Sexta, 29 Março 2024 | Login

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (24), em Brasília, representantes de duas multinacionais fabricantes de automóveis. Ambas anunciaram investimentos que chegam a R$ 10 bilhões nos próximos anos.

No primeiro encontro, no Palácio da Alvorada, residência oficial, Lula recebeu representantes da companhia chinesa BYD, que produz carros elétricos. A empresa assumiu a planta industrial da Ford em Camaçari, na Bahia, onde pretende investir R$ 3 bilhões nos próximos anos. É a primeira fábrica da gigante asiática nas Américas. Na ocasião, o presidente recebeu um carro elétrico da empresa para uso pela Presidência da República, em regime de comodato (empréstimo gratuito).

“Estima-se que serão mais de 10 mil postos de trabalho criados e R$ 3 bilhões de investimentos, fomentando a economia local e contribuindo para uma maior produção de veículos sustentáveis a partir de energia limpa. O Brasil com mais investimentos construindo o futuro”, destacou Lula em postagem nas redes sociais para divulgar o encontro.

Mais tarde, no Palácio do Planalto, o presidente se encontrou com o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, e o presidente da empresa para a América do Sul, Santiago Chamorro. Os executivos anunciaram um plano de investimentos da empresa no Brasil, no valor de R$ 7 bilhões até 2028. A GM é proprietária da marca Chevrolet, como é chamada no Brasil.

“Esses investimentos vêm em boa hora, com a retomada do crescimento econômico brasileiro com programas como Novo PAC e a Nova Política Industrial. Reindustrialização e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, escreveu o presidente nas redes sociais.

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As inscrições para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) serão abertas nesta sexta-feira (19). Os interessados podem se inscrever até 9 de fevereiro, utilizando a conta Gov.br. O certame, que vem sendo chamado de ‘Enem dos concursos’, será uma inovação na administração pública e vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) estima que o certame receba de dois a três milhões de inscritos. A prova será realizada no dia 5 de maio e contará com avaliações objetivas específicas e dissertativas por área de atuação.

Para se inscrever, o candidato deve acessar a página do Gov.Br [aqui]. Em seguida, é necessário fazer o login e seguir as orientações indicadas. No momento da inscrição, o candidato faz a escolha pelas carreiras, que estarão divididas em oito blocos temáticos. Cada bloco reúne as carreiras que possuem semelhanças entre si.

O CPNU permitirá a inscrição para a disputa por vagas para mais de um cargo, desde que dentro do mesmo bloco temático. Uma das vantagens é que o candidato pagará uma taxa de inscrição única. Ao concorrer a mais de um cargo, o candidato deverá classificar as vagas de interesse por ordem de preferência para definir a prioridade em uma possível chamada, baseada na nota alcançada.

“As inscrições devem feitas pelo próprio candidato e apenas pelo aplicativo Gov.br. Não há outro caminho. O modelo de inscrição por blocos temáticos amplia a possibilidade de escolha, de acordo com a vocação e o perfil profissional de cada candidato. Nossa proposta é organizar a prova por especialidades que não sejam totalmente típicas de uma carreira ou de um órgão específico, mas que digam respeito a similaridades que essas áreas tenham em comum. O objetivo é ampliar o acesso a essas vagas”, explicou José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do MGI.

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A Petrobras anunciou nesta terça-feira (26) um concurso público para cargos de nível técnico com 916 vagas e salário inicial mínimo de R$ 5.878,82. Haverá ainda 5.496 vagas para cadastro de reserva.

As inscrições começam na próxima quinta-feira (28) e seguem até 31 de janeiro de 2024. A taxa de inscrição é de R$ 62,79. A prova será realizada em 24 de março 2024.

O concurso irá selecionar profissionais de nível técnico nas áreas de enfermagem do trabalho; inspeção de equipamentos e instalações; logística de transportes (controle); manutenção (caldeiraria, elétrica, instrumentação, mecânica); operação; operação de lastro; projetos, construção e montagem (edificações, elétrica, instrumentação, mecânica); química de petróleo; segurança do trabalho; suprimento de bens e serviços (administração).

Não é exigida comprovação de experiência profissional. A quantidade de postos de trabalho, requisitos de formação, locais de prova e distribuição regional podem ser consultadas no edital.

O processo seletivo será organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (Cebraspe) e terá validade de 18 meses, podendo ser prorrogado por igual período uma vez, a critério da Petrobras.

Inclusão
Pela primeira vez, a empresa realiza um concurso público com 20% das vagas reservadas para pessoas com deficiência (PCD). A cota supera o limite mínimo de 5% que determina a lei. O certame reserva também 20% dos postos para negros, conforme determina a legislação.

De acordo com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, a reserva para pessoas com deficiência mostra comprometimento da empresa com a inclusão.

“Acreditamos que um corpo técnico diverso nos torna não só uma companhia mais justa, como também é um elemento fundamental para impulsionarmos a inovação, nos prepararmos para o futuro de baixo carbono e para a transição energética, incorporando novas visões de mundo”, disse Prates.

Os candidatos que forem contratados terão direito a benefícios específicos para pessoas com deficiência. Se estiverem em regime administrativo, por exemplo, podem optar por teletrabalho cinco dias por semana. Além disso, os que dependam de cuidados profissionais específicos recebem reembolso de auxílio cuidador.

A reserva de vagas para PCD acima do que determina a lei se soma a outras iniciativas de inclusão da Petrobras, como a meta de ter 25% de pessoas negras e 25% de mulheres em cargos de liderança até 2030.

Além da reserva de vagas, a Petrobras implementou outras ações nesse concurso para facilitar o acesso de pessoas com deficiência. Uma delas é o aumento da validade do laudo que atesta a deficiência para 36 meses – o prazo anterior era de 12 meses.

A pessoa com deficiência também poderá, de acordo com a sua necessidade, solicitar adaptações razoáveis e/ou fornecimento de tecnologias assistivas no dia das provas. O concurso tem com distribuição regional das lotações.

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A temperatura média no Brasil atingiu nível recorde pelo quarto mês seguido em outubro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre julho e outubro, a diferença entre o valor registrado e a média histórica foi superior a 1 grau Celsius (°C).

De acordo com o levantamento do Inmet, no mês passado, a temperatura média observada no Brasil ficou em 26,4°C. O resultado foi 1,2°C acima da média histórica para o mês (25,2°C). Em agosto deste ano, a temperatura média ficou em 24,3°C – resultado 1,4°C acima da média histórica (22,9°C) e, em julho, a média observada (23°C) estava mais de 1°C acima da média histórica (21,9°C).

O Inmet acrescenta que esses meses “foram marcados por calor extremo em grande parte do país e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño [aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial], que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta”.

O Inmet prevê ainda uma nova “onda de calor” que atingirá especialmente o interior do Brasil. “O aviso meteorológico especial de nível amarelo (perigo potencial) de onda de calor abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do País e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10)”, detalhou.

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O aumento da intensidade da onda de calor que afeta o Brasil fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aumentar, nesta quarta-feira (20), o nível do alerta e colocar mais estados sob um aviso de "grande perigo" por causa das temperaturas acima da média.

A onda de calor começou na segunda-feira (17) e deve ter o ápice neste fim de semana, com tendência de ainda afetar regiões do interior na próxima semana. Em algumas localidades, são previstas marcas na casa dos 43°C.

O mais recente alerta do Inmet é da categoria "vermelho", que significa "grande perigo". Ao todo, são nove estados sob o alerta:

Minas Gerais (MG)
Paraná (PR)
Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo (SP)
Mato Grosso (MT)
Pará (PA)
Goiás (GO)
Mato Grosso do Sul (MS)
Tocantins (TO)

O alerta é válido até as 18h de domingo. De modo geral, um alerta vermelho, segundo o Inmet, é emitido quando é esperado um fenômeno meteorológico de "intensidade excepcional, com grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana".

Antes do alerta vermelho, estava em vigor um aviso meteorológico de nível laranja (que significa perigo). Ele estava válido para sete estados: TO, SP, PR, MT, MS, MG e GO.

Os comunicados do Inmet ocorrem quando o Centro-Sul do país vive uma onda de calor atípica. Ela vai chegar ao ápice, com prováveis recordes, no fim de semana. A elevação dos termômetros tem relação direta com o El Niño muito mais rigoroso neste ano e com a Crise do Clima (causada pela emissão de gases de efeito estufa), que torna os eventos climáticos extremos mais comuns.

Cuidados básicos
O calor excessivo diminui a umidade relativa do ar, o que pode levar a problemas respiratórios, ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. O órgão orienta que as pessoas bebam bastante líquido, não façam atividades física, evitem exposição ao sol em horários mais quentes do dia, usem hidratante para pele e umidifiquem o ambiente.

Previsão da onda de calor
Os meteorologistas indicam que, no Rio Grande do Sul, os temporais persistem até o fim de semana, e o ápice da onda de calor no Centro-Sul do país está prevista para o mesmo período, entre sexta-feira (22) e domingo (24).

Mas, na próxima semana, os brasileiros também vão conviver com altas temperaturas.

"O período muito quente deve se estender pela primeira semana da primavera e algumas áreas pelo interior do Brasil podem até conviver com temperaturas muito altas até quase o fim de setembro", afirma a Climatempo.

De acordo com a Climatempo, temperaturas iguais ou acima dos 40°C serão registradas, "por vários dias", em áreas como:

norte do Paraná;
oeste e norte de São Paulo;
oeste de Minas Gerais (incluindo o Triângulo Mineiro);
Mato Grosso;
Mato Grosso do Sul;
Goiás;
oeste da Bahia;
interior do Maranhão;
interior do Piauí;
Tocantins;
sul/leste do Pará; e
Rondônia.

"É preciso ter em mente que fazer 40°C em setembro no Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste é comum, não é nada demais. Mas, falar em 42°C, 43°C, 44°C, aí já é algo realmente especial, fora do comum", afirma nota da Climatempo.

No acompanhamento da MetSul, há previsão de marcas ainda mais severas. "Em pontos isolados do Centro-Oeste e da Região Sudeste, os modelos numéricos chegam a projetar marcas ainda mais altas como 43ºC a 45ºC no final desta semana e durante o próximo fim de semana, em particular no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no interior de São Paulo", afirmou, em nota, a meteorologista Estael Sias.

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O apagão nacional registrado em todas as regiões do Brasil causou diversos transtornos em cidades do interior da Bahia. A situação ocorreu depois de uma abertura da interligação Norte/Sudeste. As causas dessa ocorrência ainda estão sendo apuradas.

O fornecimento na Bahia foi suspenso às 8h31 e retomado gradualmente por volta das 10h20. Serviços essenciais por ligação, como Samu 192 ficaram fora do ar. Por isso, as chamadas devem ser feitas pelo 190.

Sul e extremo sul

Em Teixeira de Freitas, uma das principais vias da cidade, a Avenida Marechal Castelo Branco teve sinalização totalmente apagada e uma viatura da guarda municipal precisou isolar uma intercessão, para não deixar o trânsito complicado no local.

Pedestres precisaram contar com a gentileza dos motoristas para conseguirem atravessar. Na cidade e em outros municípios como Ilhéus e Porto Seguro, Escolas públicas e particulares liberaram os alunos mais cedo, e algumas unidades suspenderam também o ensino à tarde por causa dos impactos.

O comércio também foi afetado pela falta de energia e estabelecimentos que vendem produtos que precisam ser refrigerados tiveram prejuízo. Algumas lojas fecharam as portas porque, sem energia elétrica, a internet foi comprometida e a maquininha de pagamento por cartão ficou inutilizada.

Além disso, o pagamento por PIX também foi afetado, porque operadoras de telefonia tiveram serviços oscilados.

Nordeste e sertão
Na região Nordeste da Bahia, onde fica o sertão, a energia começou restabelecida por volta das 12h. Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, por volta das 12h30. Assim como em Teixeira de Freitas, as vendas em lojas também foram afetadas.

Apesar disso, a sinalização dos semáforos ficou comprometida em alguns pontos, como no cruzamento entre as avenidas Maria Quitéria e Presidente Dutra, duas das mais movimentadas do município.

Sudoeste
Esta terça é feriado municipal em Vitória da Conquista, data em que é celebrado o dia de Nossa Senhora da Vitória, padroeira da cidade. Até as 13h, o fornecimento de energia elétrica não havia sido retomado no município.

Todo o comércio foi paralisado e, por causa do apagão, restaurantes não abriram para o almoço. O abastecimento de veículos nos postos de combustíveis está totalmente comprometido, porque as bombas funcionam a partir da energia elétrica. Em Jequié e Guanambi, os prejuízos foram semelhantes, mas o fornecimento já foi restabelecido.

Norte

No norte da Bahia, o restabelecimento da energia começou por volta das 11h40. Em Juazeiro, Jacobina, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, Remanso, Casa Nova, Irecê, João Dourado, Itiúba, Ourolândia e Cansanção.

Sobre o 'apagão'
O Distrito Federal e todos os estados do Brasil, exceto Roraima, foram afetados pela interrupção da energia. Na Bahia, algumas cidades já tiveram retorno parcial da eletricidade. Segundo a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), 50% dos clientes já tiveram serviço restabelecido.

O Operador Nacional informou ainda que a recomposição já foi iniciada. Até as 10h22, segundo o Ministério de Minas e Energia informou que o fornecimento de energia já tinha sido normalizado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

No mesmo horário, 27% da carga tinha sido recomposta na região Norte e 68% tinha sido recomposto no Nordeste.

Estados com registro do 'apagão':
Acre
Alagoas
Amapá
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Rondônia
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins

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Os programas Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia, do Ministério de Minas e Energia (MME), continuarão sendo geridos pela Eletrobras por mais 12 meses, de acordo com decisão da Assembleia Geral Extraordinária da ex-estatal. Findo esse prazo, os programas deixarão de ser administrados pela empresa, e passarão para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar), informou à Agência Brasil o MME.

O ministério esclareceu que “para garantir uma transição adequada e segura – especialmente para os beneficiários dessa importante política pública - a Eletrobras ficará por um período adicional na gestão do programa”.

O ministério informou que não só continuará com os programas, como pretende reformulá-los, “para que sejam ainda mais inclusivos, garantindo o acesso ao serviço de energia elétrica a todos as brasileiras e brasileiros”.

O vice-presidente executivo de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp Nascimento, disse à Agência Brasil que a companhia, enquanto estatal, tinha a responsabilidade de fazer a gestão de diversos programas de universalização de energia elétrica do governo. Entre eles, o Luz para Todos, criado em 2003 e que já beneficiou mais de 15 milhões de pessoas que não tinham acesso à energia; o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), o mais antigo programa de governo na área de energia, criado em 1985, do qual a Eletrobras foi responsável pelo financiamento e execução de ações de eficiência energética; o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que visa aumentar a participação de fontes renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas, eólicas e térmicas a biomassa, na produção de energia elétrica; o Mais Luz para a Amazônia (MLA), criado em 2020, que propõe levar energia limpa e renovável às famílias que vivem em áreas remotas, com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Em dezembro do ano passado, o MLA superou 44 mil pessoas beneficiadas.

Transição
“A Eletrobras, enquanto estatal, era responsável pela gestão de todos esses programas. Quando teve a capitalização e a desestatização, foi criada a Enbpar, que passará a ser responsável por esses programas”, disse Rodrigo Limp.

Ele disse que a modelagem de desestatização previa uma transição de até 12 meses para que essa transferência pudesse ser feita, o que envolve ajustes de sistemas, treinamento de equipes, transferência de conhecimento e histórico de informações pelas duas empresas.

Limp destacou que passados os 12 meses previstos, todos os programas do MME foram transferidos para a Enbpar, à exceção do Luz para Todos e do Mais Luz para a Amazônia, objeto de portaria do ministério prorrogando o período de transição por até mais 12 meses.

A diretoria e o conselho da Eletrobras entenderam que esses programas são extremamente importantes para o país, para levar energia para quem não tem, em consonância com a preocupação do MME com o social.

A prorrogação foi aprovada por 95% dos membros do conselho da Eletrobras, “o que deixa muito claras a visão e a preocupação do acionista com a questão social do país e com ações de sustentabilidade que a empresa deve continuar conduzindo”.

Entre as obrigações que foram previstas no processo de capitalização (ou desestatização), como os dois fundos de revitalização de bacias hidrográficas e o fundo de descarbonização da Amazônia. “São fundos que a Eletrobras tem a obrigação de aportar [recursos] e implementar as ações definidas pelos comitês gestores do governo federal”.

Nesses três programas do governo federal, serão injetados pela Eletrobras cerca de R$ 1 bilhão por ano, até 2032. As obras são executadas pelas distribuidoras de energia. Este ano, a Eletrobras já aportou nos três fundos R$ 900 milhões. “É um dos maiores programas ambientais do Brasil”, disse Limp.

A companhia é responsável agora pela construção da linha que vai interligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Roraima é o único estado brasileiro que continua isolado do sistema. Essa linha trará benefícios para Roraima pela redução de geração térmica, além de redução de custos, fornecendo energia confiável e de qualidade para todo o estado.

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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) lançou nesta segunda-feira (5) um aplicativo que calcula o valor de danos ambientais causados por desamatamento na vegetação nativa dos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. A data foi escolhida por conta do Dia Mundial do Meio Ambiente.

O Valora será usado pelos promotores de Justiça para calcular automaticamente os valores de indenizações devidas em casos de danos ao meio ambiente causados por desmatamento.

O lançamento contou com a presença da procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti e do chefe de Gabinete, promotor de Justiça Pedro Maia.

A metodologia do Valora foi desenvolvida em 2008 e agora o aplicativo utiliza isso de maneira automática. Os promotores devem usar o app para inserir o tamnho da área, em hectares, que teve a vegetação surprimida, a data de quanto isso aconteceu e o bioma. O app então faz o cálculo.

A nova biblioteca do meio ambienta foi apresentada também durante o evento, que contou ainda com a assinatura de um convênio entre a Fundação José Silveira e o Instituto Ynamata para execução do projeto ‘Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) nos Biomas da Bahia - Etapa II’. As entidades se comprometeram a desenvolver ações que contribuam para a conservação da paisagem nos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado por meio da criação de 17 novas RPPNS, que totalizarão cerca de 1,5 mil hectares de unidades de conservação privadas.

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O Brasil terá, em breve, a oportunidade de testar o impacto da jornada de trabalho reduzida a quatro dias. Uma iniciativa fruto de parceria entre a organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que conduz teses globais sobre a carga horária reduzida, e a brasileira Reconnect Happiness at Work conduzirá um experimento nacional entre junho e dezembro de 2023.

O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade. Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turnover (rotatividade) serão os fatores avaliados ao final do experimento.

Conforme O Globo, entre junho e julho, a Reconnect vai oferecer informações sobre o programa para qualquer empresa que demonstrar interesse em participar no Brasil. Para participar, as organizações precisam responder a um formulário disponível no site https://www.4dayweek.com/contact para ter acesso à mentoria.

As companhias podem se inscrever para o início do experimento em agosto e começam a ser preparadas para adotar o modelo em setembro. Vai haver um custo para participar do estudo, que ainda não foi definido.

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A indústria automotiva passa por um novo momento de dificuldades, e voltou a anunciar paralisações de suas principais fábricas no Brasil. Volkswagen, GM, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai precisaram parar a produção e colocaram funcionários em férias coletivas.

Ao contrário dos episódios recentes, contudo, a pandemia de Covid-19 não está no centro das atenções: o foco, agora, é a alta dos juros.

Como mostrou o g1, os aumentos da taxa básica de juros, a Selic, feitos pelo Banco Central desde 2021, começaram, enfim, a trazer consequências mais fortes para a economia. E uma delas é, justamente, a redução do consumo por meio da dificuldade de concessão de crédito.

Para analistas que acompanham o setor, o encarecimento do crédito junto com a redução do poder de compra da população reduziu o potencial de financiamento e, por consequência, a demanda por carros novos.

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que janeiro de 2023 começou lento. Comparado ao mês anterior, houve queda de 34% nos emplacamentos de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus — ainda que o número seja 12% maior que o observado em janeiro de 2022.

Em fevereiro, nova queda: 9% em relação a janeiro. Contra o mesmo mês de 2022, o acumulado também passou ao campo negativo: recuo de quase 2%. Considerando apenas automóveis, houve redução de 7% e 4,2%, respectivamente.

Procuradas, tanto a Fenabrave como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não se pronunciaram. As notas das montadoras foram publicadas pelo g1 na segunda-feira.

“A retração de demanda em função da dificuldade de acesso ao crédito é o mais relevante agora. Não dá para dizer que não tem problemas de oferta pontuais na cadeia. Mas esse não é mais o grande problema”, diz Tereza Fernandez, economista da TF Associados.
Para Antônio Jorge Martins, professor de mercado automotivo da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), as paralisações são necessárias para evitar um encalhe de novos modelos no estoque de montadoras e concessionárias. Isso porque dois em cada três automóveis são adquiridos no Brasil por meio de financiamentos, e as condições financeiras do brasileiro se deterioraram.

“Estamos falando de um poder de compra atingido pela inflação, pela falta de ajuste dos salários e um custo mais significativo dos financiamentos. Não se tira um carro novo da concessionária por menos que 25% a 30% ao ano”, afirma.
Martins diz ainda que, durante a pandemia, as montadoras priorizaram a produção de modelos de maior valor agregado, atendendo um público de renda mais alta. Agora que as camadas de renda mais baixa têm acesso mais restrito ao crédito, houve um duplo fator de desaceleração.

Para ele, o mercado só tende a se arrumar quando a população conseguir restabelecer seu nível de renda ou com políticas de acesso facilitado ao crédito. É deste lado que, segundo o analista, o governo tem trabalhado: buscando redução dos juros básicos do país e favorecendo a condição de empréstimos.

Perspectivas ruins
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre os juros do país. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção do atual patamar, de 13,75% ao ano.

Em outras palavras, o custo dos financiamentos continuará elevado e segurando o mercado automotivo por mais tempo. O tamanho do problema, porém, estará nas entrelinhas do comunicado do Copom na quarta-feira.

Isso porque, como disse Martins, o mercado trabalha com expectativas. Se o Copom der vislumbre de que está menos preocupado com a inflação e pretende ser mais complacente com o patamar de juros, as condições de crédito podem melhorar em um prazo mais curto.

O governo federal corre contra o tempo para apresentar a nova regra de política fiscal do país, que substituirá o teto de gastos como artifício para o controle das contas públicas. É o que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chama de novo arcabouço fiscal.

Um bom plano de controle fiscal causa um efeito em cadeia. Em resumo simples, funciona assim: mais confiança com os gastos públicos traz investimentos para o país e acalma as expectativas de inflação, o que permite o BC baixar os juros.

Mas, por ora, o que se tem é uma redução da concessão de novos empréstimos e um aumento da inadimplência no financiamento de veículos. O preço de carros novos, que subiu nos anos de pandemia, também não arrefeceu.

“Havia sinais de perda de dinamismo e efeitos da contração do crédito, mas caiu além do esperado. E a inadimplência também subiu muito, o que faz com que os bancos limitem a oferta de crédito novo”, diz Isabela Tavares, economista e especialista em crédito da Tendências Consultoria.
Dados do BC mostram que a inadimplência de veículos está nos maiores patamares desde 2013, lembra a especialista. Mas esse é um efeito restritivo que passa por todo o setor de bens duráveis, que depende dos financiamentos como motor de consumo.

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