Segunda, 06 Maio 2024 | Login

A paralisação acadêmica unificada aconteceu nesta quarta-feira (18) nos campi da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), onde as atividades acadêmicas foram interrompidas durante o dia. Enquanto a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) está em greve desde o dia 6 de outubro, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) também aderiram à paralisação dos docentes na Uneb.

A principal reivindicação na maioria dos campi e cursos da Uneb é a falta de professores, segundo o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Eduardo Arruda. Docentes, estudantes e membros do movimento estudantil participaram da ação unificada e debateram as pautas da assembleia-geral nos dias 11 e 14 de outubro.

Durante os atos, os estudantes e docentes pedem recomposição do quadro efetivo de pessoal (docente e técnico, convocação dos professores do cadastro reserva e novos concursos imediatamente, ampliação de 1% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para a assistência estudantil e reformulação e reajuste das bolsas Mais Futuro.

Os manifestantes também querem a recomposição e ampliação do orçamento das Uebas para 7% da RLI, melhores estruturas para os campi: como creches e brinquedotecas abertas, expansão do Restaurante Universitário para os campi do interior, sede própria onde não tiver, melhor acessibilidade, por laboratórios e materiais necessários.

“O que afeta a rotina dos estudantes é falta de professores e de técnicos porque impede que os estudantes se formem no tempo correto. Prejudica as aulas já que professores de outras especialidades pegam disciplinas que não são pra eles, além da sobrecarga docente que causa adoecimento”, conta Gideão Gabriel, representante da União da Juventude Comunista e vice coordenador do centro acadêmico de Letras Espanhol do campus I da Uneb. “Há um consenso em relação ao estado urgente de mobilizações incisivas pela contratação do número suficientes de técnicos e docentes, além das melhorias estruturais e reformulação e reajuste do programa Mais Futuro”, completa.

Um calendário de mobilizações está sendo criado em assembleia-geral pelo DCE para guiar a ação no próximo período. “A gente quer fazer uma nova paralisação pontual e seguir a mobilização. Hoje a única universidade que está em greve efetivamente em greve estudantil é a Uefs. As outras não estão em paralisação, mas também estão articuladas fazendo mobilizações mais pontuais com calendário de mobilização”, explica o coordenador do DCE.

Publicado em Bahia