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Indústria: Fieb espera expansão em 2021 mesmo após crise da Ford

Indústria: Fieb espera expansão em 2021 mesmo após crise da Ford

Os impactos do fechamento da Ford em Camaçari fizeram a indústria de transformação baiana ter o pior desempenho no Brasil no primeiro trimestre do ano. Mesmo com o recuo na produção física de 19% entre janeiro e março, o gerente executivo de Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Marcus Verhine, projeta um resultado de crescimento no consolidado do ano.

“Com a vacinação, já vemos sinais de reaquecimento da economia global”, destacou o executivo em conversa com o bahia.ba. Verhine explicou que a base de comparação baixa e uma melhoria em um gargalo no ano passado – a falta de insumos – deve possibilitar a recuperação da indústria baiana. A federação coleta dados para definir em números o tamanho da expansão estimada para este ano.

O gerente executivo explicou que, mesmo havendo um descasamento na produção de matérias-primas na construção civil e na indústria plásticas, a situação dos estoques melhorou. A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que em abril o setor fabril encerrou o mês com estoques próximos do desejado pelas empresas. O cenário na Bahia é semelhante.

Ocorrido em janeiro, o fim das atividades da montadora vai reduzir em cerca de 5% o montante produzido pela indústria de transformação baiana. “A perda da Ford vai afetar o PIB baiano em 1,3% em 2021”, confirma Verhine, esclarecendo que este dado se refere a toda atividade econômica como um todo, não apenas a indústria.

Por outro lado, o executivo identifica reações positivas em dois setores no ano. A indústria química teve expansão de 11,3% no primeiro trimestre de 2021, frente ao mesmo período do ano passado. Em couros e calçados, a alta ficou em 16,3%.

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