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É hoje? "Rei", Medina pode ser campeão mundial neste sábado É hoje? "Rei", Medina pode ser campeão mundial neste sábado

É hoje? "Rei", Medina pode ser campeão mundial neste sábado

O pontinho amarelo na areia estava quase imperceptível, nesta sexta-feira, na praia de Pipeline. no Havaí. Depois de vencer a primeira bateria da última etapa do Mundial de Surfe, Gabriel Medina foi cercado por um mar, não de água, mas de fãs. Brasileiros de todos os cantos do país se empurravam para conseguir uma selfie com o ídolo. Alguns fizeram sacrifícios até maiores: "Gabriel, eu gastei toda a minha poupança para estar aqui!", gritou uma senhora, arrancando um sorriso do surfista.

Tanta fama assim não é nada comum para atletas que vivem do mar. Mas Gabriel Medina teve que se acostumar rapidamente. Aliás, caiu na graça do público desde que se tornou o mais forte candidato ao título mundial deste ano. A taça inédita para o Brasil, aliás, já pode ser conquistada neste sábado. Basta que Kelly Slater e Mick Fanning sejam eliminados. O americano disputará a repescagem e, se passar, surfará a terceira rodada, enquanto o australiano só entrará no mar pela terceira rodada. 

Padrasto e treinador de Gabriel, Charles é o principal responsável pela concentração e foco do filho. Os dois têm ficado blindados em casa, sem acesso a imprensa e até aos familiares. "A gente não ganhou nada ainda, só passou uma fase que o resultado ainda não muda. A partir de agora começa a troca, e conforme a gente vai passando, é a mesma blindagem. A gente só vai se dar por satisfeito a hora que anunciar o título", declarou o "mentor" de Medina.

De fato, o jogo ainda não está ganho, já que Mick Fanning e a lenda do surf, Kelly Slater, ainda podem alcançar o brasileiro. O australiano também venceu a bateria no primeiro round e se garantiu direto no terceiro. Já Kelly sofreu uma virada dolorida no finzinho da bateria e foi para a repescagem.

Se, assim que saiu do mar, o americano tirou, melancolicamente, a lycra do campeonato, Medina mal conseguiu ir para o vestiário, já que posava para inúmeras selfies com um sorriso de orelha a orelha. Para alguns ali, a assinatura do novato na camisa já ocupou até o lugar do careca do espaço. "Desse tamainho Medina? Você é o maior, seu autógrafo tem de ser gigante!", disse ele ao som de uma gargalhada de Gabriel.

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  • A lenda voltou! Spider joga Nick Diaz para escanteio, vence e cai no choro

    Anderson Silva não cai em provocações exageradas do americano, chuta sem medo com a recuperada perna esquerda e se emociona. Futuro é deixado em aberto.
    A agonia de ficar longe do que mais ama durou 398 dias. Dúvidas e questionamentos não deixaram Anderson Silva em paz desde a fratura na perna esquerda na revanche contra Chris Weidman, em 28 de dezembro de 2013. Mas tudo isso se transformou em energia e força para o esperado retorno ao octógono. Os fãs de MMA aguardaram um bom tempo e agora podem desfrutar: a lenda está de volta. O Spider teve pela frente o americano Nick Diaz na noite deste sábado em Las Vegas (madrugada no Brasil), na luta principal do UFC 183, e cumpriu seu papel com êxito. Precisou de cinco rounds, é verdade, mas saiu com a vitória.
    O brasileiro, que costuma tentar desestabilizar os adversários emocionalmente, experimentou o outro lado da moeda com Diaz e jogou as provocações e palhaçadas exageradas do rival para escanteio. Não teve medo de chutar com a recuperada perna esquerda e se sagrou vencedor por decisão unânime dos jurados (49 a 46, 50 a 45 e 50 a 45) após cinco rounds, em sua primeira luta a terminar na buzina final desde que bateu Demian Maia em 10 de abril de 2010. Na comemoração, o alívio, e Anderson caiu no choro, aos prantos. Foi o fim de um capítulo emocionante na história do maior nome das artes marciais mistas na atualidade.

    2015-02-01nickdiaz-andersonsilva
    - Eu não sei o que dizer. Obrigado, Deus, por me dar mais uma chance. Obrigado aos meus amigos e à minha família. Esse momento é muito importante para mim, para toda a minha família e para todos os brasileiros. Queria agradecer a todos vocês que estiveram aqui, a todos os brasileiros. Esse momento, para mim, é muito importante por conta de tudo o que sofri neste um ano. Achei que não ia voltar a lutar no começo. Queria agradecer ao Dr. Márcio Tannure, ao médico que me operou aqui, ao Dana White, ao Lorenzo Fertitta e a todo mundo que me apoiou até aqui - disse Anderson, emocionado, ao fim do duelo.
    O futuro de Anderson Silva é uma incógnita. Com mais 14 lutas no contrato com o UFC, ele está com 39 anos e vive recebendo pedidos da família para que se aposente. Se depender do público, ele ainda lutará por muitos anos.

    - Vou voltar para a minha família agora. Meu filho Kalyl pediu para eu parar de lutar. Então eu vou voltar para a minha casa para ficar com meus filhos e, não sei, talvez eu volte.
    O frio na barriga na hora da entrada de Anderson foi geral na MGM Grand Garden Arena, mesmo palco de quando ele quebrou a perna, 13 meses atrás. O suspense até que as luzes fossem ligadas, após a escuridão momentânea, contribuiu para o cenário. E ele caminhou aparentando a maior tranquilidade do mundo. Cantou sua clássica música "Ain't no sunshine" e cumprimentou todos da sua equipe. Subiu no octógono. Era chegado o momento, era para valer. Antes de começar, pediu proteção a Deus, apontando para o céu.
    Bem ao seu estilo, Nick Diaz começou a falar e a fazer provocações a Anderson logo de cara. O americano tentou entrar na mente do Spider e até se jogou no chão. Foi para a grade e chamou o brasileiro, que ficou parado. Foi apenas uma prévia do que faria no decorrer da luta.
    O ex-campeão soltou bons cruzados e acertou Diaz, que não esboçou reação. Nick jogou bons golpes. Anderson respondeu com chute baixo com a perna esquerda, aquela fraturada. E a torcida inteira passou a apoiá-lo. O brasileiro também fez as suas provocações. Ele encurralou Diaz e conectou bons jabs. Nick tentou um chute alto que pegou de raspão. A essa altura, o campeão dos pesos-meio-pesados, Jon Jones, e o desafiante número 1 dos pesos-penas, Conor McGregor, já estavam de pé na primeira fila. Jones, por sinal, praticamente trabalhou como instrutor de Anderson no combate, gritando dicas para Spider o tempo todo.
    As provocações continuaram no segundo round, e a torcida brasileira passou a xingar Diaz com palavrões. Focado, Anderson não deu brecha para o azar. Nick jogou chutes baixos, e Anderson respondeu com um direto e outro chute com a perna esquerda. Diaz jogou boa combinação e por pouco não levou uma cotovelada no contra-ataque. Anderson conectou um chutaço na barriga; na sequência, botou a mão na cabeça do americano e levou três diretos, mas não sentiu.
    PROVOCAÇÕES DE DIAZ NÃO SURTEM EFEITO
    No terceiro assalto, Anderson deu um pisão no joelho de Nick Diaz e emendou outro chute baixo com a esquerda. Foi para cima e conectou joelhadas, mais golpes de boxe. Nick, com o rosto parcialmente ensanguentado, cuspiu o protetor bucal e sem ele ficou até o fim do round, sem que o árbitro John McCarthy percebesse. Sem ter resultado nas provocações, o americano foi perdendo cada vez mais espaço na luta, enquanto Anderson ia soltando o jogo.
    - Eu estava dizendo: "Vamos lá. Me bata, venha apanhar um pouco". Eu vou falar o que falo, fazer o que faço. Esse foi um grande show. Esse é Anderson Silva - explicou Nick Diaz, que foi elogiado por Anderson, apesar das palhaçadas.
    - Nick é o melhor. Eu já estou aqui há muito tempo. É a primeira vez na minha vida que eu luto contra um cara mentalmente forte, que tem golpes e chutes potentes. Esse é um grande show para as pessoas. Ele é um bom show, eu também. Ele não é um cara mau. É apenas Nick Diaz.

    Os dois se movimentaram muito no começo do quarto round, e Diaz acertou bela combinação de boxe. Com a guarda baixa, Anderson saiu de vários golpes do americano. Nick foi no chute baixo e levou prejuízo no contra-ataque. O chute alto passou raspando o rosto dele. Diaz voltou a provocar e fez polichinelo no octógono. O ritmo do combate diminuiu, e o público ensaiou algumas vaias.

    Diaz deu a cara para Anderson bater no início do quinto assalto, dançou e foi vaiado. Anderson foi para cima no boxe, mas ficou na defesa. O americano deu leve balançada em Anderson com um cruzado de esquerda e levou um chute alto na cabeça como resposta. Nick se animou, mas foi para trás com um jab potente. O Spider jogou joelhada voadora e chute alto rodado, ambos passando perto. Nos momentos finais do duelo, o brasileiro não deu brecha para uma surpresa de Nick e, ao soar do gongo, saiu comemorando. Ele sabia o que estava por vir: a vitória que consagrou seu retorno ao MMA após 13 meses longe de seu habitat natural.

  • Ovacionado em pesagem, Anderson se emociona: "Essa é a minha vida"

    Spider bate peso, assim como Nick Diaz, e luta deste sábado está confirmada. John Lineker e Kelvin Gastelum ficam acima do limite de suas divisões na pesagem.
    Anderson Silva foi ovacionado pelo grande público brasileiro presente na pesagem do UFC 183, na tarde desta sexta-feira em Las Vegas (noite no Brasil). O Spider cumpriu sua obrigação, bateu o peso dos médios no limite para lutas em que não há cinturão em jogo (84,4kg) e confirmou o duelo contra Nick Diaz, que marcou 83,9kg. O ex-campeão da categoria contou com o apoio dos torcedores, que o embalaram aos gritos de "O campeão voltou!", e subiu na balança com os olhos aparentemente marejados.
    - Estou muito feliz. Quebrei minha perna um ano atrás, e minha família disse para eu não voltar. Mas essa é a minha vida. Amanhã vou lutar e fazer um grande combate para todo mundo aqui. obrigado a todos, quero agradecer a todos vocês - disse o brasileiro.
    Nick Diaz, outro queridinho dos fãs, também foi bastante aplaudido, mas ouviu o famoso "Uh! Vai morrer!". Após se pesarem, os dois fizeram uma encarada tranquila, assim como todas as anteriores entre eles, com direito até a um abraço antes de deixarem o palco.
    O ponto negativo da pesagem do lado verde-amarelo foi a nova falha de John Lineker na missão de bater peso. Ele marcou 59kg, cerca de 2kg acima do limite dos moscas sem valer título, e foi multado em 30% de sua bolsa. Seu adversário, Ian McCall, ficou no limite (57,1kg) e o provocou na hora da encarada. Lineker reagiu, os dois discutiram e foram separados por Dana White, presidente do Ultimate. O brasileiro terá duas horas para perder o peso extra.
    Além do "Mão de Pedra", mais um lutador não bateu o peso, e foi por muito: Kelvin Gastelum. O americano bateu 81,6kg na balança e ficou cerca de 4kg acima do limite dos meio-médios (77,5kg). O detalhe é que Gastelum teve de ir ao hospital horas antes da pesagem após se sentir mal. Tyron Woodley, que vai enfrentá-lo, marcou 77,3kg e fez sua parte. O duelo foi confirmado mesmo assim, e Gastelum perdeu 30% da bolsa.
    Outro brasileiro surpreendeu na pesagem, mas de forma diferente. Podendo chegar até 66,2kg, limite dos penas, Diego Brandão marcou apenas 64,4kg e motivou caras espantadas de Dana White, do matchmaker Joe Silva e do apresentador Joe Rogan.
    No duelo de brasileiros, Rick Monstro e Ildemar Marajó se cumprimentaram a princípio, mas fizeram dura encarada e deixaram o palco em clima tenso. Rafael Sapo e Tom Watson tiveram de ser separados por Dana White. Por outro lado, Thiago Alves e Jordan Mein, assim como Thales Leites e Tim Boetsch, todos do card principal, mostraram bastante respeito no cara a cara e não deram trabalho ao chefão do evento.

    O UFC 183 ocorre neste sábado e terá transmissão ao vivo do Combate a partir de 21h30 (de Brasília). O Combate.com fará o acompanhamento de todos os detalhes em Tempo Real, incluindo programa especial ao vivo sobre a volta de Spider com a participação dos lutadores convidados Vitor Miranda e Elias Theodorou e do treinador Sérgio Cunha.
    UFC 183
    31 de janeiro, em Las Vegas (EUA)
    CARD PRINCIPAL
    Peso-médio (até 84,4kg): Anderson Silva (84,4kg) x Nick Diaz (83,9kg)
    Peso-meio-médio (até 77,6kg): Kelvin Gastelum (81,7kg*) x Tyron Woodley (77,3kg)
    Peso-leve (até 70,8kg): Joe Lauzon (70,8kg) x Al Iaquinta (70,8kg)
    Peso-médio (até 84,4kg): Thales Leites (84,4kg) x Tim Boetsch (84,1kg)
    Peso-meio-médio (até 84,4kg): Thiago Alves (77,6kg) x Jordan Mein (76,9kg)
    CARD PRELIMINAR
    Peso-galo (até 61,7kg): Miesha Tate (61,5kg) x Sara McMann (61,5kg)
    Peso-médio (até 84,4kg): Ed Herman (84,4kg) x Derek Brunson (84,4kg)
    Peso-mosca (até 57,2kg): Ian McCall (57,2kg) x John Lineker (59kg*)
    Peso-médio (até 84,4kg): Rafael Natal (84,1kg) x Tom Watson (84,4kg)
    Peso-pena (até 66,2kg): Diego Brandão (64,4kg) x Jimy Hettes (66,2kg)
    Peso-médio (até 84,4kg): Ildemar Marajó (83,9kg) x Rick Monstro (84,1kg)
    Peso-médio (até 84,4kg): Thiago Marreta (84,1kg) x Andy Enz (84,4kg)
    * Kelvin Gastelum e John Lineker não bateram o peso

  • Lucas Fonseca alega problemas pessoais e pede para deixar o Bahia

    O zagueiro Lucas Fonseca alegou problemas pessoais e comunicou à diretoria do Bahia o desejo de não continuar no Fazendão. O atleta, que tem contrato até o final desta temporada, inclusive, sequer participou da atividade com bola desta terça-feira (13). O departamento de futebol do Bahia, responsável pela condução desta negociação, confirmou que o atleta solicitou o desligamento do tricolor baiano. No entanto, as partes ainda estão conversando para decidir qual será o futuro de Lucas Fonseca em 2015. Caso o defensor deixe Salvador, o Bahia terá que buscar outro jogador da posição no mercado, já que Adriano Alves chegou para suprir a saída do experiente Adailton. Lucas Fonseca disputou o primeiro Campeonato Brasileiro da Série A pelo Bahia na temporada de 2012. Foi embora, jogou o Paulistão pelo Mogi Mirim e retornou mais um vez para o Brasileirão. Renovou contrato e também defendeu o esquadrão no rebaixamento do ano passado. Lucas Fonseca, até então, vestiu a camisa tricolor em 80 oportunidades.

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