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Em terceiro dia de ocupação na Câmara, professores e servidores pressionam vereadores

Em terceiro dia de ocupação na Câmara, professores e servidores pressionam vereadores

A sessão da Câmara Municipal de Camaçari desta quinta-feira (11) foi suspensa aos 15 minutos por conta de manifestação do Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec) e do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Camaçari (Sindsec). Após dialogar com os manifestantes, o vereador Flávio Matos (União) optou por encerrar a sessão.

As categorias estão ocupando a Casa Legislativa desde terça-feira (9), quando foi iniciada uma paralisação [relembre aqui] para reivindicar o reajuste salarial linear e melhores condições de trabalho.

De acordo com a presidente do Sispec, Sara Santiago, a decisão pela ocupação da Câmara se deu após tentativas malsucedidas de negociação com o governo.

“A paralisação poderia ter sido evitada pelo prefeito, a paralisação foi decidida em assembleia realizada no mês de janeiro, enviamos o ofício pedindo uma mesa para ele, e ele alega que só recebeu o ofício junto com o aviso de paralisação, mas a nossa parte nós fizemos. Tentamos de tudo e fomos ignorados. Por isso estamos aqui na Câmara, e não podemos continuar sendo invisibilizados. São sete anos sem reajuste linear e nem perspectiva de negociação”, relatou.

O presidente do Sindsec, Edmilson das Dores, destacou a importância dos servidores para o município.

“Os governos passam, os políticos passam, e quem ficam são os servidores, a história do município somos nós, servidores. Nosso movimento não é de cunho partidário, é um movimento trabalhista. Nós queremos ser respeitados e ter nossos direitos garantidos”, disse.

Líder do governo na Câmara, o vereador Júnior Borges (União) afirmou que as manifestações são legítimas, mas deveriam ocorrer na Prefeitura.

“Toda manifestação é legítima, até porque a nossa Constituição garante as manifestações. As manifestações, elas têm que ser respeitadas. O que, na verdade, está acontecendo hoje é que o objeto não deve ser discutido na Casa. A manifestação é legítima, mas está no lugar errado, ela deve ocorrer na Prefeitura. Essa Casa vai receber todas as demandas, e prontamente vão ser colocadas para apreciação e votação de maneira urgente, mas o problema é que nós não temos nada do governo para votar”, declarou.

Na avaliação do vereador Tagner Cerqueira (PT), a Câmara é essencial para intermediar as negociações das categorias com o Executivo.

“É uma vergonha, enquanto vereador dessa cidade, ouvir que o prefeito disse que não conversa com o movimento dos servidores porque veio para a Câmara. Elinaldo foi vereador, e tudo o que ele queria discutir, ele discutia via Câmara. Aqui é a casa do povo, então a discussão tem que ser aqui. A Câmara tem autonomia, tem que conversar, e os servidores querem uma posição do município, e precisaram ocupar esta Casa para chamar atenção”, pontuou.

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