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Forró é declarado patrimônio imaterial brasileiro pelo Iphan

Forró é declarado patrimônio imaterial brasileiro pelo Iphan

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, nesta quinta-feira (9), declarar o forró como patrimônio imaterial brasileiro por unanimidade. A definição ocorreu em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero. O processo foi aberto em 2011.

De acordo com o órgão, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

"Manifesto-me plenamente favorável ao registro pelo Iphan das matrizes tradicionais do forró, munidas das formas de expressão com abrangência nacional", afirmou a relatora do processo na entidade, Maria Cecília Londres Fonseca.

O reconhecimento do forró como patrimônio imaterial do Brasil acontece a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Gonzagão nasceu em 13 de dezembro de 1912.

Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o supergênero musical.

Em seguida, também houve pesquisa nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a identificação de festivais sobre a expressão musical.

De acordo com a relatora do processo no conselho do Iphan, Maria Cecília Londres Fonseca, "a pesquisa aponta que a primeira menção à palavra forró foi localizada em um jornal amazonense de 1914, referiu-se a seringueiros cearenses possivelmente em suas atividades festivas".

Segundo a relatora, a pesquisa também identificou que o mais provável é que a palavra forró venha do termo forrobodó. O termo já era utilizado em dicionários desde o fim do século XIX como atendendo a práticas pejorativas.

Início do processo
O pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do forró foi encaminhado ao Iphan pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba. Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011. Segundo Maria Cecília Londres Fonseca, esse pedido foi antecedido por intensa mobilização de diferentes atores.

No início, o forró ocorria como uma criação artística relativa ao universo do homem sertanejo. A primeira gravação com o termo "forró", conforme a pesquisa do Iphan, foi feita em 1937 pelos músicos Xerém e Manoel Queiroz, intitulada "Forró na roça".

Mas foi Luiz Gonzaga o principal divulgador e representante do forró em todo o País. No começo de tudo, o gênero musical era tocado com três instrumentos apenas: a sanfona, o zabumba e o triângulo. Em seguida, outros instrumentos foram acrescentados à musicalidade, como o pandeiro, a guitarra e a bateria.

 

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    O ano de 2023 representou um marco para a história de Camaçari, pois, pela primeira vez, o município recebeu a passagem do fogo simbólico em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, integrando o roteiro do Recôncavo Norte. O evento, realizado em julho, reuniu atletas, atrações culturais e ato cívico, sendo um reconhecimento à participação das pessoas que viviam nas batalhas e lutaram contra a invasão da Coroa portuguesa e pela libertação do povo brasileiro.

    Editais – O lançamento dos comunicados são uma das prioridades da Secult para o fomento das iniciativas artísticas no município e valorização dos agentes culturais. Em maio, foi aberta a 2ª edição do edital de credenciamento Cidade Cultural, que possibilita a artistas e grupos estarem aptos a realizar apresentações em equipamentos e eventos da prefeitura.

    Em agosto, foi lançada a 2ª edição do edital Evandro Amaro, voltado para fanfarras, bandas marciais, filarmônicas e orquestras com o desenvolvimento de educação musical nas escolas municipais, equipamentos culturais e associações. A iniciativa selecionou dez projetos, totalizando R$ 1 milhão em investimentos.

    Até novembro, estavam abertas as inscrições para o edital Oficineiros, credenciamento para formação de um banco de profissionais com experiência técnica na área cultural para oferta de capacitação em atividades culturais como instrutores.

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    De volta ao calendário de eventos, a Feira Pôr do Sol foi promovida em janeiro em Guarajuba e Arembepe, e, entre os atrativos, contou com apresentações artísticas promovidas pela secretaria. Em 2 de fevereiro, aconteceu o cortejo ao Dia de Iemanjá; em março, o Sarau Cultural comemorando o Dia Nacional do Poeta; e em abril, foi realizado, em Vila de Abrantes, o espetáculo A Paixão de Cristo, momento especial que reuniu centenas de pessoas em celebração à Semana Santa.

    Durante os festejos juninos, a tradicional Vila da Cultura contou com ampla programação no Espaço Camaçari 2000, com 20 atrações musicais, além do Festival de Quadrilhas Juninas, exposição e espaços especiais. Em setembro, os desfiles cívicos – em comemoração à Independência do Brasil e aos 265 anos de emancipação política de Camaçari, realizados nos dias 7, 16, 24 e 28 – contaram com ampla participação da Secult, através da animação de oito bandas marciais e fanfarras, e 25 grupos culturais, além de alunos dos equipamentos geridos pela pasta.

    Ao longo de 2023, o Teatro Cidade do Saber (TCS) foi palco para 76 eventos culturais, com destaque para os concertos das orquestras Caraípa e Juvenil de Camaçari (OJUCA); a 16ª edição do Festival Nacional de Dança – Ballace, evento que se consolida como uma das mais importantes mostras competitivas de dança do país; e espetáculos de comédia e shows musicais. Além disso, o espaço recebeu duas exposições artísticas, 36 atividades institucionais e 27 particulares. Durante o ano, o equipamento contou com 68.240 espectadores.

    Já o Teatro Alberto Martins (TAM) atendeu 99 solicitações de eventos, como ações institucionais e educacionais, além de 17 atividades artísticas. Entre os destaques estão aulões de zumba e os eventos Alberto ao Reggae e Alberto InCena, todos promovidos pela Secult, e ainda espetáculos, como dos comediantes João Pimenta e Tiago Souza, e o show Covers de Sábado à Noite. Ao todo, foram mais de 5.851 espectadores.

    Cursos e oficinas – Entre as ações contínuas da Secult está a oferta de cursos e oficinas culturais e esportivas em diferentes equipamentos. Este ano, foram atendidos 5.202 alunos na Cidade do Saber, Pracinhas da Cultura, Barracão Cultural Idalva Alves de Souza, em Arembepe, e centros culturais Vila de Abrantes e Barra do Pojuca. Neste último, além dos cursos ofertados pela pasta, 60 crianças e adolescentes foram contemplados através do projeto Tocar & Encantar, com aulas de violão e flauta doce.

    Em 2023, a secretaria adotou como tema anual: "Juntos por uma educação cultural, inclusiva e plural". A temática foi trabalhada pelos professores nas aulas e norteou as demais ações da Secult.

    Subprogramas – Gerido através do subprograma Camaçari nos Trilhos da Memória, o Museu de Camassary já recebeu 3.200 visitas espontâneas, além das visitas de grupos, sobretudo de instituições escolares. O equipamento tem divulgado a história e o patrimônio cultural do município, além de abrigar exposições como Mulheres - Histórias Cotidianas, Camassary Tradições Indígenas e 1 Ano de Muita História.

    Por meio do subprograma Camaçari Tem Cena, inúmeras ações foram promovidas, como os projetos Cine em Cena, Das Telas às Imagens - Identidade Cultural Por Cada Um de Nós, Café Concerto, Sexta da Música e Vozes Negras, além de uma programação especial em celebração ao Abril da Dança, e oficina de xilogravura.

    Através do subprograma Vamos Ler Camaçari, a Biblioteca Pública Municipal Jorge Amado foi reaberta em novo local. O equipamento, anteriormente situado no complexo Cidade do Saber, passou a funcionar na Praça Abrantes, onde antes abrigava a Biblioteca Infantojuvenil, local que recebeu obras de requalificação para ofertar melhor serviço ao público. Também foi promovida a Semana Monteiro Lobato, o evento BA x VI da Literatura Infantil, celebração ao Dia do Folclore, atividades da Semana das Crianças, e o Projeto Conte Sua História.

    Por meio do subprograma Camaçari Nova Cultura, foi realizada a reformulação do Portal da Secult, que ganhou novo layout (disposição dos elementos visuais na página) e mais funcionalidades, aproximando ainda mais a população dos serviços da pasta, melhorando a acessibilidade e dando mais transparência às informações. O Mapa Cultural de Camaçari também foi remodelado, tendo novo layout mais intuitivo para facilitar o acesso e a usabilidade.

    O Laboratório de Tecnologia de Camaçari (LABTEC) realizou oficina de Robótica com Lego, e minicursos de Modelagem e Impressão 3D, totalizando 55 alunos, além de promover palestra sobre energias renováveis e exposição de projetos maker, atingindo 2.710 pessoas. Em 2023, o Museu de Ciência e Tecnologia UNICA - Universo da Criança e do Adolescente, recebeu 2.413 visitantes, o que significa um aumento de 31% em relação a 2022.

    Demais ações – Em outubro de 2023, foi realizada a VI Conferência Municipal de Cultura de Camaçari, que teve como tema: "Democracia e Direito à Cultura em Camaçari" e reuniu agentes culturais e cidadãos interessados em discutir a temática, além de eleger os delegados que representaram o município nas conferências Territorial e Estadual de Cultura da Bahia.

    Para fomentar a prática de atividades culturais, a Secult realizou a entrega de kits de fardamento para alunos de balé clássico, balé que dança, futsal e violino desenvolvidos entre a Pracinhas da Cultura e os centros culturais Barra do Pojuca e Vila de Abrantes.

    Promovendo a descentralização das ações, o Projeto Secult Itinerante levou serviços da pasta para Vila de Abrantes, Barra do Pojuca e Arembepe. Em 2023, a secretaria foi destaque de boas práticas culturais no Território Metropolitano de Salvador (TMS). O município pôde apresentar os indicadores positivos durante o Encontro de Dirigentes Municipais de Cultura do TMS, realizado na cidade de São Francisco do Conde, em agosto.

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