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Camaçari Todo Dia

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Roberto Carlos  (o Rei) fará show em Salvador, neste sábado (29), na Arena Fonte Nova. Os ingressos ainda estão à venda. No site Ingresso Rápido, onde está sendo comercializado os bilhetes, somente os setores amarelo e branco estão esgotados. Ainda há ingressos até mesmo da plateia superior, que custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Já para o espaço Lounge Emoções tem o preço mais alto: R$ 500. É possível também adquirir as entradas na Ticketmix dos shoppings Iguatemi, Paralela, Salvador e Barra, no horário das 9h às 22h.

O diretor regional do Correios no Rio, Omar de Assis Moreira, foi afastado do cargo e teve os bens bloqueados, na última sexta-feira, por decisão da 3ª Vara Criminal Federal. O chefão da estatal no estado foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de peculato — quando o funcionário público se apropria ou desvia dinheiro ou qualquer outro bem de que tem a posse em razão do cargo — formação de quadrilha e corrupção passiva.

Para formular sua denúncia, o procurador Sérgio Luiz Pinel Dias se baseou em inquérito da Polícia Federal que investiga fraudes que ultrapassam R$ 15 milhões no plano de saúde do Correios. O esquema, denunciado pelo EXTRA em agosto do ano passado, envolve funcionários da estatal, como o ex-gerente de Saúde Marcos Esteves, médicos, hospitais e empresas de material cirúrgico.

Na última sexta-feira, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Omar, no Condomínio Origami, na Avenida Abelardo Bueno, Barra da Tijuca. Lá, policiais procuraram provas que confirmassem as informações fornecidas por uma testemunha do caso que não quis ser identificada. Segundo a testemunha, o esquema começou em 2011, ano em que Omar assumiu o cargo. O diretor teria se juntado a dois assessores e a um funcionário da Cedae para praticar as fraudes. Inicialmente, o esquema envolveria hospitais credenciados ao plano de saúde do Correios. Eles recebiam em 30 dias os pagamentos de faturas que demoravam, normalmente, até três meses para sair. Em troca, o grupo receberia 20% do valor dos serviços. Em pouco tempo, novas formas de fraudes surgiram, como a realização de cirurgias pré-programadas como se fossem emergenciais, o que dispensaria a apresentação de três cotações de preços, e a valores superfaturados.

A direção do Correios em Brasília informou que Omar “está afastado do cargo, com o objetivo de preservar a condução de processo da Justiça Federal sobre possíveis irregularidades na gestão do plano de saúde no Rio de Janeiro”. Em nota, a estatal afirma que “o processo está relacionado à investigação da Polícia Federal que foi solicitada em junho de 2013 pelo próprio diretor regional Omar de Assis Moreira”. O diretor, acrescenta a nota, também determinou a abertura de processo interno de sindicância, atualmente conduzido em Brasília e acompanhado pela Controladoria Geral da União (CGU), e constituiu grupo de trabalho para apoiar as investigações da PF. Além disso, a Administração Central dos Correios em Brasília informa que encaminhou denúncia sobre o caso ao Ministério Público Federal, em setembro de 2013. Durante o período do afastamento, Omar será substituído por Márcio Miranda Vieira da Rosa.

Fraudes milionárias

Uma operação de coluna de uma idosa, que custou quase R$ 1 milhão só em material, é uma das cirurgias investigadas pela PF, como o EXTRA revelou em agosto do ano passado. A autorização foi assinada pelo então gerente de Saúde Marcos Esteves. Um único parafuso usado na operação saiu por mais de R$ 25 mil, valor equivalente ao de um carro popular.

Em dezembro de 2013, o EXTRA denunciou que o Hospital Espanhol cobrou R$ 502 mil do Correios por uma cirurgia-fantasma. Apesar de autorizado, o pagamento não chegou a ser feito. Em outro caso, mostrado em fevereiro deste ano, o pagamento por serviços-fantasmas chegou a ser feito.

O Correios pagou mais de R$ 1 milhão ao Hospital Balbino, entre 9 de novembro de 2011 e 12 de março de 2012, sem que nenhum serviço fosse prestado. O hospital negou envolvimento com as fraudes.

Também em fevereiro, a empresa pagou R$ 336.044,95 por uma cirurgia odontológica que não teria acontecido. O preço cobrado por uma única broca: R$ 19.978.

O nascimento de uma criança deixou os moradores da Índia assustados. O bebê, que não teve a identidade revelada, nasceu com quatro pernas e quatro braços e os habitantes acreditaram que ele é a reencarnação de um deus. Isso ocorre porque as divindades hindus, em sua grande maioria, possuem vários membros.

Centenas de pessoas de vários regiões do estado de Bengala Ocidental estão viajando para ver ou tocar na criança. A polícia está apreensiva com a segurança dos pais e do bebê, por não conseguir controlar a multidão que anda pelas ruas próximas ao hospital, em lágrimas, implorando para ter acesso ao recém-nascido.

De acordo com o site DailyMail, a má deformação da criança é decorrente de um irmão gêmeo que não se desenvolveu corretamente e se fundiu ao abdômen do irmão saudável. Em entrevista ao site, a família contou que está feliz com a criança e afirma ser ele filho do deus hindu Brahma, que também possui 8 membros.

“Quando ele saiu eu não podia acreditar. As enfermeiras disseram que ele estava muito deformado, mas eu podia ver que isso era um sinal de deus. Na verdade, isso é um milagre, o bebê do próprio deus. Um deus indiano tem membros extras igual a ele”, disse um dos membros da família à TV local.

Mesmo com o relatório médico, as pessoas estão exigindo ver a criança. Segundo a crença, ele é um deus e as pessoas têm o direito de ter contato com ele. “Quando ouvimos pela primeira vez sobre o menino deus, estávamos um pouco céticos. Mas, nós viemos para ver porque estávamos intrigados com todas as notícias que ouvimos de amigos. Quando eu finalmente vi uma foto da criança, fiquei maravilhado”, disse Chukka Rao, 67 anos, uma das pessoas que está lutando para conseguir ver ou tocar a criança.

Com arquibancadas lotadas por 40 mil pessoas, a penúltima etapa do Circuito Schin Stock Car 2014 foi disputada na tarde deste sábado (15/11), em Salvador. O Circuito de rua do Centro Administrativo da Bahia (CAB) foi o palco da primeira vitória de Sérgio Jimenez na categoria e também marcou o reencontro de Allam Khodair com as vitórias, o que não acontecia desde agosto de 2012, quando o Japonês Voador venceu justamente em Salvador.

Corrida 1 "Sem dúvida nenhuma foi a corrida mais difícil da minha vida", assim Khodair resumiu a disputa com Felipe Fraga pela vitória na primeira bateria.

Fraga partiu da quarta posição, em seguida ultrapassou Luciano Burti na largada, ganhou duas posições na volta 11, superando Rubens Barrichello e Átila Abreu. Quando Fraga mais pressionava o líder Khodair, uma bandeira amarela refrescou a pressão em cima do piloto da Full Time Sports. Na saída do safety car, Khodair teve uma boa largada e se manteve na frente até vencer pela primeira vez na temporada. Fraga finalizou em segundo. Restando duas voltas para o final, Barrichello passou Átila, que deu o troco na última volta e assumiu a terceira posição.

"O Fraga vinha chegando e comecei a enfrentar um problema no câmbio, mas essa era minha. Estava administrando o esquema dos pushs com o Fraga e o safety car acabou me ajudando. Foi uma vitória espetacular", explicou Khodair.

Corrida 2

Partindo na segunda colocação, Sérgio Jimenez ultrapassou Rafa Matos logo na largada e assumiu a liderança da prova. Se defendeu dos ataques do piloto da Hot Car Competições e venceu em Salvador. Matos cruzou a linha de chegada em segundo e Luciano Burti foi o terceiro.

O resultado de hoje aumentou a lista de pilotos que venceram pela primeira vez na Stock Car, apenas na temporada 2014. Agora são sete ao total: Felipe Fraga, Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello, Galid Osman, Rafa Matos, Julio Campos e Jimenez.

"Estou muito contente. Uma vitória para realmente quebrar o tabu. Bati na trave duas vezes, com vitórias quase certas. Mas Stock Car é isso. Começamos o ano muito bem, chegamos a liderar o campeonato e estamos sofrendo um pouco nesse segundo semestre, mas sempre tivemos um carro muito bom. A equipe faz um ótimo trabalho. Essa vitória é dos mecânicos. Sei o quanto eles trabalham e nunca desistiram em nenhum momento. Agora é só comemorar", comentou o piloto da Voxx Racing Team.

A última etapa do Circuito Schin Stock Car acontece no dia 29 de novembro, no Autódromo Internacional de Curitiba. A etapa será disputada em corrida única, mas com pontuação dobrada. Com isso, 48 pontos ainda estão em jogo e oito pilotos seguem com chances de conquistar o título: Barrichello (líder da temporada com 198 pontos), Átila Abreu, Thiago Camilo, Julio Campos, Antonio Pizzonia, Sérgio Jimenez, Cacá Bueno e Allam Khodair.

Corrida 1 1. Allam Khodair (Full Time Sports) - 28 voltas em 42min26s743 2. Felipe Fraga (Vogel Motorsport) - a 0.736 3. Átila Abreu (Mobil Super Racing) - a 2.413 4. Rubens Barrichello (Full Time Sports) - a 2.959 5. Luciano Burti (Vogel Motorsport) - a 3.596 6. Antonio Pizzonia (Prati-Mico's Racing) - a 3.982 7. Ricardo Zonta (RZ Motorsport) - a 4.371 8. Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) - a 5.199 9. Sergio Jimenez (Voxx Racing Team) - a 5.853 10. Raphael Matos (Hot Car Competições) - a 7.268 11. Gabriel Casagrande (C2 Team) - a 7.599 12. Daniel Serra (Red Bull Racing) - a 8.082 13. Julio Campos (Prati-Mico's Racing) - a 8.686 14. Nonô Figueiredo (Mobil Super Racing) - a 9.459 15. Tuka Rocha (RZ Motorsport) - a 10.131 16. Galid Osman (Ipiranga-RCM) - a 11.532 17. Diego Nunes (C2 Team) - a 12.030 18. Max Wilson (Eurofarma RC) - a 12.467 19. Rafael Suzuki (ProGP) - a 13.604 20. Vitor Genz (Boettger Competições) - a 14.644 21. Bia Figueiredo (ProGP) - a 15.951 22. Beto Cavaleiro (Hanier Racing) - a 1 volta 23. Fabio Fogaça (Schin Racing Team) - a 5 voltas 24. Valdeno Brito (Shell Racing) - a 8 voltas Não completaram 75% da prova 25. Ricardo Mauricio (Eurofarma RC) 26. Lucas Foresti (RC3 Bassani) 27. Marcos Gomes (Schin Racing Team) 28. Cacá Bueno (Red Bull Racing) 29. Popó Bueno (Shell Racing) 30. Alceu Feldmann (Hanier Racing) 31. Felipe Lapenna (Hot Car Competições) 32. Denis Navarro (Voxx Racing Team) *Resultado sujeito a verificações técnicas e desportivas

1. Sergio Jimenez (Voxx Racing Team) - 16 voltas em 21min21s325 2. Rafa Matos (Hot Car Competições) - a 1.017 3. Luciano Burti (Vogel Motorsport) - a 2.358 4. Rubens Barrichello (Full Time Sports) - a 3.422 5. Átila Abreu (Mobil Super Racing) - a 12.311 6. Nonô Figueiredo (Mobil Super Racing) - a 13.930 7. Julio Campos (Prati-Mico's Racing) - a 14.805 8. Gabriel Casagrande (C2 Team) - a 15.431 9. Daniel Serra (Red Bull Racing) - a 15.903 10. Cacá Bueno (Red Bull Racing) - a 16.588 11. Max Wilson (Eurofarma RC) - a 17.080 12. Diego Nunes (C2 Team) - a 17.459 13. Rafael Suzuki (ProGP) - a 17.941 14. Fabio Fogaça (Schin Racing Team) - a 18.436 15. Galid Osman (Ipiranga-RCM) - a 18.840 16. Ricardo Mauricio (Eurofarma RC) - a 19.111 17. Popó Bueno (Shell Racing) - a 19.888 18. Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) - a 20.201 19. Bia Figueiredo (ProGP) - a 26.277 20. Alceu Feldmann (Hanier Racing) - a 1:08.141 21. Allam Khodair (Full Time Sports) - a 1 volta 22. Antonio Pizzonia (Prati-Mico's Racing) - a 1 volta 23. Vitor Genz (Boettger Competições) - a 2 voltas 24. Beto Cavaleiro (Hanier Racing) - a 3 voltas 25. Ricardo Zonta (RZ Motorsport) - a 6 voltas Não completaram 75% da prova 26. Tuka Rocha (RZ Motorsport) 27. Felipe Fraga (Vogel Motorsport) 28. Valdeno Brito (Shell Racing) 29. Lucas Foresti (RC3 Bassani) 30. Marcos Gomes (Schin Racing Team) 31. Felipe Lapenna (Hot Car Competições) 32. Denis Navarro (Voxx Racing Team) *Resultado sujeito a verificações técnicas e desportivas

Classificação do campeonato: 1. Rubens Barrichello - 198 2. Átila Abreu - 183,5 3. Thiago Camilo - 174,5 4. Julio Campos - 167,5 5. Antonio Pizzonia - 158,5 6. Sérgio Jimenez - 158 7. Cacá Bueno - 157 8. Allam Khodair - 153

Sábado, 15 Novembro 2014 21:00

Bahia 1 x 2 Corinthians pelo Brasileirão

Danilo decidiu a vitória do Corinthians sobre o Bahia por 2 a 1, neste domingo (16 de novembro), na Arena Fonte Nova, pela 34ª rodada do Brasileirão. Malcom abriu o placar para o alvinegro aos 24 minutos do primeiro tempo, mas Kieza empatou na segunda etapa. Danilo, então, aos 38 minutos, voou para marcar de cabeça e selar a vitória do Timão.

O Esporte Clube Vitória garantiu uma importante e espetacular vitória neste domingo (16), contra o Chapecoense. O jogo foi em Chapecó (SC). A equipe rubro-negra empurrou o time chapecoense para o Z4, passou o Coritiba, derrotado pelo também rubro-negro Clube de Regatas Flamengo, e alcançou a 15ª posição com 37 pontos ganhos e 10 triunfos.

Próximo jogo do Leão será contra o Coxa (Coritiba), na quarta-feira, às 20 horas (horário em Salvador), no Estádio Barradão, pela 35ª rodada.

Rubro-negros estão livres do rebaixamento, enquanto o Coritiba, mesmo fora do Z-4, continua na briga.

O Flamengo alcançou a vitória com os gols de Mugni, Everton e Nixon.

A cantora Ivete Sangalo cancelou o show que faria na cidade de Caculé, na região sudoeste da Bahia, por conta da chuva que atingiu a cidade, a cerca de 720 km de Salvador, na noite de sábado (15).

Em mensagem postada em seu perfil oficial em uma rede social, Ivete informa que o show teve de ser adiado.

"Estava tudo pronto para o nosso show. Banda a postos, cantora já pronta, mas em virtude das fortes chuvas que se acentuaram no começo da noite , o show será adiado. Tudo pensado pelos parceiros da festa para a segurança e cuidado com o público".

Na postagem, a cantora também afirma que estará de volta à cidade baiana o "mais rápido possível". No entanto, a nova data para realização do show não foi informada.

Quarta, 12 Novembro 2014 21:00

PF PRENDE EX-DIRETOR DA PETROBRAS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

Quinta, 13 Novembro 2014 21:00

PF PRENDE EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.