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'Espero que boxe tenha mais investimento', diz campeão olímpico Hebert Conceição

'Espero que boxe tenha mais investimento', diz campeão olímpico Hebert Conceição

A luta de Hebert Conceição não acabou após o impressionante cruzado de esquerda que acertou o ucraniano Oleksandr Khyzniak, a 1min29s do final do terceiro assalto, e lhe garantiu a medalha de ouro na categoria peso médio (até 75 quilos) nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Em entrevista ao Estadão, o boxeador baiano mostra maturidade, apesar dos 23 anos, e sabe que seu título tem grande importância para manter o boxe em evidência em um País onde os esportes olímpicos são lembrados apenas de quatro em quatro anos

Com pouco tempo de descanso ao desembarcar no Brasil, por causa dos inúmeros compromissos, Hebert falou com a reportagem pelo celular e revelou a ansiedade também com a proximidade da luta pelo título mundial dos superpenas que o conterrâneo e amigo Robson Conceição vai disputar em 10 de setembro, nos Estados Unidos diante do mexicano Oscar Valdez.

Hebert só foi encontrar os familiares na última quinta-feira, em São Paulo, após um evento da Confederação ao Brasileira de Boxe. "Que saudades eu estava deste abraço", disse o boxeador para a sua mãe, Ieda Conceição. No dia seguinte, o lutador foi para Salvador, onde foi recepcionado por dezenas de fãs e familiares no aeroporto.

"Muito gratificante ser recebido com todo esse carinho pelo povo baiano, pelo povo brasileiro. Que bom que eu retribuí essa alegria lá em Tóquio. Agora sim, de volta para a terrinha, com a alma muito mais leve", disse após o desembarque.

Mas ainda faltava uma última visita antes do descanso merecido. Sempre com a medalha no peito, Hebert foi até o Centro de Treinamento do Bahia, seu time do coração, onde posou para fotos com os jogadores e até brincou ao fazer um gol de falta.

O pugilista costuma festejar suas conquistas ao dizer que obteve um "triunfo", e não uma vitória, pois desta forma omite o nome do maior rival do Bahia - Hebert acompanhou também neste domingo o jogo do Bahia contra o Atlético Goianiense no estádio Pituaçu, em Salvador, pela 16.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Confira os principais pontos da entrevista exclusiva do boxeador Herbert Conceição:

O boxe ficou em primeiro lugar entre as modalidades do Brasil no quadro de medalhas com o seu ouro, a prata da Beatriz Ferreira e o bronze do Abner Teixeira. O que este desempenho em Tóquio pode causar de mudanças na nobre arte nacional?

Espero que esta conquista mostre para o Brasil e para todo o mundo esportivo que nossa modalidade é muito grande, gigante. Esperamos mais investimentos não só para os atletas de elite, mas também para projetos sociais e federações dos estados, para que eles possam ter uma boa estrutura e conseguir realizar grandes eventos. Só assim vamos dar rodagem a todos os outros atletas e, a partir daí, ter a dor de cabeça boa de selecionar os melhores lutadores para que possam representar bem o Brasil pelo mundo afora.

Você teve uma participação muito regular durante suas lutas na Olimpíada, mas na final o seu estilo não estava encaixando com o do ucraniano. Você foi para o último round precisando do nocaute. E o que foi aquele cruzado de esquerda?

Foi abençoado. Veio na hora que em que eu mais precisava. Era tudo ou nada porque eu sabia que estava perdendo a luta e precisava do nocaute.

Por várias vezes você tentou um golpe definitivo?

Em diversos momentos da luta eu entrei com aquela combinação de direita em direto e esquerda em cruzado, quando ele estivesse vindo para cima. E no minuto final da luta consegui conectar esse lindo cruzado, que o enviou à lona e desta forma trouxe esta medalha dourada para o Brasil.

Existe a possibilidade de você migrar para o boxe profissional?

Existe a possibilidade sim, mas neste momento não penso em fechar negócio ou tomar qualquer decisão. Só quero descansar, esfriar a cabeça e com calma decidir o que faço para o futuro. Quero ver a melhor oportunidade... se é permanecer na seleção e pensar em Paris-2024 ou ir para a carreira profissional. No momento é descansar e nenhuma decisão vai ser tomada.

Você é companheiro de treino de Robson Conceição, o primeiro a conquistar um ouro olímpico, no Rio-2016, que vai disputar o título mundial no dia 10 de setembro, nos Estados Unidos. Qual sua opinião sobre esta luta?

Robson tem totais condições de vencer. É uma luta muito dura, muito difícil, mas Robson é campeão olímpico e tem capacidade para vencer. Ele está treinando muito para isso. Torço para que seja uma grande luta e que o Robson seja vencedor e traga mais um título mundial para o boxe brasileiro.

São sete medalhas olímpicas e 14 pódios em campeonatos mundiais desde que a equipe olímpica foi formada, em 2009. Qual o segredo do sucesso?

Temos todo o apoio necessário, com nutricionista, fisioterapeuta, equipe técnica qualificada, psicólogo, assim nós nos preocupamos apenas em treinar e nos desenvolver.

 

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    As inscrições para o edital de concurso cultural Camaçari Criativa, que encerrariam nesta segunda-feira (5/2), foram prorrogadas até quinta (8), às 12h. A iniciativa selecionará projetos nos diversos segmentos, com exceção do audiovisual, para receberem apoio financeiro, com o objetivo de incentivar as diversas formas de manifestação artísticas do município, tendo investimento total de R$ 649.585,76.

    Promovido pela Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria da Cultura (Secult), o certame é o terceiro de quatro editais realizados no município com aplicação dos recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG). As inscrições devem ser feitas por meio do Mapa Cultural de Camaçari, neste link https://mapacultural.camacari.ba.gov.br/oportunidade/19/#info

    Serão contempladas as linguagens de música; teatro, dança, circo e ópera; radiodifusão e novas mídias; livro e literatura; artes gráficas; artes plásticas, visuais e artesanato; cultura popular, manifestações e festas populares; patrimônio cultural material e imaterial; biblioteca; arquivo, memória e documentação; estudos e pesquisa artístico cultural; design e moda; ensino das artes e arte-educação; feiras livres; intercâmbios culturais; manifestações étnico-culturais, de gênero e de orientação sexual; saberes, técnicas, linguagens e tradições; gastronomia; e arquitetura.

    O Camaçari Criativa está dividido em: categoria A, para projetos de R$ 20.616,37, com a seleção de 14 proponentes; e categoria B, para projetos de R$ 10.616,37, que dispõe de 34 vagas. Em ambos os grupos, ficam garantidas cotas étnico-raciais, para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas.

    Podem se inscrever pessoas físicas maiores de 18 anos; microempreendedores individuais (MEI); coletivos/grupos sem CNPJ, representado por pessoa física; pessoas jurídicas de direito privado, com fins lucrativos; e pessoa jurídica sem fins lucrativos (associação, fundação, cooperativa, etc.). Em todos os casos, o local de sede/residência deve ser em Camaçari.

    Os projetos devem contar com medidas de acessibilidade compatíveis com as características dos produtos resultantes, de modo a contemplar: no aspecto arquitetônico, recursos de acessibilidade para permitir o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ou idosas aos locais onde se realizam as atividades culturais, além de banheiros, áreas de alimentação e circulação; no aspecto comunicacional, recursos de acessibilidade para permitir o acesso de pessoas com deficiência intelectual, auditiva ou visual ao conteúdo dos produtos culturais gerados pelo projeto, pela iniciativa ou pelo espaço; e no aspecto atitudinal, a contratação de colaboradores sensibilizados e capacitados para o atendimento de visitantes e usuários com diferentes deficiências e para o desenvolvimento de projetos culturais acessíveis.

    Os agentes culturais contemplados no edital deverão realizar contrapartida social a ser pactuada com a administração pública, sendo assegurados a acessibilidade de grupos com restrições e o direcionamento à rede de ensino da localidade.

    Para a seleção, serão critérios: na etapa de análise técnica, será analisado o potencial de realização da proposta; adequação orçamentária e viabilidade; e acessibilidade da proposta. Na etapa de mérito cultural, são critérios a conformidade com o Plano Municipal de Cultura; relevância cultural; potencial de impacto cultural e contrapartida social; e descentralização.

    Ainda serão acrescidas notas de bonificação, pontuando propostas que abordem manifestações e temáticas de grupos menorizados; diversidade da equipe básica, que abrange pessoa com deficiência (PcD), diversidade étnica, mulheres, e LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, interssexuais, assexuais, pansexuais, além de demais orientações sexuais e identidades de gênero); e se o proponente responsável pertence a grupo menorizado.

    Para auxílio aos interessados, a Secult disponibiliza atendimento presencial nos núcleos de Orientação Cultural (NOC) Cidade do Saber, localizada na Rua do Telégrafo, s/n, bairro Natal; e Arembepe, situado na galeria Arembepe Centro Empresarial, sala 1, térreo, no Loteamento Vilarejo, que encontra-se à direita da entrada principal da localidade, em frente ao Posto de Informações Turísticas Nidinho; além dos centros culturais Vila de Abrantes, que fica na Rua da Matriz, s/n; e Barra do Pojuca, na Rua Filogonio Gomes de Oliveira, s/n. Os equipamentos funcionam de segunda a sexta, das 9h às 17h.

    Outras informações podem ser obtidas no edital e anexos, que estão disponíveis no Portal da Secult neste link. Para detalhes complementares, os interessados podem entrar em contato pelo endereço de e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou através do telefone (71) 3644-9824.

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