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Rui fala em 50% da população vacinada até o meio do ano

Rui fala em 50% da população vacinada até o meio do ano

O governador Rui Costa afirmou que em uma previsão "muito otimista", 50% da população do estado poderá estar vacinada no meio do ano. Em entrevista à TV Record, Rui falou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite que estados e municípios comprem vacinadas aprovadas em outros países, afirmando que está negociando com laboratórios.

Ele foi questionado sobre a velocidade que se poderá vacinar a população. "Isso tudo vai depender... Se ficasse dependendo do ritmo apenas do ministério, trabalhando com duas vacinas, poderia dizer que eu não acreditaria, como não acreditei naquele cronograma apresentado", disse o governador "Já na primeira entrega não cumpriu o cronograma. Agora, com essa possibilidade de utilizar outras vacinas, que já estão aprovadas no mundo inteiro, somente a Anvisa achava que não deviam ser utilizadas, aí sim. A gente abre o leque", ressaltou, citando vacinas que ainda não estão no país, como a da Moderna.

O governdor voltou a criticar a Anvisa, agência que regula as vacinas no país, pelo que considera uma lentidão prejudicial. "Com essa decisão, me animo mais para que a gente consiga uma celeridade maior na vacinação. Não necessariamente por quem vai comprar, mas pela situação do STF de acabar com a posição de refém que o povo brasileiro estava da Anvisa. Anvisa insensível assistindo à morte dos brasileiros sem fazer nada. A decisão do STF libertou o Brasil da Anvisa e podemos correr atrás de outras opções de vacinas".

A demora para liberar e correr atrás das vacinas cobrou um preço, pois agora muitos imunizantes não estão mais disponíveis, diz Rui. "Se eu tivesse que fazer uma previsão muito otimista é de chegar no meio do ano, junho ou julho, alcançando 50% (de imunizados). Essa seria uma visão muito otimista. Não é fácil, porque nesses contatos que estou fazendo, com os laboratórios... Todo mundo está dizendo, 'Essas vacinas estavam disponíveis, mas ninguém deixou trancada esperando um belo dia que o Brasil resolvesse comprar'. Essas vacinas foram vendidas para vários países. É o que a vacina russa nos afirmou. Mais de 30 países estão desesperados desde novembro, dezembro, comprando e pedindo a vacina. Nós oferecemos 10 milhões ao Brasil no início de janeiro com prazo de 60 dias para chegar todos os lotes. E agora em fevereiro que vamos correr atrás porque o governo não contratou e a Anvisa não tinha liberado. Vamos correr atrás do prejuízo", garantiu.

Rui falou também do toque de recolher, que segue até o início da próxima semana. "Se todos colaborarem, talvez a gente não precise fazer fechamento total. Se até sábado não conseguirmos resultado, aí teremos sim que anunciar (próximas medidas)", afirmou o governador.

Sobre a volta às aulas, que acontece de maneira remota em 15 de março, Rui falou que serão usados três maneiras para o aprendizado, com conteúdos na internet, na TV e material impresso fornecido aos alunos. "Nós faremos dois anos em um. Os alunos concluirão o ano letivo de 2020 e até dezembro farão o ano de 2021. É um esforço grande. Serão sempre o correspondente a seis dias de aula por semana. Só vai ter fogo em dia de domingo. A segunda etapa será modelo híbrido. Quando baixar a contaminação, vamos voltar com três dias presenciais, alternando. A terceira etapa, quando a vacinação estiver avançada, a gente volta 100% aula presencial", explicou.

 

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    Conforme o cronograma, todas as unidades começam a ser implantadas em junho de 2023. Duas delas devem estar concluídas em setembro de 2024, com início de operação em outubro. A terceira tem conclusão prevista para dezembro do mesmo ano, com início de operação em janeiro de 2025.

    Etapas

    A implantação de uma indústria química para processamento de lítio e ferro fosfato constitui, de acordo com o protocolo, a primeira fase do empreendimento. Esta unidade utilizará como insumos o lítio extraído no Brasil. A produção desta unidade será exportada para a China.

    Em paralelo com a indústria química, será implantada a fábrica de chassis para produção de ônibus e caminhões elétricos, sendo que a produção de ônibus elétrico será para abastecer o mercado das regiões Norte e Nordeste do Brasil. A produção de veículos de passeio elétricos e híbridos compreende a terceira fase do acordo. O protocolo prevê ainda que a BYD também analisará a viabilidade da importação de veículos acabados pelo porto de Salvador.

    Incentivos

    A contribuição do Estado da Bahia para viabilização do empreendimento inclui a concessão de incentivos fiscais até 31 de dezembro de 2032, de acordo com a legislação tributária estadual. Os benefícios baseiam-se na Lei nº 7.537/99 que institui o Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia (Proauto), e na Lei nº 7.980/2001 e Decreto n.º 8.205/2002, estaduais, que institui o Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica (Desenvolve).

    A implantação na Bahia de planta industrial dotada com a mais avançada tecnologia global do setor automotivo trará benefícios como o desenvolvimento social do Estado da Bahia, em decorrência do incremento da base produtiva e circulatória de bens, e a geração de novos empregos e renda.

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    Compromissos da BYD

    Entre as contrapartidas assumidas pela BYD estão a elaboração de um plano de negócios detalhado, que deverá ser aprovado pelo Estado. A empresa deverá promover o treinamento e a capacitação de mão de obra especializada, prioritariamente local, a ser aproveitada no processo fabril. Deverá ainda, a cada seis meses após a assinatura do protocolo e até a entrada em operação das unidades industriais, informar à Secretaria de Desenvolvimento Econômico sobre o estágio do empreendimento e a previsão de implantação.

    A BYD também deverá priorizar a contratação de empresas estabelecidas na Bahia para a realização das obras civis, contratação dos serviços e aquisição dos insumos necessários à implantação e operação do empreendimento, priorizando fornecedores locais e obrigando-se a disponibilizar a lista completa dos serviços a contratar e dos insumos a adquirir, o que contribuirá para o adensamento da cadeia produtiva dentro do estado.

    Outra contrapartida estabelecida é a adesão da empresa ao Projeto Estadual de Incentivo à Primeira Experiência Profissional - Estágio, Aprendizagem e Ocupação Formal (Projeto Primeiro Emprego).

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