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Bolsonaro sobre Jair Renan: 'Vive com a mãe. Não sei se está certo ou está errado'

Bolsonaro sobre Jair Renan: 'Vive com a mãe. Não sei se está certo ou está errado'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (13) não saber se seu filho Jair Renan "está certo ou errado".

"Tem a vida dele, não sei se está certo ou está errado, peço a Deus que o proteja", disse o chefe do Executivo a evangélicos no Palácio da Alvorada.

"O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim", afirmou.

O filho "Zero Quatro" do presidente é investigado por supostamente usar o acesso ao Planalto para obter benefícios pessoais, o que seria tráfico de influência. Um inquérito no Ministério Público Federal o investiga desde março do ano passado por suspeita também de lavagem de dinheiro, além do tráfico de influência. Ele nega.

Segundo a Folha de S. Paulo, há relatos nos bastidores de que Jair Renan e a primeira-dama, Michelle, não se dão bem. Mesmo tendo se distanciado do filho, o presidente minimizou o caso apurado e afirmou que o pedido de abertura de inquérito contra ele partiu de deputados de oposição.

"A gente apanha o tempo todo", disse o presidente. "Pega uma ida dele (Jair Renan) ao ministério, daí tinha um grupo lá de pessoas tentando vender, vender é jeito de falar, projeto de novos tipos de carros popular. E daí foi suficiente para falar em tráfico de influência", acrescentou.

O caso sob investigação começou com uma doação de um carro elétrico de cerca de R$ 90 mil por empresas do Espírito Santo a um projeto parceiro da empresa de Jair Renan, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. A empresa e o projeto MOB, do ex-personal trainerl de Jair Renan, Allan Lucena, inauguraram em outubro de 2020 o Camarote 311, empreendimento no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O carro foi doado pelos grupos WK, de propriedade de Wellington Leite, e Gramazini Granitos e Mármores Thomazini. A logo dos dois grupos foi colocada na decoração da parede de entrada do escritório de Jair Renan.

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    Bolsonaro chegou por volta das 9h à sede do Poder Executivo, local que não frequentava desde o dia 3 de novembro, quando teve um breve encontro, a portas fechadas, com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

    A última agenda oficial do presidente no Palácio do Planalto foi no dia 31 de outubro, uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dia após o segundo turno da eleição presidencial.

    Derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito, Bolsonaro ainda não reconheceu publicamente a derrota para o petista.

    No dia 1º de novembro, o presidente convocou a imprensa para um pronunciamento no Palácio da Alvorada. Sem responder a perguntas de jornalistas, Bolsonaro afirmou somente que continuará cumprindo a Constituição Federal.

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    O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez nesta terça-feira (1º), dois dias após o resultado do segundo turno das eleições, o primeiro discurso após perder a eleição. O presidente fez um pronunciamento curto em que agradeceu os votos que recebeu e disse que continuará cumprindo a Constituição.

    Ele disse também que "manifestações pacíficas são bem-vindas" e criticou ocupações.

    "Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populaes são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como ionvasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou o presidente.
    Bolsonaro discordou de ser rotulado de antidemocrático e disse que sempre jogou "dentro das quatro linhas da Constituição".

    "Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", continuou.

    O resultado das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57 de domingo, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela hora, Lula, tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17% de votos válidos.

    Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.

    Movimentação no Alvorada
    A primeira fala pública de Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições foi antecedida de uma intensa movimentação no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República onde o presidente se fechou nos últimos dias.

    No início da tarde, carros de vários ministérios chegaram ao local levando os ministros escalados para compor o "cenário" da declaração de Bolsonaro.

    A TV Globo e o g1 contabilizaram "comitivas" dos ministérios de Justiça e Segurança Pública, Ciência e Tecnologia, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Cidadania, Economia, Direitos Humanos, Trabalho, Relações Exteriores, Casa Civil, Agricultura e Saúde.

    Os carros passaram direto pela portaria e, por isso, não era possível saber se as áreas eram representadas por ministros ou por secretários.

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve no Alvorada, mas deixou o prédio antes do pronunciamento de Bolsonaro.

    Reconhecimento da derrota
    Tradicionalmente, candidatos derrotados ligam para o adversário e fazem uma declaração pública reconhecendo a vitória do oponente.

    Em 2018, por exemplo, o então candidato do PT Fernando Haddad reconheceu a vitória de Bolsonaro ainda no domingo à noite.

    Em 2002, quando Lula obteve a primeira vitória na disputa presidencial, o então adversário dele no segundo turno, José Serra (PSDB), telefonou para o petista e reconheceu a derrota.

    Durante discurso a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, Lula contou que não havia recebido telefonema de Jair Bolsonaro.

    "Vocês sabem que a gente vai ter que ter um governo para conversar com muita gente que está com raiva. Em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado para mim reconhecendo a derrota. Ele, até agora, não ligou, não sei se vai ligar e não sei se vai reconhecer", disse.

    Assim que o TSE declarou a vitória de Lula sobre Bolsonaro, diversos líderes mundiais reconheceram a vitória do petista, entre os quais: Joe Biden (Estados Unidos), Rishi Sunak (Reino Unido), Alberto Fernández (Argentina), Vladimir Putin (Rússia), Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal), Olaf Scholz (Alemanha) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia).

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    A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais na tarde desta segunda-feira para compartilhar um salmo e explicar a razão de não ser seguida pelo marido. Em story do Instagram, ela afirmou que o casal segue unido. Essa é a primeira manifestação da família do presidente Jair Bolsonaro após a derrota do candidato à reeleição neste domingo.

    "Eu e meu esposo seguimos firmes e unidos, crendo em Deus e crendo no melhor para o Brasil. Estaremos sempre juntos, nos amando 'na alegria e na tristeza'. Que Deus abençoe a nossa amada nação", escreveu a primeira-dama.

    No início da tarde desta segunda-feira, Michelle havia compartilhado uma fala religiosa sobre as nações. "Salmos 117. Louvai ao Senhor todas as nações, louvai-o todos os povos. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor", disse no Instagram.

    Nesta manhã, repercutiu nas redes sociais o fato de Jair Bolsonaro não estar entre os 1,9 mil perfis seguidos pela primeira-dama no Instagram. E apesar de haver diversos registros no perfil de Michelle com a presença de Bolsonaro, e com referências à sua campanha, o presidente não está marcado em nenhuma de suas publicações mais recentes. Michelle também não consta entre os 550 perfis seguidos por Bolsonaro.

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