Garantir a inclusão social através da extensão da oferta do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para todos os alunos das turmas onde há estudantes surdos. Foi com esse objetivo que a Secretaria da Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Inclusão Educacional, iniciou nesta quarta-feira (18/5), a Oficina “Libra em Sala”.
De acordo com a secretária da Educação, Neurilene Martins, a concepção de ações dessa natureza parte da percepção das necessidades reais dos alunos da rede. “A educação é para todos, como estabelece a Constituição Federal. A Oficina Libras em Sala existe nessa perspectiva e, por isso, passa a compor o conjunto de iniciativas exitosas concebidas pela inteligência da rede, no sentido de garantir a inclusão efetiva dos nossos alunos”.
A primeira unidade contemplada foi a Escola Municipal Santa Maria, mais especificamente a turma do 4º ano, da qual a estudante surda Angélica Bastos, de 12 anos, faz parte. Com a intermediação da professora Roseli Cruz, que ministra a oficina, a aluna manifestou sua alegria em ver a turma mobilizada para aprender Libras e interagir melhor com ela. “Estou gostando de aprender cada vez mais a Língua Brasileira de Sinais e muito feliz porque meus colegas vão aprender também”, disse Angélica.
Uma das colegas mais próximas de Angélica é a aluna Samilly Suelen Silva, 10 anos. “Eu ainda não sei muito de Libras, mas a gente já consegue se entender. Agora só vai melhorar. Ela é legal, engraçada e muito importante pra mim”, descreveu. O sentimento de união é compartilhado com os demais estudantes, como demonstra o aluno Breno Silva, 9 anos. “É uma experiência muito importante, além de ser um aprendizado muito útil. Todos nós sempre protegemos e cuidamos da nossa colega Angélica”, afirmou.
Roseli Cruz explica que essa é a estreia de uma iniciativa que será contínua e estendida progressivamente para as demais turmas onde há estudantes surdos em todas as escolas da rede pública municipal. “Já definimos a data e o local da próxima oficina. No dia 31 de maio, estaremos com uma turma do 8º ano da Escola Municipal Denise Tavares”, revelou.
A professora também conduz as visitas técnicas para diagnóstico de aprendizagem nas escolas e encaminha os alunos surdos tanto para o Centro de Referência à Inclusão Escolar (Crie), onde aprendem e aperfeiçoam o uso da Libras com a professora Izabel Vasconcelos, quanto para a sala multifuncional da Escola Municipal Professora Ilda Leal Ulm da Silva – Caic, onde há o ensino de português como segunda língua para os surdos, com aulas conduzidas pela professora de Português e Libras, Gessivalda Costa.