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Líder de facção do Recôncavo está entre presos em operação da PF na Bahia

Líder de facção do Recôncavo está entre presos em operação da PF na Bahia

Três mandados de prisão foram cumpridos nesta segunda-feira (26) em Salvador, São Félix e Camaçari em uma operação da Polícia Federal contra uma quadrilha acusada de ataques a bancos e comércios na Bahia. Ao todo, oito mandados foram expedidos, mas um dos alvos, em Terra Nova, já está morto, reduzindo para sete. Entre os presos, está um homem apontado como líder de uma facção que atua no Recôncavo baiano.

O delegado Eduardo Badaró diz que as investigações ainda estão em andamento. "Mas as principais lideranças estão com mandado de prisão. Estamos buscando outros integrantes", afirma. Segundo ele, a ação policial frustrou planos de novos crimes que já estavam em andamento. "Temos conhecimentos dos fatos criminosos praticados por eles, de planos futuros, que com certeza frustramos, de ataques a outras agências bancárias. Essa operação serve também para isso, para impedir novos ataques", diz. Um ataque contra agências em Muritiba já estava com planejando bem avançado, acrescenta o delegado.

O envolvimento em roubo a bancos dá prestígio aos bandidos, segundo o delegado, e eles acabam subindo na hierarquia do crime. "Um desses presos é uma liderança de uma facção criminosa no Recôncavo baiano", diz. "Pelo prestígio desses criminosos, eles acabam virando chefe de facções. Entendemos que o combate ao assalto a banco diretamente também reflete na criminalidade local, do dia a dia", acrescenta.

Na ação, foram apreendidos dois cartuchos de emulsão explosiva. dois seguimentos de estopim, duas espoletas e um seguimento de cordel detonante, material que seria usado pelos bandidos em novos ataques.

Investigações
As investigações começaram há três meses, quando policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio da Polícia Federal (Delepat) tiveram informações que um grupo criminoso se preparava para atacar a agência do Banco do Brasil da cidade de Salinas da Margarida.

Durante as investigações foi possível coletar provas da atuação do bando em vários crimes em Salvador e no interior. A quadrilha agia sempre com muita violência, diz a PF, promovendo terror à população da cidade atacada. Os bandidos costumavam capturar trabalhadores de comércios próximos ou transeuntes para serem usados de escudo humano em eventual troca de tiros com a Polícia Militar.

No período das investigações a equipe de inteligência obteve informações de duas pessoas que morreram atingidas por disparos dos bandidos durante assaltos.

Dentre as ações criminosas praticadas pelo grupo constam explosões a cofres de agências bancárias, lotéricas e postos de gasolina, roubo de lojas e pousadas, e tentativa de sequestro, este último evitado por equipes envolvidas na investigação.

A ação mais recente ocorreu no dia sete desse mês na cidade de Terra Nova, onde a organização criminosa tentou roubar, usando explosivos, o terminal da Caixa Econômica Federal. Esse ataque foi frustrado pelas equipes policiais, com apreensão de armas, explosivos e um veículo roubado.

Os investigados responderão pelo crime de integrar organização criminosa com pena de prisão de 3 a 8 anos, assim como por cada fato ilícito individualmente praticado, a exemplo do roubo qualificado cuja pena isoladamente pode chegar a 16 anos.

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