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Bahia negocia com uma fábrica de carros elétricos para se instalar no local da Ford

Bahia negocia com uma fábrica de carros elétricos para se instalar no local da Ford

Após o governador Rui Costa anunciar que estava com negociações avançadas para para atrair uma fábrica de carros a ser instalada no site da Ford no Polo Industrial de Camaçari, o Bahia Econômica apurou com exclusividade que a empresa que negocia com o governo é uma das maiores fábricas de carros elétricos do mundo.

Trata-se da BYD, um gigante empresarial chinês, que atua em várias áreas e é o maior fabricante de carros elétricos da China. A BYD já é conhecida na Bahia, pois é responsável pela construção e operação do VLT do Subúrbio, o novo sistema de transporte sobre monotrilho que ligará a região do Comércio, em Salvador, até a ilha de São João, no município de Simões Filho, possuindo com o Estado um contrato de R$ 1,5 bilhão.

A BYD havia inicialmente manifestado interesse em comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP), mas o negócio não avançou e a empresa ampliou as negociações com o governo da Bahia para se instalar em uma parte do complexo industrial da Ford para montar uma fábrica de automovéis.

A empresa já tem uma fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos e outra de módulos fotovoltaicos em Campinas (SP). E iniciou em 2020 a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio. Recentemente começou a importar automóveis para vender no Brasil e já é a 5ª maior vendedora de carros elétricos no país.

Inicialmente a ideia seria a montagem ou produção do Tan EV, o primeiro SUV elétrico vendido no Brasil, e também do Han Ev um sedan 100% elétrico, ambos na faixa dos 500 mil reais.

As negociações entre a empresa e o governo do Estado estão avançando, mas guardadas a sete chaves e centralizadas no gabinete do governador. Como não existe mais o regime automotivo de incentivos, um dos motivos que fez a Ford se instalar na Bahia, as negociações são mais difíceis e envolvem não apenas os incentivos da Sudene e da DesenBahia, mas também uma participação maior do Estado, incluindo a Fieb, através da Cimatec.

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