalhou os dados da vacina Coronavac, afirmando que os estudos feitos no Brasil mostraram eficácia de 50,38% contra a covid-19. Na semana passada, houve controvérsia com os números divulgados, que traziam recorte específico do grupo de voluntários que manifestaram casos leves de covid, mas com necessidade de atendimento médico. .

O dado informado hoje já foi comunicado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no pedido feito para registro emergencial da vacina. O valor está acima dos 50% requeridos universalmente para que uma vacina seja considerável válida e viável.

Na semana passada, o Butantan informou eficácia de 78% na prevenção de casos leves e 100% de pacientes moderados, graves ou mortos evitados pela Coronavac. O número atua inclui pessoas que foram infectadas pelo coronavírus, mas não tiveram sintomas que precisassem de atenção na fase 3 do estudo no Brasil. O imunizante foi testado em 13.060 voluntários no país. Ao longo do ensaio, que começou em julho, 218 pessoas foram infectadas. Destas, 160 tinham recebido placebo e 60 a vacina. Todos os voluntários, profissionais de saúde no ensaio brasileiro, foram testados para o novo coronavírus.

Ricardo Palácios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantã, afirmou que a taxa de eficácia menor do que a apresentada inicialmente foi uma “decisão consciente” para que os estudos da fase 3 atingissem de forma mais rápido o número mínimo de casos positivos exigidos: “A vantagem é termos um estudo mais rápido. Estávamos sacrificando eficácia para aumentarmos o número de casos e termos uma resposta mais rápida. Foi uma decisão arriscada, mas precisávamos dessa resposta rápido”.

De acordo com Alex Precioso, diretor do centro de segurança clínica e gestão de risco farmacoepidemiológica do Butantã, a Coronavac não registrou eventos adversos graves, além de dor no local da aplicação. Apenas 0,3% dos voluntários tiveram reações alérgicas, taxa que foi igualmente registrada entre quem recebeu o imunizante e quem recebeu o placebo. "É uma vacina que tem mantido o seu perfil de segurança ao longo do tempo”, explicou.

A Organização Mundial da Saúde define uma escala de 0 a 10 de sintomas, zero sendo o assintomáticos, 1 a 3 leves, 4 e 5 moderados, 6 a 9, graves e 10, fatalidades. O Butantan enfatizou, na divulgação da semana passada, a eficácia da Coronavac para todos os grupos acima de 1.

Críticas
Logo após a coletiva na semana passada, vários cientistas criticaram a falta de transparência do Butantan ao não divulgar a eficácia geral e outros detalhes dos testes clínicos. O número de casos de covid registrados em cada grupo do estudo (placebo e vacinado) só foi divulgado após questionamento do Estadão na coletiva de imprensa. Os dados informados pelo diretor do Butantã, Dimas Covas, após a pergunta apontam eficácia de 63% – calculada com base no registro de 218 casos de covid entre voluntários, sendo 160 no grupo que recebeu placebo e pouco menos de 60 entre os vacinados.

Após as críticas, o governo anunciou que faria a coletiva de imprensa hoje para apresentar tais dados. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, os dados sobre eficácia geral da Coronavac estão em posse exclusiva do Butantã e da Anvisa. “As pessoas estão cobrando mais transparência, mas nem eu nem o governador sabemos qual é esse número.”

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Nesta terça-feira (5/1), o Boletim Epidemiológico com dados sobre o cenário do novo coronavírus em Camaçari registra os seguintes dados: 7.543 pessoas contraíram a doença. Deste total, 254 estão em tratamento, 7.149 já se recuperaram e 142 correspondem a pacientes com a doença que evoluíram para óbito.

Dos casos ativos (254), 238 estão em isolamento domiciliar, 11 ocupam leitos do sistema público de saúde e cinco da rede privada.

Outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari podem ser obtidas pelo Disk 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8h às 17h, para o cidadão sanar dúvidas ou obter esclarecimentos caso esteja com sintomas suspeitos da doença.

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Mesmo fora do grupo de risco, as crianças podem sim contrair a covid-19 e até vir a óbito. Na Bahia, desde o início da pandemia, já foram 36 crianças de até 9 anos de idade que morreram do novo coronavírus - uma média de quatro mortes por mês - sendo 22 meninos e 14 meninas, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Das 36 vítimas, somente 14 tinham comorbidades - as outras 22 não tinham histórico de doenças graves. Os meses que registraram mais mortes foram maio e junho de 2020, que deixaram 8 vítimas cada um. Além disso, 19 delas não chegaram a completar nem um ano de vida.

Os dados vêm à tona após o alerta do secretário municipal de saúde de Salvador, Léo Prates. Ele informou, no último domingo (27), que o número de crianças com suspeitas de covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tem aumentado, principalmente nos últimos três dias. No domingo, 10 crianças buscaram as UPAs da cidade e duas precisavam de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta segunda (28), o número se repetiu, e quatro delas foram atendidas.

Os hospitais também têm sofrido com a alta demanda. No Martagão Gesteira, a taxa de ocupação de leitos pediátricos de enfermaria está em 85% e a de UTI pediátrica em 90%. Em nota, o Martagão informou que a demanda por leitos de UTI Covid na instituição está alta e que as vagas são ocupadas via Central de Regulação. A instituição também informou quel já tem um plano de contingência para ampliar a oferta de leitos, caso seja necessário. Para tratar os casos suspeitos e confirmados da covid-19, o hospital destinou uma enfermaria inteira (20 leitos) e uma UTI com 10 leitos exclusivamente para este fim, contratualizados com a Prefeitura de Salvador.

No Instituto Couto Maia, o índice de leitos clínicos destinados a crianças está em 80% e os de UTI, em 60%. No Hospital Municipal de Salvador, já não há mais vagas na enfermaria - todos os sete leitos estão ocupados, mas a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátricos está em 14%, com 6 vagas. Na capital baiana, a ocupação dos leitos de UTIs pediátricas é de 70% e 78% nos leitos clínicos. Na Bahia, esses índices estavam, nesta segunda-feira, em 68% e 60%, respectivamente.

“Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto”
Uma das crianças que morreu por covid-19 foi Isadora, filha da dona de casa Flávia Ferreira, 25 anos, moradora de Ipiaú, cidade no sul da Bahia. A criança tinha apenas dois meses quando deixou a família, no dia 6 de maio. “É uma situação muito complicada. Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto. Só deixaram eu ver minha filha por 10 minutos, depois que ela estava morta. Ela já não era mais a mesma, o oxigênio já tinha parado”, relembra a mãe. Segundo ela, a filha não teve os sintomas da covid-19 e nasceu com toxoplasmose - a “doença do gato” - por a mãe ter pego a infecção na gravidez.

“Até hoje não acredito que minha filha faleceu de coronavírus, porque Isadora já estava doente, debilitada. Ela não teve sintoma nenhum do coronavírus, não tossia, não sentiu febre. E eu malmente saí, só saía quando era caso de necessidade ou de levar ela na pediatra, mas tinha o maior cuidado com ela por causa da doença. Se ela pegou, não sei como”, diz a mãe. A dona de casa afirma que a filha vomitava todas as madrugadas pela toxoplasmose e foi levada para um hospital público de Jequié, município a 50 km de Ipiaú, após um quadro de anemia: “Ela estava pálida, não tinha uma gota de sangue na unha”.

Na unidade, os médicos fizeram o teste PCR na menina, que não resistiu. O resultado saiu quatro dias depois, com a confirmação da covid-19. Porém, no atestado de óbito de Isadora, consta como causa da morte anemia grave, choque hemorrágico e toxoplasmose congênita. Os 8 membros da família que moravam com ela também foram testados, só que por teste rápido, e quatro deram positivo. A secretária de saúde de Ipiaú, Larissa Dias, confirmou os resultados dos testes. “O exame confirmando foi entregue. Foi colhido no hospital no dia do óbito e o resultado só chegou depois. O Estado informou a secretaria após a criança já ter sido enterrada. Foi um sofrimento grande para a família”, conta. A secretária disse que qualquer pessoa que vai a óbito por qualquer diagnóstico, mas também tem covid-19, entra nas estatísticas do covid-19, por isso que o obituário apontava uma outra causa.

Outra criança baiana que morreu de covid-19 foi Luiz Gustavo, que tinha um ano de idade. Ele era do município de Iramaia, que tem pouco mais de 8 mil habitantes e fica na Chapada Diamantina, centro-sul da Bahia. Ele estava em tratamento em um hospital de referência de Salvador, para tratar a síndrome mielodisplásica, uma doença rara que interfere na produção de células sanguíneas. Durante o período de 46 dias que ficou internado, Luiz Gustavo se contaminou pela covid-19 no hospital e veio a óbito, no dia 19 de junho. Procurada pela assessoria do município, a família não quis comentar.

À época, o prefeito de Iramaia, Tunga Bastos (PP), publicou uma nota em sua rede social. “O céu acabou de ganhar mais um anjinho. Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do pequeno Luis Gustavo. Não temos palavras para expressar a nossa dor neste momento tão difícil. Peço a Deus que conforte os pais Evanildo e Ediane e que conforte todos os seus familiares. estamos de luto”, escreveu o prefeito.

Na cidade de Guanambi, a cerca de 500 km de Salvador, um menino de 5 anos também morreu de complicações da covid-19. Ele tinha uma doença do sistema nervoso e foi transferido para Itabuna para tratamento em um hospital público. O secretário de saúde de Guanambi, Manoel Paulo Rodrigues, informou que a criança morava em uma casa de acolhimento da cidade, mas deu mais detalhes.

Como a doença evolui em crianças
A infectologista pediátrica Anne Galastri explica que as chances de a doença evoluir em uma criança são as mesmas de um adulto. “Qualquer infecção viral pode evoluir e causar óbito, infelizmente. É preciso ficar atento às crianças que têm aquelas doenças de base, como câncer em tratamento, transplantado, crianças que tem problema cardíaco, pulmonar. Essas crianças, por terem doenças crônicas, têm o risco aumentado, assim como adultos e idosos”, esclarece.

Galastri ainda tranquiliza que a taxa de mortalidade entre as crianças é baixa e os sintomas, em geral, são mais leves. “A infecção pela covid-19 na faixa etária pediátrica pode sim são quadros mais leves, como febre, coriza, algumas crianças vão para UTI, mas a imensa maioria ficam bem, a taxa de mortalidade é menor que 1%”, diz. Porém, ela alerta que não é momento de descuido. “Não quer dizer que devemos descuidar das crianças, é preciso fazer a higienização das mãos, usar a máscara para as crianças maiores de dois anos, fazer o distanciamento social e quem está doente não é para sair de casa. Infelizmente, a gente viu criança com síndrome de sistema respiratório que foi visitar avó no Natal, foi ao shopping, então esses cuidados são básicos e é preciso manter em qualquer faixa etária”, orienta a especialista. Ela explica que as crianças menores de dois anos não devem usar máscara por risco de asfixia.

A médica infectologista Clarissa Ramos, do Hospital Cardio Pulmonar (HCP) alerta que, como os sintomas nas crianças, normalmente, são mais brandos, é preciso uma atenção redobrada. “Quando elas pegam, ela não manifestam os sintomas ou são sintomas muito leves. Isso faz com que a doença passe despercebida. Então ela está transmitindo. É muito frequente crianças que espirram, têm um resfriado, dor de garganta, tosse, ou esses sintomas mais leves que não são levados a sério, e, muitas vezes, é covid, mas não é investigado. Então mesmo que o sintoma seja só por um dia, pode ser covid”, alerta. Por isso, a infectologista diz que deve-se sempre monitorar os sintomas da criança e das pessoas que elas têm contato.

À TV Bahia, Prates comunicou, na segunda-feira (27), que a secretaria pensa em estratégias para conter o aumento dos casos suspeitos em crianças através da ampliação do número de leitos nas unidades de saúde: “Estamos trabalhando para ampliar os gripários. A ideia é construir mais um gripário na UPA de São Cristóvão e também reativar uma tenda de sustentação respiratória com 10 leitos de sala vermelha na UPA de valéria. A sugestão da equipe seria transformar essa tenda de sustentação respiratória, que seria princípio para adulto, para um perfil mais pediátrico, devido a esse crescimento exorbitante”.

Em nota, o Ministério da Saúde divulgou que, até 21 de dezembro, quando foi publicado o último boletim epidemiológico semanal, foram notificados pelos estados 1.161 óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 na faixa etária de menores de um ano a 19 anos de idade. Desse total, 356 óbitos foram em crianças menores de 1 ano de idade; 182 em crianças entre 1 e 5 anos; 623 casos entre 6 e 19 anos de idade. Por telefone, o Ministério disse que não tinha os dados seccionados de crianças até 9 anos nem a divisão por sexo e faixa étaria de cada unidade federativa, só a informação total.

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