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Justiça nega pedido para adiar o Enem por conta da pandemia

Justiça nega pedido para adiar o Enem por conta da pandemia

A Justiça Federal em São Paulo negou pedido para adiar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. As datas das provas, 17 e 24 de janeiro, na versão impessa, estão mantidas. A decisão diz ainda que caso uma cidade esteja com risco elevado de contágio, prejudicando a circulação de pessoas, caberá às autoridades locais impedir a realização da prova. O Inep, responsável pelo exame, deverá reaplicar a prova depois, nesse caso. A decisão é da juíza Marisa Claudia Gonçalvez Cucio, da 12ª Vara Cível Federal de SP.

A realização do Enem 2020 colocará 5,78 milhões de candidatos em circulação em todo país. A prova acontecerá em 14 mil locais, com 205 mil salas espalhadas pelo Brasil. O exame já foi adiado uma vez, por conta da pandemia. Ele aconteceria originalmente em novembro, mas com o aumento dos casos as autoridades resolveram adiar para janeiro. Agora, entidades estudantis voltam a pedir uma nova data, com o novo crescimento do número de casos.

O texto da decisão cita que a pandemia varia em cada região do país e que fica a cargo das autoridades sanitárias locais decidirem se há segurança para a realização da prova.

"A situação da pandemia em uma cidade pode ser mais ou menos grave do que em outra e as peculiaridades regionais ou municipais devem ser analisadas caso a caso, cabendo a decisão às autoridades sanitárias locais, que podem e devem interferir na aplicação das provas do Enem se nessas localizações específicas sua realização implicar em um risco efetivo de aumento de casos da Covid-19", diz um trecho da decisão.

A decisão considera ainda que as medidas adotadas pelo Inep "são adequadas" para realização da prova. "Entendo que as medidas adotadas pelo Inep para neutralizar ou minimizar o contágio pelo coronavírus são adequadas para viabilizar a realização das provas nas datas previstas, sem deixar de confiar na responsabilidade do cuidado individual de cada participante e nas autoridades sanitárias locais que definirão a necessidade de restrição de circulação de pessoas, caso necessário.", diz o documento.

Assim, na avaliação da juíza, a decisão deve ser tomada de maneira mais local. "Se o risco maior de contágio em determinado município ou localidade venha a justificar eventuais restrições mais severas de mobilidade social ou mesmo de “lockdown” por parte das autoridades sanitárias locais ou regionais, que impeçam a realização de provas, ficará o Inep obrigado à reaplicação do exame diante da situação específica".

Na última sexta (7), a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento do Enem, por conta do aumento no número de casos no Brasil. A ação é com conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.

 

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    De acordo com os depoimentos dos amigos de Daniel Alves, o grupo se reuniu desde o meio da tarde no restaurante Taberna del Clínic. No início da madrugada, foram para o bar Nuba e só depois tomaram o caminho da boate Sutton. De acordo com Bruno Brasil, amigo que estava com o lateral-direito na discoteca, o jogador "foi o que mais bebeu".

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    De acordo com a imprensa espanhola, alegar embriaguez faz parte da estratégia da equipe de defesa de Daniel Alves para tentar um atenuante de pena, em caso de condenação.

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    Diante dos juízes nesta terça, Bruno Brasil afirmou que o grupo de amigos deixou a boate "sem motivo especial". No entanto, a promotoria rebateu, alegando que, em depoimento anterior, ele havia dito que o jogador tinha ido ao banheiro, onde teria acontecido o crime, porque estava mal da barriga e por isso foram embora. Bruno, que depôs em português, respondeu que teve que falar em espanhol na ocasião e que não ficou muito claro. Ele garantiu que o lateral não falou por que tinha ido ao banheiro.

    - Quando ele (Daniel Alves) saiu do banheiro, eu estava com a prima (da denunciante). Estávamos pegando contato um do outro. Ele saiu do banheiro, ficou do meu lado e seguiu dançando, na mesma sala. Ela saiu, falou com todo mundo, se despediu de mim, a prima também e foram embora. Eu não lembro o tempo que levou entre a saída dela e a despedida após o banheiro. O tempo não lembro, mas ainda seguimos lá dentro por um tempo. Já era tarde, já tínhamos bebido muito e por isso fomos embora - disse o amigo do jogador.

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    As inscrições para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) serão abertas nesta sexta-feira (19). Os interessados podem se inscrever até 9 de fevereiro, utilizando a conta Gov.br. O certame, que vem sendo chamado de ‘Enem dos concursos’, será uma inovação na administração pública e vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais.

    O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) estima que o certame receba de dois a três milhões de inscritos. A prova será realizada no dia 5 de maio e contará com avaliações objetivas específicas e dissertativas por área de atuação.

    Para se inscrever, o candidato deve acessar a página do Gov.Br [aqui]. Em seguida, é necessário fazer o login e seguir as orientações indicadas. No momento da inscrição, o candidato faz a escolha pelas carreiras, que estarão divididas em oito blocos temáticos. Cada bloco reúne as carreiras que possuem semelhanças entre si.

    O CPNU permitirá a inscrição para a disputa por vagas para mais de um cargo, desde que dentro do mesmo bloco temático. Uma das vantagens é que o candidato pagará uma taxa de inscrição única. Ao concorrer a mais de um cargo, o candidato deverá classificar as vagas de interesse por ordem de preferência para definir a prioridade em uma possível chamada, baseada na nota alcançada.

    “As inscrições devem feitas pelo próprio candidato e apenas pelo aplicativo Gov.br. Não há outro caminho. O modelo de inscrição por blocos temáticos amplia a possibilidade de escolha, de acordo com a vocação e o perfil profissional de cada candidato. Nossa proposta é organizar a prova por especialidades que não sejam totalmente típicas de uma carreira ou de um órgão específico, mas que digam respeito a similaridades que essas áreas tenham em comum. O objetivo é ampliar o acesso a essas vagas”, explicou José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do MGI.

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